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78.94% Goddess Woman. / Chapter 30: 30. Quê?! Não pode ser...

Chapitre 30: 30. Quê?! Não pode ser...

— Spectrum H... — Jill leu no noticiário e riu escandalosamente, estava deitada no carpete do apartamento de Olivia. — As pessoas só pioram em termos de nomes para super heróis, heroínas... Ou ladras, no caso.

— Talvez ela não seja uma ladra. — Olivia saiu em proteção da mulher que era noticiada. — Sei lá...

— Aham, Oli... E ela faz o que com o dinheiro? — Jill perguntou, enquanto cutucava os pés de Olivia que estava deitada no sofá.

— Não faço ideia... — Olivia respondeu e tentou mudar de assunto. — Mas o nome que colocaram é realmente horrível.

— Verdade. — Jill falou, sorrindo para Olivia. — Se alguém a visse, talvez ela ganhasse um nome melhor.

— Não acho que ela deve se importar com isso. — Olivia respondeu, enquanto ia se aconchegar na loira.

— Deveria... Sabe, acho que importa muito um nome. — Jill acariciou o rosto da negra carinhosamente. — Se eu fosse uma heroína ou ladra, sei lá... Queria que meu nome fosse bem legal, porque importa no final... Traz mais fama.

— Mas e se no caso dela... Não quiser ter fama.

— E o que ela iria querer?

— Não sei. — Olivia falou incerta. — Você já parou para pensar que nem tudo pode ser o que parece?!

— Na verdade não. — Jill mordeu o lábio parando para pensar no que a negra falou. — Por que está me fazendo pensar sobre isso?!

A polinésia brincou com seus dedos no rosto de Olivia, como uma criança curiosa faz.

— Por nada... Eu só quero que pense sobre as aparências.

— Não estou entendendo, pode ser mais clara? — Jill indagou. — Vai me dizer que você é uma espiã do mau tipo a Anna.

Olivia prendeu um pouco a respiração e soltou pesadamente, fazendo Jill a olhar assustada.

— Não sou uma espiã, Jill. — Olivia retrucou logo que viu a reação da polinésia. — Não me olhe assim.

— Tudo bem, senhorita Olivia Adams... — Jill falou desconfiada. — Mas vamos fazer nossa maratona de 'Fuller House'?! É melhor.

— Vamos até porque isso não é da nossa conta. — Olivia riu para Jill e a beijou levemente.

*****

— Hailee, mais rápido! — Scarlet gritou sem paciência. — Seja precisa!

— Ai! — Hailee reclamou se afastando de Scarlet após ser socada no rosto por não ter sido rápida suficiente para dar um soco ou se defender da outra. — Eu sou uma civil, porra, quando não tenho meus poderes pelo menos.

Scarlet mordeu o lábio inferior com dó de Hailee que estava se deitando na plataforma iluminada, onde faziam de "ringue" para os treinos. No canto da parede, um quadrado de vidro guardava uma pedra de elladita de aproximadamente 10 cm.

— Desculpa, Hailee. — Scarlet falou sentindo—se mal ao ver sangue escorrendo do nariz da mulher, junto de algumas lágrimas que desciam rosto à baixo.

— Não me venha com desculpas. — Hailee retrucou chorando. — Você ainda me odeia, não é?! — Scarlet se abaixou da outra e revirou os olhos. — FALA! — gritou ainda chorando.

— Amor, não te odeio, eu te amo. — Scarlet aproximou seus rostos. — Mas tenho que te bater até você apreender a bloquear meus golpes...

— Caralho, isso não é amor! — chorou fazendo manha.

Scarlet quase riu, Hailee se superava a cada TPM, mas não o fez, pois, a mulher estava machucada, e ela tinha feito o olho roxo e o sangue escorrer pelo nariz da outra.

A latina levou seu rosto até o da elladiana e a beijou levemente, com cuidado para não a machucar mais.

— Sem bobeira... Sabe que é o meu trabalho... — Scarlet falou deixando selinhos nos lábios da mulher que estava parando de chorar. — E sua irmã me impôs isso... E nem é tão mal assim, Hai.

