Quando acabo de falar Baha me olha como se visse o pior dos monstros, nenhuma novidade.
Estou até surpreso que ele não adivinho que eu ia fazer ele e Mingten lutarem novamente, apesar de ser um cabeça de vento ele deveria ser capaz de juntar as peças pra entender que como alguém que nunca usou uma arma ele vai precisar se familirizar com as diferenças que ter ou não ter uma arma faz em combate.
E como estamos saindo da Torre logo temos que fazer o possivel pra acelerar esse processo, obviamente, nada cumpre essa função melhor que uma batalha. E de bonus isso também pode servir como um teste de pressão pros dois.
Enquanto Baha se conforma com a realidade abro as portas do armazem, o qual pega três dos quadrantes do andar e é surprendentemente normal, se ignorar as coisas que parecem tabuleiros de damas nas paredes. O mesmo tipo que é usado pra indexar as coisas na biblioteca.
Fora isso coisas como lanças, espadas, machados e armaduras estão dispostos em prateleira com os suporetes apropriados formando fileiras laminas e armaduras.
"Já sei que não tenho muita escolha além de ser arrastado para as maluquices de vocês dois, mas podem pelo me dar alguns conselhos antes de começarmos?" Baha fala com uma indiferença suprendente quanto a situação.
Ou talvez seja o resultado natural quando alguém percebe que incapaz de mudar a situação em que se encontra.
"Não há muitos pra ser honesta, apenas escolha algo que não seja de manuseio complexo e que você se sinta confortavel em usar." Mingten responde no meu lugar. Ela não está errada.
"Só isso? Nenhuma recomendação?" Baha pergunta olhando pra mim.
"Não. É só isso mesmo." Infelizmente.
Com essa pequena discussão encerrada Baha caminha pelo armazem e pega algumas armas, as quais depois ele vai testar em na pratica contra Mingten.
Após um pouco menos de meia hora Baha finalmente escolheu as armas em potencial sendo elas: uma espada curta e escudo redondo, uma espada bastarda, um par de adagas, tonfas e uma katar.
Todas ela dispostas numa mesa enquanto Baha nos olha ansioso como se esperaçe algum tipo de comentario sobre as escolhas dele. Espere o quanto quiser.
Usando o meu segundo dantian faço as armas e a minha mão ficarem magneticamente carregadas de forma a se atrairem, assim 'grudando' as armas em um rolo que carrego por cima do ombro sem problemas.
"Vamos." E sem mais uma palavra saio do armazem e começo a subir até a saida da torrre, num ritmo que os pirralhos tenham esperança de acompanhar, dessa vez.
Logo chegamos ao lado de fora da torre, aonde ainda dá pra ver marcas da batalha contra a horda de feras, a maioria das ditas marcas sendo o que o velho estrela queimou, mas hé também a ocasional raís fora de lugar manchada em sangue. Os unicos que não deixaram uma cicatriz na terra foi o guarda desleixado e os piralhos.
Quanto a mim, há o anel de terra seca não natural separando o que foi afetado pelos ataques dos Synchroners da Torre e que mantém seu estado naural.
Nos movemos até essa area pelas simples razões de: é perto e não tem criaura louca os suficiene pra se aproximar da area tão cedo.
"Ecolha sua arma Baha." E assim começa a segunda rodada entre os pirralhos.
Dessa vez ambos armados e com algumas peças de armadura leve como caneleiras, proteção para os braços e os ombros e peças de couro acima dos pontos vitais como o coração. Nem um dos dois optou por armaduras completas já que vamos estar em movimento constante mobilidade e resistencia precisam ser mantidas no apice.
Baha se aproxima das armas que fiz flutuarem ao redor de mim, como a se fosse tela de seleção de um jogo, e pega a espada curta e o escudo redondo.
E se posiciona em frente a Mingten há um pouco mais de dez metros de distancia.
"Prontos ou não, eu não ligo, então... comecem"
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E mais uma vez o bebe-galões me faz enfrenar Baha numa partida de treino, que dessa vez ele não falou para cobrirmos as nossas laminas com alguma coisa.
'Hurrg, isso pode dar muito errado.' após me conformar com esse fato, não acho que deveria ser possivel se conformar com isso, ajeito minha postura segurando o sabre com as duas mãos direcionando a ponta do sabre para cima, enquanto coloco meu pé direito para frente se alinhando com a lamina do sabre.
No meu lado oposto Baha coloca os pés em uma posição similar a dos meus enquanto segura a espada curta de forma a quase apontar pra mim e o escudo no braço esquerdo o mantendo perto do corpo.
Medimos um ao outro por alguns instantes dando passos diagonais em sentido horario enquanto mantinhamos distancia, ao perceber que Baha não correr pra cima com da ultima vez não importa o quão impaciente fique, um sorriso leve escapa dos meus labios.
'Até que ele aprende rápido.'
Já que ele se recusa há ir para ofensiva vou eu mesma, altero minha respirção de forma a se assemelhar com o ritmo das correntes de ar próximas, mudo a posição do sabre de forma que a lateral da lamina fique virada para a face de Baha e envio meu ki para a um dos anéis com uma lapis artificial encravada.
E um clarão de luz se espalha com o sabre como centro.
Sabendo o que ia acontecer consigo fechar os olhos antes do clarão e evitar a cegueira momentânea e recuperar a visão antes que Baha recupere a dele.
E com dois passos chego perto de Baha com o sabre pronto para o ataque. Antes mesmo de recuperar a visão Baha da um passo para trás, cortesia de ter aprendido a usar filtros, deve ter percebido eu me aproximando e afastou antes mesmos de recuperar a visão.
