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69.04% Cristais do Poder : Orgulho em Guerra / Chapter 29: CAPÍTULO 27 - PASSOS LENTOS

Chapitre 29: CAPÍTULO 27 - PASSOS LENTOS

Andando pelas "ruas ricas" do país dos grandes muros, Linn se percebeu perdida em meio às ruas que lembrava conhecer levemente bem em suas memórias distantes.

Admirando todos os cantos, ela pensava profundamente em seu caminho dentre todas as possibilidades que tinha à sua frente.

– "Fazia muito tempo que eu não vinha até aqui, ainda parece seguir o mesmo estilo de casas."

Despreocupada, Linn seguiu sua intuição e caminhou pelo de forma reta na linha em que já estava. Ela não fazia ideia de onde poderia encontrar Mizu e Luna, porém esperava que o destino a ajudasse a ver os dois jovens em algum lugar acessível.

– "Finalmente isso acabou!" – Uma voz se aliviou de sua dor ao fundo da rua, chamando a atenção de Linn.

Reconhecendo a voz do garoto que exaltava seu descanso, Linn finalmente pôde encontrar aquele a quem estava procurando.

Sentado em frente a porta da casa que tinha invadido e escolhido para ser sua, Mizu respirava fundo, porém não se importou com a presença e aproximação de Linn.

Ele era o dono da voz que exclamava cansaço e alívio, um misto de equilíbrio entre o lado bom e o lado ruim de tudo que sentia naquele momento.

– "Não imaginei te ver tão rápido assim."

– "Você diz como se não estivesse me procurando…"

Mizu disse, enquanto virava o rosto para o baixo, impedindo que Linn pudesse o ouvir de forma evidente.

– "O que? Não consegui ouvir o que você disse."

– "Eu disse que estou surpreso com a sua velocidade. Não faz tanto tempo desde que você disse que ia resolver suas coisas."

Mizu disfarçou de forma praticamente perfeita, sem dar motivo para desconfiança ou dúvida. Linn por sua vez nem mesmo se importou em analisar suas expressões diferentes, apenas confiando nas palavras que ele tinha repetido com muita assertividade.

Se aproximando dele em passos lentos, a garota de óculos foi impedida de prosseguir pela mão estendida de Mizu, o qual impediu Linn de pisar em sua sombra.

Olhando para baixo de seus pés, Linn pôde ver Uzur se debater dentro da sombra como se tentasse sair dela a qualquer custo.

– "O que é isso?" – Linn praticamente pulou para trás.

Sua expressão evidenciava claramente sua surpresa e pouco a pouco seu medo inconsciente também tomou parte de sua expressão.

– "Não se preocupe com isso, ele está bem e ficará bem até o dia que morrer naturalmente."

Mizu sorriu, colocando Luna de volta em seus braços e se levantando do chão para entrar em sua casa. Não era como se ele não ligasse para a reação assustada da garota a sua frente, porém preferiu agir de forma natural para não ser julgado da forma errada.

Enquanto entrava na casa pela porta de madeira lisa de cor escura, olhou para trás, encarando os olhos fundos de Linn enquanto a deixava uma pergunta:

– "Você pode fazer um favor para mim?"

– "Talvez caso esteja ao meu alcance." – Linn se manteve cuidadosa, porém respondeu com seu tom rotineiro, trazendo um clima levemente agradável de volta.

– "Volte para o prédio de pesquisas e procure um dos seus superiores, o Alon."

Linn praticamente deixou de ter medo e tornou a agir de forma confiante após ouvir o nome de Alon ser citado, porém isso não foi suficiente para que ela se soltasse por completo assim como estava quando chegou. Ela não estava melhor por dentro, porém sua curiosidade era mais válida que seu medo naquele momento.

– "Alon? O que houve com ele?"

– "Não entendo exatamente o porquê você está agindo na defensiva comigo ainda. Eu não vou fazer nada com você, somos pessoas agindo para o mesmo lado da história, relaxe."

Mizu foi direto ao ponto, mudando totalmente o rumo da conversa deles, deixando a garota à sua frente sem resposta alguma. A situação foi simplificada através da resposta despreocupada do garoto, que sorria da mesma forma de sempre, porém adicionando um novo tom leve de ironia que se apresentava como parte essencial de seu rosto desde que tinha conhecido Luna.

Linn não pôde manter sua linha de raciocínio anterior para ignorar a fala de Mizu e nem mesmo pôde encontrar as palavras certas para o responder naquele momento. No final, ela apenas manteve o silêncio total do ambiente, o qual permaneceu dessa forma por vários segundos.

