Logo, o vento levou as nuvens de cinzas para longe. O Crepúsculo era mais uma vez iluminado pela bela luz do amanhecer... o que sobrou do Crepúsculo, ao menos.
A fortaleza flutuante onde o Senhor do Medo havia morrido se partiu e afundou nas águas calmas.
A própria água começava a se mover, cintilando à luz do sol. Agora que a cidade do Rei Serpente e quaisquer encantamentos que a mantinham no lugar foram destruídos, a correnteza estava lentamente retornando.
Logo, a correnteza levaria tudo — as ruínas enegrecidas do Crepúsculo, os cadáveres dos Profanados que o haviam invadido e os navios quebrados de seus defensores caídos — até a Extremidade, para então jogá-los no abismo sem luz que se estendia além dele. Onde nunca seriam encontrados ou vistos novamente, a menos que alguém enfrentasse o vazio e alcançasse o fundo do temível mundo de Ariel.
Apagando todos os sinais de que o Crepúsculo alguma vez existiu da superfície incessantemente fluente do Grande Rio.