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15.38% Mundos Sombrios / Chapter 2: Capítulo 2: O Horror da Cabana

Bab 2: Capítulo 2: O Horror da Cabana

Arthur despertou ao som de gotejos ritmados, cada gota caindo como um tamborim sinistro, ecoando em sua mente confusa. O ar estava pesado, impregnado de um cheiro enjoativo de carne em decomposição misturado ao aroma metálico de sangue coagulado. Quando abriu os olhos, viu um teto de madeira apodrecida, com tábuas cobertas por trepadeiras espessas. As plantas pareciam se mover sutilmente, como se respirassem em uníssono com o ambiente. Algumas se estendiam até o chão, enrolando-se em móveis quebrados, as pontas parecendo dedos deformados que rastejavam em busca de algo.

'Onde diabos estou? O que é este lugar?' – O pensamento surgiu em meio à confusão, uma centelha de racionalidade no caos.

A penumbra preenchia o ambiente, interrompida apenas por feixes de luz pálida que escapavam por frestas nas paredes esburacadas. Manchas escuras, impregnadas no chão e nas paredes, denunciavam o sangue seco que parecia ter sido derramado ali há muito tempo. O cheiro ácido que emanava das tábuas apodrecidas fazia o estômago de Arthur revirar.

Ele tentou se mexer, mas o menor movimento fazia o piso ranger como um lamento. Seu olhar vagou pelas sombras e encontrou ganchos enferrujados pendurados no teto, alguns ainda segurando pedaços disformes de carne endurecida. Arranhões profundos marcavam as paredes, como cicatrizes de uma tentativa desesperada de fuga.

'Isso não pode ser real...' – Arthur sentiu a náusea subir, mas mordeu os lábios, forçando-se a manter o controle. 'Preciso sair daqui.'

Uma porta entreaberta balançava preguiçosamente com o vento, rangendo como um aviso. Um som indistinto vinha de fora – sussurros ou talvez apenas o vento entre as árvores. Apesar do medo crescente, Arthur se levantou. O peso do ar parecia dobrar sobre ele a cada movimento.

Do lado de fora, uma névoa espessa encobria tudo. Árvores retorcidas estendiam galhos como mãos famintas, e o chão estava coberto por folhas mortas, abafando qualquer som de movimento. O silêncio era opressor, mas não absoluto – algo esmagava folhas secas ao longe, passos abafados e descompassados.

'Estou sendo observado?' – Ele tentou afastar o pensamento, mas não conseguiu ignorar a sensação.

Mesmo hesitando, algo o fez recuar para dentro da cabana. A promessa de perigos maiores na floresta era clara, mas havia algo de inquietantemente familiar no interior do lugar – uma pulsação quase perceptível no ar, como um chamado.

Com passos cuidadosos, começou a explorar. Um quarto abandonado revelou roupas desbotadas espalhadas pelo chão e um espelho inclinado contra a parede. A superfície estava embaçada, refletindo sombras distorcidas, como se recusasse a mostrar a realidade. Arthur passou os dedos pelo vidro, mas recuou ao sentir a umidade viscosa que cobria o espelho.

Na cozinha, o cheiro de podridão era avassalador. Ao abrir um dos armários, uma nuvem de moscas escapou, acompanhada por um odor tão forte que o fez engasgar. Dois corpos chamaram sua atenção no canto do cômodo – um adulto e uma criança. A decomposição avançada do adulto contrastava com a postura estática da criança, que segurava um pedaço de pão mofado.

'Não olhe... só não olhe muito.' – Ele desviou o olhar, suprimindo a bile.

Sobre uma mesa manchada de sangue seco, um diário chamava sua atenção. Arthur o pegou, ignorando o couro embolorado da capa, e começou a folhear as páginas, os olhos dançando sobre a caligrafia tremida e apressada.

14 de março

Hoje consegui trocar algumas peles por pão e uma chaleira nova. Amanhã o ferreiro promete terminar meu machado. Finalmente me sentirei seguro na floresta.

