Hermes, que se tornou meu segundo deus favorito, como se eu tivesse encontrado muitos, partiu assim como chegou, sem fazer barulho e de forma imperceptível para meus sentidos, antes disso, recebe um resumo completo do que eu poderia fazer com meus poderes durante a noite inteira, era bem simples na verdade, mas também bastante poderoso.
De certa forma, enviar almas para seu local de direito não parece tão ameaçador, mas pela explicação de Hermes, vários seres como zumbis, fantasmas, espíritos possuídos ou qualquer outro ser que negro que teve em sua criação uma alma como sacrifício ou ingrediente, pode ser afetado por esse poder.
Ou seja, ganhei uma vantagem bastante injusta contra seres desse tipo, mas claro que preciso de um pouco de prática para atingir isso, assim como a manipulação de ectoplasma dada por minha irmã, que devo comentar, não estou trabalhando muito nela como deveria estar.
Portanto, acho que finalmente chegou o momento que tenho que me dedicar um pouco na minha prática mágica aproveitando o tempo diferente aqui do que na Terra, parando um pouco minhas aventuras nesse lugar até ter certeza absoluta que vou poder dar conta dos próximos desafios que minha madrasta, vai com certeza, jogar em cima de mim.
Essa, é a melhor alternativa para meu problema, já que Perséfone, literalmente me fez lutar contra um ciclope, e eu não estou nem perto do castelo no centro desse lugar.
Então parar minha aventura e começar a usar esse lugar para desenvolver meu poder é a melhor coisa que posso fazer para melhorar a mim mesmo, fora que estou também no meio de uma viagem pela Terra, coisa que estou focando bastante, então o tempo que vou passar aqui são pequenas pausas nessas férias.
Então, dois dias depois, correndo na minha velocidade máxima, encontrei várias coisas interessantes pelo caminho, como a cidade dos residentes que tiveram sua memória apagada, alguns animais estranhos e vários tipos de vegetação diferentes.
Finalmente, sai dos campos onde estava e cheguei num novo lugar que fica entre os campos e outra zona do Submundo, um lugar calmo, sem quase nada a não ser um par de pequenas colinas aqui e ali, sem floresta, sem vida, e vazia.
Lugar perfeito para se treinar e montar uma base, e escolhi um lugar bem em cima de uma colina, aonde no topo fica uma pequena caverna grande o bastante para me acomodar.
"Parece que finalmente me tornei um personagem principal de uma história chinesa de cultivo, e estou me isolando do mundo para atingir a iluminação e matar os jovens mestres." Ri da minha situação olhando para meus novos aposentos.
Era uma brincadeira, eu sabia muito bem que isso não daria tanto tempo para minhas práticas, me divertindo tanto como estou nas minhas férias.
"De qualquer forma, vamos começar."
Xxxxxxxxxxxxx Quatro Meses Depois, No Tempo do Submundo. xxxxxxxxxxxxxxxxxxX
"Eu deveria ter trazido uma variedade maior de comida enlatada."
O gosto de comida enlatada é algo terrível para um super paladar, mas era a única coisa que eu podia trazer para o Submundo sem ter que levar uma quantidade ridícula de coisas comigo pelo portal.
Então depois da pequena quantidade de comida comestível que eu trouxe comigo acabou, a única coisa que se pode fazer é usar a enlatada.
Claro, posso dar um pulo na cidade que estou agora na Terra, e comprar algo, mas esse vai em vem é realmente cansativo, então tentei hoje comida enlatada.
No final, joguei o que restou do conteúdo da lata na fogueira na minha frente e vi tudo queimar.
Faz bastante tempo, pelo menos nessa passagem de tempo, e não demorou muito para eu começar a aproveitar o silêncio completo desse lugar, silencio não é algo fácil de se conseguir mesmo na Torre, que fica no meio de uma ilha. O mundo é barulhento, não estou falando apenas das pessoas, mas também de tudo, até mesmo as construções onde vivemos fazem barulho.
"Eles estão chegando."
Falar sozinho, meio que ajudou no início e também se tornou um hábito nesse lugar.
"Alguns dias, talvez."
Estou sentando na frente da caverna com a fogueira acessa, no horizonte, na planície sem vegetação sobre a luz natural desse reino, uma nuvem de poeira se move lentamente sobre os passos do pequeno exército de esqueletos.
Já percebi eles a dias, e nenhum deles está realmente se apresando para chegar aqui.
Não sei se sou o alvo deles ou se estou apenas no seu caminho, de qualquer forma, não vou recuar, se esse for mais um dos planos da Rainha do Submundo para lidar comigo, não vai adiantar nada fugir, eles vão continuar andando no seu ritmo até chegar até mim eventualmente.
