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97.01% Sacred Gear Creator (PT-BR) / Chapter 64: Santo Graal

章 64: Santo Graal

A reunião com Kirei havia terminado a algum tempo e agora eu estou deitado em um dos quartos de hospede utilizáveis na residência Tohsaka, Chloe está usando meu braço direito como travesseiro me abraçando, usando um vestido preto transparente leve.

"Amanhã vai ser um dia e tanto", murmuro acariciando os cabelos de Chloe.

"É uma missão quase impossível, derrotar Trihexa", começo a refletir em meus pensamentos, talvez pela primeira vez a compreensão de como uma missão impossível foi dada a mim.

O próprio Deus bíblico em todo o seu poder foi insuficiente para matar Trihexa, conseguindo apenas selar a besta depois de sacrificar a própria vida, portanto, eu com apenas uma pequena parte do seu poder talvez nem consiga arranha-lo.

E isso tudo é comprovado pelas minhas limitações, meu poder ficou estagnado por muitos anos devido a amnesia, não fiz uma Sacred Gear nesse tempo e o único sangue que consegui tomar foi o de Sakura que já teve sua afinidade corrompida pelas experiencias de Zokuen e assim apenas consegui melhorar minha já alta afinidade com água.

A ociosidade vai me levar ao fracasso, já desperdicei tempo por causa da vontade de Deus manipulando minha mente, mas graças a Chloe e Archer que atrasaram essa influencia e a amnesia que complementou minhas memorias, agora não preciso me preocupar em ser uma peça de xadrez.

"Eu já volto", murmuro dando um beijo na testa de Chloe me levanto da cama, ela franziu a testa e puxa o cobertor todo e encolhe em uma bola.

Saio da sala e sigo em direção ao quarto de Rin, eu sou um Dhampir, tenho todos os poderes de um vampiro, sem as fraquezas, obviamente sou um pouco mais fraco, porém tenho que tirar proveito de tudo que eu puder.

Na frente do quarto dela tem outra pessoa sentada no chão abraçando as pernas, "Sakura?", pergunto um pouco surpreso, não tinha a visto desde o momento que chegamos aqui.

"Mestre, sou inútil para você?", a voz de Sakura ecoou pelo corredor sombrio, seus olhos estavam diferentes dos que me lembrava, parecia uma garotinha perdida.

"Sim", digo calmamente e a puxo para um abraço, meus sentimentos por ela são uma mistura de pena e vontade de proteger.

Ela não reagiu a minha afirmação, parecia já esperar por essa resposta e o silencio dela foi a melhor prova de amadurecimento.

"Você quer ser útil?", pergunto calmamente.

"Quero".

"Saiba que é um caminho sem volta, você vai morrer e viver por mim, tudo que você é agora e um dia será, vai ser meu", minha voz se enche de seriedade e aperto Sakura com muita força.

"Eu já sou sua Mestre", ela diz olhando em meus olhos e um pequeno brilho de psicopatia pode ser observado por um breve momento.

"tudo bem", respondo acariciando as costas dela e fecho os olhos.

O espaço ao nosso redor estilhaça como vidro, "Unlimited Gears Works!", murmuro e a colina de espadas banhada pelo crepúsculo nos dá as boas-vindas, o vento frio e a neve não me incomodam, mas sinto Sakura tremer e espirrar. Ao longe peças de xadrez gigantes são visíveis.

Estendo a mão por alguns segundos e no horizonte surgem 4 espadas, seu visual é simples sem detalhes, até mesmo sua empunhadura é apenas um pedaço de madeira sem entalhe, onde deveria estar a lâmina têm apenas uma haste de ferro, a única peculiaridade delas é a presença de uma aura sombria cobrindo-as completamente.

Elas ficam flutuando ao nosso redor, suas lâminas apontadas para o chão, em ritmo constante quase como uma dança.

"Sakura, ajoelhe-se", ordeno, ao mesmo tempo troco minhas roupas para um terno azul marinho e gravata prateada, um traje bastante formal para a ocasião.

Faço o mesmo com Sakura enquanto ela está ajoelhada, trocando suas roupas leves por um vestido de seda rosa claro que a deixa linda.

