Seu corpo era grande e negro como carvão e se misturava com a areia daquele lugar, o que fazia total sentindo o fato de não ter conseguido identifica-lo mais cedo.
Mas algo estava errado, parecia que estava sentindo dor e estava escorrendo um liquido preto de seu corpo conforme se aproximava, os grunhidos que ele soltava foram interrompidos por uma voz...
Parecia ser de uma mulher que estava em suas costas como um parasita ou um carrapato que sugava todo seu o sangue.
E pouco a pouco aquele corpo enorme foi se ajoelhado e virando pó.
Com um sorriso em seu rosto soltou uma risada fina e estridente.
"Eita porra!", pensei enquanto me esforçava para não sair correndo.
Passei grande parte da minha infância correndo na rua e esfolando meu dedo jogando bola antes de conhecer o meu amigo computador, então na corrida não tinha para ninguém.
E também sou carioca!
Mas antes que pudesse cogitar em fazer isso Sam se jogou em cima de mim pressionou seu corpo ao meu e com uma das mãos tampou a minha boca.
"Shhh...", disse próxima ao meu ouvido.
Aquela foi uma sensação estranha e confusa demais para mim...
"Que caralhos é isso?", não é todo dia que..."Cacete! tem um cheiro bom, mas que porra estou pensando?"
Virei o rosto sentindo o todo o seu peso sobre mim, devagar íamos afundando na areia.
Aprumando o seu corpo e tornando se mais feminina, no entanto, ainda com uma aparência monstruosa, com chifres saindo da sua têmpora.
Não sabia o que era aquilo e do topo do seu crânio tinha orelhas que lembrava, mas não parecia ser de algum animal, até por que possuía pequenas serras, seus olhos eram vermelhos vibrante da cor do sangue e não possuía um globo ocular.
"Ela ainda é cega", disse Sam enquanto fazia pressão sobre o meu corpo.
Como Sam sabia disso? Naquele momento fiquei que nem uma estatua e fiz o possível para não ser notado e graças aquela monstruosidade parasita que vimos consegui comprovar uma coisa.
"Carlos, tem uma coisa me cutucando", sussurrou em meu ouvido em um tom acanhado.
"Ah, é o meu celular...", disse enquanto tentava disfarçar.
"Isso não parece ser um celular"
Caralho, sussurrar no meu ouvido só estava piorando as coisas.
Ela é uma garota!
Pow, seria péssimo para minha reputação ficar de barraca armada para um garoto.
Ficamos um em cima do outro uns dez minutos por ai enquanto aquela coisa se limpava como se fosse um gato, lambendo todo aquele sangue que estava em seu corpo.
Após se limpar levantou-se e pouco a pouco foi se distanciando da gente parecia que tinha achado outra presa, pois a principio estava caminhando suavemente, mas logo depois começou a correr.
"Como você sabia que ela era cega, Sam?"
"Vamos chegar na floresta primeiro, lá sera mais seguro.", enquanto tirava areia do corpo. "Até por que logo vai anoitecer."
Anoitecer? Como assim? Acreditava que já era noite, o céu daquele lugar era vermelho e as nuvens negras, então como seria a noite?
"Como assim ainda não é noite?", perguntei confuso com o que ela havia dito.
"Quando o céu ficar azulado e as nuvens completamente vermelha, ai sim sera noite.", enquanto corria me mostrando o caminho.
De início pensei que seria muito mais complicado de correr em uma areia, mas por algum motivo, andar era mais complicado e cansativo do que correr, mas para mim ambos me custava muito preparo físico.
Maldita vida de sedentarismo!
"Chegamos!", disse ela aliviada.
Mas que porra de floresta seria essa? As arvores era de fogo sua tonalidade variava a cada momento, ela ficavam azul escuro, depois um laranja claro e sempre mudando.
"Caralho, tomei bala e vim parar em uma rave?"
Abri meus braços, comecei a balançar as minhas mãos e a cabeça, em uma dança escrota e divertida...Nunca tinha ido em uma, mas o pouco que vi na internet era um role totalmente aleatório e não teria melhor lugar para fazer isso do que ali.
"Que cacete você ta fazendo?", Perguntou ela com uma expressão estranha no rosto.
"Dançando, apenas me adequando ao ambiente."
Entrando cada vez mais entre as arvores, Sam estava me levando para uma espécie de abrigo, segundo ela era a única maneira de sobreviver durante a noite.
Chegamos próximo a uma pedra gigante, com uma frase escrita, as letras eram parecidas com as que tinha no livro que o Krohlik segurava.
Ao se aproximar foi esfarelando pouco a pouco e permitindo a nossa a entrada.
As luzes eram neutra e não havia muitas, mas o suficiente para iluminar e mostrar todo o local.
Havia suprimentos como agua, comida, mas não havia nenhum objeto, ou alguma arma que pudesse ajudar a ferir aquelas bizarrices lá fora.
Olhando para a direita reparei que havia um quadro, onde mostrava o nome da varias pessoas.
"Mas que porra é essa? Por que meu nome está ali?"
Nele tinha alguns na cor vermelha, azul e outras cores, mas o que me chamou mais atenção foi o fato de ter alguns censurado como se fosse uma senha cheia de asterisco.
Pelo jeito havia mais pessoas além de mim e a Sam, tomei a liberdade de chama-los de "Clavos", ou clts escravos chega até ser pleonasmo.
"Ei Sam, sabe me dizer por que nossos nomes estão ali?"
"Ah, são os nomes de todos que já passaram ou estão passando por este teste.", enquanto andava para um lado e para o outro.
"E as cores, você tem ideia do que significa?"
"Ai não sei lhe dizer, o Azzy não comentou nada sobre isso."
Talvez as cores dos nomes significasse a quem a pessoa servia, se for isso faz total sentido o meu nome esta nas cores vermelha, já que comi os lanche da rainha e sou escravo dela...
Enquanto a Sam seu nome esta azul por ter feito um pedido diferente do meu, no entanto...
Qual seria o significado dos nomes censurado?
Ah, foda-se não vou ficar queimando neurônios à toa nessa parada.
"Achei!", Gritou Sam entusiasmada.
"Eita poha!", quase que me mata do coração. "O que você achou?"
Toda sorridente olhando para mim ela disse...
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