[Deuses POV]
Ocultado pela névoa, flutuando acima do Empire State Building.
O Monte Olimpo
Originalmente localizado na Grécia. É agora nos Estados Unido.
Essa montanha não se conecta com o solo e não pode ser detectado por mortais devido à névoa, mas está ligado ao mundo mortal por um elevador do espaço, que é conectado ao Empire State.
Uma cidade grande que contém os palácios dos deuses do Olimpo, deusas e residências para muitos deuses menores e outras criaturas da mitologia grega.
Em meio aos prédios de ouro, estava o Tribunal dos deuses. Com enormes 13 tronos, organizados em forma de U invertido.
Que nesse momento se reunia o conselho olimpiano ou quase todos eles.
"Diga Dionísio, o que de tão importante precisa me contar, que o fez desobedecer sua punição e convocar essa reunião. " - Disse Zeus em um tom irritado, sua voz reverberando de poder pelo salão.
"Peço desculpas, mas é urgente. – Dionísio respondeu olhando em volta em meio ao nervosismo – Hm...um novo semideus, um garoto, apareceu no acampamento." – Disse Dionísio
Isso pareceu chamar a atenção, pois assim que respondeu todos os deuses presentes se voltaram para Dionísio.
Principalmente um tal Deus da Guerra.
Afinal, com o sumiço do raio mestre, todo novo semideus era um suspeito.
"Ele conseguiu derrotar o minotauro ontem à noite nos limites da barreira antes de ser fatalmente ferido por um de seus chifres. " – Acrescentou, ao mesmo com que fez que o interesse dos deuses diminuísse e já começassem a discutir entre si.
"Mas ele ainda está vivo" – completou Dionísio.
Novamente capturando sua atenção e curiosidade.
Não é todo dia que um jovem semideus consegui eliminar um minotauro sozinho, quem dirá ainda sair vivo depois de ser ferido fatalmente.
Logo, ao que tudo indicava, o garoto era resistente e forte.
Mas alguns não ficaram tão animados com o aparecimento de um novo semideus.
Afinal após o aparecimento de Percy, e o desaparecimento do Raio Mestre de Zeus as tensões já aumentavam em meio ao Deuses.
Nesse momento Zeus olhou cuidadosamente para todos os deuses antes de se voltar a Dionísio novamente.
"E o que teria de tão importante essa criança? " – Zeus perguntou seriamente a Dionísio.
"Hm..." – Dionísio já incerto se deveria dizer.
"Ele....o garoto, mostrou possuir duas habilidades até agora" – continuo sob o olhar de Zeus.
"hm...conseguiu se curar rapidamente sobre condições normais, como se por mágica, de uma ferida fatal causada pelo chifre de um minotauro" – acrescentou – "Em um momento estava lá, e no outro não."
Isso fez com que todos os deuses parassem para pensar.
Semideuses são naturalmente mais forte que humanos comuns e possuem habilidades diferentes de acordo com seus pais divinos, então não seria estranho se conseguissem se curar mais rápido, mas do jeito que Dionísio contará, o garoto parecia ser algo mais, filho de um espirito talvez.
Zeus rapidamente se voltou para Apolo.
Já que os filhos de Apolo eram conhecidos por apresentar habilidades curativas de alguma maneira.
E sentindo o olhar de seu pai, Apolo, sem demora, respondeu.
"Não é meu! – Disse com as mãos para cima e parou - Eu acho.... Bom, será?...teve aquela vez, e aquela outra – dizia pensando enquanto contava nos dedos, tentando se lembra de seus vários casos com humanas e espíritos.
Ele começou a ficar irritado com o jeito de Apolo.
Mas antes que Zeus que pudesse pressionar Apolo, Dionísio continuou.
"E recentemente mostrou ser capaz de controlar…" – Disse e parou olhando nervoso para seu pai.
As tensões aumentavam em meio ao tribunal.
Mas após uma pausa continuou.
"...controlar raios" – completou.
Após a revelação as tensões haviam atingido seu pico e todos os deuses olhavam fixamente para Zeus, esperando uma resposta. Principalmente Hera, que estava furiosa.
