Capítulo 29: Celine

Depois de sair do prédio sob os olhares de vários vendedores e alguns dos clientes que tinham visto o que aconteceu, mas ainda não tinham ido embora, eles entraram no Bentley Continental GT de Jack.

Embora Sabrina também tivesse um carro, valia apenas cerca de quatrocentos mil. Por outro lado, o de Jack valia setecentos mil dólares.

Dirigindo o Bentley, Jack seguiu para o Banco Flyers. Em cerca de quinze minutos, eles chegaram ao banco.

Ao contrário de outros negócios, o banco era bastante isolado. Era como se o prédio do banco tivesse seu próprio espaço. O prédio era bastante grande e tinha sete andares.

Ao olhar para o prédio, Jack não pôde deixar de se perguntar, 'Qual é a utilidade desse prédio grande assim, afinal. Não é como se estivessem guardando todo o dinheiro depositado aqui, certo?'

Ele tinha aberto sua conta na Cidade de Crystal. O prédio do banco lá era ainda maior que o daqui. Era um prédio de dez andares. Pelo que ele sabia, a maior parte do dinheiro depositado era levada para a sede, onde a segurança era mais rigorosa.

Jack havia escolhido este banco ao abrir sua conta. O motivo era simples, ele sabia que com o nível desse banco, não era algo que a família Alfonso pudesse interferir. Afinal, o Banco Flyers era um banco de nível nacional.

Sua reputação era alta demais para a família Alfonso ter influência sobre ele. Em outras palavras, não importava o que a família Alfonso fizesse, eles não poderiam congelar suas contas como poderiam se ele tivesse aberto uma conta em bancos menores.

"Você sabe por que eles usam um prédio tão grande quando são uma indústria de serviços?", Jack perguntou a Sabrina enquanto eles se dirigiam para o prédio do banco.

Sabrina olhou para Jack por um momento antes de responder, "A maior parte é para mostrar sua reputação como um grande banco. Afinal, como um banco tão grande poderia ter uma filial que compartilhasse um andar com uma empresa menor?"

Jack assentiu em compreensão. Afinal, ele não permitiria que sua empresa possuísse apenas um andar. Não, ele compraria um prédio inteiro. Mas, cada departamento teria um andar próprio.

Mas, comparado a ele, que iria se aventurar em diferentes indústrias, o Banco Flyers estava exagerando demais. Por que não conseguir um prédio de três ou talvez quatro andares?

De qualquer forma, isso não iria afetar o motivo de sua presença aqui. Depois de entrar na área do saguão do banco, ele pôde ver que o banco já estava movimentado. Já eram nove da manhã e os negócios já haviam aberto.

Olhando para as longas filas nas janelas dos caixas e a área do saguão já cheia, Jack balançou a cabeça. Esses caras certamente têm negócios, ele pensou consigo mesmo.

Então, ele conduziu Sabrina em direção ao elevador. Depois de apertar o botão, ele viu que não estava abrindo. Então, ele percebeu que estava em movimento, então decidiu esperar.

Não muito tempo depois, a porta do elevador se abriu. Jack e Sabrina estavam prontos para entrar depois que a pessoa dentro saísse.

Mas, quando Jack olhou dentro do elevador aberto, seus olhos azuis encontraram com um par de olhos verdes. E então, era como se o tempo tivesse congelado.

Jack foi atraído pelos olhos verdes familiares que ele sempre pensava ou sonhava. Agora, enquanto ele olhava para eles, seu coração falhou uma batida por um momento.

Enquanto outros saíam do elevador e outros entravam, Jack permanecia parado no local enquanto olhava para a beleza. Era a dama que ele havia encontrado no prédio do governo antes. Ele ainda conseguia lembrar a sensação de segurá-la em seus braços, ainda conseguia lembrar o cheiro especial que ela emitia naquela época.

Jack não era o único que havia parado todas as suas ações para olhar para o outro. A garota também estava olhando para ele. Ela não estava se movendo.

....

POV de Celine.

Hoje, viemos ao Banco Flyers para abrir uma conta empresarial. Eu ia ajudar uma amiga minha a criar um negócio antes que ela voltasse do exterior.

Neste dia, depois de terminarmos os procedimentos, era hora de ir embora. Com a conta empresarial sendo VIP, me garantiram que não haveria atrasos nas transações comerciais.

Depois de entrar no elevador, havia mais cinco pessoas lá dentro. Eu olhei para Faith, minha secretária pessoal. Ela era alguns anos mais velha do que eu e trabalhava antes de eu entrar nos negócios. Ela havia trabalhado sob minha mãe e eu tinha aprendido muito com ela.

Quando comecei a gerenciar alguns dos negócios da nossa família, minha mãe pediu a Faith para ser minha secretária pessoal, para que ela pudesse me auxiliar na linha de trabalho enquanto eu tentava colocar em prática tudo o que tinha aprendido com meus pais desde jovem.

"Faith, você acha que o negócio vai dar certo?" perguntei. Esta era a primeira vez que eu estava começando um negócio do zero. Embora estivesse usando algumas conexões da família, mas a maior parte dependia do trabalho árduo.

"Não se preocupe jovem senhorita. Está tudo bem. Eu chequei tudo muito bem. A indústria da moda e têxteis tem ido bastante bem recentemente. Além disso, estamos começando um aqui na Cidade de Inchoate. Então, é certeza que não teremos competição aqui considerando a força e as conexões da família." Faith respondeu com uma voz confiante.

