Parte Única
Ed se ergueu rapidamente, puxando uma espada de sua mesa com uma força que contrastava com a sua sensação de pânico. O metal da lâmina brilhava na penumbra enquanto ele assumia uma posição defensiva. O monstro não hesitou; com um salto poderoso, ele atacou com suas garras dianteiras. O impacto foi brutal, fazendo a lâmina de Ed ressoar contra o pelo espesso do lobisomem.
A força do monstro quase fez Ed cair, mas ele conseguiu se recuperar, girando para desviar da segunda investida da besta. A lâmina cortou o ar enquanto Ed girava e recuava, tentando manter a distância. O monstro continuava a atacar com uma fúria cega, suas garras cortando o espaço com muita precisão.
A fúria da besta estava descontrolada, sua forma monstruosa estraçalhando o que restava do quarto. William, ainda atordoado, reagiu com rapidez. Pegou sua espada curta e avançou com determinação, mas antes que pudesse atacar, Wilde agarrou um pequeno machado de aço escuro frio, que estava ao lado de sua cama. Sem hesitar, ele lançou o machado com toda a força que conseguiu reunir.
O machado cortou o ar, mas o monstro, com uma agilidade surpreendente para seu tamanho, desviou-se rapidamente, movendo-se com a velocidade de um predador. O machado passou raspando, atingindo a parede atrás dele. A frustração em Wilde era palpável, e ele se preparou para um novo ataque, mas o monstro não lhe deu tempo.
Com um rugido selvagem, o monstro virou-se para Wilde, suas garras afiadas como lâminas. Ele avançou com um salto poderoso e jogou Wilde contra a parede com uma força brutal. O impacto fez Wilde soltar um gemido de dor, e ele caiu desajeitadamente no chão, sua visão turva com a força do golpe.
Enquanto isso, William se lançou contra o monstro, sua espada cortando o ar em uma série de golpes rápidos. Ele conseguiu acertar a besta na lateral, mas a força da criatura fez com que a lâmina escorregasse antes de causar um dano real. O monstro rosnou, irritado, e com um movimento rápido, girou para a frente, atingindo William com um golpe de garra que o lançou contra a mesa, quebrando-a em pedaços.
Ed, que estava lutando para se levantar após o ataque inicial, viu a situação se desenrolar. Ele se preparou para atacar o monstro com sua espada, mas a criatura, com uma velocidade aterrorizante, avançou na direção dele. O monstro atacou com uma fúria incontrolável, suas garras rasgando o ar com um som cortante. Ed tentou se defender, mas a besta o empurrou para fora do dormitório com um golpe devastador.
Os dois caíram no corredor, rolando no chão de pedra fria. O lobisomen seguiu Ed, sua expressão de pura raiva e instinto predador. Ed se levantou com dificuldade, tentando se recuperar, enquanto a criatura avançava, suas garras prontas para o próximo ataque.
"Eddy, cuidado!" William gritou, sua voz carregada de dor e urgência, enquanto tentava se arrastar até o local da luta.
Ed disparou pelos corredores da Guarda do Corvo, seu corpo ainda tenso com a adrenalina. O som dos cascos do lobisomen ecoava ameaçadoramente atrás dele, cada vez mais próximo. A corrida desesperada o levou para fora do dormitório e para a rua principal. O pânico o impulsionava a manter a frente, sua mente focada em escapar do terror que o perseguia.
O lobisomen, com sua forma bestial e impressionante, se movia com uma velocidade e força brutais. Sua respiração pesada e rouca reverberava através dos corredores enquanto ele corria atrás de Ed, determinado a capturá-lo. O lobisomem rugia, cada som amplificando a sensação de urgência e desespero.
Quando Ed saiu do dormitório e atravessou a rua, o monstro estava logo atrás, o impacto de suas garras deixando marcas visíveis no chão de pedra. Ed tentou se manter à frente, mas a dor das feridas que a criatura lhe infligira começou a afetar sua velocidade e agilidade.
