章 2: Capítulo 2: A Pequena Princesa Orgulhosa
Cinco anos depois.
Haishi, Hospital Hongya.
Na estação de enfermagem do quarto VIP, algumas enfermeiras estagiárias cochichavam fofocas entre si.
"Não foi a Diretora Yan que acabou de voltar do exterior e foi levada para o quarto 888?"
"Sim, foi ela. Eu acabei de vê-la entrar. Coitada da Diretora Yan, ela encontrou a Pequena Princesa do quarto 888."
"Por que a Pequena Princesa foi trazida ao hospital? Com certeza ela não só esfolou a pele de novo, né?"
Na última vez, a governanta da Família Qi a trouxe ansiosamente ao hospital para ser tratada, apenas para descobrir que ela havia apenas arranhado o dedo. Se tivesse sido alguns minutos mais tarde, a ferida provavelmente teria cicatrizado sozinha.
"Parece que ela foi mordida por um animal de estimação. Não parece grave, mas com certeza ela precisa de uma vacina antirrábica. A princesa odeia mais do que tudo tomar injeções. Então, rezem pela Diretora Yan..."
Ao ouvir isso, todos não puderam deixar de suspirar desanimados.
E daí que ela era uma médica principal voltando do exterior?
Se ela chateasse a pequena princesa da casa dos Qi, teria que arrumar suas coisas e ir embora!
Quem mandou esse hospital de primeira linha ser propriedade da abastada Família Qi e essa Pequena Princesa ser a queridinha adorada dos Qi?
No quarto, Yan Ling estava alheia ao fato de que estava sendo compadecida por aquelas enfermeiras.
Olhando para a garotinha rechonchuda, ela falou suavemente com um olhar gentil, "Boa menina, você pode ter alta depois de tomar essa injeção."
A garotinha, com os cabelos atados em duas tranças e um rosto com pele tão macia e elástica quanto uma lichia descascada, encarou Yan Ling com olhos redondos e grandes. Ela encheu as bochechas adoravelmente e afirmou com um tom infantil, porém sério, "Eu não vou tomar a injeção. Saia!"
"Se você foi mordida por um cachorro, você precisa tomar a vacina antirrábica; caso contrário, pode ser fatal." Yan Ling explicou pacientemente.
"Wang Cai não é um cachorro, ele é um leão." A garotinha retrucou, com os olhos como obsidianas bem abertos.
Um leão?
Quem manteria um leão como animal de estimação?
Yan Ling não acreditou, mas também não contradisse a garotinha.
Afina de contas, crianças sempre têm imaginações férteis.
Chamar um cachorro de leão? Seu filho Yuan Bao até se gabava de ser o Rei Macaco e ter nascido de uma rachadura em uma pedra.
"Não importa se é um leão ou um cachorro, você ainda precisa da vacina antirrábica." Yan Ling continuou pacientemente.
A garotinha ficou sem palavras: ...
Mas a pequena bruxa da Família Qi não era fácil de lidar. Quando ela falhou em argumentar com razão, ela recorreu a fazer birra.
"Eu absolutamente não vou tomar a injeção e, se você ousar me dar, vou pedir ao meu pai para te expulsar deste hospital..."
Yan Ling franziu a testa, enquanto sua mão preparava a medicação com a seringa e pausou levemente.
Vendo sua reação, a garotinha achou que suas ameaças haviam funcionado. Ela deslizou para fora da cama do hospital e começou a se afastar, com o bumbum para o ar.
Entretanto, ela mal havia dado dois passos quando foi apanhada pela cintura.
A perda súbita de equilíbrio a assustou e ela começou a gritar.
"Me solte! Eu não quero a injeção!"
Yan Ling a confortou. "Não tenha medo. As injeções da tia não doem."
A voz suave e calmante ecoou em seus ouvidos, mas o rosto da garotinha estava cheio de pânico.
Ela se debatia com seu corpinho rechonchudo, gritando aterrorizada, "Mentirosa! Como as injeções podem não doer? Me solte, senão eu vou te morder..."
Ouvindo a ameaça da garotinha, a expressão de Yan Ling permaneceu inalterada.
Com uma mão segurando a menina firmemente, a outra mão direcionou a agulha diretamente para o músculo deltoide no braço superior da garotinha.
No momento em que a agulha fria tocou sua pele, as lágrimas de Qi Tiantian caíram como pérolas, preparando-se para gritar em alto e bom som. Mas antes que ela pudesse, a agulha já havia saído.
Esse método de injeção era rápido e preciso!
As lágrimas de Qi Tiantian pendiam em suas bochechas rechonchudas. Levou um tempo para ela perceber que realmente não doía.
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