De Volta Ao Trono Abismal
Capítulo:43- darkness eyes
Após um banho, John sentou na posição de lótus, focalizando o sol em sua mente, sua alma foi sugada para o mar da alma.
O pequeno Colibri se enterrou entre os cabelos do John e adormeceu.
Águas cristalinas formam um mar, que se expandia em todas as direções, céu azul sem vestígios de nuvem, no centro do céu, o sol irradiava calor anunciando o meio-dia eterno.
A alma do John tomou forma e caminhou sobre as águas, ele estava no mar da alma sem limite, pairando sobre as águas estava um ovo carmesim.
— Oni, — John pronunciou um nome.
Do ovo, viu-se uma ligeira ondulação, e dele, uma figura feita de pura energia carmesim saiu, a figura de um bebê, aí estava Oni.
— O que é? — flutuando na frente do John, Oni fez uma pergunta.
— agora a pouco, você disse para não me deixar apanhar pelos olhos estranhos daquele garoto.
— Realmente disse isso, e daí ?
— Eu tive uma sensação estranha com aqueles olhos.
— Estranha? como? Descreva o que você sentiu — Oni, perguntou curioso.
— Era como se eu estivesse completamente sem roupas, não literalmente, mas a sensação era parecida, como se ele visse através de mim.
John lembrou da arte ocular que Darck Shadow usou, controle físico.
— também tem aquela arte estranha, ela paralisou meu corpo, era como se meu corpo não obedecesse à minha mente.
Oni, suspirou e disse, como sempre, Oni não usava a língua comum para se comunicar, suas palavras saiam sempre na língua baboana.
— É como pensei, afinal, por um segundo achei que havia me enganado, ou assim eu queria.
— o que você quer dizer? — John perguntou.
— Aqueles olhos, não deveriam existir em um mundo como esse, eles não deveriam existir em nenhum mundo, para ser sincero.
— O que há com aqueles olhos ? — John perguntou.
— John, você deve ser vigilante com aquela criança.
— Aqueles olhos não pertencem a este mundo, eles pertencem ao abismo — Oni disse.
— Ao mesmo lugar de onde você pertence ? — John perguntou
— isso mesmo, aqueles olhos, ou melhor aquela criatura e eu viemos do mesmo lugar de existência.
— criatura? — John perguntou confuso
— darkness eyes, é uma criatura abissal, pela nossa sorte esta criatura ainda é recém nascida e ainda não gerou sua consciência, caso contrário seria problemático.
— O que é há de tão problemático naqueles olhos? — John perguntou
— De momento não há nada a se preocupar, mas quando a criatura toma consciência, aí sim será problemático.
— quando o olho ganhará consciência? — John perguntou
— o darkness eyes, possui 6 pétalas e também conhecido como a flor ocular do abismo, quando as 6 pétalas desabrocharem a criatura ganhará sua própria consciência e devorará a consciência do seu hospedeiro
— então, a criatura ou darkness eyes, é um parasita? — John perguntou após de uma breve deliberação.
—É assim mesmo. A cada pérola desabrochada, seu hospedeiro ganhará um poder que o colocará acima dos seus pares, significa que ele poderá até lutar com alguém acima do seu nível, pelos vistos da sua luta anterior, a criança já desabrochou a sua primeira pétoa.
— " controle " esta é a primeira petóla que está dividida em três sub petólas menores, " controle físico", " controle elementar" e " controle espiritual"
— Controle físico, dá ao usuário controle momentâneo do corpo dos adversários do mesmo nível ou abaixo, controle elementar dá ao usuário controle momentâneo do poder elementar do seu adversário e controle espiritual dá ao usuário controle momentâneo da energia espiritual do seu adversário.
— estas são as habilidades da primeira pétala, em sua primeira petóla, ou primeiro Olho, controle, só funciona aos oponentes do mesmo nível ou inferior, quanto mais baixo for o nível do oponente, mas o controle será eficaz.
Após suspirar devido a explicação do do, Oni, sobre a primeira pérola do darkness eyes, John disse com inveja.
— Parece que o darkness eyes é mais útil que suas artes da alma.
Oni, olhou para John com desdém.
— Você é ignorante sobre minhas habilidades e minhas artes da alma, o darkness eyes não é nada perante mim. — Oni disse com orgulho transbordando.
— Quais são as habilidades das 5 pétalas restantes ? — John perguntou.
— não precisa se preocupar com isso, duvido que neste mundo haja alguém capaz de nutrir o darkness eyes, ele é só um garoto.
— sério ? — John perguntou duvidoso.
— Claro, você duvida das minhas palavras ?
— não — disse John coçando a cabeça.
— se ele tivesse alguém poderoso o aponhando a história seria outra, bem se é só isso então vai embora.
— não, tem mas alguma coisa que quero saber
— o que é? — impaciente, Oni perguntou
— É sobre aquela garota, que estava com o garoto do olho, ela é muito estranha, você sabe algo sobre? — John perguntou
— sua forma de se comunicar também era estranho — John acrescentou.
— não se preocupe, é apenas uma criatura defeituosa que não deveria existir — Oni disse como se estivesse a se referir a algo estragado.
— E a sua forma de comunicação, não é nada de especial, almas coscientes, usam a vibração da alma para se comunicar. O fato de você entender a linguagem da alma, devesse a mim.
— criatura defeituosa? Ela não era uma rapariga humana ?— John perguntou
— ela é uma criatura morta viva, parece que alguém se recusou em deixar, ela descansar em paz e tentou trazer, ela de volta a vida, mas tudo que conseguiram foi uma criatura defeituosa, ela já não é mais a criança que era em vida. — disse Oni, e continuou dizendo.
