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Capítulo 41: Caldor

Após separar-se de Avalon, Ático não perdeu tempo. Ele foi diretamente para a sala de treinamento, ansioso para testar seu novo poder. A katana vibrava com uma excitação palpável.

Entrou na sala de treinamento e rapidamente selecionou os dados de Magnus, de 14 anos. A plataforma iluminou-se e, após alguns segundos, o robô se formou, com relâmpagos crepitando ao redor de sua forma.

Rapidamente mudou as configurações da sala para um dojô e caminhou para uma extremidade, e o robô para a outra.

Durante as decapitações, depois que Ático desbloqueou sua percepção elevada, ele ganhou a habilidade de discernir como o homem manipulava mana dentro de seu corpo. Era fácil, pois o homem não fazia esforço para esconder isso.

O homem liberava mana de seu núcleo em explosões controladas. Ático fez uma tentativa inicial e malfadada de replicar isso ao testemunhar, o que resultou em um de seus erros fatais, quando seu corpo explodiu devido à pressão descontrolada da mana.

Essa lição dolorosa o deixou extremamente ciente de que, se feito descuidadamente, isso poderia levar a consequências catastróficas, devido à pressão e mana descontroladas. Ele dedicou completamente sua atenção aos movimentos do homem e a como ele movia sua mana.

Levou algum tempo para compreender, mas ele eventualmente decifrou o padrão exato das explosões de mana.

Além do padrão, ele descobriu que para executar essa técnica com segurança era necessário adotar uma postura corporal específica.

Com seus olhos focados no robô, Ático assumiu uma posição.

Com uma pegada firme no cabo da espada e seu joelho direito à frente, Ático liberou sua mana de seu núcleo em explosões controladas, seguindo o ritmo de 'dois curtos, um longo, um curto e um longo.'

Com um comando murmurado,

{Golpe Transcendente: Graça da Velocidade de Deus}

Ático moveu-se com uma velocidade que superou a imaginação do robô.

Num instante, Ático materializou-se atrás do robô, que permaneceu alheio à desconexão entre seu pescoço e corpo.

Desconhecendo o perigo iminente, ele tentou pivotar e lançar um ataque contra Ático. No entanto, antes que pudesse executar seu movimento, sua cabeça se desconectou abruptamente de seu corpo, fazendo com que seu golpe planejado falhasse e sua 'vida' fosse extinta.

Os pensamentos internos de Ático aceleraram, 'Eu não esperava que fosse tão forte. Apenas 20% da minha mana, e eu nem sequer manipulei o ar para aumentar minha velocidade.'

Sua exaltação era palpável. As vibrações vibrantes da katana somavam-se ao seu júbilo, causando um sorriso a adornar o rosto de Ático.

"Acho que devo te dar um nome." Ático murmurou, e a katana respondeu com uma vibração de alegria.

"Hmm, dar nomes não é meu forte. Que tal se chamarmos de 'Katara'?" Ático sugeriu. No entanto, as vibrações da katana pareciam cessar, quase como se estivesse expressando sua desaprovação do nome escolhido.

"Tudo bem, tudo bem. Vamos ficar com esse por enquanto. Estou bastante exausto, é hora de descansar," Ático disse, rindo, ao perceber a mudança sutil nas vibrações de Katara, como refletindo um pingo de tristeza. Então ele saiu da sala de treinamento e dirigiu-se ao seu quarto.

Após algumas horas de sono, Ático acordou e dirigiu-se à área de refeições. Ao entrar, seus olhos caíram sobre um rosto familiar que ele não via há algum tempo. 'Suponho que seja hora de ele retornar,'

"Ático!" a voz de Caldor ecoou, e ele se levantou, estendendo os braços para um caloroso abraço. "Estava com saudades!"

Um pequeno sorriso curvou os lábios de Ático ao abraçar Caldor, "Vejo que você continua animado como sempre."

"É difícil não ficar alegre quando você está por perto," Caldor sorriu, dando um soco brincalhão no ombro de Ático.

Ático riu, "Bem, alguém tem que manter as coisas animadas."

Caldor riu em acordo antes de gesticular para o assento vazio ao seu lado. "Vem, senta. Faz tempo demais. Como você tem estado?"

Ático sentou-se e suspirou, uma mistura de exaustão e contentamento em sua expressão. "Ocupado, para dizer o mínimo. Treinando, aprendendo e lidando com todo tipo de desafios. Mas não posso reclamar, tudo tem valido a pena."

Anastácia e Freya apenas os observavam, claramente felizes que estavam se entendendo tão bem. Brasa sempre foi distante, mas elas estavam felizes por Caldor não ter mudado muito.

"Então, como foi o acampamento?" Ático perguntou.

A expressão de Caldor se iluminou ao relatar suas experiências. "Foi duro! Competição intensa, treinamento rigoroso—"

"Mas parece que valeu a pena. Você parece muito mais forte," Ático interrompeu com um sorriso genuíno, sentindo a aura formidável emanando de Caldor. 'Ele avançou para o rank intermediário,' Ático percebeu.

