POV: Baldur.
Cidade de Birnin Bashenga, Wakanda.
No Mesmo Momento.
2017.
Eu quis dar uma visão mais ampla de Wakanda para Carol, então não me teletransportei direto para o portal próximo do castelo real.
"É lindo." Diz ela por fim.
Estávamos em cima do maior edifício dessa cidade, nomeada em homenagem ao primeiro rei de Wakanda, abaixo de nós, uma cidade vibrante com construções futuristas, trens flutuantes e veículos voando de forma organizada de um local para outro, enquanto as pessoas abaixo andavam calmamente pela rua.
Toda a cidade foi feita numa integração perfeita entre o concreto e a floresta, então por todo o lugar, até mesmo preso nos andares mais altos dos edifícios, a verde. Toda essa cidade como as outras estão conectadas pelos rios que atravessam toda essa extensão de terra.
"Rei Baldur, você nos honra com sua presença."
Um homem segurando uma lança de prata e usando roupas típicas de uma tribo africana se aproxima e me dá uma saudação de respeito de Wakanda, cruzando os dois braços na frente do seu tronco.
"Desculpe pelo susto, só queria mostrar essa bela vista para minha acompanhante."
"Estamos honrados senhor, faz muito anos que o senhor não vem até o museu real."
O portal que escolhi fica no maior museu de Wakanda, já vim aqui algumas vezes para lembrar dos velhos tempos ou contar o que aconteceu anos atrás para os historiadores, já que antes eles não eram tão avançados para manter registro do primeiro rei.
"Como vai à coroação?" Pergunto.
"Esse soldado não possuiu muitos detalhes, mas tudo parece estar indo muito bem."
"Obrigado."
Após agradecer, seguro Carol como uma princesa e voo lentamente por cima da cidade, e depois para a próxima, até entrarmos em Birnin Zana, aonde o imenso castelo com às duas estatuas negras das panteras de cada lado das portas estão.
"Eu posso voar, você esqueceu?" Pergunta nos meus braços, enquanto nos aproximamos do castelo.
"Chegamos ao castelo." Não respondo, e chamo atenção dela para o castelo.
Já nos esperando, a várias Dora Milaje nas laterais com suas belas lanças e posturas perfeitas.
"Elas parecem bem treinadas." Comenta Carol, as vezes esqueço que ela era praticamente uma militar.
"Elas são as Dora Milaje, guardas pessoais do rei, e os soldados mais letais do mundo."
Anos atrás pensei em fazer o mesmo, mas não consegui pensar numa forma criar minha própria organização de guardas pessoais a minha altura, não é possível usando humanos normais, isso não faria sentido, já que meus inimigos estão em outra liga.
No centro das Dora Milaje, duas mulheres estão paradas olhando para nós descendo do céu sorrindo.
Coloco Carol no chão, e caminhamos até elas.
"Já faz alguns anos, Rainha Ramonda." Cumprimento a mãe rainha de Wakanda.
"Como sempre, sua presença durante as coroações são uma honra, Rei Baldur."
Romonda está usando um longo vestido antigo africano, com várias joias no seu pescoço e brincos bem grandes, roupas típicas para a coroação, bem chamativas, mas elas perdem comparadas as da menina do lado dela.
"Bela roupa, Princesa Shuri." Brinco com ela.
"Você parece cansado velho, precisa de uma cadeira?" Perguntou ela, também brincando comigo.
"Shuri!" Avisou a mãe dela.
Shuri é uma jovem bem pequena, com longos cabelos negros trançados acima de sua cabeça e vários colares de todas as cores empenhados no seu pescoço, dando a impressão dele ser mais longo. Era uma roupa demasiada elaborada e desconfortável, do tipo que sei que ela odeia.
"Está tudo bem Rainha Ramonda, já aprende como lidar com a língua selvagem da pequena princesa."
"Pequena princesa!?"
Gosto bastante de provocar essa menina, desde que ela veio fazer sua faculdade em Genosha, com oito anos de idade, e nesse tempo, ela já era a mulher mais inteligente do mundo. Se o pai dela não fosse tão superprotetor, eu provavelmente teria a arrastado para Genosha para tomar controle total do campo cientifica do meu reino.
"E quem seria essa?" Pergunta Romanda, olhando para Carol.
"Desculpe, me permita apresentar Carol Danvers, a mãe do meu filho."
"É uma honra a receber em minha casa senhorita Carol, por favor, fique à vontade."
