アプリをダウンロード
71.05% Shahnaz - Orgulho do Imperador / Chapter 27: Capítulo 26

章 27: Capítulo 26

Princesa Shahnaz POV:

— Alteza, precisa se levantar, não é bom que se entregue ao sofrimento dessa maneira. – Lila diz, ao me ver prostrada na cama ao entardecer. 

— Onde está a Princesa altiva, vivaz e forte que conhecemos? – Pari pergunta.

— Aquela que é guerreira e não se deixa vencer? – Zena pergunta.

Dessa maneira me fazem levantar e enxugar as lágrimas, afinal elas têm razão, se eu não me permiti vencer por um casamento arranjado, por que Jahangir não faria o mesmo por mim? 

Há uma grande diferença entre nós dois, o Imperador é meu pai, enquanto para ele é apenas a autoridade máxima sobre ele e seu país. 

Mesmo assim não me darei por vencida e lutarei pelo general e contra a Marjan, enquanto eu tiver o amor e a dedicação de Jahangir Azimi. 

Minhas damas preparam meu banho e me arrumam, em seguida me vestem e adornam, sigo para o salão do banquete e encontro com os Imperadores, familiares e nobres, o general não comparece, nos alimentamos em silêncio, assim que terminamos, retorno para a minha alcova e enfim descanso. 

Pretendo conversar com o general amanhã, precisamos de um bom plano. 

General Jahangir Azimi POV:

Recebo mensagens dos espiões que estão no Egito, leio e entendo a urgência em relatar ao Imperador todos os acontecimentos, farei assim que me for dada a oportunidade. 

Retorno para a minha alcova perturbado com os novos acontecimentos e não consigo dormir, caminho pelo jardim e vejo a árvore que Shahnaz tanto gosta, parece que seu delicioso perfume está impregnado nela, sinto as lágrimas vindo e não tento segurar o pranto.

Há quem diga que homens não choram, mas os Azimi choram. 

Tudo o que sei é que meu futuro é incerto, óbvio que todas as ordens do Imperador devem ser cumpridas e jamais questionadas, ainda mais para uma pessoa como eu, um cidadão comum que muito lutou para entrar no exército imperial como guerreiro de terceira classe, mas que em um golpe de sorte foi promovido a comandante e logo após a general.

Preciso lembrar bem de onde eu vim e de todas as agruras passadas até os dias de hoje.

Desde menino via meus pais lutando na lavoura sob qualquer circunstância e tempo, seja no sol escaldante ou no frio congelante, mas lá estavam Feroze e Banu batalhando, plantando, colhendo e tentando vender para conseguir um prato de comida. 

Em algumas ocasiões a situação não era tão ruim e tínhamos até mesmo tecidos para as nossas roupas e fartura na mesa, com três refeições por dia, quando as plantações e colheitas eram boas, mas aí os impostos aumentavam e nos empobreciam novamente.

Conforme fui crescendo, meus pais se dedicaram a me ensinar todos os seus saberes, passei a ajudar na lavoura e começamos a criar animais, mas a nossa vida continuava difícil e cada vez mais precária, nossa pequena casa velha precisava de reparos e não nos sobrava uma peça de bronze sequer para o conserto ou para qualquer necessidade, por mais que trabalhássemos. 

Houve a guerra e Persépolis foi tomada pelo Imperador Babar II, então meus pais tinham a esperança de que tudo ia mudar para melhor, mas não foi o que aconteceu. Eu era apenas um menino quando a província foi invadida, mas admirava o exército e passei a desejar integrá-lo e expressei essa vontade aos meus pais, que não acreditaram no princípio, mas logo viram que eu estava obstinado. 

Comecei a treinar sozinho, corria por longos períodos, carregava pesos, ia na cidade e observava os homens fazendo exercícios para aprender e fazer igual, um ferreiro teve pena de mim e me fez uma espada, por longos dez anos treinei sozinho e toda a cidade me conhecia com o soldado solitário. 