"Como você prefere ser chamada?", pergunto solenemente enquanto estendo a mão e a mais próxima vem até mim.

"Apenas Sakura é o suficiente, a muito tempo deixei de ser uma Tohsaka e o nome Matou só me trouxe desespero e dor", uma lagrima escorreu pelo rosto de Sakura, mas em seu rosto tudo que podia ser visto era alivio e um pequeno sorriso.

Fico frente a ela com a espada na mão, enquanto transforma poder magico puro em poder demoníaco e aplico na espada a fazendo brilhar.

"Sakura, você é a primeira pessoa para quem eu mostro isso, nem mesmo Chloe sabe da existência dessas espadas", a aura sombria ao redor da espada fica selvagem e afasta as outras 3 para longe, cobrindo Sakura e eu em meio a escuridão.

"Essas armas eu criei e aperfeiçoei durante anos, mas nunca tive a chance de realmente as usar por causa dos riscos", aproximo a ponta da espada do peito dela, mirando no coração de cima para baixo.

"Então eu pergunto, Sakura, você está disposta a desistir da sua vida e tudo que a acompanha em prol dos meus objetivos e desejos, independente das suas próprias vontades?", pergunto solenemente e pressiono a espada fazendo uma gota de sangue começar a escorrer do peito dela.

Ela geme de dor, "Eu já disse e repito, já sou sua, esse corpo podre e essa alma sem salvação, mas se eu puder ser de alguma valia para você, aceitarei qualquer destino com um sorriso no rosto", ela responder cheia de paixão e convicção em sua voz.

Um sorriso floresce em meu rosto, "Sakura, sua vida agora é minha, honre o meu nome a cada escolha que faça", a escuridão que nos envolve começa a ficar turbulenta enquanto uma pequena chuva começa a cair, porém apesar do clima sombrio e frio, as gotas são reconfortantes.

"E em troca da sua vida lhe concedo o poder para saciar a sua fome e sede", enfio a espada no peito de Sakura até atravessar o coração e escuto gemer de dor, a tempestade obscura que nos cerca é sugada gradualmente para o ferimento junto da espada em minhas mãos.

Sakura flutua no ar enquanto seu corpo sofre de espasmos ocasionais liberando pequenas ondas de escuridão. Ela cerra os dentes aguentando a dor, todo o seu corpo parecia estar sendo destruído e reconstruído instantaneamente.

"Isso está quase acabando", digo sentindo uma conexão forte com Sakura ser formada, enquanto um fluxo de energia vital sai dela e entra no meu corpo, ligando nossos destinos.

Eu chamo essas espadas de as '4 espadas do apocalipse' sendo baseadas nos sistemas de peças malignas e nas cartas de classe usada no sistema angelical, aproveitando das partes boas de ambas as partes e sendo adaptadas para umas espadas especiais usando a Sword Birth para cria-las.

Eu criei 4 espadas demoníacas baseadas com o conceito dos 4 cavaleiros do apocalipse, Vitoria, Guerra, Fome e Morte/Peste, porém nenhuma delas está ativa para evitar o seu uso acidental.

A Sacred Gear Sword Birth permite ao usuário criar espadas demoníacas, ou seja, elas têm poder demoníaco dentro delas e é fatal para seres que dependem de energia sagrada, porém a minha é uma variante devido a ter selado nela o espirito heroico Archer/Emiya e assim as habilidades dele foram transferidas para elas e uma delas me permitindo criar espadas magicas e até mesmo sagradas, apesar delas em sua maioria me causarem dano enquanto uso, como o caso da Excalibur.

Algumas espadas demoníacas podem ter maldições anexadas e é algo quase impossível de ser encontrada em uma pré-fabricada, por elas serem temporárias e não serem realmente tão fortes quanto uma espada demoníaca real, contudo graças a alta afinidade que tenho com os poderes de Archer consigo colocar maldições através, porém não consigo manter muitas ativas e meu atual limite é de 4 maldições e elas me drenam constantemente quando as espadas materializadas.

