Naquele dia incomum, próximo ao lago de Hogwarts, um jovem estudante era visto em um estado incomum. Dante Maximillian, completamente absorvido por uma tempestade interna, lançava feitiços em troncos e pedras espalhados pela margem, destruindo tudo o que encontrava pela frente. Seus movimentos eram rápidos e precisos, mas desprovidos de controle, como se estivesse tentando exorcizar demônios invisíveis.
A cada feitiço lançado, Dante parecia mais perdido, quase fora de controle. As lembranças dolorosas de sua infância, tão vividas e cruas, haviam sido trazidas à tona por um único objeto: sua varinha. Ele sentia que ela o desafiava, como se quisesse testar sua força de vontade e lembrar-lhe do motivo pelo qual buscava poder. Era um alerta, uma provocação sutil para ver se ainda era digno de empunhá-la.
Com cada feitiço que explodia contra as rochas, Dante liberava um pouco mais da raiva que o consumia, até que, exausto e consciente do que estava acontecendo, ele conseguiu retomar o controle. As explosões cessaram, e ele deixou sua varinha descansar ao seu lado, enquanto seus olhos buscavam a tranquilidade nas águas calmas do lago. Respirou fundo, deixando o ar frio de Hogwarts acalmar seu espírito.
Ele se sentou em uma pedra próxima à margem, os olhos fixos no vasto lago à sua frente. Sabia que precisava dominar suas emoções com mais precisão. Em sua busca por poder, ele não podia se permitir ser escravo delas. Agir por impulso era um erro que podia custar caro, prejudicando seu desenvolvimento e comprometendo tudo pelo que vinha lutando. Mais uma vez, ele lembrou a si mesmo: as emoções são armas perigosas nas mãos erradas, e só quem as controla é digno de empunhar uma varinha tão poderosa quanto a sua.
Dante sentou-se à beira do lago, tentando acalmar suas emoções. Ele fechou os olhos e começou a meditar, focando-se no controle de sua magia sem varinha, uma técnica que ele havia praticado muitas vezes no parque abandonado. Com a respiração lenta e profunda, ele procurava se reconectar com sua essência, afastando os pensamentos perturbadores que ainda insistiam em surgir.
Enquanto meditava, sentia a energia fluir através de seu corpo, estabilizando sua magia e trazendo uma sensação de equilíbrio. Ele sabia que o controle das emoções era crucial, e permitir que a raiva dominasse só o levaria à ruína. O tempo parecia fluir de maneira diferente enquanto ele estava imerso em sua meditação, e Dante se manteve assim até que um ronco em sua barriga o trouxe de volta à realidade.
Ele abriu os olhos lentamente, percebendo que já estava na hora do almoço. Levantando-se, Dante se espreguiçou e começou a caminhar de volta ao castelo. Após um rápido almoço no Salão Principal, ele seguiu diretamente para sua próxima aula de Herbologia.
Na estufa, a professora Sprout já esperava pelos alunos, com uma coleção de plantas raras e exóticas à disposição.
"Hoje vamos estudar as propriedades curativas da Bubotúbera," começou a professora, com sua voz calorosa. "Essa planta é famosa por produzir um pus com propriedades medicinais, mas precisa ser manuseada com cuidado."
Dante, como de costume, escutava atentamente, mas permanecia em silêncio, preferindo absorver o conhecimento em vez de participar ativamente das discussões. Ao seu lado, uma aluna da Corvinal, sempre interessada em botânica, se aproximou timidamente.
"Eu ouvi dizer que o pus da Bubotúbera também pode ser usado em poções, mas é preciso diluí-lo corretamente. Você já leu sobre isso, Dante?"
Dante a olhou por um momento, ponderando se deveria responder. "Sim," respondeu ele, finalmente. "Se não for diluído da forma certa, o pus pode causar bolhas na pele em vez de curá-las."
A aluna pareceu satisfeita com a resposta, embora ainda demonstrasse uma certa hesitação em continuar a conversa. A aula prosseguiu sem maiores intercorrências, com todos os alunos concentrados em suas tarefas.
Quando a aula terminou, Dante saiu da estufa e voltou para o lago, sentindo que ainda não havia estabilizado completamente suas emoções. Sentando-se novamente à beira da água, ele retomou seu treinamento de magia sem varinha, enquanto continuava a meditar para manter sua mente calma.
O tempo passou rapidamente, e Dante só percebeu o quão tarde estava quando a luz do sol começou a desaparecer no horizonte. Ele despertou de sua meditação, notando que o céu já estava escuro. "Perdi a noção do tempo..." murmurou para si mesmo, enquanto arrumava suas coisas e se preparava para retornar ao castelo.
