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5% O Recomeço em um mundo de RPG / Capítulo 13.3 | A história de Chloe - Azul do céu

Capítulo 13.3 | A história de Chloe - Azul do céu

Naquela noite os vampiros começaram a se mover. Por um milagre eu, Joe e Kay não estávamos com os outros quando eles chegaram.

— Nós vamos para Tot agora mesmo! — Joe grita.

— Você é um idiota? — Kay pergunta. — E se ela estiver sendo perseguida ou coisa parecida? Isso iria deixá-la em perigo.

Assim que o sol se pôs Joe nos chamou. O seguimos até a floresta, ele havia nos falado que queria falar sobre Maria. Pensei que iria me obrigar a contar os problemas dela, mas não foi o que ocorreu, seu real desejo era ir atrás dela agora mesmo. Sim, a idiota acabou dizendo para onde ela iria.

— Se você não for apenas fique. — Joe fala levantando a voz ainda mais. — Nós vamos atrás dela.

— Vai em frente seu retardado, não vai ser a primeira vez que você fode com tudo mesmo. — Kay fala no mesmo tom.

Os dois colocam as mãos em suas armas ao mesmo tempo

— Vamos parar com essa idiotice agora. — Grito também.

~POV Lucio~

Sinto o vento em meu rosto. Sempre que saio do continente demoníaco sou atingido por uma forte nostalgia.

Hoje estamos nos dirigindo à cidade portuária humana. Vamos buscar "tributos" que nos foram oferecidos pelos governantes deles. Os humanos parecem estar tentando uma relação amigável com nós.

— E pensar que os humanos iriam simplesmente sacrificar alguns dos seus. — Um soldado ao meu lado fala.

Suas roupas eram brancas com alguns detalhes em dourados, representava que era um soldado de primeira classe do reino vampírico.

— Os humanos são assim, prejudicam alguém da sua própria espécie para que sejam favorecidos. — Outro diz chegando ao convés. — Peguem as capas, não quero ver ninguém virando pó.

Ele joga uma capa negra no outro soldado e em seguida me entrega a outra.

— Vocês falam como se nunca tivessem sido humanos — falo olhando para o céu.

No entanto, eles estão certos. Hoje por exemplo, estão sacrificando várias pessoas para nós, uma simples "oferta", fazer algo assim é impensável para nós vampiros, na verdade pelo menos se "realmente" forem vampiros, podemos ser chamados da mesma forma, porém transformados são uma subespécie.

— Estamos chegando. — O soldado que entregou as capas fala.

Quando chegamos a costa não avistamos ninguém, mas posso ouví-los, estão próximos. Me concentrou um pouco mais na minha audição, várias pessoas ao leste e três no oeste, consigo ouvir o batimento de seus corações.

— Vamos fazer como da última vez — falo tomando a liderança.

~POV Chloe~

Quando tento separá-los sinto que algo está errado, não conseguia explicar ao certo, mas às vezes tenho esses sentimentos antes de algo ruim.

— Se protejam! — grito.

Algo vem voando em nossa direção. As duas pequenas coisas atingem as espadas de Kay e Joe, os fazendo soltá-las.

— O que foi isso? — Kay pergunta dando um passo para trás.

— Mas que merda. — Joe balança mão.

Kay abaixa e pega uma pedra, foi aquilo que os atingiu.

— Temos alguém tão bom de mira assim? — pergunto.

— Vocês não, mas nosso lado tem alguns. — Uma voz vem do escuro.

Nos viramos na direção em que vinha a voz. Lá estava um homem alto e musculosos, costumava achar Joe a pessoa mais forte que conheço, porém perto daquele cara ele ficava minúsculo. Ele usava um uniforme branco com detalhes em preto.

— Agora, o que irei fazer com vocês? — Ele diz se aproximando um pouco mais.

— Qu-Quem é você? — pergunto.

Coloco minha mão na bainha da espada.

— Não faria isso se fosse você. — diz olhando para mim. — Nós vampiros somos conhecidos por sermos bem equilibrados, mas dizem que sou a exceção da regra.

Um vampiro? Tão cedo assim?

— Não me faça rir. — Joe fala avançando.

Não conseguir ver o que aconteceu. Em um piscar de olhos o vampiro levantava Joe pelo pescoço.

— Calma lá garoto. — Ele sorri. — Não sou alguém que possam enfrentar.

— É o que veremos. — Kay fala.

Ele já estava de pé, mirando na lateral do vampiro, onde atira duas flechas. Entretanto, o vampiro era muito mais rápido, joga Joe em Kay enquanto desvia das flechas, logo em seguida se vira para mim, que havia pego a espada.

— Tem certeza disso? — Ele fica com a guarda baixa. — Não vim aqui para lutar, vocês já estão esgotando minha paciência.

Como estava focando em mim não notou os outros dois. Nesse momento parece que nossas mentes se conectam, estamos lutando juntos há muito tempo. Atacamos todos ao mesmo tempo, Joe se jogou e segurou as pernas do vampiro, dou uma estocada com minha espada acertando seu peito, Kay atira duas flechas em direção a sua cabeça.

— Vocês são chatos.