Não, eu vou lutar, e estou bastante animado para tentar usar o que aprende no meu treinamento.
Se passaram dois meses no tempo da Terra, mas quase quatro no Submundo, passei a maior parte do tempo nas minhas férias, mas a cada duas semanas curtindo, eu passava uma ou duas aqui trabalhando para compensar, de qualquer forma, como prometido, não dei um passo para fora da caverna onde estou, passei todo esse tempo estudando e criando novos feitiços, ou mais precisamente tentando.
Usei as gotas dos rios que coletei na minha viagem até aqui para tentar criar e fortalecer os feitiços que já tenho, também comecei a melhorar o feitiço de voo.
O mais importante, foi a conversa que tive com a Canario Negro, minha psicóloga que me ajudou bastante com tudo que aconteceu depois da guerra dos vampiros e me forçou a viajar pelo mundo, que aceitou uma ideia louca minha.
Agora que aprendi a deixar as almas irem, achei justo antes de o fazer conhecer as vidas que tirei olhando suas memórias, já que na minha opinião, essa é uma responsabilidade minha.
Não fiz isso antes de confirma com a Canario antes, já que a ideia poderia fazer mil vezes pior ao meu estado psicológico do que bem, no final, ela concordou, mas deixou bem claro que eu deveria fazer isso lentamente, e com ajuda dela, dessa forma ela poderia me monitorar melhor.
Vendo as memórias, percebi o tesouro que elas eram, já que havia uma quantidade ridícula de conhecimento em cada alma.
O aprendizado nunca foi tão rápido como é agora, e eu estou realmente fazendo um progresso assustador em cada pequena coisa que estou tentando.
E a primeira coisa prática que vou fazer com esse novo conhecimento, foi a armadilha que criei para o pequeno exército que vai me atacar daqui a alguns dias.
Como falei, cada alma tem muito conhecimento, mas foi a alma negra do feiticeiro vampiro que possui o verdadeiro tesouro para um feiticeiro aprendiz como eu, infelizmente, muito desse conhecimento é algo que nunca vou praticar por mim mesmo, mas saber sobre ele e praticar são duas coisas diferentes, o conhecimento que tenho sobre isso vai me dá alguma defesa no futuro, fora que nem tudo é inútil, as defesas da minha pequena casa e armadilha foram criadas por meio dessas memorias.
Parte de mim, realmente quer atacar o exército dos mortos de frente, com apenas minha espada, escudo e magia, mas sem saber qual é a força dos esqueletos e seus grandes números, a chance de eu acabar ferido entrando no meio deles, não, um feiticeiro tem que usar sua magia de forma inteligente, por isso montei a armadilha que ficou pronta dias atrás.
Minha primeira armadilha magica, estou um pouco curioso e animado para ver como tudo vai acontecer.
Deixo o horizonte para trás e entro dentro da caverna, o local sem iluminação e um pouco úmido demais para o gosto de qualquer humano, mas para mim isso não importa muito, já que posso ver melhor no escuro que a luz do dia e precisa mais que um friozinho para me sentir desconfortável.
Havia uma pilha de cadernos jogados do outro lado da caverna, eram todos rabiscos e ideias jogadas fora para criação dos meus feitiços, fora isso e uma pequena cama feita por mim mesmo no chão, o local estava completamente vazio, a não ser pela pequena pilha de joias e metais preciosos próximo de um buraco do lado norte da caverna, essas joias, são minha fonte de renda para minhas férias, já que viajar pelo mundo custa caro.
Deitei na minha cama dura improvisada e usei telecinese para trazer puxar um caderno do outro lado da caverna para mim.
E assim, continuei meus estudos, esperando o dia da batalha.
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"Eles com certeza são lentos." Suspirei olhando para o exército se aproximando.
Demorou quase uma semana para eles finalmente se aproximarem da armadilha montada a mais de dois quilômetros de distância do monte de terra que a caverna fica.
E daqui a poucos minutos, eles vão estar passando pela armadilha, finalmente.
Eu sou uma pessoa paciente, mas diante essa lenteza, não consegui esperar muito e voltei para Terra por alguns dias de lazer pelo mundo.
O resto do tempo, foi gasto estudando magia e até mesmo meus inimigos.
Diferente dos mortos vivos que lutei na floresta na primeira vez que vim para esse reino, esses são mais lentos e parecem ser menos poderosos, todos usando armaduras velhas caindo aos pedaços, mas suas armas estavam em melhor qualidade que as daqueles no bosque, pareciam até mesmo novas, e eles estavam marchando em perfeita ordem.
Um exército de mil esqueletos marchando em formação retangular.
