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13.33% Bia & Nika / Chapter 2: CAPÍTULO 2

Bab 2: CAPÍTULO 2

A realidade da cidade grande tocou Bia. Nordestinos recém-chegados no Sudeste, seus pais não tiveram muitas oportunidades e foram morar na periferia.

Uma casa simples, com sala, que servia também de cozinha, quarto e banheiro os esperava.

Pedro, seu pai, sempre ranzinza, saia à procura de trabalho, porém sempre voltando com uma resposta negativa. As economias da venda da casa na Bahia acabaram e ele teve que fazer "bicos".

E essa situação se seguiu por anos. A mãe continuava a costurar e Bia frequentava um colégio municipal.

Assim passaram-se quatro anos. E aos dez anos, Bia era já uma bela mocinha que começava a despertar olhares dos meninos.

Mas também despertava olhares de cobiça dos bêbados da esquina onde o pai sempre estava.

E certa noite, Pedro chegou mais bêbado do que nunca. Ouvira comentários maldosos, de homens que diziam que sua filha estava ficando "gostosa".

Chegando em casa, viu sua filha dormindo. Bia dormia num colchão na sala e sua camisola deixava adivinhar pequenos seios do tamanho de meia maçã. Um corpo de menina com traços de mulher.

Estava sedento de sexo. Sua esposa há muito tempo não fazia sexo com ele. Afinal, não era fácil ceder aos instintos animais de um bêbado impotente.

Ele se lançou sobre a filha, arrancando a sua calcinha e com mãos atrevidas, buscou sua vagina quase de menina.

Bia acordou apavorada e tentou gritar, mas teve sua boca tapada por uma enorme mão suja, com fedor de álcool e suor.

Sentiu os dedos da outra mão buscando sua vagina, enquanto a boca de seu pai se fechava sobre um de seus seios.

Em seguida, sentiu suas entranhas sendo rasgadas e desmaiou.

Não pôde ver sua mãe, que acordara e olhando a cena, esbravejou, querendo saber o que havia acontecido.

Seu pai, então, disse que ao chegar, Bia estava nua, se insinuando para ele e como ele não tinha sexo por parte da esposa e sendo um marido fiel, não procurava na rua, estava sentindo falta...

– Eu sou um homem! Sou de carne e osso e a carne é fraca! – rugiu entre dentes, avançando para a mãe de Bia, tropeçando nas palavras e nos poucos móveis que havia em casa.

Ana então sentiu medo de ser surrada.

E apenas depois de tal pensamento, se lembrou da filha.

Bia jazia desmaiada no colchão, que se encharcava com seu sangue.

Em sua ignorante comodidade, Ana pensou que não poderia dizer a verdade. Não poderia se separar de Pedro.

Afinal, a culpa nem fora dele. A filha se insinuara para o pai. Era uma devassa, que há quatro anos atrás quase destruíra a vida do casal.

O dinheiro que ganhava com as costuras não era suficiente para o seu sustento. Deveria ficar calada.

Pedro fora para o quarto e já dormia, roncando como o porco que na realidade era.

Então Ana correu para a vizinhança, gritando que enquanto ela e o marido dormiam alguém entrara na sala e estuprara sua filha.

Em seguida correu para dentro de casa e a muito custo, conseguiu acordar Pedro e dizer que ele tomasse um banho e se desfizesse das roupas ensanguentadas.

A ambulância fora chamada, mas demoraria a chegar. Era sempre assim se alguém precisasse de socorro.

Enquanto Pedro tomava banho, ela colocou as roupas em um saco plástico e jogou no esgoto a céu aberto que corria no quintal da casa. Ali, ninguém procuraria. Afinal, cada um vivia a sua vida. Ninguém se incomodaria com o que acontecera ali.

Depois de mais de meia hora de espera, a ambulância chegou, levando as duas para o hospital. Ana alegou que Pedro ficaria em casa, pois estava muito chocado, tomara um calmante e não poderia ir para o hospital com elas.

Bia ficou internada em estado de choque. Os exames detectaram estupro, mas sob a alegação de Ana, que disse na delegacia que não sabia nada sobre o autor, o caso seria esquecido para a comunidade. Mas não para Bia.

Quando saiu do estado de choque, sua mãe disse que se ela falasse a verdade, seria jogada na rua. Ela teria que se calar.


Bab 3: CAPÍTULO 3

Relembrar todo aquele passado fez com que Bia não dormisse um minuto durante a noite.

Levantou-se e foi fazer o café. Tinha condições financeiras para pagar uma empregada doméstica,mas preferia dividir os afazeres com as filhas.

No café da manhã, tentou disfarçar o cansaço. Seu marido levaria a filha caçula para o colégio e deixaria Bia no trabalho.Sua filhas tinham dezenove, quinze e dez anos e Maira, a mais velha, passara no vestibular de enfermagem.