— Ela é apenas 10% do que algum dia foi, sua alma está fragmentada, seria preciso deus, para poder consertar a alma dela, e seria necessário construir um corpo mortal novo, isso é problemático, melhor seria matá-la.
— você é muito cruel, falando dessa maneira — John disse.
— Cruel é permitir a existência de criatura defeituosa como aquela. — Oni retrucou
— agora você pode ir embora — Oni disse.
— tudo bem — quando John estava prestes a partir, Oni o parou dizendo.
— Almas fragmentadas são atraídas por almas puras e completa, melhor você tomar cuidado caso você se encontra com aquela criatura novamente.
— como assim ? — John perguntou
— você vai entender caso, a encontre novamente — Oni disse, e entrou no ovo.
Dando um suspiro, John saiu do mar da alma
***
No mundo real, o corpo do John abriu os olhos, ele se levantou e se espreguiçou.
O pequeno Colebri ainda dormia em sua cabeça.
Sem nada para fazer, John olhou para janela, o sol já estava desaparecendo pelo horizonte, a noite já estava substituindo o dia.
John saiu do seu quarto, no corredor ele decidiu ir ver como as meninas estavam e o que estavam fazendo.
Dando alguns passos pelo corredor, ele pegou a maçaneta do quarto e abriu e entrou.
Piscando os olhos, John quase pensou que estava sonhando, no quarto, ele viu Iza e Beatriz, as duas comparavam seus atributos em frente ao espelho, elas usavam nada além de calcinhas.
Sendo uma garota de 11 anos agora, Beatriz era uma menina que deu o pé na puberdade, como resultado seu corpo começou apresentando novas características, seus seios já apresentavam uma ligeira curvatura, suas nádegas também já estavam a tomar forma.
Por outro lado, Iza tinha apenas 9 anos e ainda não havia entrado na puberdade ainda, mas ela era muito fofa por, sua pele macia com apenas a calcinha cobrindo a parte inferior estava amostra, Iza olhava Beatriz com inveja aparente em seus olhos.
John não sabia que meninas também faziam esse tipo de coisa, ele ficou surpreso pelo que ele sabia, meninas entravam mais rápido na puberdade em relação aos meninos, o que ele não sabia que elas ficavam em frente ao espelho comparando quem tinha mas e quem tinha menos.
Na cintura da Iza, John viu uma pequena cauda de lobo balançando da esquerda para direita, Beatriz olhava e tocava ocasionalmente nas partes em desenvolvimento em seu corpo.
— kit aaaaaaaaaaa aaaaaaa
— kit aaaaaaaaaaa aaaaaaa
Assim que as garotas notaram John olhando para elas, um grito soou e as duas ficaram vermelhas de vergonha.
Beatriz e Iza, cobriram seus peitos e olharam para John como se tivessem sido intimidadas.
Com um baque, John saiu e fechou a porta atrás dele.
John tem um péssimo hábito que o acompanhou neste mundo, ele não sabia bater a porta, ele só batia caso a porta estivesse trancada, sua irmã na terra sabia desse péssimo hábito, portanto ela não esquecia de trancar sua porta, mas para Beatriz e Iza, elas não tinham como saber desse péssimo hábito do John.
— Desculpe, não foi intencional — John gritou estas palavras atrás da porta.
— tarado
— pervertido
estas duas palavras saíram como resposta cheio de raiva e constrangimento, vendo isso John decidiu dar uma volta para dar tempo das meninas se acalmarem, John tinha uma mentalidade adulta, ele sabia que estava errado, ele se desculparia mais tarde.
Quando já era hora de jantar, John foi ao quarto das meninas novamente, mas desta vez ele bateu à porta.
— que tal descemos para jantar
John não obteve resposta, ele sabia que elas estavam dentro do quarto, mas por algum motivo elas permanecem em silêncio.
John tentou convidá-las para jantar, mas algumas vezes, sem sucesso ele decidiu jantar sozinho e pediu serviço de quarto para que levassem algo para as meninas comerem.
***
A noite passou e um dia novo nasceu, John tomou um banho decidiu descer para o pequeno almoço, o assunto de ontem a noite, ele deixou no fundo da sua mente, ele hoje terminaria finalmente sua jornada e entraria no instituto de evolução.
— Vamos descer para o pequeno almoço, partiremos em duas horas — John disse na porta das meninas e desceu.
Um tempo mais tarde.
John estava tomando o pequeno almoço no restaurante da hospedagem, Beatriz e Iza se aproximaram com as cabeças baixas, elas não pretendiam estabelecer o contacto visual com John.
— Bom dia, John
As duas comprimentaram com uma voz tão baixa que foi difícil para John ouvir.
— Bom dia, as duas.
As duas sentaram e fizeram seus pedidos.
— Olh, acerca de ontem, eu realmente gostaria de me desculpar, eu não tive a intenção. Por favor, me desculpem — John pediu desculpas com a cabeça baixa.
Beatriz e a Iza se lembraram do que aconteceu ontem, e coraram de vergonha.
— Tu-tudo bem — Iza disse com a cabeça baixa e o rosto vermelho como um tomate.
— Hmph, não falamos mais sobre este assunto. — Beatriz Bufou de insatisfação e disse.
John não teve outra forma de aliviar o clima pesado, portanto ele decidiu abordar um novo tópico.
— Vamos partir para ver o prefeito em uma hora, acredito que a matriz de teletransporte esteja em sua mansão.
— sim claro — Beatriz respondeu ainda desviando o olhar.
— s-sim — Iza fez o mesmo.
Um silêncio tomou conta da mesa e o clima ficou pesado.
Após ao pequeno almoço, Laura a filha do prefeito da cidade chegou até a hospedagem onde estavam John e as meninas.
Continua..