Quando o Imperador Shahanshah assumiu o trono e seu esplendor se espalhou por toda a Pérsia, passei a admirá-lo ainda mais, aumentando o meu desejo de integrar o seu exército. 

Hoje estou amando e comprometido com a Princesa Shahnaz Akbar, mas com a ordem do Imperador de me casar com a nobre Marjan Baran, alguém que tem apenas o meu desprezo. 

Reflito sobre o conselho que recebi de meus pais antes da partida. 

"Reflita bem sobre o que lhe digo para que não perca seu juízo ou seu amor com situações que podem ser controladas. Um homem inconsciente não pode ser levado ao seu casamento, assim como aquele que perde a fala não é capaz de realizar seus juramentos, são condições temporárias, até que consiga algo relevante para impedir o casamento." – papai diz.

"Filho, não permita que esse casamento destrua o profundo amor e o seu compromisso com a Princesa Shahnaz, lute por sua amada e não deixe que nada os separe. Assumam esse amor diante de todos, se necessário, mas batalhem juntos porque ambos são guerreiros." – mamãe diz.

Decido lutar por Shahnaz, se ela não se deixou vencer por um casamento arranjado, por que eu me deixarei? 

Mesmo que eu seja apenas um servo, lutarei com as armas que tenho e hei de vencer, nem que tenha que adoecer como minha amada, me entregando quase à morte. 

Entro em minha alcova e me arrumo, afinal tenho meus deveres a cumprir e acaba de amanhecer, como alguma coisa e sigo para a ronda, já que agora pela manhã não haverá audiência na sala do trono. 

No período da tarde seguimos com os treinamentos e à noite vou direto para a minha alcova, quero tentar descansar um pouco. 

Desperto pouco antes do amanhecer, vou ao quarto de banho e me arrumo, sigo para o salão do banquete e vejo que todos estão presentes, inclusive Shahnaz, que me olha discretamente. Assim que terminamos, somos chamados à sala do trono. 

Depois de discutir algumas questões políticas e sobre impostos, reduzindo-os em algumas localidades onde há maior pobreza e fome, encerramos a primeira parte da reunião.

— Majestade, tenho notícias dos nossos espiões no Egito. – digo e ele me manda prosseguir com um gesto, vejo que todos os nobres me observam.

— Estão se preparando para marchar em direção à Jerusalém para conquistá-la, em seguida tomarão Damasco e Babilônia. – digo e então faço o relato completo dos espiões.

— Respeitáveis Senhores, o tempo de calmaria se esgotou, está na hora de marcharmos contra o Egito. – Shahanshah diz.

— Eles dizem em quantos dias pretendem marchar em direção à essas províncias? – Sarod pergunta.

— Qual é o contingente do exército do Egito? – Fravardin pergunta.

— Não devemos temer o inimigo, Senhores, está claro que nosso exército é muito superior e temos todas as condições de vencer. – Ahriman diz.

— Não é bem assim, Ahriman, devemos definir bem as estratégias antes de marchar em direção ao inimigo, uma guerra não se faz apenas com entusiasmo, mas com tudo muito bem estruturado a fim de eliminar qualquer possibilidade de perdas e derrotas. – Babak diz e todos os nobres concordam, principalmente o Imperador. 

— Egito tem um exército de cinquenta mil homens, estão se organizando e pretendem marchar nos próximos dez dias. – digo. 

— Como estão os nossos armamentos? – Heydar questiona.

— Como está o treinamento dos homens do nosso exército? – Rashne pergunta.

— Qual é o atual contingente do nosso exército? – Shahanshah pergunta. 

— Atualmente o exército imperial conta com oitenta mil guerreiros, todos estão treinando diariamente desde que chegamos da última guerra, conforme a autorização do Imperador, solicitei aos ferreiros e artesãos reais que forjassem e consertassem os armamentos, portanto temos cem mil espadas, lanças e punhais, trinta mil arcos, noventa mil flechas. – digo.

— Muito bom, parece que estamos verdadeiramente prontos. – Payam diz.

