Ari quase deixou o celular cair assim que terminou de ler a mensagem que estava na tela. Seu olhar caiu sobre seus pés no meio da visualização da tela, e logo, aquela água escura como tinta começou a borbulhar do chão. Começou a engoli-la, primeiro envolveu seus pés, depois subiu para suas panturrilhas e lentamente até os joelhos.
Aos poucos, gavinhas parecidas com veias começaram a exsudar do pântano escuro e pegajoso. Lentamente, aquelas gavinhas se enrolaram em volta de seu corpo inteiro em um torno, enquanto começavam a arrastá-la para baixo, para o pântano escuro. Para aquele buraco sem fim que Ari sempre quis evitar.
Por quê...?
Por quê...?
Por que eu...?
"Senhorita?" Uma voz confusa a tirou de seu devaneio, e Ari sacudiu a cabeça.
O lodo que a cobria lentamente começou a dissipar-se no ar e Ari soltou uma lufada de ar antes de se virar sobre os pés e cambalear para fora do beco.
"Ei, senhorita! Pegue seu algodão doce!"
"Senhorita!"