Payton pega sua mochila com materiais bagunçadas dentro, e coloca a mesma em suas costas.
Ela sente que suas roupas estão cada vez mais apertadas.
Payton estava em fase acelerada de crescimento.
Seus ossos pareciam gelatina, cada vez mais e mais esticados.
"Adeus mãe." Diz Payton acenando.
"Adeus filha, tome cuidado quando voltar, as ruas estão ficando cada vez mais perigosas." Diz Sammy.
Payton então para de acenar e vai em direção à porta.
Depois de Payton se retirar, Sammy começa à pensar em sua vida.
"Eu amo minha família, porém tudo isso me atrapalhou muito." Diz Sammy cabisbaixa.
Sammy quando jovem, sonhava em ser dançarina de balé.
Por vários anos de sua vida a mesma sonhava em fazer peças como "O Cisne Negro." Porém Sammy nunca recebeu oportunidade.
A vida de Sammy mudou drasticamente.
Sammy acabou se tornando mãe jovem, e acabou perdendo toda sua juventude e quaisquer tipo de tempo para investir em seu sonho.
Seu marido Bob, a apoiava, porém o mesmo achava tudo aquilo uma grande besteira de Sammy, e desdenhava de seu sonho, chamando-o de "bobo."
Bob não era uma má pessoa, pelo contrário, era um ótimo marido e pai.
Sempre esteve presente na vida de Payton e de Sammy, dando apoio moral para as duas.
Porém quando se tratava deste assunto, Bob não era nenhum pouco compreensível com Sammy.
Agora, depois de 16 anos sem poder concluir seu sonho por conta de tudo que aconteceu.
Sammy se via triste, sem muita vontade de continuar.
E não me leve a mal, ela ainda era bastante jovem com seus 39 anos.
Mas mesmo se ela quisesse seguir seu sonho de vez, ela já estava muito fora de forma, não tinha o que fazer.
Sammy então decide ir até a geladeira e pegar uma garrafa de vinho tinto.
Pois aquela era a única forma de afundar sua mágoa pelos acontecimentos.
Sammy então pega a garrafa em uma de suas mãos, só que por um descuido, a garrafa escorrega da mão de Sammy, e caí ao chão, espalhando cacos de vidro para todo o lado.
Aquele vinho tinto não tinha sido barato, pelo contrário, era de uma marca caríssima, ninguém, nem mesmo Bob podia tocar no mesmo.
Sammy se sentindo mais amargurada, começa a juntar os cacos de vidro do chão enquanto chora.
Os cacos de vidro espalhados pelo chão, refletiam a imagem de Sammy, em prantos.
Sammy então se vê refletida naquele pedaço de vidro, em seu estado depressiva e rancorosa.
Aquilo não a deixava nenhum pouco feliz.
Sammy porém, sente em seu coração que a mesma precisava agir, e não ficar somente se lamentando como ela sempre fez.
"Como Payton reagiria se me visse assim? Fraca e sem um pingo de força para sequer levantar." Pergunta Sammy a si mesma.
"Eu não posso ficar assim. Não nesse momento em que Payton precisa de uma figura forte ao seu lado. Não... todos precisam de mim. Todos precisam de uma figura forte e positiva ao seu lado." Diz Sammy para si mesma.
Sammy então termina de juntar os cacos de vidro, e vai para o andar de cima se trocar.
"Vou colocar um ponto final em toda essa decepção." Diz Sammy motivada.
Sammy então, depois de vestida, desce rápidamente as escadas e vai em direção a porta principal de sua casa.
Pegando suas chaves, Sammy saí pela porta e entra em seu carro, saindo em disparada para algum lugar distante.
"Bom alunos, por hoje é só, esta foi a aula de hoje." Diz o Professor Larson.
Payton então fecha seu caderno e o coloca em sua bolsa.
"Payton, você pode dormir na minha casa hoje?" Pergunta Charlotte, até então, sua melhor amiga.
Charlotte era nova na cidade, e por conta disso, Charlotte teve que se virar para procurar novas amizades.
Porém era difícil, pois todos a ignoravam.
Mas diferente de todos, Payton acolheu Charlotte, e ambas se tornaram grandes amigas.
Os pais de Charlotte, tiveram que sair da antiga cidade para ficarem próximos de seus pais, que no momento estavam precisando de cuidados por conta de uma doença grave que ambos adquiriram.