O atributo da 'Fome' foi o escolhido para a espada que foi ligada a Sakura e tem o atributo da fome, uma espada capaz de drenar o vigor e o poder magico, independentemente do tipo, fortalecendo a fortalecendo com tempo, uma espada que fortalece o usuário à custa do adversário.

E a maldição é baseada no sistema de peças malignas ligando mestre e servo, enquanto a ligação é bastante fraca no sistema de peças malignas, apenas fazendo o demônio renascido ser do mesmo clã e uma pequena dependência para estabilizar seus poderes, dependendo da maior parte da coerção psicologia, social e física para manter a lealdade, já as espadas do apocalipse carregam uma maldição que liga o mestre e servo, tornando o servo totalmente dependente do Mestre conectando a vida de ambos.

Se o Mestre morre, o servo morre, mas se o servo morre, o Mestre continua vivo, além do servo não conseguir trair o Mestre, porém a maldição precisa ser aceita antes de ser ativada.

E essa ligação é muito forte, sinto a energia vital de Sakura se fundindo com a minha e tornando-se uma, sinto um fardo enorme sobre o meu corpo, é como um desconforto constante.

Sakura volta ao chão e disperso a U.G.W e tudo volta ao normal, Medusa apareceu no fim do corredor, provavelmente a dispersão de poder magico a incomodou e veio ver o acontecido.

"Mestre?", Sakura diz um pouco tonta e agarrando a ponta da minha roupa.

"Calma, respire um pouco, e depois levante", digo calmamente e a ajudo a levantar com cuidado.

"Me sinto um pouco tonta, mas meu corpo parece mais leve e a dor que eu tinha nas costas sumiu", ela disse apoiada em mim e massageando os ombros, com um suspiro de alivio.

"Normal, agora sua vida está ligada a minha e por isso você vai ter a mesma longevidade que eu, além do seu corpo pode se fortalecer aos poucos, nem eu mesmo sei os limites de poder dessa espada, então espero poder contar com você daqui em diante", dou um grande sorriso, observando Sakura sair do meu abraço e começar a pular como uma criança testando as mudanças em seu corpo.

"Como eu chamo aquela espada?", ela perguntou, com olhos de cachorrinho, não resisti e acariciei os seus cabelos.

"É simples, está vendo a tatuagem no seu seio", aponto para a tatuagem que surgiu no lugar em que a cortei.

A tatuagem sobre o seio esquerdo de Sakura é um Y tribal gravado na sua pele com a coloração azul escura, tendo um contraste muito lindo com sua pele pálida.

Ela pareceu não notar e quando viu ficou um pouco enojada acariciando o local, "Tem como esconder? Não gosto de tatuagens", ela murmurou descontente, porém pude ver um pouco de medo no rosto dela.

A aversão dela é natural, no Japão a cultura de desprezar as diferenças está enraizada desde o leito familiar até nas escolas, algumas mais radicais aceitam apenas alunos de cabelos negros e proíbem qualquer uso de maquiagem/acessórios.

Estico minha mão esquerda e dissipo a magia de camuflagem que impedia os meus selos de comando de serem vistos por outras pessoas, além de mim e Chloe, obviamente alguém com uma boa percepção como Medusa conseguiria perceber ou alguém tentando detectar magia ativamente poderia notar o fluxo de magia na minha mão.

"Entendi, obrigado mestre", ela agradece sorridente.

"Para materializar a espada você só precisa colocar um pouco de poder magico na tatuagem que ela vai fazer o resto sozinha".

"Tudo bem"

Ela instintivamente coloca a mão em cima da tatuagem e começa a transferir poder magico e a tatuagem e um clarão azul ilumina todo o corredor.

"Obrigado Mestre, vou me tornar útil para você", ela diz três minutos depois, fazendo uma reverencia e logo após levanta a cabeça e me dá um breve beijo, antes de ir embora.

"Conto com você", murmuro com um sorriso no rosto, vendo a figura dela desaparecer na escuridão do corredor.

Acalmo o meu coração, ver uma das minhas criações funcionar deixa o meu humor um pouco melhor, porém não posso me deixar ser distraído por esse sentimento, ainda tenho assuntos a tratar.

"Hora do lanche da madrugada", abro a porta do quarto de Rin e sou presenteado pela escuridão.