A latina piscou para Hailee que riu com algumas lágrimas ainda caindo.

— Você é sádica ou algo do tipo?

— Sou. — Scarlet tentou ao máximo fazer uma expressão sexy olhando para Hailee, enquanto se ajoelhava ao lado da mesma.

— Sério?

— Não, bobinha. — respondeu beijando cuidadosamente Hailee mais uma vez. — Foi apenas uma brincadeira.

— Mas quando brigamos você me bateu e depois...

— Quando falei que era corpo a corpo, me referia a um combate, garotas. — Beatriz brincou sorrindo maliciosa. — Lutar... Sabem?

Scarlet sentou ao lado de Hailee que ainda estava deitada, e tentou limpar o sangue que saía de seu nariz.

— Hailee está muito frouxa hoje, chefinha. — Scarlet brincou com a cunhada.

— TPM?! — Scarlet afirmou com a cabeça. — Ela vira uma "super" chata e chorona, não é?!

— Odeio vocês. — Hailee choramingou se levantando. — Vou ver a Jill, ela é melhor do que vocês duas...

— Posso tirar o Febles para você lutar com ele, tendo os seus poderes, quer?

— Não, Beatriz, nem bater na cara dele vai me deixar bem. — falou com ironia.

Hailee até que gostava do ciborgue apesar de ter usado a ironia ao falar dele.

— Uh... O que aconteceu, Postigo? — Beatriz perguntou enquanto Hailee se levantava. — É só TPM mesmo?

— Não fale de mim como se eu não estivesse aqui. — Hailee falou revirando os olhos para as duas mulheres.

Ela se levantou e saiu da sala, deixando as duas confusas. Beatriz olhou para Scarlet a questionando novamente.

— Eu não fiz nada. — Scarlet riu fingindo se render. — Até parece que não sabe a quão manhosa a sua irmã pode ser.

— Tem razão. — Beatriz concordou. — Ser a Goddess Woman não é atenção suficiente para ela.

— Ui. — Scarlet implicou e Beatriz lançou um olhar mortal para ela.

— Saia antes que eu te dê um tiro!

*****

Hailee entrou no apartamento de Jill e Olivia pela porta, o que ela quase nunca fazia.

— O que foi, bebezão?

A polinésia recebeu a elladiana com os braços estendidos, onde Hailee se aconchegou.

— Nada. — Hailee respondeu se deitando no carpete peludo que tanto gostava na sala do apartamento de suas amigas. — É só TPM e a Scarlet não quer me dar atenção direito, ela me deu alguns socos isso sim.

— Ah, para de drama. — Jill falou se jogando por cima de Hailee que grunhiu exageradamente. — Seus machucados já estão quase curados e menos roxos.

Brincou com o nariz de Hailee que riu como uma criança e a abraçou.

— Agora é a hora que a gente se beija?

— Não, é a hora que eu falo o quão a Scarlet te ama e blá, blá, blá... — Jill brincou. — Vai me acompanhar na maratona que minha garota devia estar me acompanhando?

— Claro, se você não se importar. — Hailee falou e fez um bico fofo. — Afinal sou sua garota também, certo?!

— Certo, Jill e Hailee sempre! — Jill brincou. — Eu agradeceria se você me fizesse feliz buscando frango frito para nós?

— Ah, sério? — Hailee bufou.

— Sim, eu permito que entre pela janela. — Jill fez uma cara pidona. — Estou quase morrendo de fome!

— Por que você não dá um jeito de fazer o jantar então? Está quase na hora. — Hailee falou e revirou os olhos.

— Até parece que você não sabe que eu não sei cozinhar! Está querendo me humilhar, vadia?!

*****

— Esse é o pior nome que já arrumaram para alguém! — Eda falou, enquanto digitava furiosamente em seu computador. — Até o Oliver teve mais sorte.

— Também acho. — A mulher concordou apertando seu ponto no ouvido. — Arrow é melhor que a porra do nome Spectrum H.