17 de março

Ouvi gritos à noite, vindos da floresta. Pareciam distantes, mas deixaram um arrepio na espinha. A porta vai ficar trancada.

30 de março

É REAL. Eles vêm pela névoa, arrastando o que encontram. Vi... não, não era humano. Olhos vazios, uma língua que não entendo... levou duas crianças antes que pudéssemos agir.

*

As palavras terminavam abruptamente, uma última linha riscada com força. Arthur fechou o diário, sentindo um calafrio na espinha.

'Seja o que for que aconteceu aqui, ainda está à espreita.'

Ele seguiu para um depósito e encontrou um machado, a lâmina enferrujada, mas funcional. Segurou a arma, sentindo o peso reconfortante na mão.

'Não é muito, mas é algo.'

A cabana estava silenciosa, mas não tranquila. Antes que pudesse traçar um plano, ouviu batidas na porta. Fortes. Rítmicas. O coração de Arthur disparou. Ele recuou para as sombras, pressionando as costas contra a parede.

Então, a porta foi arrombada.

Uma figura grotesca entrou – um homem, ou algo que já fora humano. Carne viva reluzia com umidade, e vermes pulsavam em uma corcova disforme. Seus olhos opacos vasculhavam o ambiente, o grunhido baixo e irregular indicando que estava farejando.

Arthur tentou não fazer barulho, mas o olhar vazio da criatura o encontrou. Um rugido gutural ecoou pela cabana.

Arthur correu, desviando por corredores estreitos enquanto a criatura o perseguia, esmagando móveis no caminho. A luta que se seguiu foi brutal, desesperada. Ele golpeava a criatura sempre que tinha uma abertura, mas os ataques erráticos do monstro o mantinham à beira da derrota.

Por fim, Arthur desferiu um golpe certeiro na cabeça do monstro, que caiu com um baque.

Ofegante e coberto de suor, ele olhou para o corpo imóvel.

'Se ele não era o único... preciso estar pronto.'

O silêncio voltou, mas não trouxe alívio – apenas um peso ainda mais opressivo.

Arthur respirou fundo, tentando controlar a náusea que persistia como uma sombra em sua mente. O cadáver grotesco – ou o que restava do homem – jazia no chão, a carne exposta brilhando sob a luz pálida que se infiltrava pela porta entreaberta. O ar ao redor era denso, quase tangível, carregado de um cheiro nauseante que o fazia engolir em seco.

'Não quero fazer isso… mas preciso entender com o que estou lidando.'

Com um movimento cauteloso, ele se agachou, usando o cabo do machado para afastar o braço distorcido da criatura. Cada detalhe grotesco parecia ganhar vida na luz fraca: vermes translúcidos se contorciam nas costas do monstro, aninhados em veias que ainda pulsavam levemente, mesmo na morte. A cena era surreal, como se a própria lógica tivesse sido retorcida naquele lugar.

"Esses vermes... estavam vivos junto com ele?" Arthur murmurou, sem perceber que havia falado em voz alta.

A resposta veio no silêncio pesado do cômodo, apenas o som ocasional dos vermes que ainda se moviam. Ele afastou-se, com os joelhos vacilando, mas sua determinação o manteve firme.

No armário onde havia se escondido antes, encontrou um caderno de capa de couro envelhecida, páginas vazias marcadas pelo tempo, e um lápis pequeno, mas funcional. Sentando-se em uma cadeira que rangia sob seu peso, ele começou a escrever com pressa, as mãos tremendo enquanto registrava o que tinha visto.

"A criatura tinha um braço desproporcionalmente grande, coberto por músculos expostos e sem pele. Suas costas estavam infestadas de vermes vivos, que pareciam parte de seu sistema. A força era desumana, e os grunhidos, animalescos. O ponto fraco parecia ser a cabeça, o pescoço… ou talvez os vermes nas costas."

