Leon
Dois anos antes…
Eu já me encontrava logo cedo acordado. Quero dizer, mal dormi essa noite. Estava tão preocupado com a minha rainha, que mal consegui pregar o olho.
Ouvir seu choro me fez quase sair de casa e ir para a casa dela durante a madrugada. Como eu queria saber o que estava acontecendo com ela!
A minha vontade foi ligar para a Vanessa assim que a minha rainha desligou a chamada. Mas não achei certo acordá-la sendo que o problema tinha que ser resolvido entre a minha rainha e eu.
Mesmo que ela não queira falar comigo, eu a tenho que procurar, e é o que vou fazer assim que terminar de amanhecer. Levanto-me da cama e sigo para o chuveiro para tirar o cansaço que estava em meu corpo.
A forma como ela ficou em meus braços foi perfeita, e logo a imagino aqui em minha casa e em nossa cama. Ela chamou minha atenção não só pelo seu corpo maravilhoso, mas também pela força que me mostrava.
Depois do episódio da sorveteria, fiquei com uma bela ereção da porra ao imaginá-la coberta com o chocolate da minha fábrica. A forma como seu corpo ficaria ali regado de chocolate na cama… Eu teria o maior prazer em lamber seu corpo pedacinho por pedacinho. Mesmo que ficasse uma lambuzeira, eu faria essa pequena fantasia acontecer.
Pego o sabonete e passo pelo meu corpo, desejando que fosse ela que estivesse me tocando.
Isso sim seria muito gostoso. Tê-la aqui ao meu lado me acariciando, me tocando, e juntos fazendo amor bem gostoso. Meu pau estava bem duro e precisando de uma foda. Se fosse em outra ocasião, eu iria procurar a Laura, ou outras mulheres com as quais fiz sexo.
Desligo o chuveiro e mudo a temperatura para o frio, deixando cair o jato de água fria para ver se desse jeito poderia acalmar o desejo que estava sentindo e também a preocupação com a minha rainha.
Quando olho para baixo, vejo que meu pau estava meio duro e dou um suspiro de alívio, não fazia bem eu aparecer com uma bela ereção na casa dela e assustá-la. Eu preciso ver se ela está bem, e nada melhor do que ir já. Troco-me rápido e logo estou indo para lá. Espero que ela me receba.
Assim que chego à casa dela, toco a campainha, e quem vem me atender é a Vanessa, que fica surpresa ao me ver ali parado.
— Leon, tudo bem?
— Mais ou menos, Vane. A Duda está acordada? — pergunto, ansioso para vê-la.
— Sim. Acho que ela mal dormiu essa noite. Aliás, parece que vocês dois mal dormiram.
— Posso falar com ela?
— Ela não está, Leon — Vane me olha curiosa.
— Aonde ela foi logo cedo? — já fico preocupado.
— Para o curso — ela responde, e fico mais tranquilo.
— E você poderia me passar o endereço do curso dela?
— É claro que sim. Aguarde só um momento. Você quer entrar?
— Não tem problema?
— É claro que não! Assim você me conta o que veio fazer atrás da minha irmã a esta hora da manhã — ela brinca.
— E você tem que ir para o trabalho, não? — brinco também, um pouco mais aliviado.
— Ah, não, meu chefe é bem tranquilo!
— Ah, sim, ele é um chefe bem tranquilão, então! — respondo à brincadeira e entro na casa, que é bem simples e ao mesmo tempo com muito bom gosto. Vou olhando ao redor da sala e percebo que há vários porta-retratos delas e também de um casal que imagino serem seus pais.
Pego um porta-retrato da minha rainha, o que me fez matar um pouco das saudades suas.
— O que exatamente aconteceu com vocês dois?
— Por que você acha que houve algo?
— Leon, deu para ver nas caras de vocês.
— Vane, o que aconteceu depois que deixei vocês em casa ontem?
— Bom, que eu saiba nada, por quê?