Eu me senti assegurada. Então, respirei fundo para suprimir o nervosismo no meu coração. Embora eu fosse dominadora e fria na frente dos meus subordinados, eu sabia que afinal, eu era uma garota. Mas, eu tinha de manter uma postura firme diante dos meus subordinados para poder ganhar o respeito deles.

Claro, nossa conversa foi em sussurros. Olhando para o número enquanto o elevador descia, me preparei para sair do elevador. Ainda tínhamos muitas coisas para fazer, já que o negócio estava apenas começando.

(Térreo!)

O elevador chegou ao térreo enquanto uma voz robótica dizia o andar em que estávamos, que era o térreo. Quando as portas se moviam para os lados, eu estava prestes a sair do elevador quando meu corpo congelou.

Meus olhos encontraram com olhos azuis. Os mesmos olhos azuis de alguns dias atrás. Aqueles que faziam meu coração bater mais rápido e me faziam perder a compostura.

Por algum motivo, eu não me movi e só pude olhar para os olhos azuis que me olhavam de volta com emoções profundas.

Em seus olhos, eu podia ver curiosidade, confusão, teimosia e outras emoções. Eu não sabia o que fazer nessa situação, pois minha mente estava em branco. Tudo, exceto esses olhos, desapareceu.

Por algum motivo, esses olhos azuis eram familiares. Eu tenho certeza que, além do prédio do governo, eu me encontrei com esse homem único e bonito em algum lugar antes.

Bem, eu não tinha certeza se ele era um homem ou um jovem. Pela aparência dele, ele deveria ter a mesma idade que eu.

Justamente quando continuava olhando em seus olhos, senti alguém me sacudindo. Quando voltei a mim e desviei meu olhar de seus olhos, olhei para Faith, que estava me olhando preocupada e com suspeitas.

Eu podia ver que ela estava apontando para as pessoas impacientes no elevador. Era para sairmos do elevador, então, Faith havia impedido as portas de fecharem. O elevador só poderia se mover depois que as portas estivessem fechadas.

Já que quase todas as pessoas que vinham ao Banco Flyers eram pessoas ocupadas, elas estavam ficando impacientes esperando.

Antes que eu pudesse falar, fui puxada para fora por Faith. Por coincidência ou não, enquanto Faith me tirava do elevador, eu esbarrei nele novamente.

Antes que eu pudesse cair, senti o braço dele envolver minha cintura. Se fosse outra pessoa, outro homem, segurando minha cintura, eu já teria reagido. Mas, em seus braços fortes, toda resistência foi esmagada.

Eu não conseguia reagir e tudo o que podia fazer era olhar em seus olhos azuis profundos. Eu estava prestes a me afogar naqueles olhos quando Faith me puxou, tirando-me de seus braços e do meu transe.

Eu balancei minha cabeça enquanto era puxada por Faith, que me olhava preocupada. Eu não pude deixar de dar uma última olhada para o elevador que se fechava enquanto saíamos.

Depois de chegar ao estacionamento no meu Chevrolet Corvette rosa, Faith me olhou e perguntou, "O que está acontecendo, jovem senhorita?"

"Eu não sei. Por algum motivo, aquela pessoa, eu não sei por que perco minha compostura na frente dele," respondi sinceramente.

Faith me olhou com suspeitas. Ela perguntou, "Você tem certeza de que nunca o encontrou antes? Afinal, esta não é a primeira vez que você reagiu dessa maneira. Da última vez que nos encontramos, vocês olharam um para o outro em um transe."

"Da última vez?" perguntei subconscientemente enquanto me lembrava do que aconteceu naquele dia. Estávamos indo ao prédio do governo para pegar uma licença para o negócio que íamos começar.

Eu tinha saído tarde da reunião naquele dia. Então, eu corri para o escritório antes que eles o fechassem. Por coincidência ou acidente, nos esbarramos um no outro. Se ele não tivesse me segurado, eu teria caído no chão.

Faith me olhou por um tempo. Mas, eu nem sequer percebi que minha mente já tinha se perdido. Sentindo meu corpo sendo sacudido, olhei para Faith, que estava me olhando preocupada com as sobrancelhas tensas. Afinal, essa foi a primeira vez que eu estava agindo desse jeito.

"Eu poderia ter dado uma surra nele ali. Foi só que ele não fez de propósito e nem falou nada. Caso contrário, eu teria dito que ele estava criando uma cena para te perseguir." Faith disse isso com os dentes cerrados enquanto falava como uma irmã mais velha.

Eu só pude rir, já que sua expressão parecia engraçada para mim. Claro, esse lado meu era mostrado apenas para ela e meus pais.

"Vamos embora. Ainda temos muito o que fazer." Eu disse a Faith antes de dirigir o Chevrolet Corvette.

****

Nota do Autor;

Olá, eu sei que alguns estavam ficando impacientes com a parte do romance que não estava presente nos capítulos anteriores. Bem, aqui estamos. O romance está aqui, preparem-se para partes mais interessantes nos próximos capítulos.

A propósito, não se esqueçam de apoiar o livro. Se conseguirmos uma boa posição no ranking, eu com certeza darei capítulos bônus extras.

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