Spink se ajoelha diante da barreira erguida na saída da Casa de Virgem, seu olhar perdido na energia vibrante que pulsa do outro lado. É impossível saber o que está acontecendo lá dentro, a aura que envolve a barreira é intensa, quase palpável.
- Spink: "Raiga..." - Murmura, a dor inundando seu coração. - "Tudo isso aconteceu porque somos fracos demais. Se pelo menos eu conseguisse me libertar daquela Balança maldita…"
- Throk: "Fique quieta, Spink." - Throk interrompe, com a voz firme. - "Pare de lamentar o sacrifício daquele herói. Mesmo se ele tivesse sobrevivido ao seu próprio poder, ainda assim morreria por conta daquele corte que levou de Equinox. E outra, quem garante que, se não estivéssemos na Balança, outros de nós não teriam morrido também?"
Spink silencia, as palavras de Throk ressoando em sua mente como um eco sombrio. Ela sente a frustração e a impotência crescendo dentro dela. Então, como uma tempestade se formando, Neptune avança, a raiva em seus olhos.
- Neptune: "Então você acha que ele deveria ter morrido mesmo? Seu degraçado…" - Ele soca Throk no rosto, a tensão no ar palpável.
- Elyra: "Chega!" - Elyra exclamou, segurando os braços de Neptune para contê-lo. - "Vocês mesmos disseram que não havíamos tempo para conversas. Vamos aproveitar a oportunidade que Midoki e Raiga nos deram, aqueles dois se sacrificaram tanto. Precisamos seguir para as próximas casas!"
Elliot, observando a cena, aproxima-se e diz:
- Elliot: "Você não vai, Elyra. Eles querem você. E no seu nível atual, você é incapaz de lutar ao nosso lado."
Ela tristemente concorda, seu olhar se perdendo na barreira.
- Elyra: "Certo... Esperarei Midoki."
- Elliot: "Então, eu irei eliminar todos os Errantes Celestiais que encontrarmos no caminho, para que fique segura." - Elliot afirma, determinado.
- Spink: "Errantes Celestiais?" - Spink pergunta, curiosa e temerosa.
- Elliot: "São criaturas que compartilham a visão, audição e dicção com Orfeu." - Explica Elliot.
O rosto de Spink se ilumina com a lembrança de Raiga, eliminando uma criatura invisível em um momento de puro heroísmo.
- Spink (pensando): "Então, foi por isso que ele mudou de comportamento daquela vez..."
Neptune, então, se posiciona firme. Maré, ele convoca sua habilidade espiritual, criando um escudo de água que brilha sob a luz da barreira.
- Neptune: "Este escudo só se abrirá quando um aliado cruzar seu caminho."
Desculpas ecoam no ar enquanto Neptune se volta para Throk.
- Neptune: "Desculpe, cara. É que... eu respeito muito a memória de guerreiros antigos."
Throk assente, entendendo que ele também é desse tipo.
- Throk: "Nós temos que honrá-los seguindo em frente."
E assim, Elliot, Spink, Throk e Neptune se preparam para a jornada em direção às últimas casas, cada passo repleto de determinação e esperança. Enquanto isso, Elyra, aguardando dentro da cúpula de água, o retorno de Midoki Lior.
A energia intensa do Modo Berserker de Midoki pulsava violentamente, reverberando pela Casa de Virgem como um eco de guerra prestes a estourar. As paredes tremiam sob a força da aura que ele emanava, enquanto a atmosfera se tornava densa, impregnada de expectativa e tensão. Ele olhou diretamente para Vagnos, o Emissário de Virgem, com um brilho feroz nos olhos.
- Vagnos: "Você realmente acha que até agora os Emissários do Zodíaco lutaram dando tudo de si?" - Questionou, sua voz grave e intensa.
Vagnos sorriu de maneira enigmática e finalmente abriu seus olhos, liberando uma aura avassaladora que subia, elevando seu nível de poder a limites inimagináveis. Era claro que ele não estava brincando. A sala se encheu com a iminência de uma batalha titânica entre dois guerreiros no auge de suas forças.
- Vagnos: "A maioria deles perdeu por pura arrogância. Agora é hora de levar isso a sério". - Vagnos declarou, e suas palavras eram como trovão em um céu limpo.
Então, em um movimento surpreendente, Vagnos levantou um dedo e parou a Devastação Estelar de Midoki, como se estivesse desviando uma mosca. O silêncio que se seguiu era quase palpável.
- Midoki: "Você é forte." - Disse Midoki, respirando fundo, seu corpo pulsando com poder. - "Mas isso não será suficiente para me deter."
Vagnos inclinou a cabeça, seus olhos brilhando com curiosidade e respeito.
- Vagnos: "Venha então. Mostre-me do que você é capaz."
A cena muda para Orfeu, que observa o horizonte nebuloso com uma expressão decidida. Ele murmura para si mesmo:
- Orfeu: "O plano original era me sacrificar e invocar a bênção de Hera para atravessar o Portão de Valhalla. Mas agora, com o Fruto Proibido perdido, não tenho escolha senão arriscar minha vida para retornar dos mortos.
Em uma sequência tensa, ele se posiciona, o olhar fixo no peito, e com a mão direita, acerta um golpe devastador contra si mesmo, ativando sua técnica Degradação Celular. Seu corpo começa a fraquejar, mergulhando em um estado semi-morto. O cadáver da deusa Hera, cujos poderes ele invocava, se torna sua âncora vital, mantendo sua existência enquanto sua alma luta para se desprender completamente.
Orfeu fecha os olhos, concentrando-se. A bênção de Hera flui através dele, permitindo que sua alma atravesse o portão e permaneça em Valhalla. Com determinação renovada, ele se dirige ao local onde Zeus, embriagado, se encontra rodeado por taças e risos.