Aqueles longos segundos que se tornavam infinitos no clima de ventos pesados que se formava ao lado dos dois foram quebrados pelas palavras do garoto de cabelo azul, puxando novamente a linha de ideia da última fala de Linn.

– "Sendo sincero, acho que somente o Uzur pode me dizer onde está o Alon ou o que aconteceu com ele, porém provavelmente ele deveria estar morto, mas parece não estar por algum motivo."

Mizu alternava seu olhar entre o homem preso em sua sombra e o rosto levemente avoado da garota a sua frente, a qual esperava ansiosamente pelo momento em que poderia tomar seu caminho e se afastar do garoto à sua frente.

Ela não sentia vergonha e nem raiva naquele momento, porém ainda não tinha palavras o suficiente para tomar qualquer outra nova conversa que não fosse trazida à tona pelo próprio garoto. Ela sentia a sensação de ser refém de seu próprio descuido em relação ao garoto. Não havia mais chance alguma dela agir de forma que não fosse sincera e direta.

– "Tudo bem. Posso verificar o que aconteceu com ele."

Deixando tudo o que não tinha entendido para trás, Linn rapidamente se virou de costas para Mizu e o deixou sozinho na porta de sua invadida casa. Por mais de estar com Luna em seus braços e Uzur em sua sombra, Mizu não poderia falar com nenhum deles, o que o deixava praticamente sozinho. Ele, porém, não pareceu se importar com sua solidão e nem mesmo sentir aquilo ser negativo.

– "Não demore, Linn…" – Respirando fundo, Mizu limpou o suor de sua testa e fechou sua expressão que encarava os passos da garota.

Logo, Mizu parou de olhar a garota sair e seguiu para entrar em sua casa, fechando a porta e caminhando pela sala.

– "…"

– "Mizu." – Linn bateu na porta.

– "Você não ia embora?" – Mizu gritou sem mover um músculo para voltar para a porta.

Mizu estava parado em um ponto aleatório no meio da sala e não tinha vontade alguma de voltar para trás, respondendo Linn daquele local onde estava.

– "Você disse que estamos lutando pela mesma coisa, não é? Você não acha que esses que você parece querer proteger são na verdade pesos?"

Mizu não pôde ver a expressão de Linn que era escondida pela porta fechada, porém podia entender por seu tom de voz sério que aquilo se tratava de uma crítica sincera.

A partir dali, aquela fala da garota de óculos não sairia tão cedo de sua cabeça cansada do estresse e correria que tinha enfrentado a pouco.

– "Hunf, talvez você esteja certa…" – Mizu se deixou levar, sorrindo de forma extremamente irônica para a porta fechada.

Linn que estava do outro lado não o viu, porém era algo do destino que ela também estivesse sorrindo da mesma forma do garoto que estava do outro lado. Era como se eles compartilhassem do mesmo sorriso mesmo que não pudessem se ver através daquela porta de madeira.

A garota que sorria colada a porta parecia ter planejado algo, porém não era evidente em sua face, apenas era possível ver suas intenções por seu leve sorriso, o qual era diferente de todos os outros que tinha feito antes.

Ouvindo Mizu tornar a andar pela sala após o silêncio concordante, Linn deixou a porta da casa, caminho pela rua de pedra lisa em direção ao prédio de pesquisas.

– • • • • • • • • — • • • • • • • • –

Escuridão era tudo o que Uzur podia ver enquanto ainda estava preso à sombra de Mizu. Antes, ele podia ver cada um dos passos do garoto, porém após sua sombra se esconder, parou de ver tudo que acontecia.

Era como se ele estivesse preso em uma realidade distante. Ele não podia ouvir nada e nem mesmo enxergar nada. Seu corpo se negava a se mexer independente de qual fosse o movimento, além dele não sentir nenhuma parte de seu próprio corpo.

Apesar disso, o tempo passava normalmente. Cada segundo tinha uma duração comum, porém aparentava ser infinito aos olhos do experiente homem que não podia ter noção do horário pela falta de um sol.

"Isso é insano." – Ele pensou.

Pouco a pouco a mente dele era coberta por insanidade e medo. Era algo praticamente inimaginável estar muito tempo em um ambiente escuro e vazio de som. Entre isso e a morte imediata, ele escolheria a morte sem precisar de tempo para pensar.

Sua única salvação sincera era a possibilidade de pensar de tempos em tempos. Era como se sua mente o deixasse pensar em um certo período para que não tivesse seu cérebro desligado por completo no ambiente onde estava preso.

"Se não há uma sombra projetada dele, onde eu estou?"