O lobisomen avançou com um ataque de garra horizontal, suas garras afiadas rasgando o ar com um som cortante. Ed se inclinou para o lado, mas o ataque ainda cortou sua lateral, fazendo-o gritar de dor. Ele caiu contra a parede, o sangue escorrendo por seu corpo. Com uma força de vontade desesperada, Ed se levantou, tentando se recompor.
"Maldito monstro!" Ed gritou, girando para enfrentá-lo de frente . Ele brandiu sua espada com esforço, atacando a perna do lobisomem com um golpe potente. Liam rosnou de dor e se afastou um pouco, seu corpo imenso sacudindo de frustração.
A besta não deu tempo para Ed se recuperar. Com uma velocidade sobrenatural, ele avançou novamente, tentando um ataque vertical. As garras do lobisomem desceram com uma força esmagadora, mas Ed, com um esforço doloroso, ergueu sua espada para bloquear o ataque. O impacto fez Ed cambalear para trás, quase caindo.
William e Wilde chegaram na frente do dormitório. William, com a espada curta empunhada, se posicionou ao lado de Ed, seus olhos fixos no lobisomem.
"Eddy, mantenha-se atrás de mim!" William ordenou, sua voz firme e urgente.
"Eu cuido dele."
Ed, ofegante e com dificuldade para se manter de pé, balançou a cabeça, suas mãos ainda tremendo ao segurar a espada. "Cuidado, ele é mais forte do que parece."
O monstro, com uma fúria incontrolável, girou para atacar William com uma garra poderosa. O lobisomem avançou com um ataque rápido e devastador, mas William se esquivou habilidosamente, desviando para o lado. O ataque raspou a lateral de William, mas ele não recuou. Com um movimento ágil, William contra-atacou, desferindo um corte profundo na lateral do lobisomem.
"Você é rápido, mas eu sou mais esperto!" William gritou, sua voz cheia de determinação.
"Vamos ver como você lida com isso!"
O lobisomen rugiu de dor e fúria, seus olhos brilhando com uma luz selvagem. Ele avançou com um ataque vertical, suas garras descendo com uma força esmagadora. William se preparou para o impacto, bloqueando o ataque com sua espada e forçando a criatura a recuar um pouco. A força do ataque quase fez William perder o equilíbrio, mas ele se recuperou rapidamente.
Wilde, enquanto isso, se moveu ao redor da batalha, procurando uma oportunidade para ajudar. Ele percebeu uma brecha na defesa do monstro e rapidamente lançou seu machado, mirando na parte traseira do lobisomem. Ele por sua vez rosnou e se virou para enfrentar Wilde, desviando do machado, mas a distração foi o suficiente para William desferir outro golpe.
"Ótimo trabalho, Wilde!" William gritou, enquanto seu golpe acertava a perna da besta, fazendo-o cambalear.
A criatura se voltou para William com uma fúria renovada, suas garras cortando o ar coma velocidade impressionante. Ele avançou com um ataque diagonal, mas William se inclinou para evitar o golpe. Com um movimento rápido e preciso, William fez um corte horizontal que rasgou a pele do monstro, causando um rugido de dor.
"Aínda não acabou!" William gritou, a raiva em sua voz.
O lobisomen, enfurecido e com sua pele cortada, atacou com uma força renovada. Ele fez um salto alto, tentando uma garra vertical. William, prevendo o movimento, bloqueou o ataque com sua espada, o impacto enviando uma vibração pelo braço de William.
"Ele está ficando mais fraco." William gritou para Ed e Wilde.
"Não desistam!"
Wilde aproveitou a oportunidade para se aproximar e lançar outro machado, desta vez acertando a parte superior do braço do monstro. O lobisomem urrou de dor, o braço caindo ao lado, suas garras já não tão eficientes.
"Billy, ele está perdendo força!" Wilde gritou, tentando manter a pressão.
A besta, com um rugido feroz, lançou-se para cima de William. Em um movimento rápido e inesperado, o lobisomem agarrou o braço direito de William, seus dentes afiados cravando-se na carne. A cena foi grotesca e brutal. Ele mordeu com uma ferocidade animalesca, rasgando a carne e os músculos enquanto William gritava de dor.
