Jenkins não conseguia dormir a noite toda.
O vento lá fora era muito forte, e toda vez que atingia a janela, ela acordava assustada.
Ela estava com muito medo, muito apavorada e muito assustada.
O Tio Olsen havia desmaiado bem à frente dos olhos dela, imóvel como uma tábua, e ela nunca tinha estado tão próxima de doença e morte em sua vida.
Se eles não encontrassem um antídoto para o Tio Olsen e ele morresse assim, ela poderia se livrar da suspeita de ser uma assassina?
Não é de se admirar que os Olsens a estivessem mantendo cativa. Até ela mesma achava toda a situação muito misteriosa.
Como o Tio Olsen derramou o café ontem?
Como ela enxaguou a xícara de café?
Se ela não tivesse feito isso, eles poderiam ter verificado o resíduo do café em busca de vestígios de veneno e até analisado a composição do veneno.
Claro, eles achavam que ela era a suspeita.
Jenkins estava prestes a chorar.
Só quando o dia amanheceu que ela finalmente adormeceu num estado de transe.