Chapitre 8: 08. Irritated.
— Ema, me ajuda aqui, vadia! — a polinésia revirou os olhos e foi em direção a um dos vários provadores do local, deixando as roupas que Audrey tinha pedido para segurar de lado.
Ela, Audrey, Emeraude e Ayla estavam ali tentando achar roupas para as duas últimas.
Emeraude iria participar de um debate sobre direitos humanos e poderia levar Ayla de acompanhante. Ainda por cima poderiam escolher suas roupas totalmente grátis.
Ema abriu a porta do provador e viu Ayla em uma calça colada e com alguns rasgos propositais, cropped branco, saltos pretos e atrás dela uma Emeraude Simmons seminua...
— Ema!
— Você que me chamou! — a polinésia levantou suas mãos em rendição.
— Achei a roupa ideal para você, Eme! — Audrey cantarolou, entrando no provador sem pedir permissão mesmo.
Ema resolveu se sentar em uma poltrona extremamente confortável ali, chegou até fechar os olhos.
— Como estou? — Ayla saiu do provador para dar mais espaço para Emeraude. Não por vergonha, porque não tinha razão para terem vergonha do já era conhecido.
— Bonitinha. — Ema deu de ombros se fazendo de insatisfeita. Ayla soltou um muxoxo. — Brincadeira, está maravilhosa, Chan!
— Agora eu vou desfilar para você. — Ayla brincou, andando com cuidado em seus saltos, já que não era acostumada.
— Deixa eu desfilar, você não sabe nada. — Audrey empurrou a porta do provador que acabou por bater em Ayla, que perdeu o equilíbrio e caiu no colo de Ema. — Onde está o toque de 'Crazy In Love' quando se precisa dele?!
— É só ligar para Ema que você vai escutar 'Crazy In Love' tocando. — Ayla retrucou, ainda sentada no colo de Ema.
Audrey foi do começo ao final do corredor, dos provadores, na sua melhor pose se modelo. Quando voltou parou perto das garotas que começaram a incentivá-la, começou uma dança estranha.
— Sim!
— Sim, Drey! — Emeraude saiu do provador e incentivou mais a amiga. — Vai, Drey!
— Arrasa! — Ayla se mexeu no colo de Ema tentando acompanhar Audrey.
— Que isso? O subúrbio resolveu baixar aqui hoje? — Audrey ficou irritada no mesmo segundo que reconheceu a voz, era o blogueiro mais irritante que já viu na vida.
— Resolveu, até você veio. — Audrey rebateu rapidamente.
Ayla fez careta, reconhecendo-o, e notando também a roupa de Emeraude, que não estava legal.
— Lern, vamos trocar de roupa. — Ayla se levantou e puxou Emeraude para dentro do provador. Sabia também o quanto ele irritava Emeraude.
— Que cara mais insuportável. — Ema sussurrou para Audrey depois de levantar e ficar ao lado da mesma.
— Não faz ideia. — Audrey grunhiu.
— Quem essa aí? Veio comer de graça no evento, como você?
— Vim sim, lá em casa meus pais deixam de dar comida para mim e meus irmãos para dar educação. — Ema respondeu e sorriu irônica. — Ao contrário de quem te criou... Deu comida demais e esqueceu de lhe dar educação e respeito.
— Oh! Sim, Ema! — Emeraude gritou de dentro do provador.
— O que você está fazendo aqui ainda?
— Quem você pensa que é? Só porque a mamãe conseguiu entrar para política, não quer dizer que você seja alguém relevante ou importante. — Ele respondeu, aproximando-se das duas.
Ema se lembrou de ver aquele idiota barrigudo em algum site. Sentia enojada por ele representar algumas vezes os homossexuais em alguns programas.
— Nunca disse que era. — Audrey retrucou. — Até porque não sei nem o que estou fazendo aqui perdendo meu tempo com você.
Audrey puxou Ema pelo pulso, sutilmente, e passaram perto do blogueiro, vamos, Ema.
— Esperem por nós. — Emeraude falou, saindo do provador com os dedos entrelaçados com os de Ayla.
A negra e a polinésia pararam dois metros à frente do homem, esperando por Ayla e Emeraude.
— Vai tarde, escurinha.
— O que você disse? — Ema perguntou, ela sabia que foi para Audrey a fala, mas se sentiu igualmente ofendida.
Aproximou do homem sentindo raiva pelo comentário, mas sentiu uma mão em seu peito.
— Não perca tempo, vamos embora. — Emeraude falou e puxou o braço da polinésia para saírem dali.
— Até mais, Simmons. — Ele acenou cínico. — Nos vemos mais tarde.
Emeraude fez uma careta e se virou para o homem, mostrando seu dedo do meio.
*****
Ema e Audrey estava na van da polinésia, as duas em silêncio.
— Obrigada, Ema.
— Hã?
— Obrigada.
— Pelo quê?
— Por me defender daquele idiota.
— Tudo bem... Por nada, só fiz o que achava certo.
— Gostei da sua concepção de certo, mas na próxima não precisa chegar perto dele.
— Acha que vai ter próxima? — Ema perguntou, surpresa.
— Não sei, mas pode ter... Emeraude e Ayla namoram, então acabamos por nos esbarrar, além de você ser legal.
— Oh. Obrigada, você também é legal. — Ema falou e olhou rapidamente para sorrir em direção a Audrey. — Mas se houver próxima vez não tem ninguém que me segure de dar um bom soco naquele idiota.
Audrey riu, fazendo a polinésia franzir o cenho.
— O que foi?
— Você é fofa quando está irritada.
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