"Yan? Que bagunça foi essa? Senti um forte poder magico, mas Chloe me disse para não sair da cama e deixar contigo", Rin falou sonolenta deitada na cama usando um pijama branco.

"Só foi um experimento que fiz com a ajuda da Sakura, ela está bem agora, pode ficar tranquila".

Falo calmamente e me aproximo da cama e Rin recua institivamente.

"Tudo bem, acredito em você, agora você pode ir embora, estou com sono", disse ela usando o lençol de escudo e se encolhendo na cama.

"Que pena, mas eu não posso fazer isso", digo puxando o lençol com força revelando-a com a respiração ofegante e um forte rubor no rosto.

"Eu não quero fazer isso!", ela disse decidida, pude ver a chama da determinação no seu olhar, porém seu corpo não moveu um único centímetro ou mostrou sinal de rejeição.

"Desculpa, mas não posso tirar sua virgindade ainda".

"Quem quer perder a virgindade com você? Vai embora daqui! Seu cretino!", dessa vez Rin cobriu os seios com os braços e demonstrou descontentamento.

"Eu não posso ir agora, ainda preciso de você", me aproximo e a puxo para os meus braços, seu coração foi a loucura, sua pela estava fervendo.

Isso me fez lamber os lábios inconscientemente e olhar para a clavícula branca e sedutora dela, "Itadakimasu", murmurei no ouvido dela enquanto sugava o sangue dela.

A manhã é um dia importante e preciso de tudo ao meu dispor para ficar mais forte, mesmo que apenas um pouco e o sangue de Rin pode ser a diferença entre o sucesso e o fracasso.

Sons de gemido permeavam o quarto, dessa vez eu não estava sugando como uma fera sedenta, por isso consegui aproveitar e explorar cada canto do corpo de Rin com minhas mãos e boca.

Os Vampiros conseguem absorver parte do poder de suas vítimas, seja poder físico, características de linhagem ou até mesmo talentos, porém a eficácia cai muito dependendo da força do alvo e se for impuro, além disso por Yan ser um Dhampir, filho de vampiro com humano, seus poderes são ainda menos eficazes.

O gosto de Rin é muito bom, tive que me controlar para não manchando o seu corpo, principalmente quando ela começou a me procurar ativamente, até mesmo tirando minha calça e cueca para um boquete inexperiente que gozei pela imagem sedutora dela.

Eu poderia ter feito o mesmo com Illya, mas a condição do seu corpo não é a ideal para absorver seus poderes, até mesmo Rin estava em um estado muito ruim, devido a essa ser a segunda vez que tomo sangue dela em um curto período de tempo, se ela não fosse uma maga com uma recuperação além do normal poderia ser fatal.

"Boa noite", murmuro, dando um selinho em Rin, que estava nua, muito suada e com respiração ofegante, agarrando o meu braço direito, deitada na cama.

"Só não te adiciono a minha nobreza por causa do seu poder, vou ter muitos gastos em joias", foram meus pensamentos antes de cair no sono.

A magia dos Tohsaka é direcionada ao uso de pedras preciosas como catalizador e para armazenamento de poder magico, as joias não podem ser usadas duas vezes, sendo uma despesa muito grande e Yan prefere evitar.

Para azar de Yan, ele esqueceu que em seu corpo não estão apenas as peças malignas e um brilho branco muito forte emanou de seu peito.

7 cartas de baralho flutuaram no ar girando descontroladamente até o brilho parar sobre uma delas tendo em seu centro um desenho de anjo vestindo uma enorme túnica branca e múltiplos livros ao seu redor e na parte inferior da carta está escrito, "Caster".

Rin sentindo uma energia calmante e calorosa sobre ela e ainda um pouco sonolenta apenas esticou o braço e murmurou fracamente, "Tudo bem, eu aceito mais uma rodada", um pouco de baba escorreu pela sua boca no peito de Yan.

A carta como se tivesse aceitado a confirmação de Rin disparou para o peito dela e as outras retornaram para Yan, o corpo de Rin começou a brilhar enquanto embaixo do seu corpo um círculo magico angelical surgiu.

