Capítulo 7: A Cidade do Preconceito
Então com Gabriel se aproximando das muralhas de Liku ele pode ver que eram bem grandes, principalmente o portão do qual era bem protegido pelos arqueiros que vigiavam quem se aproximasse, enquanto os arqueiros ficavam por cima do portão haviam alguns guardas na frente do portão do lado de fora, todos empunham lanças em suas mãos e usavam uma armadura leve menos um deles que usava uma armadura diferente dos outros, um pouco mais robusta, pesada e um pouco mais adornada sugerindo que ele fosse o capitão daqueles soldados que protegiam o portão, logo quando Gabriel começou a se aproximar com as carroças o capitão logo falou em voz alta:
Capitão- Parado!
Logo que o capitão falou aquelas palavras seus soldados se aproximavam também, os arqueiros que estavam acima do portão levantaram seus arcos e preparavam suas flechas, os soldados que estavam no chão começaram a circundar a carroça, outros ficaram na frente do portão com suas lanças apontadas para frente assim embarreirando o caminho mesmo que o portão estivesse fechado afinal eram ordens, com os soldados preparados o capitão logo começa a interrogar Gabriel fazendo perguntas:
Capitão- O que veio fazer nessa cidade estranho?
Gabriel então observou que havia arqueiros enfileirados e apontando seus arcos e flechas na direção dele na tentativa de intimidá-lo, arqueiros esses que apenas esperavam uma ordem dependendo do que Gabriel respondesse ao capitão, além dos arqueiros os soldados que circundaram a carroça apontaram suas lanças na direção dele, dos cavalos e da própria carroça impedindo ele de se movimentar em qualquer direção, Gabriel logo que ouviu a pergunta do capitão logo o respondeu:
Gabriel- Estou aqui para fazer negócios em nome dos meus patrões. Acredito que esta cidade possua itens de valor que seriam de bom uso comercial!
Capitão- Sim, isso é verdade! Já que deseja adentrar a cidade pode me passar seu cartão de aventureiro!
Gabriel- Claro! Só cuidado acabei de receber meus pontos!
Capitão- Compreendo.
Gabriel- Vocês estão bem precavidos com os cidadãos que chegam a cidade, pode me dizer o porque?!
Capitão- Infelizmente a única coisa que estou autorizado a falar é que são assuntos sociais!
Então um guarda que fazia a inspeção da carroça logo ao se aproximar da segunda ficou um tanto assustado ao levantar o pano e descobrir que havia uma criatura ali, o soldado logo avisa o capitão e o mesmo faz um movimento com as mãos cujo as lanças dos soldados próximos de Gabriel fossem para perto de seu rosto, o capitão logo indo verificar o que o soldado havia mencionado ao se aproximar e ver o que o soldado viu ele arregalou os olhos ao ver o que se encontrava ali, logo ele volta até Gabriel e o questiona de forma grosseira o porquê de haver um monstro na segunda carroça e se a besta estaria viva, Gabriel mantendo a calma o respondeu que aquilo era um corpo de um demônio azul inferior que havia derrotado em batalha e que o monstro não oferecia mais perigo pois havia decapitado ele, o capitão ao entender a justificativa do jovem mandou com um sinal de mão para que os soldados baixassem as lanças, e logo o mesmo devolveu o cartão de Gabriel e lhe deu um aviso:
Capitão- Sem gracinhas!
O capitão então deu o sinal para que levantassem o portão de ferro, logo um soldado do lado de dentro da cidade foi até uma alavanca e a empurrou para cima, assim o portão foi se abrindo até ficar completamente aberto e a partir daí Gabriel poder seguir seu caminho como planejado, os soldados que estavam embarreirando o portão rapidamente saíram do caminho dando espaço para Gabriel que começará a passar, em seguida adentrando os muros da cidade a primeira coisa que fez foi procurar por uma casa de banho para se limpar pois ainda se sentia suado e sujo por conta da luta contra o monstro, depois de uns minutos após entrar na casa de banho ele saiu do local revigorado, ele então direcionou suas carroças em direção a guilda da cidade para poder comer um pouco pois não havia se alimentado fazia cerca de 8 horas desde que acordou na vila, então ele logo parou sua carroça e colocou as rédeas dos cavalos em um palanque para que não fugissem, logo ele se aproxima da porta da guilda e a abre, ao fazer isso ele entra na guilda que se parecia um pouco com a de Axel, porém com muitas coisas diferentes pois o lugar mais parecia um bar ou restaurante do que uma guilda, porém era bastante bonita devido as vigas estarem com alguns emblemas em forma de escudo, escudo esse que tinha a cor vermelha e uma linha preta de uma ponta a outra na diagonal, ele então procurou por uma mesa para poder se sentar, ao conseguir uma perto da porta ele rapidamente foi atendido por uma garçonete, logo ela pergunta:
Garçonete- Está pronto para pedir algo senhor?!
