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88.05% Sacred Gear Creator (PT-BR) / Chapter 58: Queda

章 58: Queda

Informação é o primeiro passo para fortalecer uma magia além de seus limites e a minha especialização em magia de Projeção e Reforço deram origem a magia original de assinatura que uso, pelo menos essa é a historia que contei para Kiritsugu e é o que está escrito no banco de dados da Torre do Relógio, porém a verdade é outra.

Meu conhecimento acadêmico, esgrima, etiqueta, entre outros, todos vieram naturalmente até mim naturalmente e com "Trance-on" não foi diferente, um dia durante meu treinamento essas palavras apenas saíram da minha boca e consegui ver todo o passado de um Bokken, espada de madeira, e a partir daí comecei a pesquisar sobre essa magia.

Durante meus anos de vida não ouve progressos e nem mesmo Kiritsugu sabia sobre magias similares, levado em consideração que as magias de Reforço e Projeção são básicas e consideradas descartáveis é possível que não haja magos peritos nelas, fora eu.

E esse é o ponto no qual quero chegar, pela primeira vez vi outra pessoa usar projeção em batalha, além de ser exatamente a minha magia que não deveria haver alguém capaz de usar além de mim e isso me assustou.

"Surpreso?". A voz dela continha um pouco de sarcasmos, porém não saiu de sua posição de batalha em momento algum.

"Archer, quem é você?", me preparo para atacar ou defender a qualquer momento e em momento algum para de encara Illya que já havia parado de tossir sangue e debater.

"Agora sou uma estranha", sinto um pouco de dor em sua voz, porém seus olhos eram o de uma águia que iria me devorar inteiramente caso eu abaixa-se a guarda.

Os sons da luta entre Mordred e Berserker estavam cada vez mais frenéticos e eu sabia a causa disso, apesar de sua fúria ainda havia contenção em seu poder, pois não ativou seu fantasma nobre em momento algum para evitar atingir as casas próximas ou acidentalmente me acertar.

"As chances estão contra mim", murmuro e dou um longo suspiro, logicamente Archer escutou e isso a fez sorrir.

"Que tal Yan, você deixa ela ir embora e podemos parar aqui", ela fez uma boa proposta.

Dos pés de Illya surge um espinho negro, feito da Lama negra, pronto para atravessar as costas de Archer que foi parado pelo som de metal colidindo, uma espada surgiu e protegeu do espinho.

"Eu estou te protegendo, então não é educado atacar pelas costas, sabia?", Archer diz sem desviar os olhos de mim.

A mesma espada que a protegeu disparou em direção a Illya que usou a lama negra para moldar espinhos negros e proteger-se, porém a espada parecia ter vida própria ao mudar seu formato e direção conforme atravessava a muralha de espinhos e atingir em cheio a perna direita da garota a decepando. Pela segunda vez no dia havia uma garotinha caída, chorando e ensanguentada no chão.

Eu estava realmente admirado, sua posição de batalha não era comum e ainda assim demonstrava ser uma espadachim experiente e além disso conseguia fazer algo que jamais consegui, ter o controle perfeito da espada enquanto estava no ar, além de mudar sua forma após a projeção ter sido feita.

"Você é boa, mas eu não pretendo desistir agora", digo isso corro na direção dela, pronto para a atacar.

A força de um servo era baseada em quão bom um mago é no geral, por isso Medusa ficou muito mais forte quando tornou-se minha serva e ao mesmo tempo Mordred enfraqueceu devido ao aumento no consumo do meu poder magico e eu sei que consigo lutar frente a frente com ela no seu melhor estado como serva, então lutar contra uma classe mais fraca como o Archer deveria ser mais fácil.

Mas.

"Você já foi mais rápido", escuridão.

Meu rosto foi enterrado no chão com apenas um golpe, nem a vi se mover e muito menos senti qualquer intensão assassina vindo dela, além disso era como se ela se soube onde me atingir para me fazer cair com um único golpe.

"Eu já fui?", me levanto em um único pulo e entro em posição de combate novamente.

Eu não a estava vendo em lugar algum, mas o sentimento de paz e segurança que ela transmite ainda estava no ar, mesmo estando lutando uma batalha mortal e isso me incomodava muito.

"Quem é ela?", pensei comigo mesmo e finalmente uma resolução veio a minha mente.

"É logico, já sei quem é você!", grito alto o suficiente para que ela escute.

"Então quem sou eu?", desvio de algumas espadas que começaram a surgir ao meu redor, enquanto não consigo dizer de onde vem a voz dela.

"Você protegeu a Illya, tem a aparência muito parecida com a dela e tem a minha magia", cada espada que surge não estava mirando meus órgãos vitais, mas estava tentando causar ferimentos sérios ao meu corpo caso atingisse.

"Você é minha descendente com a Illya!", gritei o mais alto possível.

Era a única forma de ser possível isso, ela deve ter a minha magia devido a crista de família e foi convocada para lutar na guerra depois de ter feitos heroicos no futuro, sendo assim ela não me deixaria matar a própria mãe e isso vai pelo fato dela me dar uma sensação de paz, talvez seja meu instinto paternal adormecido que está desenvolvendo-se ou algo parecido.

Ao terminar minhas palavras escuto um estrondo vindo das paredes que cercam o jardim, o corpo de Archer avia batido com força o suficiente para abrir um buraco na parede.

"Que? Não jamais!", diz ela desesperada e com um pouco de nojo evidente em sua voz e rosto.