"Não sei bem Charlotte, acho que terei que perguntar para minha mãe antes." Responde Payton.
Payton junta suas coisas, e saí acompanhada de Charlotte.
"Você viu como ele te olhava? Acho que ele gosta de você Payton." Diz Charlotte.
A pessoa que Charlotte se referia era Dilan, o favorito da turma.
Dilan não era extremamente popular na escola somente por conta de seu porte físico e aparencia, mas também por conta do mesmo jogar em um time local famoso de baseboll, os tão falados "Younkers"
"Não sei Charlotte, não me parece ser isso." Diz Payton
"Tudo bem, mas o que é inegável, é que ele te olhou. Isso já diz muita coisa Payton."
Payton pensa que apenas e um delírio de Charlotte, e ignora o que a mesma tinha comentado.
Com este pensamento em sua cabeça, Payton saí do colégio e se despede de sua amiga.
"Adeus Charlotte."
"Adeus Payton, se cuida."
Payton então vai em direção a sua casa.
Já estava anoitecendo, Payton estava preocupada com sua mãe, pois ela estava um pouco estranha, e deixa-la preocupada talvez só piorasse.
A distância, Payton vê um carro de polícia enfrente a sua casa.
"O que está acontecendo? O que diabos a polícia faz enfrente a minha casa?" Se pergunta Payton.
Se aproximando cada vez mais, Payton percebe que ela não estava ficando louca.
Era realmente um carro de polícia enfrente a sua casa.
Payton então se apressa, para chegar a tempo de entender o que estava acontecendo.
Do lado de fora da casa, um policial estava com um pequeno caderno que provavelmente estava anotando algo.
"Oh. Esta é Payton, filha da vítima?"
"Filha do que? Que vítima?" Pergunta Payton.
Se aproximando mais da casa, Payton enxerga seu pai com o rosto inchado, depois de tanto chorar.
"Pai, o que está acontecendo aqui?" Pergunta Payton novamente.
"Olhe Payton, aconteceu algo..." Diz o policial olhando para baixo com medo de falar.
"Vamos, eu estou ouvindo."
"Ok. Sua mãe sofreu um acidente gravíssimo em uma rua próxima a do seu colégio."
"O-O que? Mas ela está bem certo?" Pergunta Payton.
"Isso ainda não podemos falar, não achamos o corpo ainda."
"E como vocês sabem que era minha mãe?"
"Bom, a identificação encontrada na cena do acidente foi esta." Diz o policial apontando a identificação em direção ao rosto de Payton.
Era realmente sua mãe que tinha se acidentado.
"Como? Como isso pode acontecer?" Diz Payton em prantos.
"Não sabemos querida, porém não vamos descansar até achar sua mãe, que achamos estar sã e salva."

Trancada em seu quarto, Payton ouve batidas em sua porta.
"Oi querida, vim trazer um pequeno lanchinho para você." Diz Bob.
Payton não responde e se vira para o outro lado da cama.
Depois de tanto chorar, Payton tenta adormecer, conseguindo, Payton tem um pesadelo.
Sua mãe está com uma roupa ensaguentada, seus olhos fundos, escuros e sem vida, sua mãe está pedindo ajuda sem parar.
"Me ajude Payton, por favor me ajude." Dizia sua mãe no pesadelo.
Payton acorda com seu coração acelerado, tinha como o seu dia piorar mais ainda?
O que Payton não entendia, era por que a mesma estava tendo esses pesadelos sem sentido.
Ela confiava que sua mãe não teria morrido naquele acidente, e sim que ela estava tentando achar o caminho de casa.
Payton não conseguia acreditar no contrário.
Então Payton adormece novamente.
Em outro sonho, sua mãe estava dirigindo o carro em alta velocidade, falando coisas como: "Eu... eu preciso, eu preciso seguir com minha vida. Eu preciso fazer algo, eu não posso ficar mais parada."
Sua mãe estava deseperada e claramente alterada.
Payton acorda novamente na madrugada.
"Eu preciso beber algo, estou morrendo de cede." Pensa Payton.
Payton então destranca sua porta, e desce às escadas.
Sua casa está com às luzes apagadas, ela estava em um completo escuro.
Somente a luz da varanda estava acesa, então pouco iluminava.
Então rápidamente algo acende às luzes.
Payton, na exata hora que isso acontece, fica inmóvel.