Caminhando pelos corredores de Hogwarts, ele se viu pensando nas lembranças de antigamente. De repente, algo chamou sua atenção. À sua frente, um Trasgo surgiu no corredor, uma criatura que ele só havia lido nos livros. O chão tremia levemente a cada passo que a criatura dava, e Dante, ainda tomado pela surpresa, precisou de um momento para processar o que estava acontecendo.
"Um Trasgo... dentro de Hogwarts?", sussurrou Dante, intrigado e cauteloso.
Ele decidiu seguir o Trasgo de uma distância segura pelos corredores, observando cada movimento da criatura. O monstro, após farejar o ar, pareceu captar um cheiro específico e mudou sua direção, virando uma esquina e se aproximando do banheiro das meninas. Dante percebeu que o Trasgo estava prestes a encontrar alguém, e rapidamente tomou uma decisão.
Sem hesitar, ele levantou sua varinha e lançou um feitiço. "Bombarda!" A explosão atingiu a cabeça do Trasgo, fazendo-o dar alguns passos para trás, desnorteado. No entanto, a criatura parecia ser resistente à magia, e logo voltou a si, olhando ao redor em busca de quem havia lançado o feitiço.
O Trasgo rugiu, levantando seu enorme bastão de madeira e avançando em direção a Dante com velocidade surpreendente para seu tamanho. Vendo que o feitiço anterior não havia surtido o efeito desejado, Dante optou por uma versão mais poderosa. "Bombarda Maxima!" Um raio vermelho, maior e mais intenso que o anterior, saiu de sua varinha, acertando em cheio o peito do Trasgo, que foi lançado vários metros para trás, caindo pesadamente no chão.
Dante, percebendo que o Trasgo havia sido seriamente ferido, preparava-se para lançar outro feitiço, determinado a terminar o confronto. Mas antes que pudesse agir, escutou passos apressados atrás de si. Calmamente, ele olhou para trás e viu Harry Potter e Rony Weasley se aproximando, ambos com expressões de espanto ao verem a cena à sua frente.
Os dois pararam ao lado de Dante, observando o Trasgo caído no chão, com um ferimento no peito e seu bastão de madeira jogado de lado. O choque era evidente em seus rostos, mas Dante manteve-se impassível, seus olhos fixos na criatura, avaliando a situação.
De repente, uma pequena figura apareceu na entrada do banheiro. Era Hermione Granger, que parecia assustada, mas ao mesmo tempo determinada. Ela havia escutado o estrondo causado pelo feitiço e decidiu verificar o que estava acontecendo. Quando viu o Trasgo ferido no chão e Dante ao lado de Harry e Rony, seus olhos se arregalaram.
"Você vai ficar aí parada perto do Trasgo e esperar ele se levantar novamente, ou vai sair daí?", perguntou Dante, em um tom frio, mas com uma pitada de urgência.
A pergunta de Dante trouxe Harry e Rony de volta à realidade, e os dois rapidamente chamaram Hermione para perto deles. Ela correu em direção aos amigos, mantendo uma expressão preocupada, enquanto o Trasgo começava a se levantar novamente. Agora, mais furioso do que nunca, a criatura pegou seu bastão e, com um rugido de fúria, jogou-o em direção aos jovens.
Hermione, Harry e Rony ficaram paralisados, incapazes de reagir à tempo. Mas Dante, com reflexos rápidos, apontou sua varinha para o bastão. "Wingardium Leviosa!" O bastão parou no ar, a poucos metros dos estudantes. O alívio tomou conta deles, mas Dante não parou por aí. Ele girou sua varinha levemente, e com um movimento rápido, lançou outro feitiço: "Expulso!" O bastão foi lançado de volta em direção ao Trasgo, com uma força impressionante, acertando em cheio o rosto da criatura, quebrando-lhe o nariz. Sangue jorrou do ferimento, e o derrubando-o novamente no chão só que dessa vez ele não levantaria nem tão cedo.
Após o ocorrido, os quatro estudantes mal tiveram tempo de processar o que havia acabado de acontecer quando passos apressados ecoaram pelo corredor, se aproximando rapidamente. Não demorou muito para que os professores chegassem ao local. O Professor Quirrell, o primeiro a ver a cena, empalideceu visivelmente ao notar o corpo inerte do Trasgo e o sangue que manchava o chão. Tremendo, ele se encostou na parede mais próxima, parecendo prestes a vomitar, enquanto suas mãos trêmulas tentavam se segurar à túnica.
A Professora McGonagall, com os lábios comprimidos em uma linha fina e os olhos cheios de uma fúria controlada, fitou os quatro estudantes com um olhar severo e cheio de desaprovação. Sua voz, quando finalmente falou, era afiada como uma lâmina, carregada de desapontamento e preocupação.