"Você realmente esqueceu de tudo?", o nojo e desespero em seu rosto desaparecem como se nunca estivessem lá e são substituídos por uma lagrima escorrendo por suas bochechas.

"Esqueci do que exatamente?", minha mente estava tentando reinterpretar todas as informações a minha disposição, porém não havia nada logico que eu pudesse dizer, é impossível que eu sabia algo sobre a mulher na minha frente.

Igual ao florescer de uma flor após a chuva, um sorriso floresceu no rosto lacrimejante de Archer, "Sua mente não lembra, mas seu corpo deve lembrar", simples palavras, mas meu senso de perigo disparou como nunca antes ou melhor, igual quando aconteceu mais cedo no jantar por um momento.

MEDO

Eu estava aterrorizado com o espirito heroico a minha frente, porém ainda assim não pude deixar de conter o sorriso em meu rosto, "Será que eu enlouqueci", penso comigo mesmo enquanto institivamente desvio de laminas que estava crescendo de forma irregular ao meu redor, diferente de antes locais vitais estavam sobre ataque.

"Não, você não é louco", bloqueio um chute em meu abdômen utilizando minhas lâminas que foram quebradas facilmente.

"Você consegue ler mentes?", se a resposta for sim estarei em desvantagem.

A resposta não veio e continuamos a lutar, pouco a pouco ela estava me cansando igual a um gato que brinca com um rato, diferente da minha luta com Mordred que eu conseguia melhorar minhas projeções aos poucos até que chegaria a um ponto no qual me equipararia a ela, com Archer é impossível seguir com isso.

"Não consigo copiar uma espada que não tem forma", em palavras simples era exatamente isso, não consigo copiar espadas que não tem forma ou funções especificas, Archer estava mudando suas configurações, funções e até mesmo composição sem me dar tempo de copiar ou mesmo melhorar minhas próprias projeções e ainda por cima sua capacidade física era muito superior a minha ou até mesmo Mordred no seu auge.

Os ferimentos no meu corpo estavam se acumulando cada vez mais e a perda de sangue me deixou tonto, fazia muito tempo que não saciava minha sede de sangue e isso só piorou o meu estado de abstinência.

Esse tipo de luta não é o ideal para mim, nossos estilos de lutas são muito similares e ao mesmo tempo completamente opostos, enquanto eu tenho uma abordagem direta e me utilizo da esgrima padrão utilizando movimentos limpos e elegantes para lutar o meu oponente luta através de uma estratégia de bater e correr limitando meus movimentos e impedido qualquer contra-ataque através do aparecimento de laminas em momentos crucias.

"Quando você vai lutar a sério?", diz ela destruindo as espadas que estavam em minhas mãos com apenas um soco.

Isso fez meu sangue ferver.

Se a luta entre Archer e Yan estava no nível de batalha técnica e estratégica, então a luta de Mordred contra Berserker era apenas brutalidade e selvageria, duas bestas feras brigando por um pedaço de carne.

Apesar de seu pequeno físico e aparência franzina o carmesim do seu sangue misturado com o do Berserker combinado ao seu olhar feroz impossibilitaria qualquer pessoa de pensar que ela é frágil, principalmente por causa da grande espada em suas mãos desproporcional ao corpo e ainda assim pequena em comparação ao tamanho do Berserker.

"Quantas vezes eu vou ter que te matar?!", Mordred gritava de ódio em seu coração, dez vezes, ele morreu dez vezes e ainda levantava normalmente a cada vez e ficando mais forte ao ponto de que nem Clarent, sua espada, estava causando um total de zero dano nele mesmo após reforça-la além de seu limite, tendo que apelas para formas alternativas de mortes como estrangulamento, não sendo uma das mais fáceis devido a sua capacidade física elevada, até mesmo o fazendo suicidar-se ao desviar golpes de espadas.

(Sei que ele revive menos que isso, porém vou explicar tudo conforme a história progride)

Mordred estava na defensiva, após superar seus limites, pela primeira vez, aprendeu a controlar a amplificação de seu poder nesse corpo e agora estava utilizando um nível superior apenas em momentos decisivos e por tempo limitado deixando seu corpo capaz de regenerar naturalmente os estragos, porém até mesmo para um servo existem limites que seu corpo é incapaz de aguentar e Mordred estava sentido isso em primeira mão ao estar levemente tonta.

Berserker não teria piedade e continuou a atacar sem dar descanso a Mordred que confiava apenas em sua técnica já precária para aparar e desviar dos cortes e ainda assim saia machucada dos efeitos colaterais como a força do impacto ou mesmo os danos de usar o reforço em excesso que estavam acumulando-se. Por ironia do destino, ambos mestres e servo estavam em situação similares, perdendo para si mesmo e suas limitações, mas Yan ainda estava vivo e conseguia ficar forte, enquanto Mordred estava limitada a uma casca que não condizia com seu real poder em vida e incapaz de fortalecer-se em batalha simplesmente lutando.

"Eu não vou desistir...", a voz de Mordred era quase um murmúrio, mas a determinação em seus olhos reforçava o valor em suas palavras, essa a muito tempo deixou de ser uma luta pelo santo graal ou mesmo para proteger seu mestre.

Era uma luta contra o destino, pelo menos figurativa em sua mente, sempre lutando a batalha de outros e mesmo quando vencia não era por sua vontade, o destino estava lá a fazendo repetir os mesmo atos de formas diferentes, subir até a montanha mais alta apenas para se jogar de cima e escalar novamente, isso quando não era empurrada do topo ou caia acidentalmente.

