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71.42% O Anjo da Morte / Chapter 5: Mestre do Abismo

Chapitre 5: Mestre do Abismo

O submundo era um lugar de caos incessante, onde o céu não existia e as sombras eram tão densas que pareciam se mover com vida própria. O chão era feito de rocha áspera e negra, cortada por veios de fogo que pulsavam como as artérias de uma criatura monstruosa. O ar era carregado de enxofre, e o calor era tão sufocante que fazia a pele de Gtx arder. Mas ele não cedeu. Naquele lugar de sofrimento eterno, o jovem de dez anos caminhava com a postura de alguém muito mais velho, os olhos fixos e resolutos, absorvendo cada detalhe do ambiente hostil.

Foi então que ele o viu. Uma figura colossal, surgindo do meio das sombras, como se o próprio submundo o cuspisse. Sua presença era opressora, e o som de seus passos ressoava como trovões abafados. Era Askar, o Mestre do Abismo. Tinha chifres que se curvavam para trás, longos e pontiagudos, e sua pele escamosa reluzia sob a luz das chamas que dançavam ao seu redor. Seus olhos eram fendas vermelhas que pareciam arder com um fogo interno, e um sorriso, tão afiado quanto as lâminas que adornavam sua armadura, curvou seus lábios quando ele avistou Gtx.

"Bem-vindo ao lar, garoto," disse Askar, sua voz grave e vibrante fazendo a terra tremer sob os pés de Gtx. "Eu sou Askar, e te observo desde que seus pés tocaram esta terra."

Gtx manteve o olhar fixo no colosso à sua frente, seu coração martelando, mas não de medo. O calor da raiva e da determinação o consumia, e ele não piscou nem por um momento. "Você quer me destruir como todos os outros?" Sua voz era baixa, mas ressoava como uma promessa de tempestade. Seus punhos se cerraram, a Aura Obscura ainda pulsando em torno dele, marcando-o como algo que nem o submundo entendia completamente.

Askar soltou uma risada que fez as chamas ao redor estremecerem e recuarem por um momento, como se até o fogo temesse o som. "Não, pequeno híbrido. Quero te moldar. Quero que você entenda que a morte é uma arte e você, a mais grandiosa obra-prima."

Aquelas palavras foram como um dardo envenenado atingindo o coração de Gtx. Ele estava cansado de ser um peão, um monstro que todos queriam subjugar ou temer. Mas algo no tom de Askar lhe dizia que havia mais naquela declaração do que ameaças vazias. Havia uma promessa de poder, um caminho que ele não poderia ignorar.

"Por que me ajudaria?" Gtx retrucou, tentando manter a voz firme, embora sentisse o peso da presença de Askar esmagando suas certezas.

O demônio deu mais um passo à frente, fazendo a distância entre eles se tornar quase nula. De perto, Gtx podia ver as cicatrizes que cruzavam o rosto de Askar, histórias antigas de batalhas e traições gravadas em sua carne. "Porque o submundo não é só um lugar de punição," Askar começou, sua voz agora um sussurro áspero. "É um campo de provas. E eu preciso de alguém que possa fazer com que os céus temam de novo. Que mostre a eles que até as mais puras luzes podem ser apagadas."

Gtx sentiu a verdade crua daquelas palavras queimando em seu peito. Ele não era mais apenas um garoto. Não era mais o filho de um traidor ou uma aberração aos olhos dos anjos. Ele era algo novo, algo que nenhum lado do cosmos compreendia. E Askar parecia ver isso.

O demônio então levantou uma mão coberta por placas metálicas e apontou para uma das montanhas distantes, cuja superfície brilhava com uma luz avermelhada como se estivesse fundida. "Ali, garoto, começa sua primeira lição. Naquela montanha, os ventos cantam as histórias das almas que aqui pereceram. Cada passo será um teste de sua força e de sua resistência. Escale-a e me encontre no topo. Só então verei se você é digno do que posso ensinar."

Gtx olhou para a montanha, sentindo a desconfiança se mesclar com o desafio. As vozes do submundo sussurravam em seus ouvidos, zombando e incentivando ao mesmo tempo. Ele não respondeu. Apenas começou a caminhar em direção à base da montanha, sentindo os olhos de Askar e de inúmeras outras entidades o seguindo.

**

A jornada era tudo menos simples. O calor da rocha era tão intenso que qualquer pele que tocasse sua superfície ficaria marcada para sempre. O ar rarefeito dificultava a respiração, cada inspiração queimava sua garganta, e os ventos sibilavam como se tivessem vida, cortando sua pele e empurrando-o para trás. Mas Gtx continuava, cada passo um desafio, cada queda uma lição.

À medida que subia, memórias o assaltavam. O rosto de seu pai, Celarion, ferido mas resoluto. O abraço desesperado de Lilith e suas últimas palavras. Ele as repetia em sua mente como um mantra, um lembrete do que o mantinha de pé quando tudo o mais tentava derrubá-lo. "Prove que eles estavam errados." Ele murmurava, com a mandíbula trincada e os olhos fixos no topo.

Certa vez, quando seus dedos estavam escorregando pela beira de uma saliência, quase caindo no abismo que o chamava, uma voz ecoou em sua mente. Era grave, uma risada familiar, mas não de Askar. "Você acha que pode subir, pequeno híbrido? Este é o seu destino? Prove-o, então."

Com um grito de esforço, Gtx cravou as unhas e puxou seu corpo para cima, sua aura pulsando novamente, iluminando as rochas ao redor com um brilho sombrio. A cada metro que subia, sentia a resistência diminuir. Era como se o próprio submundo estivesse testando sua vontade de viver, de resistir, e ele estava passando.

Quando finalmente alcançou o topo, o céu vermelho se abriu acima dele, mostrando estrelas que não pertenciam ao céu dos mortais. Askar estava lá, uma figura imponente contra o brilho rubro. Seus olhos brilharam, não com aprovação, mas com um interesse perigoso.

"Muito bem, garoto," ele disse, sua voz ressoando como uma ordem e uma promessa. "Agora, a verdadeira lição começa."

Askar levantou um braço, e as sombras ao redor responderam, convergindo em formas indistintas que pareciam carregar uma malevolência que queimava. "Para dominar a morte, primeiro você precisa conhecê-la, senti-la em sua essência. Hoje, você não será o predador, mas a presa. Lute, ou seja devorado."

Gtx sentiu a adrenalina se espalhar por seu corpo como fogo. Ele sabia que aquele era apenas o começo, e que sobreviver a essa prova era apenas um prelúdio para o que estava por vir. Ele não recuaria. O submundo não o quebraria; ele se ergueria sobre ele, mais forte, mais temido, e pronto para moldar seu próprio destino.


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