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92.1% Amor zumbi (livro 2 em 1) / Chapter 35: capitula 35

Chapitre 35: capitula 35

Dylan
Ouvir Charlotte em prantos foi como receber um golpe profundo no peito. Quis correr até ela, mas Dion insistiu que ela precisava de solitude naquele instante e que minha natureza explosiva apenas agravaria a situação.
Seria egoísmo da minha parte afirmar que essas lembranças não deveriam ressurgir?
Por causa delas, posso perder a mulher que amo, e fiz o possível para reencontrá-la, até mesmo me controlei para não eliminar a jovem que está transformando nossas vidas em um tormento e ignorar essa amizade peculiar que Charlotte mantém com Samuel.
Ela disse que eu poderia odia-la caso soubesse de seu passado; será que suas memórias estavam voltando quando proferiu isso?
Não é possível que ela tenha ocultado algo tão essencial de mim.
Dion se dirigiu a Stefany, pedindo que aguardasse um pouco mais, e ainda levou Anna de volta ao bunker, enquanto permaneci sentado na varanda.
Algum tempo depois, meu irmão se juntou a mim e compartilhamos um silêncio interrompido apenas pelo som de carros. Minutos depois, duas vans estacionaram.
"Vá verificar se Charlotte já se sente melhor," - digo ao me levantar, e Dion faz o mesmo, indo em direção a Charlotte. - "Você mencionou que apenas sua esposa e seu filho precisavam da cura," - digo ao avistar vários zumbis.
"Assim como vocês têm sua família, eu também tenho a minha," - ele diz ao se aproximar. - "Onde está Charlotte?"
"Estou aqui," - olho para trás e a vejo se aproximando, com os olhos vermelhos e inchados. - "Vamos resolver isso logo, assim vocês poderão deixar minhas terras," - ela passa por mim. - "Mas já aviso, a cura só funciona em zumbis racionais. Não me responsabilizarei caso um deles não retorne à vida."
"Eu pensei que você curava tudo."
"Mas não sou Jesus Cristo para ressuscitar os mortos. Enquanto os zumbis mantiverem sua consciência humana, há uma chance de se tornarem humanos novamente, mas aqueles que foram completamente transformados podem ser eliminados pelo meu sangue."
"Todos são zumbis racionais."
"Me sigam," - ela começa a andar e leva todos para o celeiro. - "Todos entrem aqui e fiquem sentados, não pensem em se levantar." - Nikolas acena com a cabeça em concordância, e os zumbis obedecem; ao entrarem, Charlotte fecha a porta e se dirige ao painel, puxando uma alavanca. - "Agora vocês terão que esperar."
"Quanto tempo isso vai levar?"
"Amanhã todos estarão humanos de novo," - ela começa a caminhar em minha direção.
"Eles serão como ele?" - Aponta para mim.
"Para serem um de nós, precisam merecer esse privilégio," - ela me abraça com força. - "Sua família será composta por humanos normais, mas imunes a qualquer doença e com uma expectativa de vida maior. Você poderá aproveitar muito sua esposa enquanto ela envelhece lentamente," - olha para trás. - "Volte para a cidade e aguarde a cura agir; amanhã, bem cedo, volte que sua família estará curada."
"Mas quem me garante que não irão machucá-los?"
"Ninguém tocará na sua família. E durante os meses em que você fingiu se importar comigo no passado, sabe que jamais quebro uma promessa."
"Está bem, estarei aqui assim que o sol nascer," - começa a caminhar, entra na van e se vai.
"Você está bem?" - Pergunto ao segurar o rosto dela.
"Toda essa loucura de segredos sendo revelados chocou a todos nós," - me abaixo e a beijo. - "A única coisa que preciso agora é do meu mamute," - ela me abraça com força, e eu começo a acariciar seus cabelos.
"Stefany e os outros já podem sair do bunker?" - Dion pergunta, e balanço a cabeça afirmativamente. - "Vou buscá-los," - ele se afasta.
"Venha. Você precisa descansar," - ela me solta e entramos; minutos depois, estamos em nosso quarto.