E o professor Snape parecia com um olhar um tanto surpreso, com a situação.
Harry e Dante perceberam que o mesmo estava aparentemente ferido na perna porem o professor rapidamente percebendo o olhar de Harry cobriu a perna com o manto ele não percebeu que Dante também o viu ferido se perguntando oque podia ter acontecido para o professor ficar ferido.
"Vocês não têm o mínimo de juízo? O que pensavam que estavam fazendo? Deveriam estar em seus dormitórios, onde estariam seguros! Vocês têm sorte de ainda estarem vivos, sabiam disso?" A repreensão de McGonagall era cortante, e seus olhos fulminavam os estudantes, esperando por uma explicação que justificasse tamanha imprudência.
Hermione, cuja respiração ainda estava ofegante, deu um passo à frente, seu rosto pálido, mas determinado. "Professora, me desculpe," começou ela, tentando manter a voz firme, apesar do tremor que a atravessava. "Eles vieram me buscar. Eu... eu pensei que poderia enfrentar o Trasgo. Eu li sobre eles."
Harry e Rony se entreolharam, incrédulos, mal acreditando no que estavam ouvindo. Hermione, a sempre correta e honesta Hermione, estava mentindo descaradamente. Eles nunca imaginaram que ela fosse capaz de algo assim.
McGonagall ergueu uma sobrancelha, claramente cética, mas manteve o foco em Dante. "Eu posso entender o Sr. Potter e o Sr. Weasley virem buscar a Srta. Granger, mas você Sr. Maximillian oque estava fazendo aqui, queria enfrentar o Trasgo assim como a srta. Granger aqui?" comentou a professora, seu olhar penetrante fixo em Dante, como se tentasse enxergar além das palavras que ele poderia proferir.
Dante, como de costume, manteve a calma. Sua expressão era impassível, quase desinteressada, enquanto explicava. "Eu apenas perdi a noção do tempo, professora," disse ele com uma tranquilidade que beirava a indiferença. "Quando percebi, já era tarde, e encontrei o Trasgo caminhando pelos corredores. Resolvi segui-lo para entender o que estava fazendo. Foi quando notei que ele estava farejando algo e, de repente, mudou sua direção para o banheiro. Pensei que pudesse haver alguém lá dentro e, antes que ele pudesse entrar, decidi derrubá-lo."
McGonagall analisou as palavras de Dante por um momento, seus olhos percorrendo o corredor danificado e o Trasgo caído antes de voltar a encará-lo. "Bem, pelo que vejo, foi mais do que simplesmente derrubá-lo," comentou ela, sua voz carregada de uma mistura de surpresa e cautela. "Eu reconheço os sinais de um Feitiço Bombarda. Um feitiço extremamente perigoso para um aluno do primeiro ano dominar. Devo admitir, Sr. Maximillian, que sua coragem e maestria no lançamento do feitiço são impressionantes."
Ela hesitou por um momento, ponderando sobre as implicações do que havia ocorrido, antes de prosseguir. "Concedo-lhe dez pontos para a Sonserina por sua bravura e habilidade. No entanto, Srta. Granger," continuou ela, voltando seu olhar firme para Hermione, "retiro cinco pontos da Grifinória por sua imprudência. Quanto a vocês dois," disse ela, direcionando-se a Harry e Rony, "concedo cinco pontos a cada um por sua preocupação com sua colega. Agora, podem ir. Vou informar o Professor Dumbledore sobre o ocorrido."
Os estudantes assentiram em silêncio, ainda tentando absorver a reviravolta dos acontecimentos. Com um último olhar para o Trasgo caído, eles se voltaram e começaram a caminhar em direção às suas respectivas Salas Comunais. Harry, Rony e Hermione seguiram juntos por um caminho, enquanto Dante se dirigiu sozinho para o outro.
No caminho, Harry e Rony discutiam animadamente o que havia acabado de acontecer, seus corações ainda acelerados com a adrenalina da batalha. "Aquilo foi incrível!" exclamou Rony, ainda com os olhos arregalados de excitação. "Vocês viram o que ele fez com o Trasgo? Parou o bastão como se fosse nada e o jogou de volta tão rápido que o monstro nem teve tempo de reagir. Isso só pode ser magia negra, Harry. Ele é um Sonserino, afinal."
Hermione, que havia permanecido em silêncio até então, parou abruptamente, chocada com a acusação de Rony. "Magia negra? Que bobagem é essa que você está dizendo, seu idiota!" retrucou ela, sua voz elevando-se com indignação. "O que Dante usou foi o Feitiço Leviosa, o mesmo que você teve dificuldade em fazer na sala de aula, e depois lançou o Feitiço Expulso, que basicamente lança objetos ou pessoas. Não tem nada a ver com magia negra!"