Anastácia entrou na conversa, um brilho provocante em seus olhos. "Caldor aqui tem sido bastante o assunto de conversa ultimamente. Parece que você tem feito bastante ondas."

Caldor coçou a cabeça, envergonhado. "Bem, eu acho que sim, haha."

"Como está Brasa?" Ático perguntou.

Uma sombra cruzou o rosto de Caldor enquanto ele suspirava, sua voz carregando um toque de preocupação. "Brasa tem estado... distante. Ela tem se mantido para si mesma, evitando interação com os outros. Sem amigos, sem socializar—apenas focada no treinamento."

O olhar de Anastácia tornou-se sombrio, e ela trocou um olhar com Freya. O isolamento de Brasa não era novidade para elas, mas ouvir isso em voz alta trouxe um peso ao ambiente.

Ático também sentiu a gravidade da situação. Ele sabia que Brasa passou por muito e seu afastamento provavelmente era um reflexo de suas lutas internas.

Caldor percebeu isso e rapidamente mudou de assunto. "Então, está pronto para ir ao acampamento no próximo ano?"

"Eu deveria conseguir," Ático disse, rindo.

Caldor ergueu uma sobrancelha brincalhão. "Confiante, não é mesmo?"

O sorriso de Anastácia voltou, mas um vislumbre de tristeza passou por seus olhos enquanto ela olhava para o assento de cabeceira vazio na mesa. Ela não pôde deixar de pensar, "Se ao menos ele conseguisse se perdoar..."

Conforme a noite ia terminando, cada um se recolheu aos seus quartos respectivos.

***

No dia seguinte, Ático e Caldor podiam ser vistos frente a frente no campo de treinamento, cada um com espadas de madeira nas mãos.

"Fiquei muito mais forte, Ático. Acha que consegue acompanhar?" Caldor disse com um sorriso malicioso.

"Vamos ver," Ático respondeu calmamente.

A disposição alegre de Caldor desapareceu conforme sua concentração se aguçava, transformando-se numa de um lutador habilidoso.

'Ainda me assusta toda vez que vejo Caldor assim,' Ático pensou, lembrando-se da primeira vez que tinha lutado com Caldor.

Aquela transformação abrupta o apanhou desprevenido, como se estivesse vendo uma criança ingênua instantaneamente transformar-se em um veterano endurecido pela batalha.

Com uma explosão de movimento, avançaram um contra o outro, suas espadas colidindo em uma enxurrada de golpes e bloqueios.

Caldor estava surpreso com a força de Ático. O poder nos golpes de Ático era igual, senão maior que o seu.

Ele não conseguia perceber o rank de Ático, já que nem todos possuíam a habilidade de percepção de Ático em um rank tão baixo.

Embora eles pudessem eventualmente perceber conforme avançassem, uma pessoa de rank intermediário não poderia dizer com precisão o rank de um indivíduo. A única maneira de saber seria se a pessoa liberasse abertamente sua aura.

Conforme suas espadas colidiam, Ático se concentrou no vento, concedendo a si mesmo uma explosão inesperada de velocidade.

Caldor, pego de surpresa pela aceleração súbita de Ático, lutou para reagir a tempo. Ático aproveitou a vantagem e manobrou habilmente sua espada de madeira, pressionando-a contra o pescoço de Caldor.

Caldor parou, sua surpresa se transformando em um sorriso. "Bem jogado, Ático. Você me pegou, seu pequeno monstro. Quando você despertou sua linhagem?"

"Não muito tempo atrás," Ático respondeu casualmente, mantendo uma expressão neutra. Ele estava determinado a manter o tempo real um segredo, ciente de que tal informação poderia torná-lo vulnerável neste estágio inicial de seu crescimento.

"Caramba, um intermediário de 9 anos. E você despertou um elemento útil também! Eu simplesmente despertei o elemento de água. Só posso curar um pouco no momento!"

"O elemento de água pode ser bastante versátil também," Ático respondeu, tentando ser tranquilizador. "Curar é importante, Caldor. Pode salvar vidas em momentos críticos.

"É, é, eu sei. Mas seria legal poder aumentar minha velocidade ou explodir algo em pedaços," Caldor retrucou de mau humor.

"Bem, a vida não é justa. Além disso, eu despertei 4 elementos, hehe," Ático disse com uma risada.

Ático pensou muito sobre se deveria revelar essa informação ou não, mas acabou decidindo fazê-lo.

'Será um grande handicap se eu não puder usar minha linhagem livremente. Além disso, houve casos de pessoas com múltiplos poderes elementais antes, mas não todos os 4. Espero que não seja tão ruim.'

Caldor ficou ali atônito, "4??! Me mostra agora!"

Ático então manipulou os elementos simultaneamente, deixando Caldor olhando com a boca aberta.

"A vida realmente não é justa," Caldor disse distraidamente, sua mente correndo com perguntas sobre como isso era possível.


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