E assim a escuridão da noite foi substituída por uma manhã de sol, porém ninguém levantou imediatamente, o cansaço era compartilhado por todos e dormiram até meio-dia e mesmo após acordar todas ainda estavam descansando e um pouco letárgicos.

Descansar é a principal estratégia para de noite, todos deveriam estar prontos para lutar caso fosse necessário e por isso Yan não tomou o sangue de Rin novamente, apesar de ela não demonstrar sinais de anemia.

Yan e Rin não haviam notado as mudanças que ocorreram no corpo da garota, após ter aceitado em seu corpo uma das cartas e tornando-se um anjo, fortalecendo o seu corpo e poder magico, além de fortalecer ela em outros aspectos, principalmente seu poder magico.

Mas eles estavam muito concentrados em seus propósitos para essa noite que não perceberam isso, Chloe também não percebeu, estava muito concentrada em ensinar Illya a entender a peça maligna do peão e seus poderes básicos.

Medusa e Sakura ficaram fazendo todo o trabalho doméstico, pois eram as menos cansadas e capazes no momento.

Assim a noite finalmente chegou e Yan e as suas garotas foram até uma gruta em baixo do Templo Ryuudou, pedra angular das linhas de Ley de Fuyuki.

"Você guia a gente Rin", Yan disse a garota que tomou a dianteira e seguiu a dentro, com Yan logo atrás dela.

Illya e Sakura estavam lado a lado e no fim da fila estavam Medusa e Chloe.

O interior da gruta era bastante claro, por causa dos musgos bioluminescentes em seu interior quente e úmido, fazendo todos sentir um pouco desconfortáveis.

"Por um momento pensei que não iria cumprir sua parte da aposta", a voz de Kirei reverbera pela caverna e logo a figura dele revela-se detrás do pilar.

"Eu mantenho minha palavra, pode ficar tranquilo", digo sorrindo.

"Deixo o resto com vocês", digo olhando para minhas garotas que então começam a tomar suas posições.

Na verdade, não havia nada que elas pudessem fazer no momento e apenas prepararam ferramentas e feitiços para caso o pior acontecesse e pudessem destruir o Graal usando força bruta.

Me volto até minhas garotas e dou um abraço e um beijo rápidos nelas, apenas para me acalmar um pouco, até mesmo Illya aceitou, apesar de não gostar de ter que me dividir com sabe lá quantas garotas.

"Oni-chan, tem certeza? As chances de isso darem errado são muito grandes", Illya me advertiu, nos cantos dos seus olhos vermelhos estavam lagrimas caindo.

"Tenho, eu preciso realizar o meu desejo", dou mais um selinho nela e olho para Chloe, "Cuide bem de você", digo para ela com um sorriso sarcástico.

"Calado seu pervertido, agora você vai sair por todos os mundos paralelos pegando versões alternativas minhas?", Chloe disse tentando fazer uma piada, mas o brilho que surgiu nos olhos do Yan a assustou e ficou claro para ela naquele momento que despertou algo que não deveria.

"Quem sabe? Temos muito tempo", Yan disse sorrindo e foi até o centro.

Tirou um orbe do tamanho de uma bola de gude e derramou poder magico, o orbe começou a crescer até atingir o tamanho de uma bola de Futsal.

"Vamos começar", pensou Yan, um pouco nervoso, mas não deixou o nervosismo transparecer em seu rosto.

O orbe desaparece em feixes de luz deixando na mão de Yan apenas um coração pulsante, a mão de Yan rapidamente enfiou a mão no peito Kirei Kotomine, preenchendo o vazio que havia no lugar onde deveria ter um coração.

E como se estivesse esperando por esse momento o circuito magico desenhado na caverna começa a brilhar e o peito de Kotomine também, "Você mentiu para mim!", gritou ele sentindo todo o seu corpo ser destruindo de dentro para fora.

"Eu não menti, você vai conseguir ver a destruição com os próprios olhos, mas eu não disse como", digo cruelmente, vendo um pouco de desespero e diversão nos olhos de Kirei.