"Não!" Wilde gritou, sua voz carregada de pânico e determinação ao ver o ataque brutal.
"William!"
Enquanto ele devorava o braço de William, o lobisomem começou a engolir pedaços da carne e dos ossos. Um vapor começou a emanar dos cortes no corpo do monstro, indicando que suas feridas estavam começando a se curar. O lobisomem parecia se fortalecer com cada pedaço que consumia, e seus ferimentos cicatrizavam visivelmente.
William, com a dor se tornando insuportável, lutava para manter a consciência. Seus olhos estavam vidrados, e ele tentava se afastar do ataque, mas o lobisomem o segurava com uma força esmagadora. "Wilde… não posso... continuar…" William murmurou, a voz carregada de sofrimento.
Wilde, desesperado e enfurecido ao ver o estado de seu amigo, avançou com uma determinação renovada. Ele agarrou seu machado e, com um grito de raiva, correu em direção ao monstro. "Desgraçado! Você pagará por isso!"
Wilde, com o machado em mãos e o rosto marcado pela determinação, avançou contra a besta com uma fúria desesperada. O pequeno machado parecia quase insignificante frente ao tamanho e à força do lobisomem, mas Wilde não hesitou. Ele desferiu um golpe rápido, mirando na lateral dele, tentando desferir um corte profundo.
O monstro desviou com uma agilidade surpreendente para sua estatura, girando para o lado e contra-atacando com um golpe de garra que cortou o ar. Wilde conseguiu bloquear o ataque com o machado, mas o impacto fez-o cambalear para trás.
"Você tá morto!" Wilde gritou, repondo a postura e avançando novamente com o machado.
Os golpes de Wilde eram rápidos e furiosos, mas o machado parecia ter pouco efeito no couro endurecido e na pele reforçada dele. O lobisomem atacava com uma força esmagadora, suas garras cortando o ar com extrema precisão. Wilde conseguia desviar e bloquear alguns ataques, mas a cada golpe que recebia, seu cansaço e dor aumentavam.
O lobisomem, com um rosnado selvagem, agarrou Wilde pela camisa, erguendo-o do chão com uma força sobre-humana. Com um movimento rápido e cruel, ele lançou Wilde contra a parede de pedra do corredor. O impacto foi brutal, e Wilde caiu ao chão, sua visão embaçada pela dor e pelo sangue.
"Wilde, não!" William gritou do fundo de sua voz, tentando se arrastar mais perto do combate.
Wilde tentou se levantar, mas seus movimentos estavam lentos e descordenados. Ele tentava recuperar o machado, mas o lobisomen estava sobre ele novamente, avançando com garras estendidas. Wilde ergueu o machado instintivamente, mas a criatura desferiu um golpe lateral com suas garras, cortando o ombro de Wilde e fazendo o machado voar para longe.
"Você não vai escapar!" a criatura rosnou, sua voz uma mistura de fúria e satisfação. Ele avançou com um rugido de triunfo, suas garras cortando o ar para finalizar o ataque.
Wilde, agora sem armas e com dificuldades para se defender, tentou rolar para o lado, mas o lobisomen o pegou pelo pescoço, erguendo-o no ar. Wilde lutava, tentando libertar-se da pressão implacável da garra do lobisomem.
"Eu… não vou… cair…" Wilde conseguiu murmurar, sua voz fraca e cheia de esforço.
O monstro ignorou a resistência de Wilde e, com um movimento brutal, lançou-o novamente contra a parede. O impacto desta vez foi tão forte que Wilde desabou ao chão, seu corpo imóvel e ensanguentado. O lobisomem se virou para Ed, seus olhos brilhando com uma intensidade maligna, pronto para continuar o ataque.
Ed, ofegante e com as forças quase esgotadas, se levantou com dificuldade, a dor em seu corpo tornando cada movimento uma batalha. Seus olhos estavam fixos na criatura, que agora se voltava para ele com uma expressão predatória, pronto para acabar com o que restava de sua resistência.