"O que você faz aqui a essas horas." Diz a coisa, com voz trêmula e pronúncia confusa, quase não dava para entender.
Payton lentamente olha para trás, com um medo extremo.
Não passava de seu pai Bob, sonolento e preocupado com a mesma.
"Você estava fazendo uns sons estranhos enquanto dormia, eu consegui ouvir tudo do meu quarto."
"Como assim pai?" Pergunta Payton
"Você estava gritando muito alto, pedindo socorro. Penso no que os vizinhos acharam que foi isso." Responde Bob.
"Estranho, eu não me lembro de ter feito isso. Acho que eu realmente fiz isso enquanto dormia." Diz Payton coçando os olhos.
"Com o que você estava sonhando para estar daquele jeito querida?" Pergunta Bob.
Payton tem medo de contar estas coisas para seu pai, então prefere mentir.
"Nada pai, foi somente um pesadelo bobo." Responde Payton.
"Se me der licença, vou voltar para o meu quarto, uma ótima noite para o senhor." Diz Payton subindo às escadas.
Payton se tranca em seu quarto novamente, e tenta adormecer uma outra vez.
Conseguindo adormecer, Payton agora sonha que está em um local totalmente vazio.
De fundo, sua mãe vinha em sua direção lentamente, porém ela estava um pouco diferente.
Parecia estar com sua forma "pós acidente".
Ela estava totalmente destruída, seus braços estavam tortos, como se estivessem quebrados.
Suas pernas por sua vez, estavam normais, porém sua cabeça era o que assustava Payton.
Sua cabeça estava virada, apenas se apoiando em seu ombro, como se o pescoço estivesse quebrado.
Juntamente de seu tronco que também estava quebrado.
Ela vinha lentamente, com seus braços levemente direcionados para frente.
Àquilo era assustador para Payton, ela nunca imaginou sua mãe deste jeito.
O pesadelo é interrompido bruscamente por sons vindos do lado de fora de seu quarto.
Eram como pequenos e baixos gemidos de dor.
"Me ajude. Me. Ajude." Dizia algo fora do quarto.
Payton, assustada porém tonta por conta de ter acabado de despertar, corre para de baixo da cama.
Ela olha e percebe pela fresta em baixo de sua porta, um movimento estranho.
O quê quer que seja que estava lá fora, estava agindo de forma estranha e suspeita.
Não parecia ser seu pai agindo, até por quê, a coisa parece ter uma espécie de "voz feminina".
Se não era seu pai, quem era?
Payton está cada vez mais com medo do que poderia ser àquela coisa do lado de fora.
Contanto que não machucasse seu pai, e muito menos ela mesma, a criatura poderia ficar por ali, zanzando.
Payton engole seco e decide pensar em quem poderia ser àquilo, mas é difícil de saber.
"Não faço à mínima idéia de quem possa ser." Responde Payton em sua cabeça.
"Ah não ser que seja..." Pensa Payton.
"Não, isso não faz sentindo. Minha mãe não iria surgir dos mortos para vir atrás de mim."
Barulhos de batidas na porta surgem repentinamente, e os gemidos da criatura só aumentavam.
"Me ajude. Me ajude."
Payton estava morrendo de medo, porém ela não acreditava que poderia ser sua mãe, pois à mesma nunca foi de acreditar nessas coisas de "sobrenatural."
Às batidas ficam cada vez mais fortes, como se a criatura realmente quisesse quebrar a porta e entrar, mesmo de qualquer jeito.
"Me ajude. Me ajude. ME AJUDE." Grita a criatura.
Por mais que fosse uma voz feminina, sua voz era pesada e grossa, como a de um homem.
A porta se rompe com uma batida extremamente forte, e a criatura acaba entrando em seu quarto.
"Me... Ajude... Payton..."
Era realmente sua mãe, mas por que ela estava agindo daquele jeito?
Payton segura forte sua respiração, porém por conta do medo, a mesma acaba ficando ofegante, mesmo que sem querer.
"P-Payton. Não fique aqui, e-ele quer v-voc-" a criatura é interrompida, e saí do quarto lentamente.
Essa não parecia sua mãe, parecia que algo estava controlando ela sem seu consetimento.
"O que diabos essa criatura quer comigo?" Se pergunta Payton.
"O que meu pai faria neste momento?"
"Já sei..."
Payton saí de baixo de sua cama e decide confrotar a tal "criatura."
