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33.33% Nas Sendas de um Mundo Novo / Chapter 1: Prólogo

Capítulo 1: Prólogo

01

Vitor abriu os olhos para uma escuridão total, em um vazio que parecia ao mesmo tempo imenso e claustrofóbico. A única luz vinha de uma figura que flutuava na frente dele. A luz cresceu em intensidade e revelou a forma de uma jovem-adulta. Seus cabelos prateados brilhantes como a lua cheia caíam em ondas suaves ao redor de seu rosto. Seus olhos eram como duas estrelas distantes, mas brilhando com uma luz intensa e inescrutável. Ela era, em uma palavra, celestial.

"Bem-vindo, Vitor Venante," ela disse. Sua voz era suave, como uma brisa da primavera. "Meu nome é Althea, a Deusa do Limiar. Estou aqui para guiá-lo em sua jornada além da vida."

"Além da vida?" Vitor repetiu, um calafrio passando por sua espinha. "Eu... eu morri?"

"Sim," confirmou Althea, seus olhos cheios de empatia e compreensão. "Lamento dizer que sua vida na Terra chegou ao fim."

Vitor sentiu como se o chão tivesse desaparecido sob seus pés. Morrer? Ele estava... morto?

Althea continuou, "Gostaria de poder lhe dizer como você encontrou seu fim, mas... isso é algo que você deve descobrir por si mesmo, se quiser."

As palavras dela eram um mistério, um enigma que Vitor sabia que precisaria desvendar.

"Normalmente, você teria a opção de passar para o paraíso ou renascer na Terra como um humano novamente," disse Althea. "Mas, dadas as circunstâncias únicas de sua morte e sua idade, uma terceira opção foi disponibilizada para você."

Althea estendeu a mão e um portal de luz se abriu diante deles. Através dele, Vitor podia ver um mundo estranho e maravilhoso. Cidades medievais, florestas encantadas, e criaturas que pareciam saídas de um conto de fadas.

"Este é o mundo de Konosuba," disse Althea. "É um mundo onde a magia é real. Mas também é um mundo em apuros. O Rei Demônio e seus exércitos ameaçam a paz e a estabilidade desse lugar."

"Estamos com falta de pessoas dispostas a renascer lá, você deve imaginar o motivo" continuou Althea. "E é por isso que lhe estou dando a opção de escolher esse mundo para a sua nova vida."

A expressão de Althea era séria, mas havia um brilho em seus olhos que fazia Vitor pensar que havia mais do que aparentava.

"Você precisará de um item ou habilidade deste mundo para ajudá-lo em sua jornada," disse Althea. "Pode ser qualquer coisa - um artefato mágico, um dom especial...talvez uma deusa".

Ela lançou a si mesma um olhar provocador, um sorriso suave se formando em seus lábios.

"Então, Vitor Venante," disse Althea, "o que você escolherá para a sua nova vida?"

A informação sobre sua própria morte parecia entorpecer Vitor até os ossos, mas apesar do choque e da confusão, ele ainda conseguia formar perguntas em sua mente. "Ei, espera um minuto..." ele começou, sua voz trêmula, mas determinada. "Isso é alguma espécie de pegadinha? Você está me dizendo que eu morri, só assim, do nada?"

Vitor fez uma pausa, seus olhos castanhos vasculhando a face serena de Althea, buscando algum sinal de uma piada. Mas a deusa apenas olhou para ele com uma expressão compreensiva, uma pitada de tristeza em seus olhos.

"Por que você não pode me dizer como eu morri?" Vitor continuou, uma nota de acusação na voz. "Eu acabei de morrer e você quer me enviar para um mundo com demônios? Que tipo de merda é essa?"

Vitor respirou fundo, seu cabelo loiro contrastava com o vermelho de seu rosto, a adrenalina de sua confusão alimentando suas palavras. "E como você é uma deusa? Não existe essa coisa de divindade, isso é pura invenção pra ludibriar idiotas" Ele disse, com uma pontada de incredulidade. Ele sabia, em algum lugar profundo em seu coração, que o que estava acontecendo era verdade. Mas aceitar isso era outra história.