— Até H seria melhor que essa merda de nome!

— EU TIVE UMA IDEIA! — Eda gritou fazendo a outra reclamar. — Archer Woman!

— Ótimo! Mas não grita no meu ouvido! — usou um pouco da ironia.

— Tudo bem, desculpa. — Eda riu feliz. — Você tem que tomar cuidado quando estiver lá dentro.

— Não estou ainda, mas ok.

— Bom. — A loira murmurou do outro lado da linha. A mulher que acabara de ganhar seu novo nome — de super heroína, ou uma justiceira no caso — pulou sobre um dos inúmeros prédios que tinha pela frente até seu destino. — Você está com as flechas novas que te mandei?

— Claro, mas sério, não acho que seja necessário! — retrucou convencida. — Nunca encontro ninguém mesmo ou tenho problemas.

— Você e Oliver tem o egocentrismo em comum! — a loira acusou com humor. — Mas nunca se sabe, ainda mais quando se vai ROUBAR O GOVERNADOR!

— É por uma boa causa e nem vou falar que você gritou de novo! — grunhiu já que não podia falar muito alto.

Bufou olhando para baixo ao chegar se poderia descer pela corda, tinha acabado de adaptar um gancho ao lado do parapeito do pequeno heliporto.

— Sim, ótima causa. — Eda concordou. — Os governantes deveriam tomar vergonha na cara e doar dinheiro para os orfanatos no lugar de roubar as verbas.

Abriu quebrou a janela a sua frente para poder entrar.

— Sim, mas como não doam eu me divirto pegando o que não devia nem estar com eles.

O prédio estava escuro, mas com ajuda de mais uma das porcarias — como a mesma dizia — de Eda, logo tudo foi iluminado e não muito a frente pôde ver os lasers vermelhos que saiam de pequenas placas de metal.

— Você me salvou novamente. — Agradeceu mentalmente por ter ajuda da garota. — Suas coisas nerds são bem úteis mesmo.

— Claro que são. — Eda falou como se fosse óbvio. — Você e Oliver são tão idiotas às vezes.

*****

— FELICITY! Porra! Você, sempre fala que é o fio vermelho!

— Só pega o dinheiro e saí daí! — a loira mandou um tanto preocupada.

— Tô saindo já! Mas nunca tinha acontecido isso antes. — Sussurrou tentando sair do prédio com sua mochila cheia o quanto pôde.

— Tudo tem uma primeira vez.

Não respondeu apenas tentou sair do prédio. Pouco tempo depois de conseguir apenas correu para onde sua moto estava. Era o meio mais fácil e rápido para uma pessoa como ela.

— A polícia foi acionada e sabendo o quanto suas amigas são, eu sairia daí rapidamente!

Xingou mentalmente por ter como amigas, pessoas heroicas e um tanto enxeridas.

— Deixa comigo!

Respondeu pulando o mais rápido que pôde na moto. Acelerou o veículo saindo do beco e dando de cara com um carro de polícia passando em alta velocidade por ali.

Não se abalou com isso e acelerou, rua a fora.

— Bloquearam a rua, e agora? Devo voltar?

— Faça isso, não devem ter fechado o outro lado ainda, estavam esperando que fosse para esse lado, alguém te viu correndo!

— Ok, obrigada.

— Por nada, pelo menos alguém me agradece!

Por mais que estivesse nervosa, pois era uma situação nova, a mulher riu da piada de Eda.

Virou a moto de qualquer forma no asfalto, atraindo a atenção dos policiais que estavam nos carros que bloqueavam a rua.

— Seria interessante se você tivesse um poder tipo... O grito supersônico da Rouxinol Negro.

— Está superando os "problemas" com a Rouxinol Negro?! — brincou olhando pelo retrovisor os carros tentando a seguir.

— Estou falando da Rouxinol Negro original. — Bufou.

— Tem muitas Rouxinols! — argumentou. — São duas irmãs: Rouxinol Negro, Laurel Lerman, e a Rouxinol Branco, Sara Lerman.