O corpo de Kotomine entra em colapso no chão tremendo e tumores crescem em velocidade constante por toda a extensão da pele, "O processo de convocação do Graal já tinha começado e a degradação do seu corpo físico é inevitável", murmuro sem me afastar.

Em poucos segundos o corpo de Kotomine perde a forma humana e torna-se uma pilha de carne disforme e uma forte onde de poder magico emana dela.

"Que o santo Graal seja invocado!", grito com um sorriso no rosto, mas um pouco de medo no coração.

"Deixo com vocês!", digo pulando na massa disforme que me absorve para dentro.

Do lado de fora tudo que as garotas poderiam ver é a massa disforme crescer em tamanho e tornando-se ainda mais grotesca.

"Agora é com Yan, comecem a implementar uma barreira de contenção simples", Rin deu as ordens e todas começaram a recitar o encanto previamente estabelecido, mesmo Sakura que não estudou é capaz de invocar tal magia se tiver o suporte de outros magos poderosos.

Logo uma fina camada de poder magico envolveu a região ao redor da massa de carne, deixando o topo de fora.

Após fazerem os pouco esforços que conseguiram, todos ficaram em silencio, mas murmúrios de boa sorte poderiam ser ouvidos de cada um deles.

"Mestre, boa sorte".

"Aquele idiota vai conseguir, ainda tenho assuntos a tratar com ele!".

"hum...".

"Eu não quero perder meu Oni-chan".

"Vou dormir um pouco, me acordem quando depois".

Dentro do Graal Yan estava envolto de escuridão, sensação muito similar ao que experimentou vendo as memorias que haviam sido perdidas.

"Eu sei que você está ai, apareça!", com minhas palavras a lama negra surgiu um pouco distante e tomou a forma humanoide sentada com as penas cruzadas.

"Qual o seu desejo mestre?", a malicia em sua voz era evidente.

"Angra Mainyu", digo observando tomar a lama tomar a forma de Irisviel, mãe de Illya.

"Não precisamos de apresentações, apenas preciso saber qual o seu desejo?", Angra Mainyu move-se rapidamente e toca no meu braço.

"Você deveria saber"

"Eu não consigo acesso ao seu coração, mas sinto que somos parecidos", Angra me abraça pelas costas e sussurra no meu ouvido.

"Você está 50% certo".

Eu e Angra Mainyu somos parecidos, eu fui escolhido por Deus para carregar o futuro da humanidade e impedir a destruição, Trihexa, enquanto Angra foi escolhido pela própria humanidade para carregar todos os pecados do mundo e ser culpado pela destruição e tudo que a humanidade se causa, no presente, passado e futuro.

Ambos carregam o peso da humanidade sobre os seus ombros, mas o peso de Angra é muito maior que o de Yan, sua própria existência foi corrompida pela humanidade e o tornou esse ser distorcido que é agora, corrompendo tudo e a todos que entra em contato.

"Então, qual o seu desejo? Eu irei realiza-los", Angra sussurrou.

O Graal ainda está corrompido, todos os desejos trarão nada além de destruição e morte a tudo e todos, sendo o ponto de partida para o nascimento de Angra Mainyu como uma das bestas do fim do mundo.

Apesar de saber disso Yan teve que fazer seu desejo, "Eu quero uma fonte de energia renovável, capaz de suprir demandas imensuráveis de energia".

Um sorriso floresceu no rosto de Iris/Angra ao escutar o desejo de Yan, "Seu desejo vai ser realizado", disse Angra muito feliz.

"Ainda não acabei, quero que o Graal Maior seja usado como base para essa fonte de energia, devido a sua capacidade de armazenamento e redirecionamento de energia".

Complementou Yan calmamente, o Graal não é uma maquina de desejo onipotente, apenas é capaz de conceder desejos baseados no conhecimento e ações do vencedor, caso as instruções careçam de detalhes é provável que o Graal não conceda o desejo ou no pior dos casos, interprete errado o desejo.

O desejo do Yan não tirou o sorriso do rosto de Angra, afinal depois de seu nascimento, junto ao desejo de Yan, só restaria destruição.

Do lado de fora as garotas observavam um portal circular surgir sobre a massa orgânica deformada.

"É a lama!", gritou Illya esperando o pior.

