Akane retornou ao local do crime, onde momentos caóticos haviam deixado marcas indeléveis. No entanto, ao chegar, encontrou o saguão vazio, sem vestígios dos confrontos sangrentos que haviam ocorrido ali. Uma sensação de inquietação começou a crescer dentro dela enquanto percorria o espaço deserto, seus olhos vasculhando cada canto em busca de pistas.
Subitamente, uma onda de dor atravessou sua cabeça, fazendo-a ajoelhar-se no chão frio e úmido. Um véu escuro pareceu descer sobre sua visão, transportando-a para uma realidade distorcida. Agora, ela se encontrava na mesma sala, mas tudo estava impecável, como ela era antes do ocorrido.
Seus passos ecoaram na sala vazia enquanto ela se aproximava de uma mesa central. A visão era embaçada, mas ela pôde discernir silhuetas indefinidas sentadas ao redor da mesa. Uma sensação de urgência a impelia a se aproximar mais, mas suas pernas estavam literalmente acorrentadas ao chão.
Ao olhar para baixo, Akane viu com horror suas próprias pernas presas por correntes, impedindo qualquer movimento. A visão das correntes, combinada com a pressão em sua cabeça, aumentou sua agonia e determinação em entender o que estava acontecendo
As vozes dos presentes na mesa soavam distantes e abafadas, como se estivessem falando através de um véu. Akane lutou para ouvir claramente, concentrando-se no que estava sendo dito. Entre fragmentos de conversas distorcidas, uma frase ressoou em sua mente, — Proteja a #### para ### Harumi. —
Antes que pudesse entender completamente o significado dessas palavras, a dor em sua cabeça atingiu um novo ápice, ameaçando consumi-la. Com um esforço hercúleo, ela lutou para retornar à realidade, sua respiração acelerada e seu corpo tremendo.
Quando finalmente emergiu do transe, Akane encontrou-se de joelhos, ofegante e coberta de suor frio. O saguão vazio parecia ecoar com a lembrança de sua visão perturbadora. Com passos trêmulos, ela se levantou e saiu do local, adentrando os becos escuros e chuvosos de Tóquio, seu coração ainda palpitando com a inquietante revelação que acabara de presenciar
Enquanto a chuva caía implacavelmente sobre os becos sombrios de Tóquio, Akane corria freneticamente, seu coração batendo descontroladamente no peito. Gotas geladas se misturavam às lágrimas que escapavam de seus olhos, enquanto ela murmurava para si mesma entre respirações entrecortadas: — Harumi... Quem é você? —
A sensação de estar sendo observada envolveu Akane como uma sombra sinistra, fazendo-a estremecer de medo. Cada passo parecia ecoar em seu peito, ecoando o ritmo frenético de seu coração. O ar frio da noite se transformou em um arrepio gelado que percorria sua espinha, alertando-a para o perigo iminente.
Com um pressentimento sombrio enraizado em sua mente, Akane aumentou sua velocidade, seus pés batendo no asfalto molhado com urgência crescente. No entanto, a sensação persistente de ser perseguida a fez tropeçar em seus passos.
Um arrepio de terror percorreu sua espinha quando ela se viu mergulhada em uma poça d'água, a água gélida penetrando em suas roupas encharcadas. Ao se levantar, seus olhos se encontraram com os de uma figura pequena, mas ao mesmo tempo sombria diante dela.
A menina à sua frente emanava uma aura assustadora, seu olhar penetrante parecia sondar as profundezas da alma de Akane.
Com um sobressalto, Akane recuou instintivamente, seus músculos tensos de medo diante da presença sinistra diante dela.
Akane olha para a menina com cautela, tentando discernir qualquer sinal de suas intenções. Com uma voz firme, Akane questiona, — Quem é você? —
A menina, com sua expressão impassível, responde de forma direta, — Por que você estava naquele local? Eu senti uma vibração estranha vindo de você. —
Akane, ainda perplexa com a situação, sente seu coração acelerar à medida que a menina misteriosa se aproxima. O som dos passos dela ecoa no beco escuro, cada batida ressoando como um aviso sombrio. Akane tenta manter sua compostura enquanto recua lentamente, seus olhos fixos na figura sombria diante dela. A luz fraca da rua destaca os contornos da menina, lançando sombras sinistras ao seu redor.