Poseidon aparentava um sorriso ao ver a cara de Zeus, enquanto alguns deuses como Afrodite estavam entretidos com a situação. Hera olhava fixamente para seu marido.
Zeus não conseguiu evitar a surpresa em seu rosto.
Afinal, dessa vez a culpa caíra sobre sua cabeça.
"É impossível! – Respondeu afrontado levantando de seu trono, enquanto seus poderes faziam com que trovões estourassem ao redor do tribunal.
"Você tem certeza Dionísio? – Perguntou disparando uma onda de poder na direção de Dionísio
"Vi com meus próprios olhos. Era como se os raios obedecessem sua vontade" – respondeu suando frio.
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E antes que Zeus pudesse responder.
"Ainda vai continuar negando Zeus? " – Interrompeu Poseidon encarando Zeus.
"Não comesse Poseidon" – Zeus respondeu em meio aos dentes serrados.
"Oh...agora que um filho seu aparecesse, não tem nada a dizer"- Poseidon provocou.
"Ele não é.…"
"Ele tem seus poderes! " – Interrompeu Poseidon levantando o tom de sua voz e liberando seus poderes, que varreram o salão como uma onda.
Zeus sabia que não podia negar a acusação diante dos outros sem provas, principalmente para Hera.
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"Dionísio fique de olho no garoto – Zeus disse ignorando Poseidon – e Hermes, consiga o que puder sobre o garoto" – ordenou.
Dionísio apenas acenou concordando com a cabeça.
Hermes não pareceu feliz, mas após uma encarada de seu pai resolveu obedecer.
Em um flash, os dois desapareceram.
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"Até que descubra o que está acontecendo deixarei seu filho por hora – Disse Zeus para Poseidon – Mas se descobrir que ele não devolver meu raio até o fim do prazo, irei matá-lo e recuperar meu raio. - Ameaçou
"Se é guerra o que quer, é guerra o que terá, Zeus" – Respondeu Poseidon firmemente.
Desaparecendo logo em seguida do salão, deixando apenas uma brisa do mar no local.
Assim que todos haviam se retirado.
Zeus ainda estava sentado em seu trono contemplando quem seria o novo semideus.
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[Alex POV]
Após deixar a Casa Grande caminhávamos em direção ao chalé 11.
Anabeth estava a silencio já a algum tempo.
Parecia querer me perguntar algo, do jeito que me olhava de vez em quando, mas não conseguia se decidir.
Imagino que deva ser sobre Thalia.
Elas eram muito amigas. Infelizmente não poderia dizer nada, se ela ou qualquer um souber algo sobre o futuro, isso pode causar uma mudança muito grande no destino de todos e chamar a atenção das moiras para mim muito cedo. – Pensei com os ombros baixos.
Mas resolvi acabar com seu sofrimento e perguntei.
"Sim, Anabeth" – disse
Isso chamou sua atenção.
"Ahn?" – Me olhou curiosa
"Do jeito que vem me olhando, imagino que queria me perguntar alguma coisa" – acrescentei
Nesse momento ela pareceu se decidir. Se endireitou e com um tom firme perguntou.
"Eh...seus poderes, eles me lembram alguém. – Disse – "Você por acaso já ouviu o nome Thalia? " – Acrescentou perguntando com um tom esperançoso.
"Não posso dizer que sim. Não que eu me lembre – Respondi - "É alguém especial para você? "
Perguntei mesmo já sabendo a resposta.
"Foi....ela foi" – respondeu de forma triste com os ombros baixos.
Pude ver que estava desapontada. Mas não podia dizer a verdade.
"Sinto muito" – Era o máximo que podia dizer.
E se seguiu novamente um silêncio, que durou todo o caminho restante até o chalé.
Quando chegávamos próximo aos chalés notei suas diferenças.
Eram 12 no total. Dispostos em forma de U. Dois na ponta e cinco de cada lado.
Todos eles possuíam um número em latão em sua fachada.
Cada chalé representava um dos deuses e suas características. Todos de diferentes cores e materiais.
Consegui saber de qual deus pertenciam alguns.
Por exemplo, um com conchas e corais em sua fachada, provavelmente de Poseidon
Outro de cor rosa e muitas rosas na frente, onde conseguia sentir o perfume a distância, deve ser de Afrodite. Se me lembro bem suas filhas são muito bonitas por natureza, mal posso esperar para conhece-las...cough...e fazer amizade...cough.