Em um instante ele está segurando minha espada e as flechas de Kay.

— Como os soldados lutaram com essas coisas? — diz Kay.

O vampiro começa a rir quando ouve.

— Do que está rindo? — falo enquanto olho em volta.

Sem reforço, todos devem estar em combate.

— É engraçado essa história que inventaram para vocês.

Ele balança minha espada como um maestro.

— Nós vampiros nunca estivemos nesta cidade!

Ele chuta Joe para longe e joga as flechas perto dos pés de Kay, elas entram no chão como se tivessem sido atiradas.

— Joe! — grito.

Tento correr para levantá-lo.

Kay fica calado após a fala do vampiro, provavelmente estava com raiva pelo vampiro mentir na sua cara. Aquela era sua cidade.

— Não se engane Kay. — tento falar. — Os corpos que estavam aqui...

— Corpos? — Ele começa a falar. — Você por acaso viram mordidas em seus pescoços? Além disso vocês viram os fermentos, não é nosso costume estraçalhar nossos inimigos.

— As vítimas de vampiros não costumam ter esses ferimentos, normalmente são golpes limpos que destroem corações ou arrancam a cabeça. Pelo menos é o que ouvi falar. — Kay fala olhando pro chão.

— Nós mantemos a classe mesmo durante a luta. Ataques rápidos, mortes rápidas. Por que iríamos arrancar braços ou os partir ao meio? Desperdício de sangue.

Pensando nos corpos que carreguei noto. Os corpos estavam completamente destroçados, mas...

— Por que iríamos acreditar em você? — pergunto.

— É verdade Chloe... — Kay interrompe. — Já venho pensando nisso há algum tempo. Não foram os vampiros que mataram essas pessoas.

— Então... quem as matou?

— Isso não é óbvio? — O vampiro sorri. — Foram vocês mesmos. Humanos sempre se matam, vocês começam guerras entre semelhantes, tudo atrás de poder. Vocês são sacrifícios que nos foram oferecidos.

— Sacrifícios... — Me ajoelho no chão.

Kay também solta seu arco. Não temos chance alguma de vencer.

— Vocês só podem estar de brincadeira. — Joe diz se levantando. — Jamais irei aceitar isso.

— Você não tem escolha humano. — O vampiro se aproxima dele falando.

— Sou um herói, vim reescrever a história deste mundo, não posso simplesmente cair aqui. — Ele está ficando ofegante.

Uma aura vermelha começa a envolver seu corpo. Suas veias saltam. A aura emitida deixa o ar em volta mais quente, mesmo distante conseguia sentir.

— Um herói?

Essas foram as últimas palavras do vampiro. Quando notei sua cabeça estava na mão de Joe e seu corpo pegava fogo no chão.

— Joe... — Kay abaixa lentamente em direção ao seu arco. — Consegue me ouvir?

A expressão de Joe mudou completamente. Seus olhos se abriam ao máximo, mas não era possível distinguir sua irís mais, estava tudo vermelho.

— Corra Chloe!

Kay pega o arco do chão e rola para trás atirando uma flecha, mas seus braços desgrudam de seu corpo, um deles cai perto de mim. Fico paralisada, meu corpo não se move mesmo que tente ao máximo. Kay gritava de dor enquanto Joe pisava no seu pescoço.

— Joe, pare com isso!

Mas era tarde demais, Kay já não se movia mais.

Olho para minha direita. Minha espada estava à poucos centímetros de mim. Tento estender a mão para pegá-la, mas sinto algo em minha barriga. Olhando para baixo vejo a mão de Joe entrando por ela.

— Você... — Minhas palavras são interrompidas pela tosse.

— Me desculpe.

Uma lágrima escorre de seu rosto. Sua aura começa a se dissipar enquanto olha para suas mãos banhadas em sangue.

— Você... — Tento falar, mas sou interrompida pela tosse.

— Não cheguei a tempo. — Uma voz vinha de trás.

Não consigo olhar quem é, tudo que posso fazer nesse momento é segurar minha barriga com o máximo de força que puder, tentando estancar o sangramento de qualquer forma.

— Quem é você? — Joe falava com a pessoa desconhecida.

— Me chamo Lucio. Sou um vampiro nobre. — Sua voz era calma, mesmo naquela situação.

Joe parece tentar ir em direção ao vampiro, porém sua velocidade não é a mesma. Sua aura está enfraquecendo cada vez mais.

— Você tem duas opções. — Ouço o som de uma arma saindo de sua bainha. — Lutar ou fugir, caso escolha a primeira opção provavelmente nós dois morreremos aqui. Mesmo que ganhe ainda há mais vampiros por perto.

Joe muda seu olhar, de suas mão para mim. Depois de poucos segundos pensando ele se vira e começa a correr.

Após ele desaparecer de vista o vampiro vem até mim. Minha visão está escurecendo, mas consigo sentir a presença do homem atrás de mim, ele estava próximo, mas mesmo assim não consigo ver seu rosto direito, está tudo embaçado. Sua voz é gentil e ele me toca com cuidado para não me machucar, está examinando minha ferida.