O Berserker o qual duela é invencível para ela, mesmo lutando com tudo que tinha, toda sua força, poder e técnica, existem coisas impossíveis de serem feitas até para um herói e derrota-lo agora era impossível, nem forças para ativar seu fantasma nobre existiam e mesmo que tivesse Berserker não daria tempo o suficiente para isso.

Em momentos como esse o pensamento que passaria pela cabeça de qualquer pessoa é bastante simples, desistir e aceitar a derrota, mas Mordred não conhecia o significado de desistir, sendo capaz de iniciar uma revolução e matar o próprio rei para que fosse reconhecida.

"Pense! Pense!", ela repetia a si mesmo, sua derrota era certa, porém ainda não havia desistido de lutar.

Não havia nuvens no céu e a luz da lua era forte o suficiente para refletir em objetos e um objeto brilhando não passou despercebido por Mordred que lembrou de uma das histórias de seu pai que valorizava muito a espada, "Não custa tentar".

Ainda um pouco tonta e cansada conduziu o Berserker até o local onde queria ir, nos entulhos da casa que havia sido destruída na batalha feroz entre ambos e no meio de tudo isso estava um objeto brilhando fortemente, pegou rapidamente com destreza sem dar oportunidades para o seu inimigo aproveitar.

"As vezes o importante não é a espada que fere, mas a bainha que protege", nas mãos de Mordred estava Avalon o tesouro que apenas seu pai poderia usar ou aqueles que tinham o contrato com ela, mas agora estava inerte devido a Yan gastar os poucos de energia que restava na mesma para não morrer acidentalmente contra Mordred.

"Se eu consegui brandir Clarent, posso usar você também", Mordred tinha certeza que podia, sua espada Clarent é a espada que dá o direito de sucessão ao trono, normalmente dada ao próximo na linha de sucessão, ela a roubou e com isso boa parte de seus poderes foi perdida, porém ainda assim é capaz de rivalizar com outras armas que não foram degradadas e vencer.

A bainha rejeitava completamente toda e qualquer tentativa de Mordred forçar uma ativação, não adiantava o quanto tentasse e Berserker não dava trégua perfurando profundamente a espada na barriga dela.

Ensanguentada ela não desistiu e aproveitou o momento para desarmá-lo utilizando toda a sua magia e força restante para cortar o seu dedão e impedir que ele a use novamente.

"Merda!", Mordred gritou aos seus entanto sentia sua vida se esvair mais uma vez, "Eu nem quero ser rei!", Mordred caia no chão com a espada em seu estomago e Berserker a observando com calma, talvez um traço de sua personalidade ainda estivesse existente pois apenas observou Mordred caída no chão enquanto seu sangue escorria para dentro de Avalon e seu corpo desaparecia em partículas de luz azul, "Até algum dia, Mestre".

Illya começou a debater-se a alma de Mordred estava entrando no cálice, para que o ritual fosse completo era necessário que os 7 espíritos heroicos fossem mortos e em uma guerra normal um mestre sem servo estaria desqualificado imediatamente, mas essa não é uma guerra comum.

A conexão entre Yan e Mordred foi cortada e isso o desconcentrou levando um golpe que quase perfurou seu coração, mas a lâmina parou por vontade própria, "Na próxima eu não terei pena", disse Archer para Yan.

Yan sabia que Archer estava apenas tentando ganhar tempo para que Illya poder fugir, porém não conseguia nem chegar perto dela, matar era impossível e mesmo que e pelo fato de seu adversário aparentemente poder ler mentes apenas o colocava em uma situação perigosa.

"Essa é a pior situação possível", Yan suspirou decepcionado, não, mas triste por não conseguir despedir-se de Mordred em seus últimos momentos.

Com seu servo morto, sem aliados para ajudar, o servo reserva estava encarregado de proteger Sakura e o servo do inimigo e aquele que deveria me ajudar agora podem me atacar, "Que merda", Yan xingou pela primeira vez em sua vida, tudo estava dando errado.

"É tudo ou nada", uma serie de preparações foram feitas, no total Yan tinha três trunfos para usar na guerra, Avalon e mais duas, todas poderiam mudar o combate em apenas um momento e mesmo que Archer possa ler pensamentos não vai funcionar.

"Afinal, eu não consigo pensar quando estou assim", Yan pegou de seu bolso um pequeno orbe negro, "não vá morrer facilmente Archer", e jogou em sua boca mastigando-o calmamente.

As feridas no corpo de Yan começaram a regenerar e seu cabelo a crescer, a expressão de pesar pela morte de Mordred foi substituída por uma fúria insana, seu corpo ganhou mais músculos e a gordura desnecessária foi absorvida.

Yan não gostava disso, mas tomou uma pílula que amplia sua sede como se não tivesse bebido sangue por anos, os ingredientes para tal coisa eram muito caros e talvez nunca conseguisse outra, foi um golpe de sorte que encontrou no laboratório de pesquisa de um mago durante seus dias de trabalho.

Yan não estava mais em sã consciência, porém em troca disso seu lado combatente estava no ápice, sendo capaz de desviar de todas as espadas de Archer e ainda trocar golpes e os pouco cortes que acertavam curavam-se quase que instantaneamente.