Ao pensar novamente de forma profunda, percebeu em si mesmo a sensação de mover a pupila de seus olhos. Isso era um sinal do que ainda estava por vir em todo seu corpo.

De repente, era como se ele sentisse todo o corpo queimar e arder em dor de forma imediata e inesperada. Todos os músculos de seus braços e pernas se contrairam dentro de sua pele, o fazendo gritar de dor.

Sua voz também teve projeção, algo que era inédito para sua própria mente em muito tempo.

– "Essa é minha voz…?" – Disse, enquanto gemia pela dor de seu corpo.

Logo, ele finalmente se desprendeu de toda a escuridão que cercava seus olhos, caindo no chão frio da sala da casa de Mizu e Luna.

– "Pronto. Ele está de volta" – Mizu sorriu de forma espontânea para Linn, que estava sentada ao lado dele no sofá da casa.

Sendo segurado por Luna, Uzur foi preso por cordas em uma cadeira de madeira. Estando de frente para o sofá, era encarado por Mizu e Linn que permaneceram sentados no sofá de forma relaxada.

Mizu estava com uma roupa diferente. Sua roupa agora era um moletom branco com listras laterais azuis da mesma cor de seu cabelo. Sua calça era o completamento do moletom, tendo listras azuis com o mesmo seguimento do casaco.

Junto dele, Luna também estava com uma roupa diferente. Ela agora usava em seu destacado corpo um vestido preto com detalhes e bordados vermelhos carmesim.

– "Porque vocês me mantiveram vivo?"

Com uma expressão de muita dor em seu rosto, Uzur perguntou, desviando seu olhar fixo do garoto do sofá para a garota que circulava em volta de seu corpo amarrado à cadeira.

– "Isso é simples, não temos motivo para isso."

Mizu rapidamente cortou a possível fala de Luna em resposta, trazendo o foco do olhar do homem de volta para seus olhos.

– "Você está falando repetidas vezes sobre o Alon estar com algum de nós, porém nenhum de nós está com o corpo dele."

– "Depois que encontrei o Mizu e ele me contou um pouco da situação, voltei para o ambiente do incidente, porém não tinha nenhum registro do Alon por aquele local. Lá, apenas havia um rastro do sangue condizente ao dele por parte do País dos grandes muros" – Linn completou, se afundando ainda mais no confortável sofá.

Uzur desviou seu olhar do sofá, se virando para o chão. Pensativo, ele não sabia exatamente no que acreditar, porém não havia outra possibilidade para aquele momento.

O fato de terem o deixado vivo mesmo tendo o vencido sem medir forças o ajudava a confiar levemente na palavra deles. Era algo inevitável, porém não podia ser feito apenas por obrigação.

– "Sinceramente. Acho que agi por impulso."

– "Respondendo com sinceridade. Acho que você pensou bem profundamente em tudo enquanto lutava, porém ainda assim perdeu para dois adolescentes." – Luna disse, rindo em sequência de sua fala.

Uzur não teve resposta e nem mesmo podia tirar de seu rosto a expressão de vergonha que surgiu.

– "Está tudo bem, Uzur."

Uma voz resgatou a consciência dele para a realidade, o desprendendo de seus pensamentos negativos.

– "Nós vamos te perdoar dessa vez. Porém, precisamos de um verdadeiro comprometimento seu em nossa missão." – Mizu disse, enquanto sorria para Uzur.

Evidente para todos à sua volta, o olhar do garoto não passava a confiança e sinceridade que deveria. No fundo, todos naquele ambiente puderam saber a verdadeira intenção de Mizu em sua fala.

Por mais da clareza da forma de falar e encarar de Mizu, Uzur não pôde o perceber dessa forma. Essa visão diferente do garoto à sua frente surgiu do profundo de todos seus pensamentos negativos. Para ele, ter uma vida e ter a confiança do filho de seu melhor amigo era tudo.

– "Eu te agradeço por sua bondade." – Respondeu, coberto por sinceridade.

A reação sincera de Uzur, causou para todos que estavam naquele ambiente uma sincera expressão surpresa. As duas garotas juntas a Mizu não podia acreditar na forma de responder de Uzur.

Por mais da sincera vontade delas, nenhuma se manifestou naquele momento para que mantivessem a paz durante aquele próximo período.

Mizu não havia sido sincero. Em seus olhos era evidente a vontade em usar a força de Uzur para dominar seus objetivos. A fase sem orgulho aflorado do garoto sumiu pouco a pouco sem uma exata explicação.

Seus olhos brilharam de desejo, porém não era um brilho bonito. Era como a luz refletida no fio da espada que se aproximava lentamente de seu pescoço.


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