Saindo do alcance da lamina por centimetros, mas quebrando qualquer coisa semelhante a um postura efetiva para combates, Baha recupera a visão e me ataca com a espada curta num corte diagonal de cima para baixo.
'Ele aprendeu rápido... mas não o suficiente, ainda'
Por causa do impulso causado pelos proprios movimentos Baha acaba afastando o escudo do resto do corpo, um erro comum para novatos cometido por um dito novato, o deixando a maior parte do peitoral dele aberto para um contra ataque, especialmente considerando que tenho maior alcance por causa do sabre.
Obviamente me aproveito desses fatos, faço o possivel para restabelecer minha postura, acabou um pouco desajeitada por causa da pressa, e faço uma estocada com o sabre em direção ao coração de Baha.
Ele apressadamente bloqueia o sabre com o escudo redondo perdendo o impulso no processo e recua antes que eu consiga montar um contra ataque.
E assim voltamos a situação do começo da partida, ou quase já que dessa vez há uma distância menor entre nós.
Baha ainda exita em ser o primeiro a ir para a ofensiva, então vou eu novamente.
Avanço rapidamente em direção a ele indo reta para o seu centro e assim que Baha levanta o escudo me reposiciono ao lado dele com um passo laterar, antes que Baha tenha tempo de reagir faço um corte horizontal com o sabre.
Bem, eu esperava que Baha não tivesse tempo de reagir, mas acabou que ele conseguiu.
Antes que o sabre chegue as suas roupas Baha da um golpe descendente com a espada curta, a usando mais como se fosse um martelo do que espada, quebrando o impulso do sabre e fazendo eu ter que me reequilibrar, nesse momento Baha levanta o escudo e o empurra contra minha cara.
Vendo isso, desisto de reestabelecer minha postura completamente, ao invés disso priorizo levantar o sabre de forma que se choque com os escudo, o que consigo mas não o uso para realizar um bloqueio ou contra ataque.
Simplesmente uso o sabre para guiar e amortecer um pouco do impulso do escudo enquanto faço algo bem arriscado pra qualquer tipo de luta, abandono minha base tirando os pés do chão, deixando a força restante do golpe do Baha para alimentar o meu recuo.
Façanha que podia ter me custado quase toda luta se acabasse caida por causa desta aposta.
Mas não cai e estou fora do alcance do Baha, ou pensava estar até ele atirar o escudo em chamas em minha direção.
'P*rra, ele realmente tá ficando melhor no meio de toda a maluquice que Kaz nos fez passar.'
Técnicamente foi eu quem arrastou ele pra essa bagunça mas lidar com o escudo flamejante vem antes de lidar com o resquicio de culpa que tenho por isso.
Envio meu Ki para a lapis de vento que fica no anel mais próximo a base do sabre e com um corte no ar em si mudo as correntes de ar há minha frente alterando a trajetória do escudo que passa pela minha esquerda só deixando faiscas pelo ar.
Infelizmente enquanto lidava com a ameaça que o escudo representava Baha se aproximava rapidamente com o punho esquerdo sobreposto em chamas.
Em instantes descarto a possibilidade de eu conseguir bloquear tanto o punho quanto a espada, não estou acostumada o suficiente com o sabre pra tentar algo como isso, então movo o sabre horizontalmente em direção a garganta de Baha.
Usando a espada na mão direita ele consegue bloquear meu sabre acima de seu ombro mesmo assim continuo pressionando o sabre contra a espada dele o que deixa só o punho em chamas pra me preocupar. Que eu infelizmente não tenho como bloquear no momento.
Então decido apostar todo o meu Ki em uma ultima cartada, o enviando para a lapis de eletricidade a menos de segundos do punho fazer contato comigo.
Mas antes que eu possa ver o resultado de qualquer uma das ações que eu e Baha tomamos nesses istantes uma força de repulsão se cria entre as duas laminas, ao mesmo tempo nosso Ki se dissipa apagando as chamas na mão de Baha e as faiscas eletricas recem formadas ao longo do meu sabre, a repulsão logo cresce exponencialmente tirando nosso equilibrio e fazendo tanto as armas quanto seu usuarios cairem para trás.
"Excelente!" Ouço Kaz falar enquanto da leves aplausos a nossa performance.
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"Como vão nossos amigos no sul, Kelek?" Pergunto para meu servo mais leal enquanto passo pela papelada tediosa que se esperra do senhor da cidade.
"Eles vão chegar amanhã ou no dia seguinte." Kelek responde ainda guardando a entrada para minha sala.
"Ótimo." Então em dois dias no maximo terei o olho de Leviatã em minhas mãos.
Finalmente posso ir além de um abençoado por deus.
Eu quero estar no mesmo nivel daquele que da as bençãos.
"Como vai distrair os servos de outros enviados enquanto procura o cadaver?" Kelek pergunta.
"Primeiro vamos atrair todos eles para cá e dar um motivo para permanecerem aqui." Com um grande evento e uma aparição publica a maioria dos espiões vão ter que manter seu foco nesta cidade.
E os que não estiverem focados aqui logo serão despistados.
O formato do evento: um torneio, com alguns dos meus seguidores como participantes.
Assim essas velhas raposas se perguntarão o por que de eu estar revelando minhas cartas e mesmo sabendo que jamais revelaria todos os meus segredos nenhum dos meus rivais deixaria de checar o quanto estou disposto a mostrar.
Afinal, mesmo que não seja tudo, estou expondo minhas forças sem ganhar nada em troca.