"Mesmo assim ainda não é você, pena que quando você esteve assim foi uma das minhas transas favoritas", Archer disse suspirando e limpou um pouco da babá que escorria por seus lábios, por ter relembrado cenas do passado, "Mas esse de agora não é você".

"Leve ela para o castelo dos Einzbern", Archer fala sem virar as costas para Berserker, não havia o que temer, "Eu vou daqui a pouco", e avançou em direção a Yan o mais rápido possível.

"Esse não é o Yan que eu conheço", ela desviava de golpes selvagens e irracionais, porém muito fortes, "O Yan que eu conheço jamais pensaria na vitória apenas por vencer", Archer cortou os dedos dele apenas para outros crescerem no lugar instantaneamente.

"Ele pensaria na forma mais épica e bonita, cogitando até mesmo perder apenas pelo espetáculo", Archer estava lagrimando enquanto via o estado deplorável de Yan que para ela era digno de pena.

"Como alguém que almeja ser o Verdadeiro Rei demônio desce ao nível de apelar para seus instintos básicos e ainda perde um de seus mais confiáveis subordinados tão facilmente?".

Yan não estava escutando ou mesmo prestando atenção nas palavras ditas por Archer, apenas a sede incontrolável por sangue se mantinha, uma besta sedenta por sangue.

"Eu não quero te ver assim"

Os ataques pararam e ambos se encaravam cara a cara esperando o primeiro movimento de alguém e esse foi o erro de Yan, Archer nunca precisou falar, se mover ou agir, apenas um simples pensamento e as espadas sem forma que estavam dentro de seu corpo expandiriam e o cortariam por dentro completamente.

E foi exatamente isso que aconteceu Yan parecia um porco espinho feito de espadas, coração, cérebro, membros todos destruídos sem pena. A técnica mais mortífera de Archer, transformar as espadas em poeira e deixar o adversário inalar e após isso simplesmente o matar de dentro para fora.


クリエイターの想い
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Eu realmente preciso falar um pouco sobre a morte da Mordred, eu pensei bastante sobre o rumo da historia nesse meio tempo em que eu fiquei sem escrever em junho e decidi que deveria acontecer agora, os personagens morrem, e apesar de gostar muito dela tenho que deixar claro que não estou fazendo uma historia simplesmente para ver o MC, protagonista, ficar com todas as garotas, eu quero uma historia interessante e que realmente passe a sensação que nada é previsível, afinal essa sempre foi a minha proposta, fazer algo que difere da historia original, então é isso, outros personagens principais vão morrer no futuro e o Harem do MC não está isento disso, por isso espero que continuem acompanhando, bom um minuto de silencio por Mordred.

章 59: Reforço

"Onde estou?", é primeira coisa que vem a minha mente quando abro os olhos e não reconheço o teto ou o quarto em que estou.

"Vejo que você acordou, estava preocupada", Rin Tohsaka sentada numa cadeira próxima a cama em que estou diz com alivio em seu rosto e ao mesmo tempo ainda apreensiva.

"Sei que você deve ter muitas perguntas para fazer, mas podemos falar disso mais tarde, tome seu tempo para organizar seu pensamentos primeiro", enquanto as palavras saiam de sua boca pude notar o cansaço em seu rosto, provavelmente não havia dormido bem nesse tempo e por isso também precisava de um descanso.

"Tudo bem", digo fracamente.

Ela da um sorriso e sai do quarto me deixando.

Minhas ultimas memorias vem a mente, a dor que percorreu meu corpo e ainda sinto, não havia nada que eu pudesse fazer, "Esse é o caminho da felicidade?", murmuro acariciando uma grande cicatriz dividindo meu peito em dois.

Durante alguns segundos apenas o silencio reino ao meu redor, talvez fosse a primeira vez que realmente senti paz.

"Como você conheceu o Mestre?", a voz de Medusa surgi ao meu lado, não me surpreendi, já podia sentir que ela estava me observando, provavelmente por causa de nossa ligação que tinha sido restaurada.

"espera um pouco, como eu posso sentir você?", sinto um pouco de desespero surgir no meu peito e começo tossir, isso poderia significar que Yan estava...

"Calma, ele não está morto, pelo menos ainda não", Medusa tenta me acalmar e consegue, ainda tem muitas coisas que desejo perguntar, mas vou deixar para depois, provavelmente foi isso que Rin quis dizer com "Falar mais tarde".

"Então Sakura, você pode me contar como conheceu Yan? Sinto que há mais que você está escondendo", ela volta ao assunto, muito curiosa, seu rosto que normalmente não demonstra emoções tinha um sorriso quase imperceptível nele.

"até você mudou", uma lagrima escorre pela minha face, Medusa tenta secar, mas não a deixo tocar, "O único que pode tocar me tocar ao bel-prazer é o Yan, lembre-se disso", digo determinada e limpo a lagrima eu mesma.

"Tudo bem, vou te contar uma historia de muito tempo atrás quando eu tinha uns 12 ou 13 anos", nunca contei a ninguém essa história, não havia ninguém para ouvir e mesmo que eu contasse dificilmente iriam acreditar em mim, principalmente aqueles que conheceram Yan no Ensino médio.

"Era mais um dia de aula normal que havia terminado e como sempre fiquei o máximo possível na escola para evitar voltar para casa, entrei até mesmo em um clube de kendo para 'matar o tempo' treinando", minha voz torna-se dolorosa, aqueles foram os piores dias da minha vida, todo dia eu dormia e acordava em uma cova cheia de insetos que violavam todo o meu corpo.