— Não conseguir[a chegar ao acampamento nesse estado. — Ele fala olhando ao redor. — Nós perdemos um dos nossos...

Não ouço mais sua voz. Será que estou perdendo minha audição?

— Ainda estou aqui, não se preocupe. — Ele segura meu braço para que o sinta. — Agora irei lhe dar uma opção de viver. Será difícil e dolorosa para você, porém terá a chance de encontrar sua amiga... ou sua família.

Como ele sabia disso? Não tenho ideia, mas... Penso em Maria e em minha família que havia deixado para trás, Joe, será que conseguiu recuperar sua consciência? O que era aquela aura? Eu quero saber, quero ver Maria novamente, me desculpar com minha família.

— E-Eu... — Mas uma vez começo a tossir, posso ver o sangue saindo de minha boca. — Faço qualquer coisa.

— Então venha ao nosso lado. — Sua voz parecia mais firme. — Se torne uma vampira.

— Eu aceito.

Sinto uma mordida em meu pescoço, suas presas entrando em minha pele. Após isso Lucio move minha cabeça com gentileza, olhando para cima, em seguida pinga duas gotas de sangue em minha boca. Por algum motivo o gosto do sangue começa a mudar, cada vez mais doce, como uma sobremesa que minha mãe costumava fazer. As feridas começam a se regenerar e meus status aparecem em minha frente.

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Nome: Chloe Ilie

Raça: Vampiro (ex humano)

Classe: Não há (ex espadachim)

LV 1

HP: 150/150 (antes 1000)

MP: 100/100 (antes 500)

Ataque mágico: 25 (antes 100)

Ataque físico: 25 (antes 120)

Agilidade: 50 (antes 150)

Defesa mágica: 20 (antes 90)

Defesa física: 20 (antes 110)

Sorte: 10 (antes 5)

Habilidades:

|Controle mental (Pequeno)|

|Pacto de sangue lv 1|

|Modo Berserk lv 1|

|Regeneração (Pequena)|

|Fortalecimento Lunar|

|Magia de fogo lv 1|

|Magia de água lv 1|

|Magia de terra lv 1|

|Magia de vento lv 1|

|Controle de sangue lv 1|

|Fortalecimento corporal lv 1|

Resistências:

|Resistência mágica (Pequena)|

|Resistência física (Pequena)|

Bênção:

|Deusa da agricultura|

"===================="

Meus status caíram, minha magia, que havia aprendido o básico de cada elemento, se permaneceram, além disso ganhei habilidades novas.

— Perdão, esqueci de avisar que seus status iriam cair.

Agora, com a visão voltando ao normal, consigo ver o homem em minha frente. Era alto, quase um metro e oitenta, cabelos cinzas e olhos vermelhos, sua pele era branca. De alguma forma sinto certa tranquilidade sendo transmitida por ele. Provavelmente percebendo meu olhar me dá um sorriso.

— Agora sou uma vampira? — pergunto.

— Não completamente — afirma. — Está se tornando aos poucos, acho que ainda consegue caminhar pelo sol hoje. Irá incomodar um pouco, mas aproveite.

— Entendo.

Abro e fecho minha mão, estou viva. Me recordo de Kay, ele estava ali perto. Me levanto e corro em sua direção, chegando perto o vejo. Seu pescoço havia sido esmagado, estava com os olhos abertos, sua expressão dava uma impressão de terror. O mesmo rosto de quando Joe o atacou.

— Você pode fazer algo? — falo me virando para Lucio.

— Sinto muito. — Ele se aproxima. — Não posso trazer alguém de volta à vida.

A esperança que senti momentaneamente é completamente esmagada. Kay estava morto. Lágrimas começam a descer pelo meu rosto, me ajoelho ao seu lado e fecho seus olhos.

— Desculpa, por não ser forte o suficiente — lamento.

— Você não podia fazer nada. — Lucio suspira. — Era um herói.

— Herói...

Joe era um herói? Como isso era possível, o conheço desde sempre e não sabia disso...

Lucio me ajuda a enterrar Kay. O enterramos junto com o outro vampiro. Lucio me contou que todos os outros aventureiros estavam bem. Chegando lá eles me olharam com temor.

— Os olhos dela estão vermelhos. — Um aventureiro fala.

— Alguém infiltrado? — Outro pergunta.

— Ela está coberta de sangue, deve ter matado alguém.

Podia ouvir os sussurros mesmo de longe.

— Desculpa ter feito você fazer isso. — Lucio diz se aproximando.

— Tudo bem, não acho que Kay iria se importar... — falo baixo.

Para me tornar uma vampira completa tive que beber um pouco de seu sangue. Pelo menos não tive que machucar ninguém.

— Está amanhecendo. — Ele me entrega uma capa preta. Parecida com a que usava. — Essa é uma capa especial, se o sol a incomodar muito a coloque.

— Obrigada.

Assim como ele havia falado, os raios de sol começaram a aparecer atrás da árvore. Sentia uma leve dor em minha pele, o que incomodava bastante, mas não machucava. Olho para o céu, é a última vez que o verei tão azul assim.


PERTIMBANGAN PENCIPTA
RenCmps RenCmps

Novos recomeços.

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