Não conseguia ouvir o que a pessoa do outro lado da linha dizia, mas fosse lá o que fosse, fez Damon franzir a testa ainda mais, aprofundando as rugas entre seus olhos. A irritação brotava dentro de mim.
"Ah, não me venha com essa merda!" Damon gritou no telefone, sua voz ecoando pelas ruas desertas. Se eu morasse aqui, teria denunciado ele pelo barulho. "Onde diabos você está? Você pode me dizer agora, ou eu vou bater em cada porta desta maldita cidade até te arrancar de debaixo de seja lá qual pedra você esteja escondido. Tenho certeza de que seus vizinhos vão ficar bem interessados em saber por que alguém como eu está atrás de você."
Que ameaça sinistra. Mas a ameaça funcionou, pois o rosto de Damon se suavizou.
"Vou procurar você agora. Se você ousar cair no sono, eu te mato," Damon jurou antes de desligar o telefone.
"Acho que conseguimos o endereço," eu disse, rolando meus ombros. "Para que lado é?"