"Mas apesar de tudo eu tinha um pouco de talento para algo e consegui me tornar uma das melhores e até mesmo venci o treinador, me aproveitei que ele pegou leve", fecho minha mão com força lembrando daquele momento, era felicidade.

"E sabe como o instrutor ficou muito feliz? Ele até queria me colocar em campeonatos e por isso mandou uma carta de recomendação para os meus responsáveis pedindo autorização".

"Porém quando cheguei em casa e Shinji viu o papel ele ficou com muita raiva ou melhor, era inveja e talvez tenha sido esse o estopim para aquilo", minha mão perde a força e as cenas terríveis que vivi nos últimos anos voltou a minha mente, acordando na mesma cama que ele ou simplesmente tendo que ficar acordada a noite toda do lado de fora do quintal em seiza sem roupas enquanto ele aproveitava o show, bem aquecido.

"No dia seguinte eu voltei para sair do clube para me livrar do Shinji, porém quando cheguei encontrei ele, Yan, treinando alguns outros alunos, então ele me puxou como se fosse natural e me colocou para lutar, adivinha o que aconteceu?", encaro os 'olhos' de Medusa esperando uma resposta para minha pergunta.

"Você perdeu?", respondeu ela calmamente.

"Não, eu ganhei, na verdade foi fácil demais, o garoto não teve nem chance", minhas palavras saíram cada vez mais baixas até quase transformarem-se em murmúrios, porém Medusa conseguia os ouvir claramente devido a suas peculiaridades, "Mas eu não estava satisfeita, pela primeira vez eu descontei em alguém a dor que eu sentia, aquele garoto era meu saco de pancadas e assim eu continuei a duelar com os outros alunos e até alguns senpais", mordo o lábio inferior, essa é uma lembrança um pouco complicada para digerir.

"até que só sobrou Yan, não havia muitos na sala, talvez cinco, faz muito tempo e não lembro ao certo", digo massageando minhas têmporas, já faz muito tempo, tentar lembrar detalhes fazem minha cabeça doer.

"Finalmente foi a vez de enfrentar Yan e eu venci mais uma vez, eu não era um espadachim incrível, apenas o nível da nossa escola que é baixo no clube de Kendo"

Medusa escuta atentamente toda a história enquanto balança a cabeça e de pernas cruzadas, as roupas casuais que estava usando combinavam perfeitamente com seu corpo voluptuoso e davam uma sensação de dona de casa.

"Você venceu ele?", disse ela incrédula.

"Tecnicamente sim, mas não foi como você pensa, ele simplesmente desistiu do duelo e não quis lutar comigo depois de trocarmos alguns golpes", ainda lembro até hoje, ele é o motivo de eu ter ficado no clube Kendo e ter aguentado os abuso do Shinji até recentemente.

"Aquelas palavras me fizeram continuar no clube e seguir o caminho da espada e não ligar para mais nada".

Se Yan estivesse nesse quarto agora poderia notar um brilho surgir nos olhos de Sakura, talvez a primeira vez que ela realmente esteve viva em muitos anos.

"Uma espada não tem sentimentos, então não se prenda a eles enquanto estiver com uma espada em suas mãos".

"Naquele momento eu selei meus sentimentos totalmente e continuei no clube enquanto aguentava tudo sobre os meus ombros e me concentrei na espada, sem deixar transparecer minhas intenções esperando que algum dia pudesse duelar com Yan novamente quando ele visse minha evolução, contudo isso nunca aconteceu e parece que jamais vai acontecer", a tristeza é evidente em minha voz, eu me agarrei a algo e segui em frente.

"Agora relembrando essa frase eu tenho certeza que entendi tudo errado, no fim ele nunca disse para me livrar de meus sentimentos, apenas falou para não o deixar interferir na minha espada e eu fui tola hahahahaha", eu começo a rir, eu não sei de onde veio essa alegria repentina.

Uma mistura de sentimentos que nunca senti veio a mente, dor, medo, calor, solidão, paz, saudade, tudo misturado em um coquetel e aceso direto no meu coração, era como se estivesse havendo uma rebelião em um presidio.

Vi que medusa estava preocupada e queria me ajudar e dar um pouco de conforto no meu atual estado deplorável, já havia virado rotina na minha vida, mas ela não se moveu nem um centímetro para tocar em mim e ficou esperando que eu desse permissão.

Acho que é a primeira vez que me senti livre, liberdade não é algo que fizesse parte do meu vocabulário e pensei que jamais faria, minha vida já estava de certa forma decidida, eu seria a matriarca do clã dos Matou tendo um filho com Shinji e daria a luz á um novo herdeiro que fosse capaz de dar seguimento a família, mas agora estou livre desse destino.

"Então Sakura o que você quer fazer agora?", Medusa pergunta vendo que meu estado estava um pouco mais calmo, "Quer desistir da guerra e fugir ou lutar até o fim e fazer um desejo?", ela esperou calmamente a minha resposta.

"Eu nunca quis participar da guerra, mas tem algo que eu quero e nunca consegui, talvez seja minha ultima chance e quero realmente tentar fazer isso da forma certa dessa vez", algo ardia em meu corpo, era muito diferente de um simples desejo sexual ou febre, ainda não entendia esse sentimento.

"Eu quero o reconhecimento dele, quero que ele olhe apenas para mim e mais ninguém, ele é o caminho para minha felicidade", acho que entendo esse sentimento.