Isso não parece uma ameaça se comparar ao ciclope, então, eu realmente não estou entendendo como um exército andando tão lentamente pode realmente ser uma tentativa de assassinato.
Bem, já que resolvi não correr, isso não importa muito agora.
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"Mais alguns metros."
Se passou dois dias, e finalmente, os esqueletos chegaram aonde deviam.
Com o chão duro e seco sobre meus pés, minha espada enfiada no chão e minhas duas mãos em cima do seu pomo, e como sempre, usando minha armadura quase que completa sem meu elmo.
Na minha frente, um exército de ossos brancos armados com espadas e lanças de boa qualidade. Mesmo com minha presença na frente deles, os esqueletos não se adiantaram e continuaram andando no mesmo ritmo, entrada cada vez mais na minha armadilha.
No chão, bem em cima aonde minha espada está enfiada a um símbolo cavado na terra seca, a muitos outros como esses espalhados num círculo com o diâmetro de quase dois quilômetros, é nesse círculo que eles estão entrando lentamente agora.
Por sorte, a formação deles é bem apertada, e todos os mil esqueletos vão estar no círculo quando os que estiverem na frente chegarem alguns metros próximos a mim.
"Mais alguns minutos." Falo sozinho olhando para os olhos brilhantes vermelhos dos esqueletos.
A armadilha vai funcionar?
Se funcionar, todos vão ser acertados por ela?
A mais algum perigo oculto?
Perguntas como essa ficaram passando na minha mente desde que cheguei nesse lugar, mas após respirar fundo, consegui controlar essas perguntas idiotas que só serão respondidas quando a armadilha for ativada.
Finalmente, eles chegaram.
E a poucos metros de distância, a primeira fileira de esqueletos que antes não parecia estar ligando muito para mim finalmente se moveu. A linha da frente, estava armada só com lanças curtas antes apontadas para cima, mas agora, os esqueletos as abaixaram as deixando retas apontadas para meu corpo, o ritmo deles não mudou, mas estou a segundos de ser acertado pelas lanças se não acionar a armadilha.
É isso que eu faço.
Essa é uma armadilha simples, e para ativar, uso minha espada para transmitir meu poder até o primeiro símbolo no chão que brilha em cinza e preto.
Muito pouco, preciso de mais energia.
O símbolo brilha com mais intensidade, em seguida, da esquerda e direita dele, uma linha da mesma cor tingida com minha energia se acende chegando nos dois próximos símbolos, e isso segue acontecendo até que todos eles estejam brilhando formando um círculo completo em volta do exército.
Assim que sinto o círculo completo, ativo completamente a armadilha.
Funcionou.
Um pulso invisível de energia emanou por todo o círculo como uma anda de poder que podia ser vista ao olho distorcendo o ar cobrindo toda a extensão dele.
Tudo isso aconteceu muito rápido, e acabou da mesma forma.
Os esqueletos pararam com as pontas das suas lanças a centímetros da minha barriga.
Todos eles estão congelados, parados sem se mover.
Na verdade, eles foram destruídos, a energia dos seus olhos foi completamente apagada sendo prova disso.
A armadilha não passa de um dispersor e intensificador de energia. A armadilha em si não é grande coisa, ela só recebe minha mana e a dispersa enquanto aumenta um pouco seu poder por todo interior do círculo, a contendo e concentrando.
Para vencer, sabendo que meu inimigo eram esqueletos, tudo que precisei fazer foi de uma forma de compartilhar a benção que Hermes, me deu de forma mais ampla, já que até agora, eu só consegui fazer isso em contato direto com a alma.
Nunca testei isso antes, mas estou feliz que realmente deu certo.
Parece, que posso dispersar uma pouco da alma que esqueletos possuem, e isso vai ser uma arma poderosa no futuro, assim como Hermes, falou.
"Deu certo, mas parece que ainda não tenho poder para acabar com todos de uma vez."
Atropelando os esqueletos que foram afetados e mortos pelo meu poder, havia os que conseguiram sair com vida da minha armadilha, todos prontos para a batalha.
Fez uma conta rápida usando minha supervelocidade, e no final, dos mil, sobraram duzentos e cinquenta, e isso significa que minha armadilha foi um sucesso assombroso.
Puxo minha espada do chão pronto para uma luta física.
Essa armadilha só pode ser usada uma vez, então o resto, vai ser resolvido de forma mais direta.
"Επικαλούμαι το κρύο της θλίψης του ποταμού Cocyte!" {Eu Invoco o Frio da Tristeza do Rio Cócito!}
Não tenho a intenção de ser cercado e morto, então parto para o ataque conjurando uma forte nevoa que passou pelos meus pés dos esqueletos como uma onda congelando os pés daqueles na frente do ataque.
