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14.28% HP: Domínio / Chapter 4: Renascido

Capítulo 4: Renascido

Minhas narinas inspiraram grande quantidade de ar, entrando pelo meu corpo e me trazendo satisfação como não havia antes, meus pulmões pareciam estarem funcionando perfeitamente, algo que me deixou confuso.

Eu ainda estava vivo, e bem.

Não tinha um espaço de fogo e enxofre ao meu redor como deveria ser de se esperar, entretanto eu via metal acima da minha cabeça e brilhos coloridos que inundavam a área, com botões estranhos concentrados sobre meus olhos.

Um som alto irrompeu e tocou nos meus ouvidos, e tudo parecia ter se inflamado de vermelho, então senti os arredores tremer no lugar que eu estava, como um impacto repentino.

Tentei me mover, mas notei que eu estava minúsculo, esse não era o meu corpo, definitivamente não.

Oh, eu entendo, eu entendo!

Muito rápido na verdade.

Eu tinha, se não estivesse em coma ou maluco, renascido.

Não poderia ser melhor, realmente, começar de novo parece uma oferta sedutora, e o pensamento fazia, apesar de tudo, meu sangue pulsar mais rápido em minhas veias.

Entretanto estou confuso sobre onde estou, embora tenha minhas suposições. Soa muito como um filme de ficção científica, embora nós já tenhamos esta tecnologia, provavelmente.

O pequeno espaço em que eu estava me lembrava muito algo como uma nave espacial pequena, aquelas como a de Goku ou do Super-homem.

Enviado para outro planeta? Parecia uma suposição estranha, mas por que uma criança estaria dentro de uma micro nave para começo de conversa? Além disso, eu acabei de renascer, já parecia mais louco do que qualquer coisa.

Os minutos foram passando e sem sinal de acontecer algo, eu não conseguia fazer nada direito com meu corpo, então escapar daqui sozinho parecia ser impossível.

Parei de realizar movimentos e simplesmente olhei para cima. Então com um movimento repentino, abri a boca o máximo possível e gritei, saindo como um tipo de choro de criança, mas que produziu um som anormalmente alto.

Percebi imediatamente que não era normal, ora, que surpresa. Tudo agora girava para um enredo clássico em minha mente, e eu estava suspeitando da realidade que me caiu agora.

Continuei o grito por poucos segundos, esperando que fizesse o efeito desejado, não queria atrair muita coisa para mim, dependendo do que fosse.

Se eu estivesse muito longe de qualquer habitação humana, estava ferrado, mas se houvesse alguém por perto eu poderia ter a sorte de ser salvo daqui de dentro, embora eu não saiba o que eles poderiam fazer comigo dependendo de quem fosse que me encontrasse.

Nesse caso só poderia contar com a sorte, ou esperar que algo despertasse no momento certo.

Apenas esperei e esperei, os minutos passando lentamente dentro daquele lugar sufocante, enquanto um irritante som de bip soava continuamente.

Foi após algumas horas -eu acho que tenha sido- que senti uma aparente movimentação ao meu redor.

Meus ouvidos apurados detectaram toques sobre a nave, e em alguns minutos senti um vapor soprando e ar entrando para dentro, quando uma pequena parte em cima de mim abriu como uma escotilha automática.

Na minha frente o rosto de um homem de meia-idade apareceu, cabelo escuro e barba cheia, seus olhos demonstravam choque, me olhando atordoado.

"Clara, venha aqui!" Ele disse, virando o rosto em outra direção, então voltou-se para mim novamente e me agarrou nos braços, tirando-me daquele lugar sufocante.

Senti o ar puro agraciado, vendo que ao meu redor tinham várias árvores verdes, o chão terreno marrom característico, com alguma grama aqui e ali.

Acima, a lua brilhava e derramava sua luz sobre meu rosto. Me sinto estranhamente satisfeito com a vida nesse momento. Aparentemente eu estava na terra, ou algo muito parecido com isso.

"Você realmente conseguiu?" Ouvi a voz de uma mulher se aproximando.

"Olhe o que eu encontrei aqui." O homem disse, virando o corpo e me deixando ser revelado.

"O que!? Como?" A mulher gritou, aparentemente espantada com a minha presença.

"Ele estava dentro dessa coisa, eu também não entendo." O homem sinceramente não me parecia muito afetado, ou ele era bom em manter as emoções.

"E o que faremos com ele? Nem sabemos o que pode ser." A mulher estava com um pé atrás, não é todo dia que se encontra uma criança dentro de uma nave, provavelmente.

"O que mais, Clara? Você o enviaria para uma instituição na cidade? Além de longe daqui, você sabe como eles são. E espero que não pense em deixar a criança aqui." Oh, um bom homem!

"Você está maluco, Roberto? Está pensando em criar uma criança que chega dentro de um objeto estranho? Que não temos ideia do que pode ser? Tem noção que ele pode sequer ser desse mundo?"

"Maluca está você, Clara. Outro mundo? A primeira possibilidade que você pensa? Sério? Pode ser qualquer outra coisa." O homem era obstinado.

"E que coisa seria essa coisa, Roberto?"

"Não sei, pode ter sido enviado de alguém em outro estado ou país, as motivações podem ter sido várias. Algo que deu errado, alguma tecnologia nova sendo testada, nada nos diz que ele veio realmente de fora da atmosfera."

"Tudo bem, Roberto. Mesmo que seja assim, e realmente faz mais sentido, o que você espera criando o garoto?"

"Clara, meu amor, como pode não ver a predestinação acontecendo aqui? Não conseguimos fazer uma criança até hoje, e de repente aparece uma na nossa frente?"

Entendo, ele parecia acreditar em misticismos, deve pensar que sou um presente enviado de Deus ou alguma outra entidade cósmica, por isso não devia estar tão afetado.

A mulher colocou os dedos entre as sobrancelhas e franziu a testa, caindo em aparente concentração para pensar.

"Ah..."

Passado alguns instantes angustiantes para Roberto, Clara parou o seu movimento insistente dos pés batendo no chão e abriu a boca para falar.

"Tudo bem."

"Tudo... bem?"

"Sim, Roberto, podemos criar a criança. Mas você tem que saber onde está se metendo. Quem vai cuidar dela vai ser principalmente você, não deixará todo o trabalho para mim." Ela suspirou derrotada e sorriu levemente para o homem.

Roberto se alegrou e me levantou no alto, fazendo minha sombra cobrir o seu rosto sorridente.

"Viu, garotão? Agora eu sou seu pai, simples, né? Hehe."

Eu, com meu imenso carinho, retribui o seu sorriso com um maior ainda, e no reflexo de seus olhos consegui ver, naquele castanho claro me olhando com alegria, uma luz vermelha que cintilou com intensidade, vindo diretamente das minhas pupilas assustadoras, e então me senti absolutamente vibrante. O que era um mundo novo, afinal?


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