"Eu lembro de tudo," - ela se senta na cama. - "Minha infância, a morte dos meus pais e a explosão que selou meu destino," - me abaixo à sua frente. - "Mas não sou assim por conta da explosão ou dos cientistas."
"O que você quer dizer?"
"Meus pais foram os primeiros a me usar como cobaia; eles buscavam uma cura para meu irmão."
"Seu irmão?"
"Tinha um irmão mais velho, mas nasceu com uma doença incurável; meus pais, sendo cientistas, fizeram tudo para curá-lo. Mas falharam, então decidiram que eu seria a cura."
"Como assim?"
"Não nasci do amor de um casal; fui criada em um tubo de vidro. Um embrião modificado para ser a esperança de outra pessoa. Desde meu nascimento, fui uma cobaia para eles encontrarem a cura, e raramente recebi afeto deles," - seus olhos se enchem de lágrimas. - "Toda vez que falhavam, eu era punida como se a culpa fosse minha."
"O quê?"
"Vimos para os Estados Unidos porque um amigo dos meus pais ofereceu ajuda. Conheci Liam, Gilbert e Jericho, e eles se tornaram meus amigos. Na presença de todos, meus pais eram carinhosos e afetuosos comigo, e eu era uma menina alegre. Mas ao voltarmos para casa, eles retiravam suas máscaras e eu retornava ao inferno."
"Você não precisa se forçar a contar isso."
"Preciso compartilhar essas memórias, senão enlouquecerei," - fico em silêncio. - "Quando completei dez anos, meu irmão faleceu; sua morte destruiu nossos pais. Após o enterro, fui levada para o laboratório, e minha mãe me culpou, espancando-me até eu desmaiar."
"Meu Deus."
"Quando acordei, o laboratório estava em chamas e meus pais mortos. Não ser amada pelos pais e ser vista apenas como um experimento de cura foi um grande trauma para uma criança."
"Foi nesse momento que você perdeu suas memórias?"
"Sim. Não lembrava nem do meu próprio nome; fui para um abrigo e, dias depois, apareceu um senhor dizendo ser meu avô e me levou para o Brasil. Oito anos depois, tive que fazer uma missão em outro país, e foi quando os conheci."
"Seus amigos de infância?"
"Eles sabiam que eu havia perdido as memórias devido ao trauma. Liam e Jericho foram cautelosos ao se aproximar de mim, mas Gilbert sempre foi apressado, e graças à sua teimosia, acabamos nos envolvendo fisicamente. Era para ser apenas um lance, mas se tornou sério com minha permanência na base; romances entre soldados eram extremamente proibidos. Mantivemos segredos de todos por um ano, e em um deslize meu, acabei engravidando dele. Dias depois, fomos para uma missão; tínhamos que transportar uma arma biológica, mas fomos atacados e a arma explodiu."
"E mais uma vez você se tornou cobaia."
"E os três irmãos também; lembro que, antes da explosão, tirei os três desmaiados do caminhão. Quando a explosão ocorreu, tentei protegê-los com meu corpo; depois disso, tudo se tornou uma escuridão total," - leva a mão à cabeça. - "Voltei a ser cobaia e, mesmo com as torturas e experiências que sofri, nada se compara à dor que meus pais me causaram."
"Sinto muito por tudo que você passou," - a abraço. - "Mas você não é mais uma cobaia e não está sozinha," - seguro seu rosto. - "Não deixarei que ninguém te machuque ou te use. Eu matarei todos que ousarem fazer isso," - encosto minha testa na dela.
"Mesmo com essas memórias, meu amor por você não mudou."
"Eu sei," - me levanto, a faço deitar e fico em cima dela. - "Quem é seu dono?"
"Você, Dylan." - Ataca minha boca com um beijo ardente.
"Mesmo que seu passado bata à nossa porta, você continuará sendo minha," - começo a mordiscar seu pescoço. - "Nikolas e nem esse tal Gilbert, poderão tirá-la de mim; se tentarem, colocarei o mundo em chamas."
"Amor!"
"Falo sério; prefiro ver o mundo queimando do que passar um único minuto sem você."

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