Althea não se mexeu, ela simplesmente flutuou na frente dele, a luz que a envolvia oscilando ligeiramente com as palavras de Vitor. Ela parecia não ser estranha à incredulidade dos mortais, encarando Vitor com paciência.

"Pode ser difícil de aceitar, Vitor." A voz de Althea era tão suave como antes, inabalável pelas acusações. "Mas é a verdade. Você está morto. E sim, eu sou uma deusa que guia aqueles que morreram no continente americano. Eu não posso te dizer como você morreu. Isso é algo que você terá que descobrir por si mesmo, se quiser e quando estiver pronto, como eu já disse."

Ela fez uma pausa, o silêncio preenchendo o espaço entre eles, permitindo que as palavras dela se assentassem. "Quanto ao mundo de Konosuba, é uma escolha. Você não precisa escolhê-lo. Mas a opção está lá se você quiser."

A expressão de Althea era calma, inabalável perante a explosão de Vitor. Ela manteve seus olhos fixos nele, emanando uma aura de paciência e compreensão, como se ela tivesse passado por isso muitas vezes antes.

Vitor parecia mais confuso e incrédulo com cada palavra que Althea pronunciava. Ele passou a mão pelo rosto, tentando processar as palavras da deusa à sua frente. "Você está brincando com esse nome também, certo?" ele balbuciou, suas palavras meio ofegantes, meio risonhas. "Você tem lido as minhas fanfics que eu escrevia sobre a Light Novel Kono Subarashii Sekai ni Shukufuku o!?"

Ele sacudiu a cabeça, a descrença estampada em seu rosto. "Como é que pode existir um mundo com esse nome? Isso é só a invenção de um escritor japonês, que provavelmente era virgem e recluso, que queria misturar RPG com anime. Você está tentando me enganar ou tirar uma com a minha cara, não está?"

Ele olhou para Althea, a incredulidade ainda clara em seus olhos. Eles encararam um ao outro, Vitor aguardando uma explicação, e Althea esperando pacientemente por ele assimilar a informação. Havia uma sensação de expectativa no ar, como se o mundo estivesse aguardando a reação de Vitor. Althea permaneceu calma, seus olhos cheios de compreensão e paciência.

"Vitor," ela começou, sua voz sempre calma e suave. "Eu entendo que isso seja difícil de acreditar. E eu sei que parece uma coincidência muito grande. Mas eu te asseguro, esse é o mundo de Kono Subarashii Sekai ni Shukufuku o!. Ele é real. E é uma opção para a sua próxima vida."

Ela fez uma pausa, permitindo que Vitor absorvesse suas palavras. "Isso não é um engano, Vitor. Isso não é um truque. É uma oportunidade. Uma escolha que você pode fazer."

"Isso não faz sentido!" Vitor exclamou, sua voz ecoando na sala vazia. Ele parecia estar lutando para entender o que estava acontecendo. "Como pode uma fantasia ser real? E como é que eu estou morto falando com uma mulher e não estou gaguejando nem suando frio?" Seu rosto estava cheio de perplexidade. "Eu mal conseguia ficar perto de uma mulher quando estava vivo."

Ele fez uma pausa, um pensamento passando por sua cabeça. "Isso aqui é só um sonho, né?" Ele perguntou, olhando para Althea. "Eu quero acordar agora." Com isso, ele se beliscou, sua expressão de confusão dando lugar à determinação.

Mas nada mudou. A sala continuou a mesma, Althea ainda estava lá, e ele ainda estava morto.

"Vitor," Althea disse, a compreensão suavizando sua voz. "Eu sei que isso é confuso. É muito para processar de uma vez. Mas isso não é um sonho. Você realmente morreu. E você está aqui porque precisa tomar uma decisão sobre a sua próxima vida."

Ela olhou para Vitor, esperando suas palavras fazerem efeito. "Eu entendo que isso seja difícil de acreditar, mas é a realidade. E você precisa enfrentar isso."

Vitor soltou um suspiro longo, sua respiração visivelmente desordenada. A realidade da situação começou a afundar e ele podia sentir a ansiedade crescendo em seu peito.