A lama corrompida que a menos de um dia cobria o seu corpo agora vazava como uma cachoeira de dentro do portal, destruindo o chão e encendia pedaços de rocha solida.

"Qualquer desejo vai virar pura destruição", falou Rin relembrando as palavras de Yan.

"Preparem-se para agir a qualquer momento", Sakura disse seriamente colocando a mão sobre a tatuagem em seu peito.

Elas estavam muito apreensivas com a situação, até mesmo Chloe parou de fingir dormir e entrou em posição de combate.

"Você deve estar feliz vendo isso, Kirei", Rin pensou para si mesmo, vendo a destruição a sua frente.

De volta para Yan e Angra.

"Qual a graça?", pergunto sem entender a graça.

Angra estava rindo, seu distorcido é assustador.

"Finalmente vou poder realizar o maior desejo da humanidade, destruir a causa de seus sofrimentos", Angra me encarou e abriu os braços como se me convida-se para olhar para os lados.

Inúmeras telas surgiam e desapareciam, caos, morte, destruição e fome, cenas como essas eram mostradas na tela a cada segundo, a cada momento, surgiam e desapareciam ao vento.

"Vou destruir os humanos", ele estava rindo, mas senti um pouco de tristeza em sua voz.

Lembro que Angra apesar do fardo que carrega nunca odiou a humanidade, porém durante tanto tempo sendo ferido e amaldiçoado sua mentalidade foi afetada, restando apenas isso que está a minha frente.

"O seu desejo vai desencadear a destruição da humanidade, obrigado", disse ele fazendo uma reverencia antes de assumir a forma de lama negra e engolir meu corpo junto.

"Seu desejo não vai ser realizado", murmuro enquanto desperto do meu sono.

A conversa com Angra foi toda um sonho, porém suas consequências são reais, meu corpo estava sendo no inicio do processo de absorção pela montanha de carne.

"Agora é com você Rin", pego um pequeno fraco do bolso, são algumas gotas de sangue que peguei de Rin antes de saímos da casa dela.

Os efeitos dos poderes absorvidos por um vampiro são mais fortes logo após a absorção, principalmente se a vítima for uma virgem como Rin, por isso só preciso de algumas gotas para despertar parte das habilidades que já absorvi dela.

As gotas caem na minha boca e apenas isso é o suficiente para me deixar excitado, "Quando eu voltar vou me trancar com Sakura, Medusa e Chloe por alguns dias", prometi em meu coração, depois de tanto estresse até mesmo elas precisavam de uma folga.

Quanto a Illya e Rin? Não posso tocar nelas por enquanto, preciso assimilar suas habilidades o mais rápido possível, então seus status de virgindade são essenciais para que isso aconteça mais rápido e isso vale para outras garotas do meu harem.

Deixo os pensamentos desnecessários de lado e me concentro em sentir as habilidades que obtive de Rin.

Os olhos de Yan tornam-se azuis claro, substituindo a coloração dourada que antes tinha ali, e pequenas faixas de azuis começas a sair do corpo de Yan e a cobrir tudo ao seu redor, seja o amontoado de carne ou a lama negra que ainda estava vazando.

"Eu sou preciso devorar toda a corrupção", a voz do Yan reverberou por toda a caverna acalmando o coração das garotas.

"Eu acordei por nada, alguém trouxe algum lanche?", Chloe disse estalando o pescoço com um sorriso relaxante no rosto.

Dentre as garotas de Yan, Chloe era a mais nervosa com o plano extremamente perigoso dele, dessa vez ela não poderia ajudar ele de forma alguma, mesmo seu sangue não teria efeito algum nas habilidades dele, visto que ambos têm habilidades quase idênticas, além de não ter acesso a poder sagrado.

Mas para que ela precisaria de poder sagrado? Para auxiliar Yan em seu plano e como um demônio, Chloe perdeu o acesso a poder sagrado, não conseguindo criar espadas sagradas no processo.

"Realmente está funcionando?", os olhos de Rin brilhavam observando o espetáculo diante de seus olhos.