E eu com certeza quero conhecer as ninfas. – Pensei
Enquanto contemplava não percebi que Anabeth já havia parado em frente a um deles.
E voltei meus olhos para o chalé.
Parecia uma cabana normal de acampamento. Uma cabana bem velha.
"Você vai ficar aqui, e só entrar que eles te ajudaram. Qualquer problema é só procurar por Luke, ele é o conselheiro do Chalé 11" – Anabeth disse secamente, sem me dar a chance de falar – "E não se esqueça da fogueira hoje à noite, Chiron que ver todos lá" – Completou e saiu.
Bom te conhecer também... - Pensei vendo ela sair rapidamente.
Então me voltei ao Chalé e entrei.
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Não pude evitar de pensar que aquele local parecia um campo de refugiados, um monte de campistas espalhados pelo chão com sacos de dormir.
Mas Chiron não tinha falado em um beliche? – Pensei incomodado.
Bom, melhor que nada.
Assim que terminei de ajeitar minhas coisas escutei um trombeta soar, e sem demora todos os campistas foram saindo do chalé e formando fila do lado de fora.
E finalmente encontrei Percy, ele estava no final da fila.
"Oi" – cumprimentei
"Oi, você é... Alex, não é? " – Perguntou Percy
"Sim, sou eu. E você deve ser o Percy, não é? " – Respondi sorrindo. Afinal não é sempre que se tem a chance de encontrar um de seus personagens favoritos.
Ele acenou com a cabeça e sorriu. Pareceu contente de eu ter lembrado.
"Eu queria agradecer pelo que fez pela gente. " – Continuou agradecendo.
"Não precisa, tenho certeza que fariam o mesmo por mim" – Respondi.
Percy pareceu surpreso com minha resposta.
"Obrigado mesmo assim" – Percy acrescentou.
Acenei com a cabeça, aceitando o gesto.
E assim nos dirigimos colina acima, para o refeitório.
Durante o caminho olhei em volta, tentando reconhecer algum rosto. Mas nenhum me parecia familiar.
Era divertido ver as diferenças entre eles.
Os do chalé de Ares pareciam encrenqueiros, com aquelas caras de mal e expressões rudes.
Típicos brigões – pensei.
Além dos campistas, também haviam sátiros e ninfas em seus meios.
Os sátiros, alguns tinham chifres e outros não, mas todos com pernas de bode.
Mas o que mais me surpreendeu foram as ninfas.
Algumas saiam da água e dos bosques. E outras simplesmente brotavam do chão ou saiam de árvores. Era fascinante de ver. E todas incrivelmente bonitas e sorridentes.
Agora eu sei porque os deuses costumavam persegui-las nos mitos.
Quando chegamos, olhei para as mesas de piquenique dispostas pelo pavilhão
E uma fogueira enorme no centro.
Algumas das mesas estavam vazias, provavelmente de deuses que não tinham filhos.
Nos sentamos em uma das mesas, claramente a mais lotada. Provavelmente por causa do chalé de Hermes receber todos os novatos e abrigar os que ainda não tinham sido reclamados por seus pais divinos.
Então Chiron fez um brinde aos deuses.
E as ninfas começaram a servir a comida.
Após o jantar Dionísio se levantou e comunicou alguns lembretes e nos apresentou ao acampamento.
Como se eu já não ganhasse atenção o suficiente.
Podia ouvir os cochichos e fofocas enquanto me olhavam.
E quando já estava terminando os comunicados.
"Ah..e não se esqueçam a próxima captura a bandeira será sexta - feira" – acrescentou ao final.
Após os lembretes todos se sentaram próximo a fogueira e começaram com os jogos e cantorias.
Participei por um tempo, mas não consegui evitar me afastar um pouco da multidão e só observar, ainda não estava acostumado a tanto.
Em meio aos sorrisos e cantorias, não consegui evitar em lembrar da minha família, mesmo não tendo muita habilidade em me expressar, sempre os amei.
E pensar como estariam passando com a minha morte.
Não consegui evitar que a depressão tomasse conta.