Ao chegar no trabalho, a cabeça de Bia girava em confusão. E ao caminhar para sua sala e ver Nika,não pôde evitar que a pilha de papeis que trazia caisse de suas mãos.

Nika abaixou-se para ajudar e seus rostos ficaram muito próximos. Novamente, Bia pôde sentir seu hálito quente e seu perfume. Um calafrio lhe percorreu a espinha.

Sem jeito, agradeceu e seguiu o seu caminho. O coração batia acelerado.

O doutor Celso Malluf, chefe de Bia, observava seu comportamento, novo para ele. Sempre vira na sua secretária uma mulher competente e corajosa, que começara em sua empresa apenas servindo cafezinho, e devido à sua competencia, agora era o seu braço direito.

Era verdade que Beatriz sempre despertara algo mais nele. Com seu jeito sério, ela parecia não ser feliz. Era uma bonita mulher e seria muito bom se pudesse realizar as fantasias que tinha com a sua secretária.

Porém o doutor Celso estava observando um comportamento estranho em Bia...

Ultimamente ela parecia perdida em seus pensamentos. Distante, o olhar perdido e com olheiras. Gostaria de poder ajudar, mas frente à ela, não conseguia falar o que sentia.

Além de Nika, outros pensamentos também povoavam a cabeça de Bia.

Maira parecia ter um namoro secreto. Sempre estava com seu celular, as notas da faculdade não eram boas. Teria que falar com ela. E isso seria muito difícil. Se pelo menos tivesse com quem conversar... Os novos sentimentos por Nika estavam estremecendo a amizade.

Se não fosse esse fato,poderia tentar conversar com ela. Nika e a sua filha tinham a mesma idade. Deveriam ter o mesmo universo, partilhar das mesmas ideias.

Seus pensamentos estavam perdidos, mas os ouvidos estavam atentos. Ela pensava que o que estava sentindo poderia ser lido em seus olhos e seu rosto.

Na hora do almoço, todos os funcionários iam para um restaurante nas proximidades da clínica. Historicamente, onde se formam rodas de mulheres, formam-se fofocas.

Um pensamento machista, pois onde se reunem homens, talvez haja mais.

E foi justamente numa roda de amigos, que durante o almoço ela ouviu o seguinte comentário:

– A peituda é tão gostosinha! Pena que gosta de mulher! Eu bem que daria uns "amassos" nela! Mas nós não temos o que ela gosta... – Foi o primeiro comentário.

– E tem mais! Parece que a namorada é metida a Patricinha, cheia de não-me-toques! Tem que ser namoro escondido! – completou outro.

Parecia que um buraco negro abrira-se em frente à Bia.

– Então Nika é lésbica e deve ter uma namorada da idade dela. E eu, aqui, com idade de ser sua mãe, fantasiando romances... – Pensou Bia, esforçando se para não chorar em público.

Voltou para o escritório, mas as lágrimas teimaram em rolar borrando toda a maquiagem. Não queria, mas teria que entrar naquele banheiro novamente.

Lá, ao se ver sozinha, não se conteve se chorou convulsivamente. A porta se abriu de repente... Ninguém poderia vê-la naquele estado.

Virou-se, surpresa, descomposta, e viu que Nika entrara no banheiro.

– Oi, desculpe se eu estou incomodando... É que pelos vidros da sala em que eu trabalho vi que você entrou aqui às pressas... Pensei que não estava se sentindo bem.

E pegando um lenço de papel de sua bolsa, mais uma vez Nika se aproximou perigosamente.

Começou então, a passar o lenço nos olhos de Bia, que estavam borrados e cheios de lágrimas.

E foi inevitável! Nika segurou a cabeça de Bia entre as mãos e aproximou sua boca da dela. Os lábios se tocaram, e sua boca cobriu a de Bia.

Um turbilhão de pensamentos parecia fazer o cérebro de Bia dar um nó.

Apesar da infância, dos desejos infantis por Maressa, depois daquele abraço aos seis anos, ela jamais tivera um contato com um corpo de mulher.

Precisava fugir dali, mas parecia que uma força descomunal a fazia ficar grudada ao solo, e à boca macia de Nika...

– Pare pelo amor de Deus! – Pediu, enquanto o corpo pedia que ela não parasse.

Nika, então, meio sem jeito, pediu desculpas e saiu.

Calada, Bia voltou para o escritório. Ao ver seu rosto vermelho e a maquiagem desfeita, o doutor Celso não se conteve e perguntou o que houvera.

Ela disse que por problemas em casa sofrera uma crise de choro no banheiro.

Durante o restante da tarde, a cabeça parecia estourar e ela pedia a Deus acabar o expediente e ir para casa.

O patrão vira que não tinha espaço para conversa e se calara.


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