"É muito lindo, Oni-chan é incrível!", a admiração era gigantesca na voz de Illya, "Mas dói...", murmurou ela demonstrando um pouco de descontentamento

Diante dos olhos de todos a lama negra clareou e a corrupção flutuou no ar desintegrando-se em partículas de luz, um espetáculo lindo.

Uma onda de poder sagrado explodiu e desintegrou a massa de carne que estava preso Yan, enquanto em sua forma vampiro/demoníaca ele tem cabelos longos e uma expressão selvagem, mas agora uma aura sagrada cobria o seu corpo e em sua cabeça uma aureola angelical dourada tinha um destaque especial em seu visual.

Do pilar central foi sugado pelo portal junto de toda a antiga "lama negra" e um silencio preencheu o ambiente, até que um brilho cegante surgiu do portal e uma versão menor do pilar, do tamanho de um bastão, surgiu no ar a frente de Yan.

"Yan!", gritou Rin correndo até ele, mas nesse momento a caverna começou a ceder e ele desmaiou no local segurando o bastão.

"Eu pego ele, recuem!", Medusa falou assumindo a liderança em resgatar Yan.

Sem o suporte do Graal Medusa iria desaparecer, visto que ninguém é capaz de manter um servo sem o auxilio dele por tanto tempo, mesmo Illya que é basicamente a mais ligada ao Graal apenas conseguiu manter Berserker durante 3 meses antes da guerra começar e custou muito de seu poder.

E Sakura já havia começado a sofrer dores e estava incapacitada sendo carregada por Chloe, assim como Illya, Rin fugia ao lado, sendo a única capaz de mover-se livremente nessa situação.

A cada passo a figura de Medusa tornava-se mais e mais transparente devido ao gosto muito grande de poder magico para chegar ao lado de Yan e o levar em segurança para a superfície.

"Não vou poder servi-lo mais, mas ainda peço que cuide daquela garota", Medusa murmurou em seu coração ao sair da caverna carregando-o.

"Com isso a guerra acabou, e agora?", Rin perguntou com um sorriso refrescante no rosto e as mãos na cintura.

Medusa foi até Sakura que estava deitada no chão contorcendo-se de dor e afagou sua cabeça, "Espero que seja feliz", disse ela.

A expressão de Sakura endureceu por um instante e lagrimas escorreram por seu rosto, a sensação de perder uma amiga doeu em seu peito.

"A gente pode dividir o fardo do contrato, você não precisa ir embora", disse Rin, um pouco hesitante, mas não iria deixar Medusa desaparecer tão facilmente.

"Não, isso vai afetar muito as habilidades de vocês, não tenho o direito de limitar vocês", Medusa disse humildemente.

Mesmo que ambas fossem capazes de manter Medusa ainda iria afetar muito seus feitiços, diminuindo drasticamente seu poder de combate e seus status no mundo dos magos iria cair junto.

"Quanta baboseira, toma!", Chloe andou até Medusa e mostrou para ela uma peça de Xadrez escura com fissuras Azuis, muito mais fissuras azuis que o peão de Illya, sendo melhor dizer que era uma peça azul com detalhes negros, um cavalo.

"Então, vai aceitar ou vou ter que forçar você?".

"Eu aceito", Medusa riu fracamente sabendo que não poderia escapar de servir Yan.

As Peças Maligna estão repletas de segredos, essa é uma afirmação de Ajuka Bellzebub o seu criador, por isso algo inesperado sempre pode acontecer, mas o espetáculo diante dos olhos daqueles que estavam observando é maior que o esperado.

O círculo magico demoníaco Sitri sob os pés de Medusa oscilou e duplicou-se aparecendo bem ao lado dela e a figura de um cavalo surgiu e as suas pelugens e a penugem do seu corpo escureceram, porém, a bondade em seus olhos não sumiu, um azul calma e sereno, similar aos de Yan.

"Pegasus, mas como?", Medusa não podai acreditar, ela sentia o Pegasus a sua frente estava vivo, assim como ela agora.

Como se ouvindo suas palavras o Pegasus chegou próximo o suficiente para ela abraça-lo.

Durante algum tempo o sorriso quente surgiu no rosto delas e esqueceram Yan jogado no chão.


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