— Majestade, a guerra deve ser declarada imediatamente, qualquer tempo perdido pode significar a invasão de Jerusalém e morte de pessoas inocentes. – Sohrab diz 

— General Jahangir, convoque todo o exército imperial, organize as tropas, vamos marchar em direção ao Egito amanhã pela manhã, rumo a mais uma campanha vitoriosa. – o Imperador diz. 

— Mais uma vitória ao grande Imperador Shahanshah! – Babak diz e todos repetem. 

— Providenciarei tudo agora mesmo. – digo, peço licença e saio da sala do trono.

 

Princesa Shahnaz POV:

Assim que amanhece, minhas damas preparam meu banho, me arrumam e vestem, logo depois sigo para o salão do banquete e finalmente encontro com o general, além de todos os demais, observo-o com discrição, mas não trocamos uma palavra sequer, penso que vamos conseguir conversar, mas somos solicitados para ir à sala do trono.

Questões políticas e financeiras são abordadas e até dou alguns palpites quando sou consultada, dizendo que acredito que os impostos devam ser reduzidos já que há pobreza e dificuldades no plantio e colheita, afinal como vão semear se não há meios para isso? Então o Imperador acata minha sugestão e reduz a cobrança para que seu povo possa subsistir com mais dignidade, encerrando esse primeiro assunto.

Vejo o general começar um novo assunto sobre a possibilidade de uma nova guerra contra o Egito, algo se agita dentro de mim, há uma breve discussão na sala do trono e eu não me meto, apenas observo e noto que todos estão preocupados com os contingentes de ambos os exércitos, prazos de chegada em Jerusalém, que é a ameaçada pelo nosso inimigo, a quantidade de armamento que dispomos para o uso e estratégias para essa guerra. 

Então o Imperador decide que nosso exército irá para a guerra amanhã, mas não sabe que eu irei junto, comunicarei isso a ele agora mesmo!

— Shahnaz, o que ainda faz aqui? – o Imperador pergunta.

— Quero falar com Vossa Majestade. – digo.

— Penso que já sei o que me dirá. – Shahanshah diz.

— Então sabe que irei para a guerra com Vossa Majestade. – digo com ousadia.

— Shahnaz como ousa me dar uma ordem? – o Imperador eleva a voz.

— Nunca teria tamanha ousadia, Majestade, encare não apenas como um pedido, mas a dedicação de sua guerreira e Princesa. – digo e faço uma discreta reverência.

Antes que ele me responda, faço questão de acrescentar mais um detalhe.

— Conforme sua solicitação, tenho treinado sob a supervisão e responsabilidade do general ou de um comandante e me saído muito bem. – digo.

— Não quero que corra riscos, você sabe disso, Shahnaz. Uma guerra não é coisa para mulher. – o Imperador diz.

— Mas a guerra é uma coisa para uma sucessora do trono? Uma Imperatriz ou Imperador? – pergunto.

— Todo Soberano deve ser versado em guerra. – Shahanshah se rende finalmente.

— Então entendo que tenho sua aprovação, Majestade. – digo. 

— Nunca se afaste dos líderes dessa guerra. – o Imperador diz.

— Lutarei ao lado dos comandantes e general, sei que eles me protegerão se necessário. – digo, faço uma reverência em agradecimento e saio da sala do trono.

 

O Narrador: 

Shahanshah deve reconhecer que aprecia essa ousadia e intrepidez de sua Princesa, mas que haverá a necessidade de testar, contestar, questionar seus valores éticos, morais e políticos a todo momento para saber se está educando e treinando aquela que o sucederá no trono do glorioso império da Pérsia.

Mas se como um líder, Shahnaz deseja ser versada nas artes da guerra, deverá aprender a ser uma boa estrategista, desempenhando todas as funções de um Soberano, organizando e planejando, dando as ordens e comandando. 

Então o Imperador manda convocar o general Jahangir com urgência aos seus aposentos, minutos depois o guarda anuncia sua chegada.

— Majestade, mandou me chamar? – Jahangir diz e faz uma reverência.