"Por isso, em nome Santo Graal eu ordeno, Medusa minha primeira amiga, me ajude a ganhar o reconhecimento de nosso mestre!", digo alto e claro para até mesmo a minha irmã que está escutando atrás da porta não tenha dúvidas da minha determinação e o ultimo selo de comando em minha posse se esvai.

"Sim, Sakura", Medusa responde com um sorriso no rosto.

Aproveito o momento e testo algo que estava em minha mente, abraço Medusa que apesar de levar um susto retribui o gesto carinhosamente devido ao meu corpo ainda estar um pouco frágil por causa da cirurgia da outra noite.

Após uma breve troca de olhares aproximo meu lábios do dela e cinto a maciez dos seus lábios tocarem os meus, muito diferentes do de Yan que pareciam dois chicletes, Medusa foi a segunda pessoa que eu beijei em toda a minha vida, já que Shinji temia perder um pedaço da língua e até mesmo seu membro 'precioso', por isso é uma experiencia nova a beijar e desbravei sua boca completamente com minha língua que entrou facilmente.

Medusa estava visivelmente desconfortável com a situação, mas era a primeira vez que viu Sakura tomar a iniciativa e por isso entregou seu corpo a ela sem muitas restrições, "Meu corpo e alma são seus, pequena", pensou ela enquanto tomou um pouco de iniciativa e lutou por espaço entrelaçando a língua com sua mestra.

Não havia outros movimentos além o dos lábios, Sakura não tinha interesse no corpo de medusa e o mesmo poderia ser dito da serva que não queria prosseguir tanto sua relação entre mestre-servo e assim continuaram, até finalmente Sakura estar satisfeita ou o mais próximo disto e deixar Medusa ir, tendo um fio de saliva brilhante interligando o lábio de ambas.

O rosto de Sakura estava enrubescido e havia desejo em seu olhar, claramente queria algo a mais, enquanto Medusa matinha sua pose apenas levemente vermelha e um pouco tonta com a situação.

"Foi bom, mas eu preciso dele no fim das contas", a relação entre Sakura e Yan sempre foi complicada e continuaria a ser por muito tempo devido a personalidade característica de cada um e o passado que ambos compartilham, porém o desejo que um sente pelo outro é real, "Dá próxima vez ele não me escapa", Sakura falou para si mesma e olhou pela janela ao ver o sol estar chegando ao seu ápice.

"Eu não deveria ter visto isso", disse Rin olhando pela fresta da porta e acariciando os próprios lábios, "Isso foi nojento", complementou enquanto tentava apagar a imagem de sua mente.

(Autor: Você não sabe oque está perdendo Rin Tohsudere.

Rin: Nem vem, eu gosto de rola!

Autor: Você gosta de que?

Rin: Cala boca! Baka!

Diz ela saindo correndo e desviando de uma armadilha que a levaria para o meu porão.

Autor: Fica para a próxima)

"Então foi isso que aconteceu até agora", termino de explicar os acontecimentos até agora para que Sakura entende-se a gravidade da situação em que estamos.

"Seu servo atacou o Yan e você não consegue usar seus selos de comando para controla-lo? Isso deveria ser impossível", escutar o comentário incrédulo dela apenas confirma a gravidade da situação.

Estamos no quarto em que ela passou os últimos dois dias dormindo, é fim da tarde e temos pouco tempo antes que possamos ser atacadas e temos que definir nosso curso de ação rapidamente.

"Na verdade é possível caso a força de vontade do Espirito seja muito superior, até mesmo algum fantasma nobre interferindo, porém o caso de Archer ou melhor, Chloe, é diferente", digo relembrando as vezes que usei meu selo para a forçar a cuidar dos afazeres domésticos e não houve nem sinais de resistência e ainda por cima o selo não deu indícios de ativação.

A epifania veio a mente, era isso que estava me incomodando e tudo começou a fazer sentido, "É quase como se eu não fosse considerada Mestra dela".

"Isso é apenas uma suposição, mas e se, apenas um e se, mas e se ela não for um servo e apenas se aproveitou de alguma brecha para participar da guerra do graal e acabou tomando o lugar daquele que deveria ser o meu servo?", digo pensativa, isso faria todo sentido, o alto conhecimento tecnologia que ela tinha, além de parecer conhecer muito bem o Yan, além de proteger ele e o seu servo sem a minha permissão na escola fariam bastante sentido.

"Algo me diz que você está apenas 50% certa Rin", eu coro um pouco ao ouvir Sakura chamar o meu nome, gostaria que ela me chamasse de One-san, mas não vou dar um passo maior que a perna.

"Deixando isso de lado por enquanto, você tem algo planejado para ajudarmos Yan", o rosto calmo e pensativo que ela esteve demonstrando até o momento revelou um pouco de irritação.

"Eu tenho algumas coisas em mente, mas nenhuma delas pode ser considerada um plano, afinal atacar o castelo do Einzbern com duas magas e um servo contra Illyasviel corrompida e mais 4 servos a protegendo, além é claro dos homúnculos e armadilhas que devem estar espalhados pelo território", suspiro, pensar sobre isso faz minha cabeça doer.

"Ele pelo menos não foi capturado facilmente e deixou informações valiosas gravadas pela barreira em sua residência", pego um pequeno orbe em minhas mãos e transfiro um pouco de magia o fazendo projetar as varias cenas de luta que ocorreram na luta na casa do Emiya.