Com um rugido que fazia as paredes tremerem, o lobisomen avançou sobre Ed, suas garras afiadas cortando o ar em diversos ataques. Ed ergueu sua espada com um esforço titânico, tentando bloquear os ataques, mas a besta era implacável. As garras do lobisomem rasgaram a espada de Ed, forçando-o a recuar sob o peso do ataque.
"Não…" Ed murmurou, seus olhos lutando para se manter abertos enquanto tentava se defender. A pressão das garras do lobisomen se intensificava, e ele sabia que o final estava próximo.
O monstro estava prestes a dar o golpe final, suas garras se erguendo para perfurar Ed com uma precisão mortal. No entanto, antes que pudesse completar o ataque, um grito de guerra ecoou pelo corredor.
"Agora, seu monstro!" Um homem da Guarda do Corvo gritou, sua voz carregada de determinação e coragem. Ele era um guerreiro alto e robusto, com uma armadura brilhante e uma espada longa que parecia brilhar com a luz da lua cheia.
Com um movimento rápido e preciso, o guerreiro avançou e, com um golpe decisivo, rasgou as costas do monstro com a lâmina reluzente. O som do metal cortando a carne foi ensurdecedor, e um grito de dor e raiva escapuliu dos lábios do lobisomem. A lâmina brilhava intensamente em branco, como se absorvesse e amplificasse a luz da lua cheia, queimando a carne da criatura.
A besta, ferida e furiosa, rugiu de dor enquanto corria para longe, deixando um rastro de sangue pelo corredor. O lobisomem se movia com uma velocidade sobrenatural, o som de seus passos pesados ecoando pelas paredes. Seu ferimento estava começando a se fechar, o vapor surgindo da carne carbonizada onde a lâmina havia cortado.
O guerreiro da Guarda do Corvo tentava seguir, sua lâmina brilhante ainda pronta para atacar, mas o monstro se lançou rapidamente em uma direção inesperada. Em um movimento brutal e implacável, o lobisomem se virou e atacou um dos guardas que estavam na entrada da rua.
O guarda não teve tempo de reagir. O lobisomem se lançou sobre ele com um rugido aterrorizante, suas garras afiadas cortando a armadura e rasgando a carne do soldado. Em um instante sangrento, o monstro arrancou a cabeça do guarda com um golpe poderoso. A cabeça caiu no chão com um baque seco, e o corpo do soldado desabou ao lado dela, sem vida.
O guerreiro da Guarda gritou em horror e raiva. "Não! Pare com isso!"
Mas o lobisomen não deu ouvidos. Agora com a cabeça do guarda entre suas garras, o lobisomem mastigou com uma brutalidade grotesca, os dentes afundando na carne e no osso enquanto seu ferimento continuava a se curar. O sangue jorrava da cabeça decapitada, e o monstro parecia quase absorver o poder e a vitalidade da vítima, como se estivesse se fortalecendo a partir de sua morte.
Com um último rugido de desafio, o lobisomen largou o corpo do guarda e se lançou em direção à floresta, a ferida nas costas ainda se curando lentamente.
A batalha cessou, e a cena ao redor estava cheia de caos e desespero. O som do lobisomen desaparecendo na escuridão da floresta ainda ecoava na mente de todos. O silêncio que se seguiu foi interrompido por um gemido fraco, vindo de um canto próximo.
Helena apareceu cambaleando, seu corpo ensanguentado e com sua roupa danificada. Ela parecia exausta e pálida, a respiração ofegante. Seus olhos estavam fixos em Ed, e ela tentou falar, mas a voz saiu como um sussurro quase inaudível. "Ed..."
Todos se voltaram para Helena, o choque e a preocupação estampados em seus rostos. Ed, sentindo um frio na espinha, correu na direção dela, mas algo parecia estranho.
"Helena!" Ed gritou, o desespero na voz enquanto se aproximava.
"O que aconteceu? Foi o monstro?"
Helena, com dificuldade, se ajoelhou e caiu no chão, olhando para o céu noturno e para a lua cheia que brilhava intensamente.