— Preciso que cumpra uma ordem com urgência e é um assunto de extrema importância. – o Imperador diz.

— Farei agora mesmo, do que se trata? – o general pergunta.

— Quantas tropas nós temos? – o Imperador questiona.

— São seis tropas, estava prestes a nomear o sexto comandante quando Vossa Majestade me convocou. – o general diz.

— Então a Princesa Shahnaz será a comandante da sexta tropa, mas exijo que o general lute ao seu lado, porque em sua presença certamente estará segura e protegida. – Shahanshah diz. 

— Farei conforme sua ordem, Majestade. – o general diz e se retira.

Vashti exige que as servas iniciem o preparo de tudo o que será necessário para o tempo que o Imperador passará nessa nova guerra, sempre que sai nessas campanhas demora meses para retornar e sabe que dessa vez não será diferente, uma longa espera virá. 

Minu, Niga e Leila, iniciam o preparo das vestes e itens que o Imperador deve precisar, mas a grande esposa real nem se importa em ajudá-las, deixa que mexam em tudo o que pertence ao marido e arrumar seu baú, sem ao menor olhar para nada, aprovando tudo com desdém, enquanto as servas se esmeram nos cuidados. 

Do lado de fora tudo está sendo preparado, as carroças estão sendo abastecidas com os suprimentos diversos, as tendas estão sendo testadas e guardadas, assim como os móveis, os animais já estão sendo lavados, escovados, sendo checadas as ferraduras e as selas estão prontas.

Todos os soldados estão com suas armaduras, escudos e cinturões e neles suas espadas e punhais, nas mãos muitos carregarão lanças os arqueiros estão com suas aljavas.

No harém, todas estão novamente ansiosas porque seus filhos vão para a guerra, ainda não estão acostumadas com o sofrimento da partida dos homens. 

— Meu prometido vai para a guerra e ainda nem conversamos depois do anúncio do nosso casamento. – Marjan se lamenta.

— Ele realmente não está nada feliz com o casamento. – Madge diz e ri, Etty a repreende, mas acaba rindo também. 

— Bem que ele disse que não desejava se casar, talvez nunca venha conversar com você. – Gatha diz e Bibiana segura o riso. 

Atefeh chama seu filho Ahriman para lhe dar um conselho.

— Não esqueça do nosso plano. Você tem que se aproximar do general e matá-lo, essa é a sua chance de se tornar o novo general. Só não esqueça de incriminar um infeliz qualquer que estiver perto pela morte e o assassine com requintes de crueldade, diga que o viu atacar o pobre Jahangir e então você precisava vingar a honra dele. E que o deus da escuridão te ajude. – Atefeh aconselha.

— Farei isso, tem a minha promessa. Eu o odeio desde que tomou o lugar que devia ser meu. – Ahriman diz. 

— Agora vá descansar, meu querido. Sei que voltará vitorioso, meu general. – Atefeh diz e o beija. 

Quando chega a noite tudo está pronto, todo o exército está ansioso pela partida e mal consegue dormir, mas repousam brevemente.

 

Princesa Shahnaz POV:

Assim que saio da sala do trono, me apresso em ir para os meus aposentos, tenho algumas coisas a resolver, peço que Lila pegue os uniformes para mim e coloque em um alforge, as três juntas pegam a armadura completa, Zena separa meu cinturão e eu pego as armas.

Decido escrever uma mensagem para que leiam caso esteja confirmada a minha morte, afinal nunca se sabe o dia de amanhã, selo a carta com o meu anel e entrego nas mãos de Pari.

— Cuide dela e apenas a entregue se for confirmada a minha morte, entregue nas mãos do Imperador. – digo e minhas damas começam a chorar.

— Para onde vou a morte pode estar sempre à minha espera, ela é a única certeza, a vida é um presente. Rezem por esse dom e privilégio. – digo e elas concordam.

Continuamos a arrumar tudo o que preciso e então recebo uma convocação do general para ir até a área de treinamento, visto o uniforme e sigo até lá.

— Me convocou, general? – pergunto.