Ele se reclinou em sua cadeira, as mãos cobrindo o rosto, enquanto tentava se acalmar. Ele podia sentir a presença de Althea se aproximando, a deusa parecendo querer oferecer algum tipo de consolo.

"Sai de perto mulher, quer que eu infarte de vez?" Vitor explodiu, olhando para Althea com uma expressão de pânico. Ele estava claramente perturbado, a tensão visível em cada linha de seu corpo.

Althea recuou, levantando as mãos em um gesto de rendição. Ela tinha uma expressão de preocupação em seu rosto, mas manteve uma distância respeitosa, permitindo que Vitor tivesse um pouco de espaço para respirar e processar as informações.

A sala ficou em silêncio por vários minutos, apenas o som da respiração agitada de Vitor ecoando no espaço vazio. Gradualmente, ele começou a se acalmar, a realidade de sua situação começando a se instalar verdadeiramente.

Vitor respirou fundo, o ar preenchendo seus pulmões enquanto ele lutava para controlar as batidas descontroladas de seu coração. Ele balançou a cabeça, como se tentasse limpar a confusão, antes de se forçar a focar em Althea novamente.

Ele fechou os olhos por um momento, usando o silêncio para reunir seus pensamentos. Havia tantas perguntas girando em sua mente, uma série infinita de 'e se' e 'por quê', que ele mal sabia por onde começar. Ele sabia que precisava de respostas, de alguma forma de dar sentido a tudo isso, mas a realidade do que estava acontecendo ainda parecia muito além da compreensão.

02

Eventualmente, Vitor abriu os olhos novamente, encontrando o olhar de Althea:

"Tudo bem", ele começou, sua voz firme apesar da tremor evidente em suas palavras. "Eu morri, sabe-se lá como. Isso aqui parece ser o exato começo da Light Novel de Konosuba, quando o Kazuma morre de uma forma ridícula e aquela deusa fica tirando sarro dele. Pelo menos você não está tirando sarro, mas eu também não sei como eu morri então isso também não ajuda em nada. Eu não sei por quê você não quer ou não pode me contar, mas eu vou relevar isso por enquanto. Não tem jeito. Então eu posso escolher entre ir pro paraíso, renascer na Terra ou ir para o mundo que é exatamente o mundo daquela light novel... eu não consigo nem acreditar que isso possa ser verdade, mas aqui vão algumas perguntas então..."

Ele suspirou, passando uma mão pelos cabelos em uma tentativa de acalmar-se. Sua expressão estava séria, o peso da situação evidente em seus traços. Ele sentia uma mistura de medo, confusão e incredulidade, mas no fundo, havia também uma centelha de curiosidade. Este era um mundo completamente novo e desconhecido, e apesar de todas as incógnitas, parte dele estava excitada para explorar o desconhecido.

Vitor olhou para a deusa, os olhos intensos focados em seu rosto. Ele inclinou-se para frente em sua cadeira, cruzando os braços sobre o peito enquanto mordia o lábio inferior. Sua mente estava rodando a mil, tentando processar as palavras da deusa.

"Como é possível que um mundo que era uma fantasia escrita no meu mundo seja real?" Ele começou, sua voz baixa e séria. "Esse mundo está no mesmo universo que a Terra ou é outro universo? Ou outra realidade?"

Vitor pausou por um momento, seus olhos faiscando com uma nova realização. "Se esse mundo é realmente o mundo de Konosuba," ele continuou, "então o Kazuma, Darkness, Megumin e a Aqua devem estar nele, mas já deveriam ter derrotado o rei demônio... afinal, a Light Novel já havia acabado..."

Ele se recostou em sua cadeira, sua expressão ficando pensativa. "A menos que..." ele começou lentamente, "o momento atual seja anterior ao fim da light novel, e o momento atual não seja o momento atual na Terra, ou a história real de Konosuba não está predestinada..."

Vitor terminou, olhando para a deusa com uma expressão de expectativa. Ele estava claramente lutando para entender a situação, seu olhar intenso e focado demonstrando o esforço que ele estava fazendo para aceitar a realidade de sua situação.