Enquanto eu sentava perdido em meus pensamentos. Alguém se aproximou e se sentou ao meu lado. Senti um aroma de madeira queimada e marshmallows.
Achei que seria algum dos campistas.
"Não gosta de comemorações? " – Perguntou uma voz feminina.
E quando me voltei a pessoa para responder, gelei.
Lá estava, ao meu lado, uma garotinha, de cabelos pretos e olhos amarronzados, que no fundo pareciam pegar fogo.
Sua expressão e presença exalando um calor aconchegante.
Nesse momento minha mente entrou em branco.
Como ela está aqui? Será que já sabe de tudo?
Comecei a entrar em desespero.
Hestia pareceu notar meu desespero, porque com um sorriso continuou.
"Não precisa se assustar. Só quero conhecer o novo campista, suposto de matar o minotauro"
Ela exibia um sorriso no rosto e um brilho nos olhos, com se soubesse de algo.
"Eh...eu gosto, só não estou acostumado" – respondi sua pergunta inicial, não conseguindo evitar a conversa.
Mas comecei a relaxar aos poucos. Algo em sua presença parecia fazer que com eu me sentisse seguro perto dela.
"Oh, e porque isso? " – Hestia perguntou ainda sorrindo.
Resolvi ficar em silêncio.
E ela pareceu perceber que eu não tinha intenção de responder, então prosseguiu.
"Vejo que parece me conhecer…- com isso gelei novamente-...estranho, tenho certeza que nunca nos encontramos antes – Acrescentou, como quem não quer nada. "Sabe, eu consigo sentir cada jovem neste acampamento e seus vínculos com as pessoas que consideram família, mas você...é como um vazio, se não estivesse te vendo agora, juraria que era uma miragem" – comentou olhando para mim.
"Talvez seja porque não tenho nenhum" – respondi honestamente com os ombros baixos.
Oque era relativamente verdade.
"Talvez..." – Hestia murmurou.
"Mas eu também sinto as dores daqueles que perderam os seus" – completou.
O que ela disse me estremeceu.
Virei o rosto, evitando encara-la. Na esperança de esconder minhas expressões.
Mas Hestia não deixou, pois colocou uma de suas mãos em meu queixo e direcionou meu rosto para ela.
"Só quero que se lembre que todo dia é um presente – disse gesticulando para o nosso redor - Uma nova oportunidade, para que seja feliz, e se conectar com outras pessoas e conhece-las – Acrescentou sorrindo gentilmente para mim. – Então minha criança, não fique presa no passado. – Disse, como uma mãe falando para seu filho.
Sua presença era como um abraço caloroso.
Ela me olhava com tamanho carinho e ternura que não pude evitar.
E antes que percebesse, senti lagrimas escorrerem pelo meu rosto
"Então não se esqueça que este mundo, que por mais que repleto de perigos, também é repleto de incontáveis maravilhas. – Continuou - Eu vejo como interage com os outros campistas – falou me encarando – os trata com respeito e uma estranha familiaridade, como se os conhece. Mas ainda mantem distância, como se observasse de longe. Isso não vai acabar bem minha criança. Se permita se abrir com eles, rir com eles, chorar com eles e lutar com eles. E um dia você vai ver, sem que nem perceba estará cercado por uma família novamente. " – Hestia concluiu.
E abaixei meu rosto para secar meus olhos com os punhos. E quando olhei para ela novamente, não a encontrei.
Ela já havia desaparecido.
Me peguei pensando no que ela tinha dito, relembrando como venho me comportando desde que cheguei.
Ela estava certa. Tenho agido como se tudo isso fosse apenas um script. Com medo de interferir.
Todos eles são reais. E eu agora sou parte desse mundo. E eu sei que posso ajudar. – Decidi serrando os punhos.
Mas não demorou muitos para as trombetas soarem novamente.
E com uma última olhada para trás.
Com um sorriso no rosto, respondi ao vento.
"Obrigado..."
E voltei ao chalé.
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Have some idea about my story? Comment it and let me know.
Esse ultimos dois capitulos, foram mais para estabelecer uma visão geral e base para as decisões do MC, não sou muito bom com essas partes emotivas. Mas se tiverem alguma sugestão comentem. Espero que gostem.