- Orfeu: "Zeus!" - Chama Orfeu, com a voz firme, apesar do estado vulnerável. - "Estou aqui para recuperar a Esfera de Valhalla!"
Zeus, surpreso, desvia o olhar do vinho, os olhos marejados de confusão. Orfeu avança, e, em um movimento ágil, rouba a Esfera Celestial de Valhalla do altar. A esfera brilha intensamente em sua mão, um símbolo de poder e esperança.
Ao examinar a esfera, uma epifania atinge Orfeu:
- Esfera Celestial: "A chave para atravessar o Portão de Valhalla que está ligado às 13 Casas do Olimpo. Eu sou a chave necessária!"
Uma trama intrigante se desenrola em sua mente enquanto ele se prepara para a próxima fase de sua busca pela ressurreição.
- Narrador: "Zeus, o marido de Hera e Deus de Valhalla, enquanto Hera desempenha o papel de protetora das 13 Casas e guardiã do Portão de Valhalla, sendo a única capaz de abrir o portão para almas mortais atravessarem. Ao mesmo tempo, Hades governa Helheim, onde o Portão de Helheim só pode ser aberto por Marcos, o Rei dos Demônios que governava o Submundo. Porém, há outras formas de entrar nesses domínios, como a habilidade de Geminus, que pode enviar um mortal em carne e osso para um desses mundos, as Fendas Dimensionais, que libertaram Mardhona, ou o próprio Gyndera, que controla as entradas do Limbo para Helheim e Valhalla."
Enquanto isso, Mammon mobiliza suas tropas no Reino dos Elfos, avançando por toda Britânia, e Lúcifer dirige-se ao Reino Celestial em busca da Esfera de Valhalla, agora nas mãos de Orfeu. E, assim, Orfeu, após retornar do coma usando a esfera, se encontra diante do Portão de Valhalla no Santuário de Hera, que agora está fechado, desafiando-o a um novo e perigoso desafio.
Enquanto isso, na Casa de Escorpião, Throk, Neptune, Spink e Elliot se preparavam para enfrentar o enigmático Emissário de Escorpião, um oponente misterioso que aguardava.
Voltando a Midoki, a aura que o envolvia mudou novamente. Com a energia de Vagnos ainda pulsando, ele se concentrou profundamente, lembrando-se das palavras de Gyndera e Pyndera, que surgiram em sua mente.
- Gyndera: "Precisamos equilibrar essa explosão de poder." - Disse Gyndera, o exaustão evidente em sua voz.
A aura de Midoki começou a manifestar-se sobre as 13 Casas, evoluindo o Modo Berserker para o Modo Guardian. Asas etéreas se formaram em suas costas, e seus aspectos físicos assumiram a forma de um lobo, com garras feitas de aura.
- Midoki: "Agora, Vagnos." - Desafiou Midoki. - "Você verá o verdadeiro poder que carrego!"
Vagnos se preparou para o ataque. Os Virgens Socos Rápidos foram desferidos, mas nada atingiu Midoki. Ele utilizou a Lei do Cosmicismo - Sucção, puxando Vagnos para perto dele, onde aplicou novamente a Devastação Estelar, causando ferimentos na pele do Emissário.
- Vagnos: "Impressionante!" - Vagnos exclamou, admirando a técnica. - "Mas vamos ver se você pode lidar com isso!"
Midoki, agora mais confiante, usou a Lei do Manipulacionismo - Espaço e teleportou-se atrás de Vagnos, utilizando a técnica Manifestação do Lobo do estilo de luta Wolfist. A explosão resultante iluminou a sala, um espetáculo de poder, mas nada acontece com Vagnos.
- Vagnos: "É hora do meu último golpe!" - Vagnos declarou, fechando os olhos.
O ambiente ao redor pareceu congelar. A aplicação da técnica Olho do Destino começou. Um a um, os sentidos de Midoki foram sendo removidos:
*Visão: A escuridão tomou conta, privando-o da visão do ambiente.
*Audição: O silêncio o isolou completamente.
*Olfato: Os cheiros se dissiparam.
*Paladar: O gosto desapareceu, tornando tudo insípido.
*Tato: A sensação física se esvaiu, como se estivesse flutuando em um vácuo.
Finalmente, Vagnos atingiu o sexto sentido, o Espírito, deixando Midoki em um estado de privação sensorial completa. O Emissário de Virgem, parecia dominar a situação.
- Midoki: "Não posso acreditar... nem mesmo o Modo Guardian foi suficiente para vencer você, Vagnos."
- Vagnos (Estado Mental): "Não se engane, Midoki. Você não percebeu? Mesmo após perder seus sentidos, suas garras de sua técnica Wolf Claw ainda perfuraram meu coração."
- Midoki (Estado Mental): "O quê? Isso é possível?"
- Vagnos (Estado Mental): "Sim, você subestimou o poder que possui. Seu Modo Guardian foi além dos sentidos físicos, alcançando um nível espiritual que transcende as barreiras dos cinco sentidos convencionais."
- Midoki (Estado Mental): "Então... eu venci?"
- Vagnos (Estado Mental): "Sim, Midoki. Você superou até mesmo a minha técnica mais poderosa. Seu poder é notável, e sua jornada está longe de terminar. Acredite em si mesmo, Cavaleiro de Lior."
A cena se encerrou com Midoki percebendo a profundidade de seu próprio potencial. Vagnos, satisfeito, desapareceu em meio à intensa aura dourada da barreira do Santuário da Casa de Virgem, deixando atrás de si um resquício de força e esperança. A batalha pode ter terminado, mas o verdadeiro desafio estava apenas começando.
Finalizações da Saga do Olimpo, Parte 1.