Desviando por alguns carros e alguns tiros ricocheteando perto de onde passava, o silêncio reinou por um pequeno tempo.

— Me sinto um pouco acuada na presença delas, elas são tão bonitas. — A outra revirou os olhos pela fala da nerd. Ela era tão bonita quando as irmãs Lerman.

— Você também é linda! — falou e riu pela sua próxima frase: — Desculpa, mas tenho um crush pela Sara!

— Ela é a mais bonita das irmãs, realmente, mas seria incrível se você fosse igual a mãe delas.

— Você fala isso porque Oliver namorava Laurel!

— Não tenho problemas com ela, mas eu me referia a mãe dela, Dinah Lerman. — Eda quis mudar o rumo da conversa.

— Dinah Lerman... — Oliver entrou na conversa das duas. Tinha acabado de chegar de uma de suas missões.

— Dinah é incrível com seu grito supersônico! — Eda se empolgou como sempre. Oliver a olhou de relance para responder.

— Eda e Dinah seriam grandes amigas, elas são loucas igualmente.

Oliver olhou Eda com um sorriso quase imperceptível, já que não era de seu feitio fazer tal ato com frequência.

Oliver e Eda escutaram a mulher do outro lado da linha acelerar mais, sua respiração ficando mais pesada também, aflita.

— O está acontecendo? — Oliver perguntou preocupado.

— Me cercaram completamente! Droga! — a mulher pulou da moto e começou a correr para um beco enquanto atirava fechas nos policiais que saíram dos carros mais facilmente.

— Ainda bem que a maioria dos policiais da sua cidade são gordos comedores de rosquinhas.

— Oliver, não é uma boa hora para piadas. — A loira repreendeu o homem ao seu lado.

— Ele tem razão... — murmurou, ofegante. — Eles são preguiçosos porque tem a... Goddess Woman!

— Deve ser isso!

— Merda! Ela está atrás de mim... — correu ainda mais ao ver a mulher com capa voando poucos metros acima.

— Usa a sua pistola com cabo de escalada!

Não pensou duas vezes para fazer o que lhe foi dito.

— Já estou fazendo isso.

Enquanto subia vendo apenas borrões ao seu lado, notou que a " Goddess Woman" já não estava por perto.

— E sua amiga?

— Não estou vendo-a. — respondeu. — E sei que ela não desistiria tão rápido.

Pulou com agilidade para a base do prédio e deixou sua pistola para trás para correr.

O prédio não era muito alto, apenas 6 andares, ela nem chegou a ficar com frio na barriga quando saltou para o próximo, um pouco menor.

Sentiu um empurrão e logo seu corpo caiu no piso frio do prédio que tinha acabado de pular.

— Ai! Merda!

— O que foi?

— Hailee... — respondeu para Eda. — Ela me pegou.

Respondeu mesmo sem olhar para trás. Não tinha mais escapatória, não dessa vez.

Escutou um helicóptero pousar no prédio em que iria pular se não tivesse sido derrubada. Apenas trinta centímetros os separavam.

Hailee pousou ao lado e a mulher se encolheu mais ainda, tentando tapar o rosto.

Mais passos foram escutados. Beatriz pulou de um prédio para outro e se aproximou da mulher de preto no chão.

Retirou a arma do bolso por mais que Hailee estivesse ao lado da "ladra" no chão.

— Coloque as mãos para trás e levante-se. — Beatriz mandou. E mulher no chão concordou.

Fez o que foi ordenado enquanto apenas escutava o silêncio de Oliver e Eda, no ponto em sua orelha.

Seu rosto direcionado ao chão. E apenas a isso.

— Levante o rosto. — Beatriz ordenou e a mulher negou. — Eu te ajudo então!

A agente puxou o rosto da mulher para cima e colocou a arma bem próxima ao rosto da mesma.

— Quê?! Não pode ser...

A frase saiu de Hailee, mas Beatriz estava tão surpresa e abalada quando a irmã.


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