— Porque ontem a sua irmã me dispensou!
— Então por isso ela estava triste — Vane fala consigo mesma, e fico curioso.
— Vane, ela disse que tinha algo que estava acontecendo com ela. E ela não quis me contar.
— Então, Leon, é só ela que pode te contar! — ela diz, sem graça.
— É o que eu vou fazer! Vane, obrigado por ter me apresentado a sua irmã.
— Leon, escute o que vou te dizer agora, meu amigo.
— Estou ouvindo.
— Minha irmã é uma pessoa maravilhosa, só que às vezes, ou melhor, quase sempre ela se esconde, é como se ela tivesse medo de enfrentar a realidade. Mas peço que não desista dela.
— Percebi que ela esconde algo e não quer me contar.
— Sim, mas só ela pode te contar, eu não tenho esse direito.
— Eu sei que não, Vane. Só preciso que ela me veja e diga na minha frente que não quer nada comigo.
— Então você vai procurá-la?
— Sim, e não vejo a hora de ficarmos frente a frente. Vou indo para lá!
— Leon, ainda é cedo.
— Eu sei disso, mas vou ficar mais tranquilo quando a vir.
— Então o Senhor Leon está mesmo gostando da minha irmã?! — ela brinca, e noto suas lágrimas de alegria.
— Pois é, minha amiga, a sua irmã deve ser alguma bruxinha que colocou um feitiço em mim, não consigo tirá-la da cabeça, e mesmo que ela me rejeite eu vou lutar até o fim! — me despeço e vou em direção ao curso, onde fico esperando a minha rainha.
Algumas horas depois…
Saio do carro e percebo que os alunos estão saindo. Reparo que a minha rainha não me vê e corro atrás dela para não a assustar. É quando ela vê que sou eu e para de andar. Noto as expressões em seu rosto, que variam entre medo e alívio.
— Leon, graças a Deus que é você! — mal dá tempo de eu responder, e ela desmaia, houve apenas tempo de correr e segurá-la. Grito por ajuda, mas ninguém aparece.
— Vamos, minha rainha, acorde, não me deixe assim, não! — peço, apreensivo ao ver que ela não acordava.
Arrumo-a em meus braços e pego a sua mochila, colocando-a em meus ombros, e saio correndo em direção ao prédio. Ao chegar lá, encontro alguns funcionários e pergunto:
— Vocês têm alguma enfermaria? — logo estão me levando direto para lá. Ao me ver com a minha rainha, a enfermeira exclama, preocupada:
— Meu Deus, é a Duda!
— Ela desmaiou assim que me viu.
— O senhor é o que dela? Antes que me responda, coloque-a aqui nessa maca.
— Sou o namorado dela.
— Senhor, houve alguma coisa com ela?
— Que eu saiba ela se encontra bem — minto, não vou contar que a gente brigou.
— Então tudo bem! — ela pega um frasco do que parecia álcool e passa em uma gaze, levando até o nariz da minha rainha.
Não demora muito, a Duda começa a se mexer na maca. Logo está abrindo os olhos. Fico aliviado, pois ao me ver ela abre um sorriso e sussurra:
— Leon, eu pensei que tinha sido um sonho! — ela leva a sua mão ao meu rosto, fazendo um carinho. Só de ver que ela está bem eu fico mais tranquilo.
— Não é um sonho, minha rainha, sou eu mesmo! — é a minha vez de fazer carinho nela, que não se afasta do meu toque como da primeira vez.
— Me abraça, Leon! — ela pede, e obedeço, sentindo seu corpo tremer ao meu toque.
— Está tudo bem? — pergunto, preocupado.
— Sim! Agora que você está aqui, me sinto protegida — ela me abraça com força, e com ela nos meus braços eu faço um juramento. Puxo seu rosto e digo:
— Eu juro te amar e te proteger, minha rainha! — selo o juramento com um beijo.