— Como assim vibrações? — diz Akane, com o corpo trêmulo
A voz de Akane soa trêmula no ar úmido, sua mente lutando para entender o que está acontecendo. A menina continua a avançar, seus passos deliberados ecoando no beco escuro. Cada passo parece ecoar como um eco do próprio medo de Akane, que se sente cada vez mais isolada na escuridão.
— Você está com ele, né? Me leva até ele. —
A voz da menina é calma, quase sem emoção, mas carrega um peso inegável.
Akane se afasta ainda mais, o medo crescendo dentro dela à medida que a menina se aproxima. Seu coração martela em seu peito, uma batida descontrolada de ansiedade e incerteza.
— Ele quem? Eu não tô entendendo, você tá me confundindo. — diz Akane, com medo e sem entender o que estava acontecendo.
A confusão de Akane é palpável, sua voz trêmula revelando sua vulnerabilidade diante da situação desconhecida. A menina não recua, sua expressão inabalável enquanto ela insiste em sua demanda implacável.
Menina Misteriosa: — Eu preciso me encontrar com ele, me leva até o Harumi. —
As palavras da menina ecoam no ar úmido, carregadas de uma determinação sombria que deixa Akane arrepiada. Ela tenta formular uma resposta, mas sua mente está girando, lutando para processar a conversa incomum. O nome de Harumi ressoa em sua mente, evocando uma mistura de curiosidade e apreensão.
Akane surpresa diz — Harumi? Você conhece ele? —
Antes que a menina possa responder, a conversa é abruptamente interrompida por uma ameaça iminente. Uma espada é lançada em direção a Akane, cortando o ar em sua direção com um zumbido ameaçador.
O brilho da lâmina reflete a luz fraca, lançando um brilho sinistro sobre a cena. Mas antes que possa atingir Akane, a lâmina é detida no ar por uma misteriosa onda de vibração, deixando Akane em estado de choque e perplexidade.
Os olhos de Akane e da menina misteriosa se encontram com um homem misterioso, erguido nos telhados distantes, sua figura obscurecida pelas sombras da noite. Ele paira ali como uma sombra sinistra, sua presença carregada de ameaça e mistério.
A menina solta um murmúrio de frustração, mantendo sua expressão inabalável apesar do perigo iminente. Sua voz, embora suave, carrega um peso de determinação e experiência, como se enfrentasse situações perigosas como essa com frequência.
Menina Misteriosa: — Droga, eles me acharam. —
Akane sente um arrepio percorrer sua espinha, a sensação de perigo iminente se intensificando à medida que o homem misterioso continua a observá-las do alto.
O ambiente ao redor parece congelar, os sons da cidade noturna abafados pela gravidade da situação.
— Maki... finalmente saiu da sua toca imunda — , disse o homem com um tom de zombaria, com sua voz cortando o ar úmido da noite.
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Com uma aura tensa e eletrizante, o homem desce do telhado em direção ao solo, moldando o gelo ao seu redor para criar uma escada sinuosa que brilha à luz da lua. Seu movimento é gracioso, quase hipnótico, contrastando com a escuridão da noite.
Maki mantém seu olhar firme sobre ele, sua postura determinada e pronta para o confronto que se avizinha. Cada músculo tenso, cada respiração controlada, ela se prepara para o embate iminente.
— Você ainda está perseguindo aquele garoto? — , as palavras do homem ecoam no ar, carregadas de desafio e provocação.
Maki responde com um olhar afiado, — Você está um pouco velho para perseguir garotas durante a noite, Daiki. —
Enquanto Daiki saca sua espada, o som do metal cortando o ar corta o silêncio da noite. Seus olhos azuis brilham com uma determinação feroz enquanto ele desafia Maki a abandonar sua busca e retornar ao seu dever.
— Chega de depositar seus sonhos naquele moleque, Maki. Volte comigo e cumpra seu dever. —
Maki troca um olhar rápido com Akane, enviando-a para se esconder, antes de voltar sua atenção para Daiki. Ela se prepara para o ataque iminente, concentrando-se em seus movimentos e mantendo sua mente focada.