"O que você quer aqui coisa feia?" Diz Payton encarando a criatura com um taco em suas mãos.
A criatura vira lentamente para Payton, se contorcendo por completo.
A criatura começa a andar lentamente para cima de Payton.
Payton então estende seu taco de baseboll, encorajada.
A criatura então acelera, e parte para cima de Payton.
Payton junta todas às suas forças e empurra a criatura, enquanto a mesma sobe rápidamente às escadas.
A criatura se levanta e ágilmente corre para cima de Payton novamente.
Payton então, no topo da escada, junta novamente suas forças e empurra a criatura.
Porém a criatura desvia, e Payton caí escada abaixo.
Payton rola dolorosamente em cada degrau da escada.
Porém a mesma não se machuca tão feio.
Payton ergue forças e levanta do chão.
Colocando às mãos para se levantar, Payton percebe que seu ombro direito estava deslocado.
O ombro dolorosamente fraqueja, e Payton grita de dor.
Porém Payton não poderia perder tanto tempo sofrendo por uma dor besta, enquanto uma criatura tentava lhe matar.
Payton, com uma mão só, ergue o taco de baseboll novamente.
E corre em direção a criatura, com intenção de atingi-la.
A criatura leva uma pequena pancada em sua cabeça, porém a mesma se recomponhe, e pega Payton pela gola de sua camisa feupuda.
Payton se debate e chuta a criatura, porém a criatura não reage aos ataques, como se não sentisse os mesmos.
Payton como uma cartada final, tira de seu bolso um canivete.
Payton segura forte seu canivete e mira diretamente no olho esquerdo da criatura, o atingindo.
A criatura solta Payton e começa a gritar de dor enquanto estava com a mão em seu olho esquerdo.
Payton se levanta rápidamente, e vai em direção a garagem, onde ficava uma gasolina reserva do carro de sua mãe.
Payton abre o grande galão de gasolina, e despeja pelo chão.
Payton então chama a atenção da criatura.
E pega um isqueiro elétrico da caixa de ferramentas do seu pai, e segura o mesmo em suas mãos.
A criatura entra na garagem, e vai rapidamente na direção de Payton.
Payton porém, desvia da criatura, e tranca a mesma na garagem.
Payton então, ascende o isqueiro elétrico de seu pai, e joga o mesmo pela fresta inferior da porta.
O local começa a ficar em chamas, e Payton saí correndo às pressas do local.
Saindo para fora de casa, Payton vai cambaleando em direção a casa de Charlotte, para tentar passar a noite na casa da mesma.
Os vizinhos, vendo àquela enorme fumaça saindo da casa de Payton, chamam os bombeiros.
Payton está longe e segura na casa de Charlotte, que ouve o que Payton diz, porém não acredita.
"Isso tudo é absurdo demais Payton. Quando você criou isso?" Pergunta Charlotte.
"Não é mentira. Eu sei que não estou ficando louca Charlotte." Responde Payton.
Os bombeiros prontamente chegam no local.
"O que aconteceu senhora. Não sabemos ao certo, porém pode ter sido um incêndio causado por curto circuito." Diz um moradora do local.
Averiguando a garagem, os bombeiros não encontram nada além de cinzas.
"É muito difícil de saber o que ocorreu aqui. Não tinha ninguém por perto." Diz um dos bombeiros encarando o enorme estrago do incêndio na casa.
Na casa de Charlotte, Payton estava se divertindo horrores.
"Como você não me mostrou esta boneca antes Charlotte?" Diz Payton impressionada.
"Crianças. O jantar está pronto, venham comer." Diz Bruce, pai de Charlotte.
"Tudo bem pai, vamos Payton." Diz Charlotte, elétrica e imperativa.
Payton e Charlotte saiem do quarto sorridentes e felizes, como se nada tivesse acontecido antes.
E a lesão do ombro de Payton, tinha passado de forma estranha, nem parecia que o mesmo tinha deslocado.
Pela janela, algo observa atentamente cada passo de Payton e Charlotte.
Algo de errado estava acontecendo ali.
Payton então percebe um movimento estranho do lado de fora, e decide verificar.
Porém não absolutamente nada lá.
Payton porém volta para perto de Charlotte e a duas voltam a se divertir juntas.
Novamente algo observa pelo lado de fora, Payton percebe, porém não prefere dar atenção, pois acha que é somente coisa de sua cabeça.
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