Rony abriu a boca para responder, mas Hermione, claramente irritada, acelerou o passo, ignorando suas tentativas de discutir mais. Harry olhou de Rony para Hermione, sem saber ao certo de que lado ficar.
Antes de continuar seu caminho, Hermione parou novamente e, sem olhar para os dois, disse em um tom mais suave, mas ainda firme: "De qualquer forma, obrigada por terem vindo me salvar." Com essas palavras, ela seguiu apressadamente em direção à Sala Comunal da Grifinória, deixando Harry e Rony perplexos, observando-a se afastar.
Harry e Rony se entreolharam mais uma vez, tentando entender o que havia acabado de acontecer. "Ela estava mesmo agradecida ou com raiva da gente?" perguntou Rony, ainda confuso.
"Um pouco dos dois, eu acho," respondeu Harry com um leve sorriso. "Mas uma coisa é certa: Hermione mentindo para a McGonagall... Nunca pensei que veria o dia."
Rony assentiu, ainda processando tudo. "E esse Dante... Ele é mesmo impressionante, mas também um pouco assustador, não acha? Quero dizer, derrotar um Trasgo sozinho... Isso não é algo que qualquer um faria."
Harry concordou, mas manteve suas reservas. "Sim, ele é poderoso, mas há algo nele que me deixa desconfiado. Ele é tão... frio."
"Frio é pouco," Rony acrescentou, com uma voz trêmula. "Ele é assustador... Você se lembra do que ele fez com Malfoy e seus capangas? Tudo aconteceu tão rápido. Eles já estavam no chão, agonizando de dor, e Dante nem precisou usar magia. Foi assustadoramente incrível."
Harry assentiu, a lembrança vívida do episódio com Malfoy ainda clara em sua mente. "Sim, e foi como se Dante soubesse exatamente o que estava fazendo, como se tivesse feito aquilo antes."
Os dois continuaram a caminhar em direção à Sala Comunal da Grifinória, o corredor mal iluminado lançando sombras inquietantes à medida que avançavam. A conversa se voltou para outro assunto, ainda mais perturbador.
"Você reparou no professor Snape hoje? Parecia machucado," comentou Harry, baixando a voz para um sussurro. "Eu acho que ele foi quem soltou o Trasgo, talvez para distrair todos e entrar naquele alçapão que está sendo guardado pelo cão de três cabeças."
Rony franziu a testa, pensando nas palavras de Harry. "Pode ser... Mas por que ele faria algo assim? O que pode estar escondido lá embaixo que faria Snape correr esse risco?"
Os dois caminharam em silêncio pelo resto do caminho até a Sala Comunal da Grifinória, cada um perdido em seus pensamentos sobre o que o futuro poderia reservar agora que um aluno como Dante Maximillian estava no meio deles.
Enquanto isso, Dante se aproximava da Sala Comunal da Sonserina, sua mente já se afastando do ocorrido. Para ele, a batalha com o Trasgo não era nada desafiador ele podia muito bem usar a transfiguração e e perfurar aquele monstro com pregos mas resolveu não demonstrar sua habilidade em transfiguração ainda.
Ele logo pensou no ferimento do professor Snape achando estranho que um professor tenha se machucado ele se perguntando como que ocorreu aquilo e é ainda mais suspeito que o mesmo quando percebeu que Harry viu seu ferimento ele o escondeu rapidamente, é muito suspeito realmente será que foi ele, que deixou o Trasgo entrar, mas porque ele faria isso.
Essas perguntas rondavam sua mente, mas Dante sabia que, por enquanto, não era de sua conta. Ele tinha prioridades maiores, como seu próprio treinamento e as preparações para o futuro. O Natal estava se aproximando, e Dante planejava voltar ao orfanato, não por sentimentalismo, mas para acessar a biblioteca local e pegar os livros que precisava. Embora subestimados, o conhecimento dos trouxas seria valioso para o desenvolvimento de novas magias e, especialmente, para a criação de um novo tipo de runa que ele estava planejando.
Ele sabia que, ao retornar ao orfanato, teria que ser cauteloso. Malfoy e seus seguidores certamente planejavam uma retaliação após o que aconteceu, mas Dante não se preocupava. Ele sabia que qualquer tentativa de vingança contra ele seria um erro monumental. "Eles vão se arrepender imensamente," murmurou para si mesmo, com um meio sorriso nos lábios, já visualizando as possíveis situações e como poderia virar o jogo a seu favor.
Ae pessoal foi mal pelo atraso eu acabei esquecendo de publicar o capitulo ontem '-' ^^