Por sua vez, a deusa Althea observava Vitor em silêncio, seus olhos brilhando com uma mistura de simpatia e admiração. Ela podia ver a confusão e a incredulidade em seu rosto, mas também podia ver a determinação subjacente e a vontade de entender. Foi esse espírito de resiliência que a fez acreditar que Vitor seria capaz de lidar com o que estava por vir.

A deusa Althea inclinou a cabeça para um lado, parecendo considerar suas palavras antes de responder.

"O universo é um lugar incrivelmente vasto e complexo, Vitor, muito mais do que os humanos conhecem" ela começou com uma voz suave. "E o conceito de realidade pode ser mais fluido do que você imagina. Alguns podem até argumentar que a realidade é uma construção pessoal, moldada pelas percepções e crenças de cada indivíduo."

Ela estendeu as mãos em um gesto expansivo, como se estivesse tentando abranger o cosmos inteiro. "Em um universo tão vasto e complexo, quem é capaz de dizer o que é verdadeiramente real ou não? O mundo de Konosuba pode ter sido uma obra de ficção em seu mundo, mas em outro lugar do universo, é tão real como a Terra em que você viveu."

Ela baixou as mãos, olhando diretamente para Vitor. "Quanto ao Kazuma e ao resto, sim, eles estão nesse mundo. Mas você está certo em sua suposição - a linha do tempo aqui é diferente. Não está sincronizada com a linha do tempo da Terra. E, sobre o Rei Demônio, bem... Isso é algo que você terá que descobrir por si mesmo."

Ela terminou com um sorriso enigmático, claramente achando divertido o mistério que ela acabara de apresentar. Vitor, por sua vez, estava em silêncio, absorvendo as palavras da deusa e tentando compreender as implicações do que ela acabara de revelar.

Vitor cruzou os braços, um olhar cético estampado no rosto enquanto sua mente se esforçava para desvendar as palavras da deusa.

"Não está sincronizada... isso significa o que?" ele questionou, suas palavras soando mais como um desafio do que uma pergunta. "Ela pode ser alterada ou não? Tudo já está destinado a acontecer de uma certa forma ou não?"

Ele franziu o cenho, seu tom aumentando à medida que se frustrava com as respostas vagas de Althea.

"E sobre o seu papinho de 'outro lugar do universo', eu era físico e astrônomo... bem, pelo menos estudante de Física e Astronomia," continuou ele, "não me venha com essa ladainha, nada dessa historinha pode ser real, as leis da Física não seriam válidas, me conte a verdade e pare de tentar me enrolar."

A deusa simplesmente sorriu, a paciência e a calma claramente inabaladas pela intensidade dele. Ela parecia estar ponderando sobre como responder, talvez até mesmo considerando quão profundo deveria ir em sua explicação. Apesar de sua crescente frustração, Vitor não pôde deixar de notar a graça e a dignidade com que ela lidava com a situação, um lembrete constante de que estava, afinal, falando com uma divindade.

Mas, mesmo assim, ele estava determinado a obter respostas, e seu olhar dizia claramente que não se contentaria com menos que a verdade completa.

Diante da insistência de Vitor, Althea não pôde evitar uma risada suave. Ainda sorrindo, ela levantou uma mão para acalmá-lo, claramente não querendo provocá-lo mais do que já tinha.

"Vitor, eu entendo a sua frustração," ela começou, mantendo a voz calma e suave. "E eu sinto muito se parece que estou tentando enrolá-lo, não é essa a minha intenção. Vou tentar esclarecer suas dúvidas da melhor maneira que posso."

Ela fez uma pausa, parecendo escolher suas palavras com cuidado. "Primeiramente, sobre a sincronia entre os mundos... é um pouco complicado. Cada parte macroscópica do universo tem seu próprio fluxo de tempo, sua própria história. Não é algo linear e conectado, como por exemplo numa perspectiva menor, como no sistema solar. É mais como... rios separados que fluem paralelamente, cada um com suas próprias correntezas e desvios. Então, sim, as coisas podem mudar, dependendo das ações das pessoas nesses mundos."