"Pena que o som não foi gravado", Sakura diz sem piscar observando os movimentos de Yan que conseguia rivalizar com um servo.

"Sim, ele é muito anormal, o controle que ele tem sobre a sua força física é incrível, ser capaz de lutar contra humanos normais no clube de kendo e ainda dar a impressão de esforço", sinto admiração, mas ao mesmo tempo medo desse modo de adir dele.

"Rin, como ele sobreviveu a isso?", Sakura pergunta um pouco preocupada apontando para a projeção sobre a minha mão.

"A imagem nessa hora distorceu um pouco por causa dos danos ao redor da residência que danificaram a barreira, porém Chloe parece ter dado algo para ele que o envolveu em chamas salvando sua vida antes de arrastar seu corpo com ela", as imagens estavam muito falhas e impossibilitavam entender exatamente oque aconteceu, mas eu estou certa que ele está vivo ou a barreira que ele levantou envolta da escola já teria desaparecido.

"Bom, deixando isso de lado, precisamos de mais aliados ou não seremos capazes de fazer algo para ajuda-lo", as palavras de Sakura eram bastante realista, mas o maior problema são os aliados, nesses dois dias a guerra do santo graal não parou e eu presenciei quando Chloe matou Assassin facilmente.

"Sim, precisamos, mas se eu estiver certa restou apenas Lancer para a gente se aliar", inconscientemente levo minhas unhas a boca e começo a roer.

"E qual é a sua suposição?", perguntou ela curiosa.

"Assassin e Saber foram eliminados com toda a certeza, um eu vi com meus próprios olhos e o outro temos os registros, Archer e Berserker estão ao lado de Illya, restando Caster e Lancer", tomo um gole de água, já estamos conversando a um tempo razoável, "Mas se eu estiver certa a Morte de Caster foi o estopim para Illyasviel começar a ser corrompida, apesar de não saber exatamente como foi sua morte, assim sobra apenas Lancer", termino meu raciocínio.

"Entendo, faz sentido, as imagens apoiam a sua proposta visto que ela ficou em um estado deplorável quando Saber morreu, provavelmente foi isso que aconteceu quando ela absorveu a alma de Caster", Sakura não era tão cabeça de vento quanto parecia.

"Mas agora como vamos entrar em contato com o mestre do Lancer?", ela perguntou inocentemente, mas não pude deixar de ficar incrédula, ela não sabe nem isso sobre a guerra?

"Vamos falar com o supervisor, espero que esteja melhor, pois estamos saindo agora", digo e me levanto da cadeira ao lado da cama e me dirijo a saída.

Escuto Sakura levantar da cama, "Vou esperar você se vestir, ajude ela Rider", saio do quarto e a espero na sala no primeiro andar da minha mansão.

"Tudo bem", Rider materializa seu corpo e acata minhas ordens.

Em poucos minutos Sakura estava pronta usando uma saia longa branca e camisa rosa, ainda fico admirada como ela não precisa usar maquiagem e ainda ser tão bonita.

"Vamos indo?", outra noite longa estava preste a começar e eu não sabia.

"Sim".

A igreja de Fuyuki fica localizada um pouco afastada da cidade tendo um terreno bem localizado e largo próximo a um parque, porém não tinha popularidade por causa da predominância da religião budista no Japão.

Por isso a presença de fieis no local era mínima até mesmo em 'horário comercial' sendo o local perfeito para o supervisor da igreja ficar instalado e esperar pela guerra que viria.

A igreja era um prédio simples de madeira e a sua frente estava um portão de ferro antigo, sendo considerada um local neutro onde qualquer ataque violaria as regras e admitiria intervenção externa, por isso era seguro para que Sakura e Rin fossem em busca de informações.

A noite estava fria e não havia lua ou estrelas no céu, provavelmente iria chover devido a presença de nuvens sobre a cidade e isso incentivava as pessoas a ficarem em casa devido aos casos de assassinatos, invasões e vazamentos de gás que estão surgindo por toda a cidade e aterrorizando os cidadãos.

Todas essas informações eram falsas sendo manipuladas pela igreja para encobrir a guerra, até mesmo a luta que houve na casa do Yan foi manipulada para parecer um vazamento de gás, sendo capaz de enganar até a máfia da cidade, para todos que conhecem Yan, fora do mundo sobrenatural, ele está morto.

"Antes de entrarmos quero que fique ciente, eu não confio no supervisor, ele é meu tutor, isso é tudo", Rin diz para Sakura enquanto arrasta o portão de ferro e entra no terreno da igreja.

Sakura a segue guardando a informação muito bem em sua mente, não faria mal confiar nela e em seus instintos as vezes, pensou a garota.

"Sim", Sakura respondeu em reflexo, nunca havia conhecido o tutor de sua irmã, descobrir que tipo de pessoa ele é despertou sua curiosidade.

Rin adentra na igreja abrindo a porta calmamente sem chamar o responsável ou pedir permissão e Sakura apenas seguiu a sua liderança despreocupadamente.

O interior da igreja estava escuro, apenas algumas velas espalhadas pelo local e a luz que entra pelas janelas iluminavam fracamente o local permitindo ver a silhueta de um homem próximo ao altar de madeira ao fundo.

"Eu sempre a convido para vir me visitar, porém nunca recebo uma resposta positiva e agora você inesperadamente aparece, suponho que tenha haver com a guerra do santo graal", diz ele saindo de sua escuridão e tendo sua figura revelada pelas luz das velas, um homem no adulto vestindo batina preta e um pingente de crucifixo próximo a gola de sua camisa.

