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Chapitre 10: Jantar

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Ático caminhava pelo corredor, perdido em profundos pensamentos enquanto refletia sobre o que Aeryn lhe havia contado.

Depois que os cientistas apresentaram a tecnologia revolucionária, eles correram para construir o escudo.

Infelizmente, rumores do projeto chegaram aos Zorvans. Percebendo a potencial ameaça, eles lançaram um ataque desesperado para impedir a conclusão do escudo.

A Aliança lutou com unhas e dentes para defender seus cientistas e o local de construção do escudo. A batalha se tornou uma corrida contra o tempo, com os cientistas trabalhando incansavelmente para completar o escudo antes que os Zorvans rompessem suas defesas.

Desconhecido para a Aliança, os Zorvans estavam construindo um portal secretamente em um continente desabitado. Um portal que conectaria o mundo deles a Eldoralth e lhes daria um acesso fácil e sem monitoramento.

Os cientistas da Aliança eventualmente terminaram e ativaram com sucesso o escudo planetário. Assim que o escudo foi ativado, o povo de Eldoralth comemorou, acreditando estarem seguros dos impiedosos Zorvans.

A Aliança mobilizou um grupo formidável de soldados para se livrar do resto dos redutos Zorvan que restavam no planeta.

Enquanto a campanha estava em curso, eles descobriram um grande assentamento de Zorvans em um continente desabitado, oculto da detecção, tornando quase impossível para os satélites da Aliança localizá-los.

A Aliança imediatamente lançou um ataque, esperando neutralizar a ameaça de uma vez por todas. Infelizmente, e para sua surpresa, quanto mais Zorvans eles matavam, mais parecia haver.

Depois de uma investigação tortuosa, na qual muitos homens morreram, o portal foi descoberto. Ao perceber que seu mundo havia sido infiltrado, eles lançaram um ataque em grande escala, tentando fechar o portal.

Centenas de vidas foram perdidas, e ainda assim a Aliança foi incapaz de passar por suas defesas e os Zorvans conseguiram se estabelecer neste novo continente.

'Droga, isso é muito pior do que eu pensava.' Ático resmungou. Ele não achava que a Aliança seria encurralada assim. 'Se eles não fizerem nada logo, vamos acabar fodidos!'

Ao entrar em seu quarto, ele disse às empregadas para não o perturbarem até a hora do jantar. Que mundo novo e perigoso era aquele. Não é de admirar que sua mãe, Anastácia, estivesse ansiosa e preocupada metade do tempo.

Depois de sua reencarnação, ele antecipou que o mundo seria perigoso - o coração dos homens era maligno - ele não imaginava que seria tão desesperador.

'Alienígenas invadindo o planeta! Quais são as chances!'

Ele suspirou, 'Relaxa, Ático,'. 'Qual é o melhor curso de ação daqui para frente?' ele ponderou.

'Ficar mais forte! Como sempre. Se eu tivesse sido mais forte na Terra, não teria sido morto tão facilmente.'

Ele estava frustrado com o sistema. Era completamente inútil.

'Tudo que faz é mostrar o que já possuo! É como se eu nem o tivesse de verdade!'

Ele havia tentado tantas vezes descobrir se havia algum recurso secreto em seu sistema, mas todas as tentativas falharam. Ele apenas lhe mostrava suas estatísticas, e nada mais.

Sentado de pernas cruzadas em sua cama, ele começou a absorver mana para seu núcleo.

'Honestamente, estou começando a me sentir esgotado só de fazer isso. Por agora, é a única opção que tenho. Eu preciso aprender como me proteger rápido!'

Algumas horas se passaram, e uma das empregadas veio informá-lo que era hora do jantar. Ático relutantemente parou de treinar e foi jantar com sua família.

...

Uma longa mesa de mogno estava no meio do grande salão, e um lustre pendia no centro dela brilhando pequenas luzes do teto.

