'Enfim sexta-feira.' Pensou Carlos entusiasmado. Ele poderia dormir até tarde naquele dia, tendo mais tempo para sonhar. Já preparou-se para dormir, realizado os exercícios de relaxamento e sonhos lúcidos, que outrora viu na internet.
Logo que entrou no mundo escuro, ele quis ser mais intenso e inovador nas suas realizações no local. Então ele lembrou-se de uma paisagem que idealizará quando acordado.
Ele, com a força de sua mente e imaginação, criou uma paisagem nova. O preto daquele mundo cedeu a uma luz amarela auréolada. Nuvens foram surgindo, tão macias que nem mesmo a lã mais pura poderia ser comparada.
Era lindo, e encheu de orgulho o coração de Carlos. Ele começou a passear por aquele novo mundo. O tênue calor da luz auréolada o envolveu, e as nuvens eram por eles organizadas nas mais variadas formas.
O cheiro de brisa de flores tomou todo aquele lugar, tornado-o ainda mais confortável para Carlos. Ele ficou satisfeito, e fez no meio desse mundo, ao qual nomeou Celestia, um trono. O trono era radiante, e estava no mais alto de Celestia, tornando-se a fonte da luz auréolada.
Ele amou aquele local. Olhando e explorando cada detalhe. Era um lugar calmo e quieto, que aquecia o seu coração. Do seu trono ele apreciava a belíssima paisagem desnorteante.
Nesse momento, um pensamento veio a sua mente: 'Onde está meu corpo?' Ele realmente ficou pensativo sobre isso, e ao olhar para si, não viu nada. Quis então, fabricar para si um corpo. Quando o fez, sentiu uma estranha ansiedade aflorar em seu peito.
Tudo ao seu redor começou a ceder, como se estivesse prestes a deixar de existir. "O que está acontecendo?!" Gritou Carlos sem respostas. Com tudo isso esqueceu de seu corpo, e tudo voltou ao normal. Suspirou aliviado, a paz voltou ao seu coração.
'Acho que esse mundo não consegue suportar meu corpo. Deve ser como um celular antigo que não pode suportar a maioria dos jogos atuais.' Pensou Carlos. Ele desistiu da ideia de um corpo, em favor da continuidade de seu mundo recém-criado.
Ele passou mais alguns minutos apreciando Celestia, e construindo nela estruturas feitas de algo como mármore branco. Eram imensos templos e coliseus, lembrando-se da arquitetura Romana que tanto apreciava.
Tudo isso era muito belo e o causava imenso prazer, mas do que adiantava uma imensidão sem que ninguém podesse desfrutar e povoar ela. Desse modo, Carlos resolve povoar Celestia com uma infinidade de seres, para que com ele convivessem. Começou então, um imenso evento criativo.