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Bab 15: Orfanato Const 11

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Elvira rapidamente cobriu os olhos de Blair com a mão, mas ela friamente o afastou.

Caminhando pelo longo corredor, a luz fraca iluminava os rostos desses seres miseráveis, tornando cada expressão nitidamente proeminente. Alguns mendigos arranhavam as orelhas e bochechas com os olhos alertas, outros estavam agachados, emitindo rosnados baixos de suas gargantas. Seus olhares perderam todo semblante de razão humana, revelando apenas a ferocidade e astúcia de feras selvagens.

Ao alcançar o final, onde estavam as gaiolas de vidro, eles viram mais animais aprisionados atrás delas. Esses animais olhavam para fora com olhos aterrorizados e desesperados, cheios de desesperança e esperança, tocando incessantemente o vidro com suas patas.

Como o Orfanato Const havia chegado a isso? Elvira não pôde evitar de apertar a mão de Blair fortemente.

O que tinha acontecido aqui?

Quem exatamente era esse Dean?

De repente, Elvira escutou passos leves ao longe, tão leves quanto flocos de neve tocando o chão. Ele sinalizou para Blair que alguém se aproximava e rapidamente olhou ao redor, desligando a luz do seu celular.

Eles foram envoltos pela escuridão, ficando apenas com a respiração e o som onipresente das batidas. Segurando a mão de Blair, ele silenciosamente se moveu para o meio do corredor — onde uma fileira de mesas de laboratório estava localizada.

Na escuridão, ele empurrou Blair para debaixo de uma mesa central de experimentos, enfiando uma cabeça de boneca em seus braços e puxando uma cadeira para servir de cobertura.

Elvira escutava atentamente os passos leves, tirando um punhal das costas inferiores, e avançou alguns passos. Ele se agachou atrás de uma coluna, esperando o momento perfeito para atacar. No escuro, ele só podia ouvir sua própria pulsação forte e respiração suave. Pressionando a mão no peito, ele fechou os olhos, focando em capturar aquele som sutil.

Quando Altair entrou no laboratório, ele foi imediatamente envolvido por um cheiro de decomposição, o odor de almas apodrecendo e criando larvas.

Este lugar era evidentemente um dos covis dos Humanos-bestas.

Mesmo na escuridão, Altair não precisava de luz para ver claramente que criatura estava aprisionada sob a cúpula de vidro.

No momento em que seu olhar se aguçou, a criatura no vidro parou suas batidas, como se submetida a alguma pressão invisível.

Era o tipo de aura única dos grandes predadores.

A criatura aprisionada aqui era pelo menos uma Besta-humana de Classe-C, possivelmente até próxima da Classe-B.

Humanos-bestas são classificados de A a D, com A sendo o mais forte e decrescendo em poder após isso. Acima da Classe-A, está a Classe-S.

Altair passeava por cada cúpula de vidro como se admirasse com lazer as criaturas aprisionadas dentro delas.

Ele distintamente cheirou o aroma de árvores de bétula fluindo aqui, indicando que Elvira deveria estar por perto.

Agora—

Elvira parecia sentir sua presença, escondendo-se atrás de uma parede distante.

Os lábios de Altair se curvaram levemente. Como um híbrido do clã dos lobos, ele se destacava na espreita e esperava pelo momento certo. Se Elvira pudesse detectá-lo agora, sugeria que ele possuísse algumas habilidades únicas.

Seguro de sua segurança, Altair caminhava despreocupadamente, ocasionalmente olhando para as criaturas nas cúpulas de vidro, aparentemente apreciando suas formas.

Algumas eram falhas falhas, enquanto outras eram bastante excepcionais. Estas observações o levaram a especular sobre as habilidades dos Humanos-bestas.

Altair parou atrás de uma coluna, não se movendo precipitadamente para frente. Ele cuidadosamente farejava o ar ali—

Como a noite, com neve caindo suavemente sobre os galhos das árvores de bétula, colocando um véu fino de prata.

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Límpido, sereno.

O vento frio, carregando neve, uivava entre céu e terra, como se... ele já tivesse ouvido isso em algum lugar antes?

Elvira escutava a voz da pessoa, que parou a apenas um passo dele e não se aproximou mais.