— Sim, Alteza. – o general diz.

— Quero apresentar a todos vocês a nova comandante de tropa. – o general diz, olhando para os outros cinco comandantes, me deixando surpresa. 

— Venha comigo, comandante Shahnaz, vou lhe apresentar para sua tropa. – o general diz e me conduz.

Chego diante da tropa e todos me saúdam e reverenciam com respeito, mesmo vendo que sou mulher, deve ser porque sou a filha do Imperador ou porque treinamos juntos, mesmo assim estou atônita e sem saber o que devo fazer.

— Perdida? – Jahangir pergunta.

— Confusa. – confesso.

— Que esperam de mim? – pergunto.

— Que você os conduza para a guerra e lhes diga o que fazer e quando ir. – o general diz.

— Função de comandante. – reconheço.

— Função de guerreiro de linha de frente. – o general diz.

— Se esperam uma guerreira, terão Shahnaz! – decido e ele sorri.

Sinto vontade de conversar sobre algo mais com ele, mas não é o momento propício para isso, então me despeço e vou em direção aos meus aposentos, vejo que todo o palácio está agitado com essa decisão e os preparativos para a guerra e escuto mais uma discussão entre Mirza e o Imperador e seu pedido e a negativa sobre ir para a batalha. 

Nem quero pensar a reação da grande esposa real quando descobrir que irei para essa guerra. 

Vou para a minha alcova e troco de roupas, então passo rapidamente no harém e vejo o drama das mães e esposas que verão seus homens indo para a guerra, há tanto tempo que isso acontece, mas elas parecem nunca se acostumar com essas longas e enfadonhas jornadas de espera, enquanto se consomem em aflição sem saber se seus amados estão vivos ou mortos?

Mas o que me incomoda profundamente é o drama de Marjan, a ilegítima prometida dramática que deseja ardentemente falar com o general, mas ele sequer ousa trocar uma palavra com ela. Devo confessar que me agradam os comentários de Madge e Gatha, que ironizam o sofrimento da nobre, provocando risos por todos os lados e amenizando o ambiente, que passa de tristeza e ansiedade para alegria em pouco tempo.

Volto a me concentrar em meu dever, afinal agora sou comandante de tropa e quero ainda compreender a motivação por trás dessa escolha, mas de qualquer maneira desempenharei meu papel com todo o meu empenho e destemor, para que seja muito além do que certamente esperam de mim, afinal o que todos esperam de uma mulher em uma guerra? 

Absolutamente nada, porque lugar de mulher é no palácio, com suas sedas, chiliques e vontades, eles diriam.

Por mais que eu tenha demonstrado toda a minha capacidade na outra campanha, tenho certeza de que muitos, senão quase todos, duvidam das minhas aptidões como guerreira, então como reagirão agora que sou uma líder? 

Então os soldados concordarão em estar sob a liderança e aceitarão ordens de uma mulher? Os comandantes saberão conviver e discutir estratégias com uma Princesa como líder de tropa? 

São os questionamentos que povoam os meus pensamentos, medos que tentam me invadir, mas que decido impedir que tomem espaço em minha mente. 

Sou Shahnaz, decido seguir minhas próprias convicções e fazer o meu destino, nenhum medo me impedirá de prosseguir e conquistar o que desejo. 


Load failed, please RETRY

週次パワーステータス

Rank -- 推薦 ランキング
Stone -- 推薦 チケット

バッチアンロック

目次

表示オプション

バックグラウンド

フォント

大きさ

章のコメント

レビューを書く 読み取りステータス: C27
投稿に失敗します。もう一度やり直してください
  • テキストの品質
  • アップデートの安定性
  • ストーリー展開
  • キャラクターデザイン
  • 世界の背景

合計スコア 0.0

レビューが正常に投稿されました! レビューをもっと読む
パワーストーンで投票する
Rank NO.-- パワーランキング
Stone -- 推薦チケット
不適切なコンテンツを報告する
error ヒント

不正使用を報告

段落のコメント

ログイン