"Esta certo, queremos nós encontrar com o mestre do Lancer para uma possível aliança", Rin disse relutantemente seu propósito.

"Nós? Eu vejo, mestre de Rider", disse ele olhando para Sakura que estava ao lado de Rin e sorriu brevemente antes de continuar a falar, "Temo que seja impossível, o mestre de Lancer é um tanto quanto excêntrico e prefere não se revelar", ele disse ainda sorrindo levemente.

Rin virou as costas e estava pronta para sair do local sem nem mesmo uma despedida adequada, não havia motivos para ela estar ali se seu objetivo principal era inviável melhor sair e pensar em medidas paliativas até achar uma solução viável para resgatar Yan.

"Não tenha pressa, você tem sorte", Rin fica paralisada no local ao escutar essas simples palavras.

"Então, oque você acha de juntar-se a elas?", o supervisor diz enquanto olha em direção a um dos vários bancos para fieis.

Das sombras surge mais humanoide de cabelos loiros e olhos carmesins, pele pálida e vestindo blazer e calças pretas.

"Quem é você?", Rin pergunta olhando o loiro e analisando-o de cima a baixo com o seu olhar.

"Tsk... Você me lembra alguém que eu preferiria esquecer que existe", ele disse com um pouco de nojo no olhar e na voz, enquanto encarava Rin, "Meu nome é Gilgamesh o Rei dos Heróis e servo da Classe Archer, vamos trabalhar juntos de agora em diante", disse ele sem demonstrar qualquer emoção, mas com um brilho misterioso em seu olhar.

"Tudo bem, vamos trabalhar juntos", se existe uma coisa que Rin aprendeu é que não se deve questionar as incongruências dessa guerra, um servo a mais ou um a menos não é importante, mas estar sendo usada por seu tutor era muito importante.

"A prioridade é resgatar o Yan, depois penso nas suas maquinações, Kirei Kotomine", pensou Rin enquanto sentia uma conexão Mestre servo surgindo entre ambos e tornou-se um pouco ofegante.

"Você deve aguentar a dor, fazer o contrato com dois servos é impressionante, cresceste bem", disse Kirei, sorrindo observando Rin recuperar o folego.

Fazer o pacto com um espirito já tomava muito da capacidade de um mago e mesmo com o suporte do Santo Graal torna quase impossível fazer um contrato duplo, poucos magos como Yan são capazes de fazer isso sem sofrer fisicamente e Rin era capaz de conseguir sofrendo um pouco e com quase nenhuma diminuição no poder de batalha de Gilgamesh.

"Eu sabia que seria doloroso, mas não tanto", Rin disse enquanto um pouco de sangue escorria por seu Nariz.

"Rin", Sakura ficou um pouco desesperada ao ver o sangue escorrendo e foi limpar, "deixa que eu fa-", Sakura foi interrompida por Rin.

"Você não está em condições de fazer um contrato duplo, nem pense nisso", Rin disse seriamente enquanto observa o corpo de sua irmã, mais precisamente a cicatriz que chega até sua omoplata.

"Tudo bem", Sakura se resignou a esperar, com certeza haveria um momento para ela ajudar, mas não era agora.

"Vejo que vocês estão próximas, isso é bom, agora esse é todo suporte que posso dar a vocês a não ser que queiram perguntar algo mais", Kirei diz enquanto encara Rin e Sakura.

"Na verdade, eu tenho uma pergunta", Sakura da um passo a frente encarando-o, "Você é o mestre do Lancer, certo?", a pergunta de Sakura fez Rin entrar em posição de defesa com as mãos no bolso.

"Hohoho interessante, como descobriste?", perguntou ele enquanto Lancer se materializava em suas costas.

"Eu consigo sentir a sua flutuação de poder magico instável, muito similar a de quando Yan virou mestre, apesar que a sua camuflagem é muito superior à dele", Sakura termina de dizer e nesse momento Rider já estava ao seu lado pronta para atacar.

"Entendo, talvez seja devido a sua antiga ligação com o graal, isso não estava em meus planos", Kirei começa a gargalhar, mas não ordenou um ataque ou coisa parecida.

"Não fiquem com medo, não pretendo ataca-las ainda, estamos no terreno da igreja, um lugar neutro, as regras devem ser seguidas até por mim e não, não planejo ajudar vocês, além do que já fiz", Kirei vai mais adentro na igreja deixando o salão com Rin, Sakura, Medusa e Gilgamesh a sós.

"Essa foi uma grande surpresa, mas não é anormal que o supervisor da igreja seja escolhido como um mestre, você sabia disso certo?", Rin, tenta se consolar, a quantidade de problemas só aumenta.

"Obviamente, mas se temos tempo para perder com coisas simplórias poderíamos estar indo atrás do príncipe de vocês?", Gilgamesh diz enquanto acaricia seus cabelos loiros dourados e sorri arrogantemente, quase como se Rin e Sakura fossem crianças perante ele.

"Tudo bem, eu desisto, vamos buscar o Yan", Rin para de insistir e segue a liderança de Gilgamesh, "Mas isso não quer dizer que eu confie em você", pensou ela encarando as costas do Rei dos heróis.

"Yan, eu estou chegando", Sakura declarou enquanto sentia seu corpo esquentar, clamando por um reencontro com seu mestre.


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