Avalon sentou-se à cabeceira, com Anastácia sentada perto dele à sua esquerda e Freya, à sua direita. Caldor e Brasa sentaram-se ao lado de Freya no lado direito da mesa.

Anastácia olhou para Avalon, preocupada, 'Avalon, eu estive pensando... você não acha que é cedo demais para Ático descobrir sobre a guerra?'

Avalon fez uma pausa, seus olhos encontrando o olhar preocupado de Anastácia. 'Eu entendo suas preocupações, Anna. Mas quanto mais cedo ele descobrir, melhor. É importante que o orientemos, garantindo que ele compreenda a gravidade da situação e onde suas responsabilidades estão.'

'Eu sei. Mas ele tem apenas cinco anos, querido. Eu só queria que ele aproveitasse alguns anos de sua infância. Eu soube pelas empregadas que ele se trancou no quarto depois que sua lição terminou.' Anastácia respondeu.

'Bem, já é bastante tarde para isso, Anastácia. Aeryn já lhe contou. Podemos apenas assegurá-lo de que sempre estaremos aqui para ele,' disse Freya, tranquilizando-a.

'Sim' Anastácia murmurou, mas suas preocupações permaneceram.

'Tio, quando é que o pai vai voltar? Estou com saudades dele.' Caldor interrompeu.

Brasa também se virou para Avalon, curiosa sobre o porquê de seu pai ainda não ter chegado.

'Não tenho certeza, Caldor. Estou me perguntando o que está atrasando Ariel, ele já deveria ter chegado.' Avalon respondeu, ponderando por que seu irmão não chegou. 'Espero que ele esteja bem'

Foi então que Ático entrou na sala de jantar. Um sorriso aflorou nos cantos de seus lábios ao ver todos já sentados à mesa.

Ático descobriu que ele estava desenvolvendo uma forte ligação com sua nova família depois de receber uma abundância de amor de Anastácia e Freya, criando conexões especiais com Avalon, e desfrutando de momentos preciosos com Brasa e Caldor.

Sua presença havia se entranhado em seu coração. Era simplesmente difícil não retribuir o afeto por aqueles que oferecem seu amor incondicionalmente, sem expectativas em troca.

Ele descobriu que pensava cada vez menos em sua mãe na Terra e por isso se sentia extremamente culpado.

Anastácia sorriu, feliz que seu pequeno sol já havia crescido. 'Ele vai ser um conquistador, esse menino! Tão fofinho!'

Ático deu uma cotovelada leve em Caldor, 'E aí pessoal, tudo bem?'

'Estou ótimo! E você?' Caldor respondeu alegremente.

'Olá' disse Brasa em tom quase inaudível.

Eles eram como opostos polares, os irmãos, Caldor era tudo o que Brasa não era e vice-versa.

'Ático, como você está se sentindo?' Avalon perguntou.

'Como assim pai? Eu estou bem.' Ático respondeu, um pouco confuso com o motivo de Avalon estar perguntando isso.

'É sobre as minhas aulas de hoje?'

Ele sabia que eles estavam preocupados, pois seu humor havia visivelmente caído mais cedo.

'Tem certeza?' Anastácia perguntou preocupada.

'Sim, mãe. Você não precisa se preocupar' Ático os tranquilizou. Ele se sentiu um pouco aquecido por dentro sabendo que era profundamente cuidado por sua família.

'Tudo bem, só quero que saiba que sempre estaremos aqui para você,' disse Anastácia, com a mão descansando em seu ombro.

'Não se preocupe, Anna, meu neto não é um covarde. Tenho certeza de que ele pode enfrentar qualquer um,' Freya tranquilizou com um tom confiante.

'Sim, vovó,' Ele sorriu calorosamente.

As empregadas trouxeram a comida, enquanto Caldor fazia piadas e provocava sua irmã que simplesmente continuava ignorando-o.

De repente, Ático declarou, 'Pai, eu quero aprender a lutar.'

Um silêncio surpreendente caiu sobre a sala enquanto as palavras de Ático pairavam no ar.

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