"Mors, não sei o que fazer ela não abre a boca."
Silvestre tentou falar com a mulher de todas as formas mas não funcionava.
"Acho que devias ser tu a falar com ela."
"Silvestre estás te a passar? Se aquela mulher começar a chorar ou alguma mariquice, eu vou me passar! Eu não vou falar com ela!"
"Então temos um problema, acho que ela só quer falar contigo, tu é que a salvaste afinal de contas."
"Perca de tempo..."
Mors senta-se no chão ao lado da cama onde a mulher descansava
"Dormia num baú."
A rapariga começou a falar assustada.
"Ouve miúda, eu não estou interessado nos teus traumas, apenas descansa, amanhã vamos arranjar um sítio melhor para ti."
"Quando me tiraram da casa dos meus pais..."
"Espera, repete lá!"
Mors ficou alerta com as ultimas palavras de Sila.
"Quando me raptaram, levaram me para um sítio com muitas luzes, nada era como aqui, mas disseram que era inútil, e acabei neste sítio. A viver dentro de um baú, só me tiravam de lá para fingir que trabalha no bar ou para me violarem ou baterem."
"Não... não.... não pode ser, a minha filha! Preciso que me contes mais, tudo o que te lembres pode me ajudar a chegar até ela!"
"Não me lembro de muito mais, apenas de que esta rosa que guardo no bolso, é a única memória que tenho dos meus pais."
"Mors! Mors! Anda cá rápido!"
Silvestre grita
"O que fo..."
Mors entra no quarto em que Silvestre estava... era ali, um baú, correntes, xicotes... o que a Sila contara... era tudo verdade.
Mors volta para o quarto onde estava Sila, onde encontra uma poça de sangue em volta das suas botas, e Sila, com o pescoço cortado... mas... foi... suicídio.
"Não! Foda-se!"
Mors levanta-se agarra na Rosa que Sila tinha no bolso e prende-a ao seu cinto.
"O teu corpo fica, mas a tua alma vem conosco"
Mais perto da verdade, Mors e Silvestre partem à procura de mais pistas desta vez sem qualquer indício de onde procurar.
Mas uma coisa é certa, o velho, os raptos, Sila... tudo está conectado.