Ele respirou fundo ao terminar, os dedos ainda pressionando o lápis contra a página. Guardou o diário no bolso e levantou-se, ajustando o machado em sua mão. A tensão no ar parecia dobrada, como se algo, em algum lugar, o estivesse observando.

Explorando os outros cômodos, encontrou uma porta escondida no canto mais escuro da cabana. A madeira velha e marcada por rachaduras revelava uma escada estreita que descia para a escuridão. Um cheiro úmido e metálico subia de lá, misturado ao de carne velha.

'Seja o que for, eu preciso me preparar.'

Vasculhou rapidamente os arredores e encontrou panos sujos, uma pá quebrada e algumas folhas secas. Trabalhando com cuidado, improvisou uma tocha e a acendeu com os fósforos encontrados na cozinha.

Cada degrau da escada rangia como um grito abafado, o som ecoando pelo espaço abaixo. A luz tremulante da tocha revelou um porão de pedra, onde manchas escuras cobriam as paredes, como cicatrizes de antigas atrocidades. O chão estava tomado por vinhas carnudas, uma fusão grotesca de tecido orgânico e vegetal que pulsava lentamente, como se estivesse viva.

No centro do porão, uma figura ressequida estava encostada em um pilar, como uma marionete abandonada. A pele era esticada sobre os ossos de maneira inumana, e vinhas emergiam de sua boca, serpenteando para fora das órbitas vazias dos olhos. Arthur parou, sentindo o coração martelar em seu peito.

'Isso... isso é algo que eu não deveria ter visto.'

As vinhas na porta atrás dele se moveram de repente, fechando-a com um estrondo. O barulho fez seus nervos gritarem, mas foi o corpo no centro do porão que o paralisou. Ele tremeu, soltando um som baixo e úmido enquanto as vinhas se agitaram ao seu redor. Lentamente, a figura se ergueu, como se puxada por cordas invisíveis.

"Eryngar..." a voz era gutural, entrecortada. "O Senhor dos Tecidos Profanos... o devorador de formas... o arquiteto da carne..."

Arthur sentiu os músculos enrijecerem enquanto a criatura se movia de maneira irregular, cada passo um desafio à lógica. Então, sem aviso, ela avançou, rápida como uma sombra deformada.

Instintivamente, ele ergueu o machado, bloqueando o golpe com um estrondo que ecoou pelo porão. A força do impacto o lançou contra a parede de pedra, a dor irradiando por suas costas. Mas ele não teve tempo de hesitar.

A criatura atacou novamente, os braços esqueléticos buscando agarrá-lo. Arthur girou a tocha para o rosto do monstro, as chamas lambendo as vinhas que emergiam de sua boca. A criatura soltou um grito que não era humano, algo que parecia perfurar sua mente.

'Pense, Arthur... se eu não usar a cabeça, isso vai me matar.'

Com cada ataque desajeitado da criatura, ele notava aberturas em seus movimentos. Mirou nas articulações fracas, desferindo golpes precisos. Quando os braços cederam, as vinhas no chão se agitaram violentamente, tentando cercá-lo. Ele cortou uma delas com o machado, vendo como a criatura reagia a cada golpe.

'É isso. Estão conectadas.'

Em um movimento desesperado, jogou a tocha diretamente no peito do monstro. O fogo se espalhou pelas vinhas e pelo corpo seco, iluminando o porão em chamas dançantes. A criatura se contorceu violentamente, soltando um último grito horrendo antes de desabar, imersa no silêncio final.

Arthur caiu de joelhos, o peito subindo e descendo enquanto lutava para recuperar o fôlego. O cheiro de carne queimada e sangue impregnava o ar. Ele se forçou a levantar, apoiando-se no machado.

Encarou o corpo carbonizado e as vinhas chamuscadas com um olhar endurecido.

"Eu não posso contar com sorte... preciso ser melhor."

Com determinação renovada, ele começou a procurar uma saída, ciente de que esse era apenas o começo do pesadelo.


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