Capítulo 8: Aliados e Encontros
Quando Roones deixou as ruínas, um novo capítulo de sua jornada começou a se desenrolar. Ele sabia que a luta contra os Filhos de Devastus não poderia ser enfrentada sozinho. Foi então que encontrou novos aliados, cada um com uma história própria e habilidades únicas que os tornavam essenciais em sua missão.
Lyra, uma arqueira habilidosa e de espírito irreverente, cruzou seu caminho primeiro. Ela vinha de uma vila destruída pelos Filhos de Devastus, e sua sede de vingança queimava em seu coração. Embora seu humor fosse sarcástico, Roones viu em seus olhos uma determinação feroz. Lyra sabia que, para destruir a ordem sombria, precisaria aprender a confiar em outros, e Roones estava disposto a ajudar.
Taron, um ferreiro robusto, foi o próximo a se juntar ao grupo. Ele tinha um vasto conhecimento sobre as armas forjadas durante a era de Arbon, especialmente aquelas que poderiam ser usadas contra as forças das trevas. Seu conhecimento técnico era vital, mas também possuía uma sabedoria silenciosa, algo que Roones logo percebeu ser uma força poderosa por trás do homem que, apesar de simples, carregava um profundo respeito pela tradição e pelo sacrifício.
Elena, uma jovem estudiosa das runas antigas, completava o grupo. Ela acreditava que os textos esquecidos poderiam conter a chave para impedir a ressurreição de Devastus. Sua mente afiada e sua dedicação à pesquisa eram insubstituíveis. Elena sabia mais sobre a magia ancestral do que qualquer um poderia imaginar e, com o passar do tempo, começou a desvendar os mistérios que ligavam a Chama Primordial à antiga batalha contra Devastus.
Juntos, o grupo começou a investigar os movimentos da ordem sombria. Através de encontros furtivos e investigações secretas, Roones e seus aliados descobriram que Morgath estava utilizando o Cetro de Devastus para abrir portais e liberar entidades das sombras, preparando o caminho para a ressurreição do temido Rei das Trevas. No entanto, Roones percebeu que não precisava carregar o peso de sua missão sozinho. Seus aliados se tornaram sua força, e juntos eles formaram uma rede de resistência contra a escuridão que crescia à sua volta.
Mas a verdadeira provação chegou durante uma emboscada, onde o grupo foi confrontado por Alaric, o guerreiro leal aos Filhos de Devastus. Ele apareceu como uma sombra, uma figura sombria que se movia com uma precisão mortal, suas lâminas cortando o ar com velocidade e força. Sua habilidade de combate surpreendeu até Roones, que, embora ainda jovem, já havia treinado incansavelmente. A batalha foi feroz, com ambos trocando golpes rápidos e certeiros, mas, no fundo, algo estava errado. Alaric hesitou, seus olhos momentaneamente distantes, como se uma luta interna o impedisse de dar o golpe fatal. Roones sentiu isso—um conflito profundo dentro de seu inimigo, uma divisão que o fazia hesitar.
Quando o combate cessou, Roones ficou de pé, observando Alaric com uma mistura de respeito e empatia. Ele viu, no jovem guerreiro diante de si, um reflexo de sua própria luta interna. Alaric estava sendo manipulado, como Roones havia sido ao começar sua jornada, movido por sentimentos de vingança e dor, mas também pela dúvida e pela humanidade que ainda restava nele.
Roones sabia que Alaric não era o verdadeiro inimigo. Ele era uma vítima da manipulação de Morgath, alguém que ainda poderia ser salvo. Roones, com seu coração determinado e sua própria missão clara, tomou uma decisão difícil. Mesmo sabendo que Alaric era agora uma peça chave nas maquinações da ordem sombria, ele não poderia simplesmente matá-lo. Precisava ajudá-lo, assim como Arbon havia ajudado os inocentes, mesmo em tempos de grande escuridão.
Com um último olhar para Alaric, Roones deu um passo à frente, sua voz firme e compassiva.
— Você não precisa seguir esse caminho. Eu posso ajudá-lo a se libertar de Morgath.
Alaric, ainda sem falar, recuou, o conflito evidente em seus olhos. A batalha não estava terminada, mas a guerra, no fundo, era mais do que apenas o confronto entre heróis e vilões. Era uma luta por almas perdidas, uma luta por redenção.
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