Romonda e toda Wakanda sabem do meu filho, então ela não foi pega de surpresa e apenas falou educadamente.
"A honra é toda minha majestade." Cumprimenta Carol também.
"Então, como foi a reação da Amora?" Perguntou Shuri sem dó.
"Shuri!" Avisou sua mãe, dessa vez mais alto.
"Ela quase matou ele." Carol não ofendida, apenas respondeu com um sorriso no rosto.
"Ohh, eu daria toda minha herança para ver isso."
"Continue falando assim mocinha, e você não vai ter herança nenhuma."
Isso bastou para Shuri morde os lábios e não falar nada.
"Só para constar, ela nem chegou perto de me matar." Me arrependo de dizer isso no mesmo momento.
Carol deu um passo para frente e ficou do lado de Shuri, olhando diretamente para mim.
"Então, não foi imensamente difícil conseguir um cessar-fogo depois de uma luta sufocante, como você me disse que foi?" Cruzou os braços ela.
Posso ver até mesmo os olhos de Shuri brilhando de alegria por me ver nessa situação.
"Okoye, minha amiga, a quanto tempo!"
Minha salvação surgi como uma mulher careca segurando uma lança, a comandante das Dora dessa geração vem da entrada do castelo até nós.
"Salvo pelo gongo." Fala baixinho Shuri.
"Minha rainha, o rei pedi pela presença do Rei Baldur." Fala Okoye.
"Shuri, por que você não mostra os arredores para Carol, vou resolver alguns assuntos sérios."
Querendo sair daqui o mais rápido possível, aperto o passo segurando Okoye pele braço a levando para a entrada.
"A princesa o pegou?" Pergunta Okoye.
"Ela deu sorte."
Digo quando entramos no castelo real de Wakanda.
"Aonde ele está?" Pergunto para Okoye.
"Numa das salas comuns, me permita o acompanhar."
Okoye me levou para uma pequena sala no palácio, usada para conversas mais relaxadas ou secretas, dentro dela, dois homens estavam me esperando sentados um na frente do outro, um deles é o atual Rei de Wakanda, T'Chaka.
Um senhor já de idade com cabelos curtos e barba grisalhas, do lado dele, a um homem bem magro, sem cabelo com um bigode e dois brincos dourados, diferente do Rei, que está usando uma roupa mais típica, ele está usando um terno completo preto muito elegante.
"T'Chaka e S'Yan, já faz algum tempo." Cumprimento os dois.
"Realmente faz algum tempo, sente-se, vamos pôr a conversa em dia." Falou o Rei.
Enquanto me sentava, Okoye ficou parada na parede mantendo guarda.
"Ele deveria vir nos ver mais, levando em conta a quantidade de trabalho que ele me dá." Falou S'Yan sério, mas eu sabia que essa era forma dele brincar.
"Foi você que escolheu sua atual posição, não reclame comigo sobre isso." Brinco com ele.
Nessa realidade, as coisas mudaram muito para Wakanda, a maior mudança foi que T'Chaka não matou S'Yan. Consegui manter os irmãos juntos, S'Yan após crescido se juntou aos Wardogs, se tornando o chefe deles anos mais tarde.
"Como vão N'Jadaka e T'Challa?" Pergunto para os dois.
S'Yan quem responde primeiro.
"Aquele garoto herdou meus defeitos perfeitamente, fica a maior parte do tempo lutando no exterior."
N'Jadaka é o nome do Erik Killmonger, que nessa realidade cresceu em Wakanda com sua família assim evitando toda a confusão que foi o filme do Pantera Negra.
"T'Challa também não era muito diferente, saindo por aí arrumando confusão, só agora que ele está prestes a se tornar rei que ele se acalmou."
T'Chaka, olhou para o horizonte, a mesma cara que ele faz quando começa a falar sem parar do passado do seu filho, que ele tem muito orgulho.
"Ele está tentando mudar de assunto, para não perguntamos sobre seu filho que vai nascer." Interrompe S'Yan, percebendo minha ideia.
"É verdade, o Rei Baldur está prestes a descobrir as alegrias de ter um filho." Fala com ironia na voz o Rei de Wakanda.
"Fora que ele não tem apenas uma mulher para se preocupar." Dar o golpe final seu irmão.
"O que em nome de Odin está acontecendo hoje, que todos meus amigos resolveram me atacar dessa forma." Digo sem vontade.