Por quê? Quem era ele? Poderia ser um dos funcionários noturnos do Orfanato?

Ou talvez... o misterioso Dean?

Ele era como um floco de neve pousando na terra, frio mas elegantemente repousando, emitindo um leve suspiro ao derreter.

Silencioso e só.

Era um confronto silencioso, suas respirações se misturavam na escuridão, uma batalha silenciosa travada, como predadores cuidadosamente observando sua presa.

Profundo e meticuloso.

Esta questão permanecia na mente de Elvira, provocando uma sensação de familiaridade. 

De repente, um som elétrico agudo cortou o ar silencioso, arrepiando a espinha!

"Zzzzz—"

Na outra extremidade do laboratório, uma linha de laser vermelho ativou instantaneamente, avançando rapidamente na altura do joelho, cortando o ar como uma lâmina letal!

Elvira ficou tenso, sentindo o cheiro do laser queimando o ar, e imediatamente saltou de trás da coluna, segurando Blair firmemente em seus braços, correndo em direção à porta.

Blair espiava por cima do ombro, a luz vermelha profunda como os olhos da morte, emanando um brilho aterrorizante. Ela tocou a cabeça do boneco e a enfiou no bolso superior de Elvira.

Talvez pudesse servir para algum propósito; era um risco que eles tinham que correr.

Ouvindo o zumbido da eletricidade se aproximando, Elvira percebeu que não poderia mais evitá-la! Ele rapidamente se virou, apenas a tempo de ver quatro feixes de laser escalonados se fechando rapidamente, deixando apenas um metro entre eles e ele.

Ele estava tão perto da morte!! Segurando Blair firmemente, ele colocou toda a sua força em direção aos feixes de laser — pulando! Por cima do primeiro laser! Uma cambalhota no chão para o segundo!

A luz vermelha cintilava com um brilho assassino deslumbrante, sua temperatura escaldante quase cortando as pontas de seus cabelos, deixando marcas de queimadura em sua pele.

Ele tinha conseguido desviar!

Precisava escapar desse lugar perigoso com rapidez; não poderia desviar dos feixes de laser subsequentes enquanto carregava Blair.

Contudo, sufocantemente, dentro de cinco ou seis segundos, os lasers no final do corredor acenderam novamente. Primeiro um feixe, depois dois, três... entrelaçando-se em uma rede de laser densa no mesmo local.

Elvira cerrava os dentes; ele já não podia mais se preocupar com a pessoa atrás dele, apenas segurando Blair firmemente enquanto corria para trás. Eles ainda não tinham explorado este corredor profudamento antes, mas a velocidade dos feixes de laser os pegou de surpresa.

Bang, bang, bang, bang, bang!

Ele ouvia a respiração rápida de Blair, as batidas do seu próprio coração, e o som de alguém batendo no vidro. Os olhos de Elvira estavam fixos à frente, sua testa encharcada de suor, seu coração batendo como tambores.

A rede de laser se aproximava, seus passos cresciam, sua velocidade aumentava. Suas pernas, como duas flechas voando velozmente, continuavam correndo sem descanso para frente.

Repentinamente, ele sentiu um aperto em sua garganta, um fluxo de sangue avançando em direção ao seu coração. A consciência de Elvira começou a turvar, o tempo parecia desacelerar.

O que estava acontecendo com ele?

Elvira sentia uma chama rodopiando dentro dele. Este poder subia fervendo do fundo, como se seu próprio sangue estivesse em chamas, cada centímetro de sua pele preenchido com força ardente. Ele podia até ouvir esse poder correndo por suas veias, como uma torrente varrendo grilhões invisíveis.

A grade de laser estava agora ao alcance, sua temperatura queimante quase permitindo que ele sentisse o cheiro da tostagem do seu couro cabeludo. Ele podia sentir as ondas de calor emitidas pela grade de laser, como o sopro de uma fera gigante, quase tocando a parte de trás de sua cabeça.

Subitamente, Elvira foi envolvido por uma força feroz. O ar no laboratório brilhava diante de seus olhos como estrelas cintilantes, como se o cumprimentassem calorosamente.

O que diabos estava acontecendo?

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