Gabriel- Sim! Um prato de cordeiro acompanhado de costelas bovinas por favor!
Garçonete- Gostaria de algo para beber?!
Gabriel- Sim, água por favor! *Nunca tomei cerveja na minha vida e acho que agora não é momento!*
Então a garçonete que o atendeu agradeceu pelo pedido e logo foi em direção a cozinha que ficava no fundo do lado esquerdo, cozinha essa que não tinha aquela janela para pegar os pratos então era necessário que a garçonete entrasse na cozinha para entregar os pedidos, as roupas das garçonetes eram um vestido de saia curta que batia no joelho, o decote da roupa era bastante variado por conta de algumas terem mais peito que outras, as cores das suas roupas era predominantemente vermelha com bordas pretas e os babados da parte da saia na cor branca, Gabriel enquanto observava o guilda local viu que em uma mesa do outro lado da porta havia um jovem loiro de costas para ele da mesma forma que ele estava de costas para o loiro, o mesmo usava uma armadura azul com bordas douradas, junto de uma longa capa, junto a ele estavam duas lindas jovens, uma ruiva e outra de cabelos verdes, Gabriel logo voltou a encarar o menu para ver quais pratos que também haviam caso ele quisesse pedir, o jovem loiro que estava conversando com as meninas ao olhar para trás viu que um forasteiro de cabelos escuros usava uma jaqueta que não existia naquele mundo, jaqueta essa que em suas costas estava com um corte diagonal como se uma garra tivesse feito aquilo, logo ele pediu licença para as suas companheiras e foi em direção do forasteiro, logo ele chamou sua atenção:
????- Com licença!
Gabriel logo ao ouvir a voz que o chamava atrás de si virou-se para ver quem era, ele percebeu que era o rapaz loiro de armadura, ele então se levantou de sua cadeira de madeira e de forma educada cumprimentou o loiro, então eles se apresentaram:
????- Oi eu sou Kyōya Mitsurugi!
Gabriel- Prazer, eu me chamo Gabriel Capiotti! -ele logo virou a cabeça um pouco para o lado vendo quem o acompanhava-
Gabriel- Vejo que está acompanhado de belas companheiras!
Mitsurugi logo agradeceu o elogio referente a suas parceiras, porém as mesmas desaprovam a atitude de Gabriel tapando seus bustos e a área de suas intimidades com certo receio do aventureiro e também por conta de dificilmente recebem elogios mas sim de serem ameaçadas de perderem suas calcinhas, elas não vestiam tanta roupa aparentemente pois a de cabelos verdes usava um top preto com linhas roxas nas laterais e uma tanga que sabe-se lá se usava uma calcinha, a outra embora usasse um top rosa assim como sua amiga ela usava ao invés de uma tanga uma saia curtinha semelhante a da Aqua, Mitsurugi vendo a reação das suas companheiras logo responde:
Mitsurugi- Ah… Não se preocupa, não é culpa sua elas estarem assim! Tempos atrás havia tido certos incidentes com um jovem chamado Kazuma que ameaçou roubar as calcinhas delas.
Mitsurugi- Isso aconteceu porque elas tentaram me defender depois que o Kazuma me derrotou fazendo com que eu desmaiasse e ele pegasse minha espada para vender! Até hoje não achei a minha espada Graham!
Gabriel- Isso é uma pena! Acho que posso te ajudar com a sua espada! Eu sou negociante, acredito que em algum momento eu vá encontrar a sua espada!