"HaHaHaHa!" "HaHaHaHa!" Riem os dois de mim, me fazendo sentir falta do tempo em que eles eram apenas crianças, brigando um contra o outro sem parar.
"Vamos para o principal, não temos muito tempo antes da comemoração começar." Lembro os dois.
"Não se preocupe com isso, informei o horário meia hora antes do evento para você." Diz o Rei.
(Ohh, então é um assunto importante.) Fico mais sério esperando o Rei de Wakanda continuar.
"Vamos nos revelar!" Contou ele de vez, só para o seu irmão jogar a bomba final.
"E cuidar da África."
"Essa é uma decisão dos dois?" Pergunto antes de tudo.
"Não, nossos filhos planejam isso desde o início do apagão, e agora com a coroa, ele pode se mover como quer." S'Yan responde.
(N'Jadaka e T'Challa tralhando juntos, faz sentido.)
Os dois tem sonhos para mudar o mundo desde crianças, indo contra as leis de Wakanda de se manter secreta muitas vezes, mas como nenhum dos dois tinha poder para fazer algo, os guiei para um panejamento a longo prazo.
"O "cuidar", vai chegar até onde?"
"Os meninos querem ir com tudo, e nós dois concordamos que essa é a única forma de salvar o continente."
S'Yan está correto, a situação na África é desesperadora para muitos, mesmo com ajuda dos Vingadores.
"Agora esse plano dever ser posto em prática antes de seus cientistas ligarem as luzes, ah, minha filha Shuri ficou com muita raiva por não ser convidada para essa equipe."
"Eu já senti um pouco disso quando cheguei, mas sua preocupação sobre o tempo não importa muito, mesmo que o experimento de certo, vai demorar uma pouco mais para fazer o mesmo no mundo, e mesmo que a energia volte na África, a situação está tão ruim, que não vai importar nada."
De todos os continentes, o africano foi o que mais sofreu e está sofrendo, as partes menos desenvolvias dele não sentiram muito a falta de energia, mas aqueles que antes estavam no comando, mantendo um certo controle nas coisas sim, e tudo virou uma grande guerra.
Mas com Wakanda no comando de tudo, a África vai dizer adeus a fome, guerra, doenças e o crime vai sumir também, transformando no final o continente no paraíso que ele uma vez já foi.
"Vocês já devem saber minha resposta, concordo totalmente com os planos do novo rei, e dou minha total cooperação."
"Obrigado rei Baldur, mas conhecendo nossos filhos, eles vão tentar fazer tudo sozinhos." Ri T'Chaka.
"TRUMMM!"
A porta e aberta bruscamente, e Okoye que estava parada como uma estátua esse tempo todo aponta sua lança para ela, só para abaixar em seguida vendo quem entrou por ela.
"Isso foi algo de muita má educação, meu filho." S'Yan adverte.
"Foi mal pai e tio, mas o pacote é pesado."
Um homem negro com longas tranças entrou pela porta usando um colete azul e calças militares, acima do seu ombro, um saco bem grande de padrão militar.
"BLAMMM!"
N'Jadaka, o Erik da outra realidade, joga o saco no chão, que se move sem fazer barulho.
Okoye se aproxima dele e catuca a bolsa com sua lâmina.
"O que é isso?" Pergunta ela.
"Um presente para a coração." Respondeu ele feliz e orgulhoso.
"Tio Baldur, sinto muito pelo seu filho, mas belo trabalho construindo seu harém, homens comuns não conseguiriam fazer isso com aquelas duas." Ele me cumprimenta com suas brincadeiras, que seu pai e tio escolhem ignorar.
Essa versão dele pode ser mais relaxada e brincalhona, mas ele é muito mais mortal que a versão do MCU. O garoto nasceu para lutar, com um talento assustador ao ponto de vencer facilmente várias Dora sozinho e desarmado, isso antes de usar a erva coração.
"Estou curioso, que presente você trouxe." Pergunto.
N'Jadaka se baixa puxando a parte de cima do saco o abrindo, ele abaixa mostrando a cabeça de um homem de idade com um pedaço de fita tampando sua boca.
Todos sabem quem é esse homem, e o silêncio faz o sorriso do N'Jadaka aumentar.
"Senhores e senhora, os apresento Ulysses Klaue, Ulysses, de um oi para o pessoal."
Para a surpresa de todos, Ulysses acena com a cabeça para nós bem divertido.