Daiki avança com uma velocidade surpreendente, impulsionado por lâminas de gelo em seus pés, cortando o ar em direção a Maki. Ela rapidamente estende as mãos, emanando ondas de vibração que se propagam pelo ar em direção a Daiki.
O homem protege-se criando uma barreira de gelo diante dele, resistindo às ondas de vibração de Maki. No entanto, a parede de gelo não é páreo para a força das vibrações, e ela se rompe sob a pressão, deixando Daiki exposto.
Em um instante, Daiki surge da fumaça resultante da quebra da barreira de gelo, avançando rapidamente contra Maki. Com um golpe certeiro, ele a atinge, lançando-a pelos ares e fazendo-a voar longe, com um impacto brutal.
Maki luta para se recuperar, o choque do golpe ainda reverberando em seu corpo. Ela se levanta com dificuldade, seus olhos fixos em Daiki, determinada a continuar a luta até o fim.
Daiki avança com passos firmes na direção onde Maki foi arremessada. Seus olhos azuis brilham com determinação, seu semblante sério e implacável.
Maki luta para se manter de pé, seu corpo dolorido e exausto, mas sua determinação ainda ardente. Com uma voz ofegante e carregada de dor, ela confronta Daiki: — Desgraçado... Como consegue ficar ao lado daquela mulher que abusou tanto da gente? —
Daiki continua a avançar, sua espada erguida e apontada para Maki. Sua voz é áspera e carregada de convicção, — Ela fez o que foi necessário para garantir nossa sobrevivência. Seja grata. —
Um lampejo de raiva atravessa os olhos de Daiki quando ele responde: — Grata?! Aquela mulher tirou nossa liberdade, tirou tudo o que um dia poderíamos ter. —
Neste momento, os olhos de Maki se tornam mais sombrios, e seu corpo começa a se erguer do chão, envolto em ondas de vibração que emanam de seu ser.
Akane, que observava escondida atrás de uma lixeira, olha com misto de medo e curiosidade para a cena que se desenrola diante dela.
Daiki avança com um golpe poderoso, sua espada envolta em um resplendor gélido que se assemelha a um dragão de gelo pronto para atacar Maki.
No entanto, à medida que Daiki se aproxima, o gelo ao seu redor começa a se quebrar, sua velocidade diminuindo sob o impacto das ondas de vibração de Maki. Determinado a superar essa resistência, Daiki redobra seu poder, mas conforme ele se aproxima mais de Maki, suas forças começam a fraquejar.
As ondas de vibração de Maki tornam-se mais intensas, pulsando com uma energia avassaladora. Daiki se esforça para manter-se firme, mas quando está prestes a alcançar Maki, ela libera todo o poder acumulado.
Uma explosão de energia irrompe do corpo de Maki, uma onda de choque devastadora que engole o beco inteiro. Akane é arremessada para trás, batendo com força contra a parede oposta, enquanto Daiki é lançado com violência para o outro extremo do beco, colidindo com a parede de um prédio próximo e ficando desacordado.
Maki cai desacordada após a explosão de seu poder, seu corpo exausto e sua mente mergulhada na escuridão da inconsciência. O beco agora está mergulhado em silêncio, apenas o eco distante dos destroços testemunhando a feroz batalha que ali ocorreu.
Akane observa Daiki e Maki caídos, seus corpos inertes testemunhas do confronto feroz que acabara de ocorrer. Incerta sobre o que fazer, ela se aproxima cautelosamente de Maki, cuja respiração é fraca e irregular. Uma sensação de curiosidade misturada com compaixão a impulsiona a ajudá-la.
Com determinação, Akane ergue Maki em seus braços, sentindo o peso de seu corpo exausto. Decidida a levá-la para um lugar seguro, ela se afasta do beco sombrio, deixando Daiki para trás.
Enquanto Akane se esforça para encontrar uma saída, o som agudo das sirenes ecoa ao longe, indicando a chegada das autoridades. Ela percebe então que a explosão de poder de Maki foi tão intensa que afetou a energia do quarteirão inteiro.
Com cuidado, Akane aperta Maki em seus braços, determinada a protegê-la. Ela se encaminha para fora do beco, seguindo em direção ao seu apartamento. O peso de Maki em seus braços é um lembrete constante do caos e da incerteza que cercam suas vidas.
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