Mitsurugi- Sério! faria isso por mim?!
Gabriel- Claro! Eu lhe ajudo tranquilamente, posso formar uma rede de informação futuramente e pedir para eles me informarem onde a espada tem passado.
Gabriel- Assim eu poderia prever onde ela estaria no futuro ou onde ela pode estar!
Mitsurugi- Obrigado! quanto eu lhe devo?
Gabriel- Isso depende!
Mitsurugi- Como assim depende?!
Gabriel- Eu só vou cobrar quando eu conseguir a espada, fora isso não haverá nenhum problema com dinheiro eu garanto!
Mitsurugi- Certo, eu só preciso fazer um desenho de como a espada se parece.
Então Gabriel logo se aproximou calmamente das parceiras de Mitsurugi e logo perguntou o nome delas, elas logo o responderam, a ruiva se chamava de Fio e a de cabelos verdes se chamava Clemea, então após ouvir seus nomes perguntou a elas se gostariam de alguma coisa pois como já estava ajudando Mitsurugi quis ajudar as garotas caso precisassem de algo, pois caso quisessem ele poderia anotar e procurar, elas então depois de pensarem um pouco pediram por roupas novas de uma forma um tanto específica que o fez anotar tudo que pode para não esquecer, depois dos pedidos das meninas ele convidou elas e Mitsurugi para se sentar junto a ele em sua mesa e logo perguntou o que eles iriam querer comer, então eles chamaram uma garçonete que logo se aproximou e eles pediram para trazer umas carnes de sapo e três cervejas, alguns minutos se passam após o pedido e os pratos finalmente chegaram, principalmente o de Gabriel que ele pediu um pouco antes dos outros, enquanto comiam eles começaram a conversar sobre aquela cidade em que estavam, Mitsurugi pediu para Gabriel tomar cuidado pois as pessoas que vivem nela não aceitam muito bem pessoas novas, muito menos de outras espécies, ele diz que houve muitas mortes de Succubus por conta do senhor feudal local pois era contra esse tipo de espécie dizendo que eram raças que vieram diretamente do inferno, coisas que um politico idiota falaria, Mitsurugi então diz:
Mitsurugi- Porém uma coisa eu sei muito bem! E acredito que para um negociante informação vale mais do que ouro, preste bem atenção pois caso precise será bem útil!
Gabriel -Estou ouvindo!
Mitsurugi- Os soldados daqui ganham muito pouco nessa cidade então aceitam suborno muito fácil.
Gabriel- Entendo.
Gabriel- Estranho desde que cheguei na cidade sinto uma aura pesada sobre mim como se eu tivesse sendo vigiado.
Mitsurugi- Isso é por conta da caça às Succubus que tem acontecido contra elas! Estamos em missão aqui para tirar elas da cidade, já consegui ajuda de dois mercadores jovens com duas carroças, se possível gostaria que se juntasse a nós nessa missão. O que acha?
Gabriel- Eu adoraria ajudar mas eu seria um problema para vocês! Estou com uma carcaça de monstro na minha segunda carroça, e a primeira provavelmente estará muito cheia por conta das coisas que irei comprar, infelizmente não posso ajudar!
Mitsurugi- Compreendo.
Gabriel- Porém se eu conseguir ajudar alguém no caminho certamente o farei!
Então depois de todos terminarem seus almoços Mitsurugi como agradecimento por Gabriel se dispor a ajudar entregou uma espada extra que tinha junto de uma bainha, ele agradecido também recebeu o desenho da espada Graham, logo ele saiu da mesa e pagou a conta e assim deixou a guilda, ele do lado de fora colocou a espada embainhada em sua cintura do lado direito, a espada era igual a uma espada de idade média comum, lâmina longa e afiada de metal, guarda reta e cabo de couro marrom, uma espada padrão, ele então colocou o desenho da espada na bolsa mágica que ganhou de Chris e logo caminhou até o distrito comercial da cidade a procura de itens que fossem úteis para a loja de Wiz e Vanir, então depois de um tempo ele finalmente voltou para a sua carroça colocando assim a última caixa de poções de vitalidade, haviam também caixas de poções de restabelecer mana, poções que aprimoraram alguns atributos e outros que diminuem, ele havia comprado muita coisa, porém eram bem úteis, Gabriel aproveitou que estava se mexendo ainda e não estava cansado e foi até os correios e enviou uma carta para o ferreiro de Axel com um diagrama de espadas que ele desejava obter, carta essa que um pouco mais tarde foi enviada por um pássaro.