Quanto à sua outra pergunta..." ela prosseguiu, a expressão ficando mais séria. "Você está certo, as leis da Física como você as conhece não explicam a existência desses mundos. Mas isso não significa que não existem outras leis, outros aspectos do universo que a humanidade ainda não descobriu. A Física é uma forma de entender o universo, Vitor, mas não é a única."

O olhar de Althea era gentil, mas firme, demonstrando que ela estava falando sério. "A verdade é que o universo é muito mais vasto e complexo do que podemos compreender totalmente. Isso não significa que você deve descartar tudo o que sabe, apenas que há mais para aprender. E talvez, ao escolher esse caminho, você tenha a chance de explorar essas verdades por si mesmo."

O silêncio caiu sobre eles enquanto Althea deixava suas palavras ressoarem. Apesar de suas respostas não serem exatamente o que Vitor esperava, ela tinha se esforçado para ser o mais transparente possível. Restava a ele decidir se aceitava ou não as explicações dela.

Vitor respirou fundo, tentando se acalmar diante da magnitude daquilo que estava prestes a fazer. Estava num território totalmente desconhecido, e apesar do medo evidente em sua voz, havia também uma determinação firme que não passou despercebida para Althea.

"Bom, parece que eu não tenho escolha alguma a não ser confiar em você e aceitar renascer nesse mundo bizarro, mas eu quero discutir alguns termos antes", disse Vitor:

"Eu quero renascer como eu sou," Vitor afirmou, encarando a deusa. "Lembro-me que Kazuma foi para esse mundo sem perder a memória e com a mesma idade, além de que ele teve a chance de levar algo consigo para ajudá-lo. Eu quero a mesma oportunidade."

Vitor então apresentou sua segunda demanda, mais uma vez demonstrando seu conhecimento sobre o enredo de Konosuba. "Você pode me dizer em qual 'volume' da Light Novel o mundo de Konosuba está agora? E se está seguindo ainda o que foi escrito nela?"

Althea, ouvindo as demandas de Vitor, assentiu lentamente, respeitando sua decisão e respondeu: "Primeiramente, é claro, você manterá suas memórias e sua identidade. Quanto ao item que você deseja levar, pense bem. Escolha algo que possa te ajudar nessa nova jornada." A deusa fez uma pausa, pensando sobre a segunda demanda de Vitor, e finalmente disse: "No que diz respeito ao enredo da Light Novel... o mundo de Konosuba está agora finalizando o 'volume' 2. Algumas coisas são similares à história que você conhece, outras são diferentes. Mas lembre-se, as histórias são inspiradas nesse mundo, mas nem tudo que foi escrito necessariamente aconteceu ou acontecerá. O futuro ainda está por ser escrito, Vitor, por você e por aqueles que você encontrará."

Os olhos da deusa brilharam com uma mistura de seriedade e gentileza. Ela sabia que as palavras eram de pouca consolação para alguém que estava prestes a enfrentar um mundo desconhecido, mas era tudo o que ela poderia oferecer. Ela esperou pacientemente que Vitor absorvesse a informação, preparada para responder a mais perguntas se ele tivesse.

Vitor engoliu em seco antes de continuar. "Minha terceira demanda..." Ele começou, mas então sua voz vacilou e ele estremeceu. Depois de um momento de silêncio, ele olhou diretamente para Althea. "Me diga uma coisa, você tem conhecimento de tudo o que eu fiz na minha vida?"

Althea sorriu suavemente. "Grande parte sim, Vitor," ela respondeu com sinceridade. "Não vejo todos os detalhes, afinal, também preciso dormir, embora bem menos que os humanos, e confesso, algumas vezes também me entedio. Além disso, eu cuido das mortes de todo o continente, você sabe. Mas eu vejo muito."

A confirmação parecia suficiente para Vitor, embora ele não parecesse inteiramente aliviado. Então, ele soltou uma risada nervosa e continuou, "Então isso quer dizer que você sabe sobre..."

Ele não terminou a frase, mas a maneira como ele olhou para Althea fez com que ela entendesse o que ele queria dizer. Althea era uma deusa, afinal. Ela poderia não ver todos os detalhes, mas ela viu o suficiente para compreender a insinuação de Vitor. A expressão em seu rosto tornou-se um pouco mais séria, mas ela manteve seu sorriso.