Logo depois de um dia inteiro comprando estoques de poções e itens mágicos úteis a noite finalmente havia chegado, então quando ele parou sua carroça perto do portão sul para descansar ele vê se aproximando em alta velocidade três carroças com dois eixos cada, em uma delas havia um homem encapuzado com uma armadura azul e amarela, era claramente Mitsurugi fugindo com as Succubus da cidade e com os dois comerciantes ajudando, então um soldado viu a movimentação apressada e logo mexeu na alavanca assim fazendo o portão baixar lentamente, Gabriel vendo a situação decidiu ajudar de forma discreta usando sua habilidade de manipulação de mana assim criando fios grossos que emperraram o mecanismo do portão assim trancando, ele impediu que o plano de Mitsurugi fosse por água abaixo, então com eles conseguindo escapar, logo Gabriel desfaz os fios e o portão voltou a descer depois das carroças terem saído da cidade, para onde, Gabriel não fazia ideia porém sabia que a estrada que pegaram dava direto para Axel, Gabriel logo depois de uns minutos após a fuga decidiu descansar embaixo da carroça, assim ele usando sua habilidade criou um tipo de rede de mana vermelha, assim poderia evitar gastos desnecessários com aluguel de quarto.
Então no dia seguinte Gabriel já havia levantado pois acabará de sair de uma loja da qual havia comprado um manto vermelho escuro caso precisasse fazer algo arriscado como o que fez ontem novamente, ele então andando pela cidade em direção da carruagem logo viu uma multidão em volta de algo ou alguém, elas estavam gritando como se estivessem com raiva de algo, Gabriel logo que se aproximou com certa curiosidade viu quem as pessoas circundavam, ele então viu um jovem na casa dos 21 anos e uma linda Succubus de pele clara olhos azuis e cabelos loiros, ela estava com pouca roupa, mais especificamente um short curto semelhante ao de Luna e uma blusa vermelha que deixava sua barriga à mostra, ela possuía uma cauda longa e fina, também uns chifres que se assemelhavam aos de Albedo de Overlord, ao ver a cena Gabriel se lembrou da caça as Succubus que estava tendo na cidade, logo Gabriel pediu aos moradores locais para darem espaço para ele, porém um senhor o empurrou dizendo que não era para ele se meter, Gabriel logo havia se lembrado do que Mitsurugi havia falado sobre as pessoas não gostarem muito de estranhos na cidade, ele sabendo do futuro que aguardava aquela linda Succubus rapidamente desembainhou sua espada que ganhou do mesmo, ele então gritou para a multidão com a espada em mãos tentando intimidar os moradores e logo ele diz:
Gabriel- Quem quiser ferir esses dois terá que passar por mim e minha espada!
O jovem de cabelos e olhos castanhos que protegia a jovem Succubus não entendeu muito bem o que estava acontecendo, porém ele viu que a multidão de civis em sua volta estava se dispersando, Gabriel vendo que a Succubus chamaria muita atenção logo entregou a ela o manto que havia comprado e disse que era para ela se cobrir pois assim não seria identificada, a mesma logo escondeu seu rabo sob o manto assim o escondendo, logo ele falou para os dois seguirem ele, o rapaz que acompanhava não entendendo muita coisa logo o questionou:
????- Quem é você? E porque está nos ajudando?
Gabriel- Estou ajudando vocês porque não iriam durar muito se os guardas da cidade pegassem vocês!
Gabriel- Subam na carroça! Ao meu lado tudo dará certo! Infelizmente as duas carruagens estão lotadas mas sentem-se ao meu lado tem dois lugares perfeitos para vocês!
Então no quarto dia de viagem Gabriel retornaria para Axel junto de companhia que ele decidiu ajudar pessoas que precisavam ou não morreriam se ficassem naquela cidade.
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