"Eu sei, Vitor," ela confirmou suavemente, entendendo o significado subjacente de suas palavras não ditas. Ela segurou o olhar de Vitor, demonstrando sua compreensão e apoio sem dizer uma palavra. "Eu sei."

Vitor hesitou novamente antes de fazer a pergunta seguinte. "E na situação do mundo atual de Konosuba, eu ainda tenho chances de...?" Ele não terminou a frase, deixando as palavras pairarem no ar. A atmosfera tornou-se de repente mais pesada, um sinal da importância da pergunta não formulada para Vitor.

Althea o observou por um momento, pensativa. Então, com uma gentileza que só uma deusa poderia ter, ela deu sua resposta. "Vitor, cada mundo é um tecido de infinitas possibilidades e caminhos. O que você escolherá, e para onde você irá, é algo que só você pode decidir."

A resposta era tão enigmática quanto reconfortante, e embora não fosse uma promessa concreta, havia uma certa esperança nela. Vitor assentiu lentamente, parecendo um pouco mais aliviado.

Althea continuou olhando para Vitor. Ela poderia ver a ansiedade nele, mas também uma determinação firme. Ela sorriu, "Independentemente do que aconteça, Vitor, lembre-se, este é agora o seu caminho, e você tem o poder de moldá-lo da maneira que desejar."

Vitor ajustou-se em sua cadeira, seus olhos encontrando os de Althea com um olhar forte e determinado. "Então tudo bem. Isso basta para mim" Afirmou ele com convicção. "Agora sobre o item ou dom que eu posso levar..."

A próxima parte de sua declaração foi silenciada, como se o som simplesmente não conseguisse atravessar o espaço entre ele e Althea. Seus lábios se moviam, formando palavras e frases que ela parecia entender, mas nenhum som chegava a canto algum. Althea acenou com a cabeça, seus olhos brilhando com uma luz suave de compreensão.

A cena escureceu por um momento, cortando brevemente para Althea. Sua expressão era serena, mas havia uma pitada de surpresa em seus olhos. Ela acenou novamente, respondendo a algo que Vitor havia dito.

"Você tem certeza disso, Vitor?", ela perguntou, sua voz soando clara novamente. Mas de novo, a resposta de Vitor não era audível. O foco estava em seu rosto, mostrando uma expressão determinada, antes de voltar a Althea.

Por fim, Althea assentiu lentamente, uma expressão de aceitação em seu rosto. "Muito bem, Vitor. Se essa é a sua escolha, eu a respeitarei." Ela se levantou, estendendo a mão para Vitor.

As palavras de Althea ecoaram, ganhando força e intensidade, parecendo reverberar pelo espaço ao redor. Sua voz soou majestosa, imbuida de uma serenidade solene e resoluta, enquanto pronunciava a frase que marcaria o início de uma nova jornada para Vitor.

"Então, com esta minha benção, eu te envio, Vitor, para o mundo de Konosuba, governado pelo Rei Demônio. Lá, encontrarás companheiros e adversidades, mas também a oportunidade de trilhar teu próprio caminho e lutar por um futuro de tua escolha. Não esqueça: por mais sombrias que as noites possam ser, sempre haverá o amanhecer. Portanto, avance, enfrente e vença. Conquistando, assim, um futuro brilhante e a glória!"

Enquanto a deusa Althea falava, uma luz cintilante começou a emanar do chão sob Vitor, formando lentamente um círculo mágico elaborado. À medida que a intensidade da luz aumentava, o círculo começou a girar, lançando faíscas douradas e azuis que flutuavam pelo ar, criando um espetáculo visual impressionante.

Vitor podia sentir uma estranha vibração passando por seu corpo, como se cada molécula dele estivesse sendo acordada para uma nova existência. A luz ficou tão intensa que ele teve que fechar os olhos, o som de um vento forte enchendo seus ouvidos.

Em um instante, a voz de Althea se perdeu na torrente de energia e Vitor sentiu como se estivesse sendo puxado, transportado através de um vórtice de pura luz e poder mágico. Nesse momento, ele sabia que sua jornada no mundo de Konosuba havia realmente começado.


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