Mas eles têm números, e a primeira lança finalmente chega até minha mim, pronta para acertar meu olho.
Avanço em vez de recuar passando por de baixo da lâmina e cortando toda a metade do esqueleto facilmente, bem a tempo de ver uma segunda lança a caminho da minha barriga. Dou um salto passando por cima da lança e do esqueleto, assim que caio no chão, giro meu corpo cortando fora sua cabeça.
"Επικαλούμαι το κρύο της θλίψης του ποταμού Cocyte!" {Eu Invoco o Frio da Tristeza do Rio Cócito!}
Crio um muro de gelo de três metro de altura e um de largura na minha frente me defendendo das outras lanças, que conseguem atravessar o muro, mas acabam ficando presas nele. Não tive tempo de deixar o murro mais grosso, só que o segundo que ganhei com isso, foi o bastante para pegar meu escudo e o colocar na frente do meu corpo.
Mais lanças se juntam ao ataque e quebram o murro gelo acertando meu escudo tirando faíscas ao acertar ele, avanço com ele na frente do meu corpo atingindo os esqueletos.
"BLAM!"
Só com meu escudo e meu corpo, quebrei vários esqueletos que estavam na minha frente facilmente.
Olho para os lados, e vejo eles se aproximando tentando me cercar.
"TONN!"
A explosão da energia divina não foi só para se livrar dos esqueletos próximo, foi na verdade, para tirar aqueles já mortos em pé ao meu redor, eles estavam começando a me confundir, e para não ser acertado de surpresa, abri espaço os destruindo.
"Track!"
A próxima onda estavam portando espadas, o que era perfeito para mim.
"Track!"
Passei os próximos minutos girando minha espada para todos os lados com graça, e a cada golpe, um esqueleto caio no chão, no fim, a tantos ossos espalhados no chão, que estou literalmente andando sobre eles agora, e o barulho disso não era nada agradável.
Ossos, sim, eu posso usar isso.
Ainda segurando minha espada, a minha mão brilha em cinza do ectoplasma.
"σηκωθείτε!" {Ergam-se!}
Essa energia se torna nevoa que se divide e se separa da minha mão entrando nos crânios no chão, segundos depois, os crânios se erguem com um corpo, dez esqueletos foram ressuscitados ao meu comando.
Esse é um pequeno feitiço necromântico, diferente dos esqueletos que invoco que já estão vivos, esses foram ressuscitados com minha própria energia, é um feitiço bem simples desse ramo, eu verdadeiramente não quero me aprofundar muito nele, ainda mais agora que sei os verdadeiros riscos após analisar as memórias do vampiro feiticeiro, mas como eu disse, ele é um feitiço simples que posso usar livre desses riscos.
Essa é primeira vez que faço esse feitiço, e mesmo ele dando certo, ter dez pontos de vistas novos somados ao meu de um segundo para o outro foi é um pouco desconcertante. Deferente da verdadeira necromancia, aonde se da vida para algo e o escraviza, o que estou fazendo aqui é transformar esses esqueletos em marionetes, eles não têm vontade ou podem se mover sem meu controle direto.
"TRIN!" "TRIN!" "TRIN!" "TRIN!" "TRIN!"
Não tenho tempo para me acostumar lentamente com dez pontos de vista novos, quatro espadas acertaram meu escudo só por que parei um segundo. Com um comando mental, os dez esqueletos atrás de mim atacam, diferente dos esqueletos comuns, os meus se tornaram mais rápidos, lutando com uma certa selvageria destruindo meus inimigos na minha frente com movimentos quase que iguais aos meus.
"Então, vamos acabar com isso pessoal!" Grito para meus novos amigos.
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Diferente do meu primeiro ataque, e por conta dos companheiros ao meu redor cobrindo meus pontos fracos, consegui me soltar mais durante a luta e até mesmo testar vários feitiços e os melhorar no decorre da luta.
É como falam, lutar realmente é a melhor forma de consertar seus erros e melhorar, isso se você não acabar morrendo no final.
Mas no final, acabou tudo bem, só recebi alguns ferimentos leves, pequenos cortes que foram curados em segundos, a maioria deles aconteceu por descuido durante meus feitiços, algo que tenho que prestar atenção.
Sentando literalmente num pequeno monte de ossos brancos amontados no centro do campo de batalha, penso no que fazer agora.
O chão está realmente tomado de ossos, a maioria deles esta intacta, fora aqueles que foram explodidos por meus feitiços, o resto, pode ser útil.
Abaixo de mim, os últimos dois esqueletos que trouxe de volta a vida.
Os deixei tanto tempo ativados para testar meu limite, e com a pequena quantidade de energia que gastei usando o feitiço que os deu vida, a minha antiga ideia de criar um exército pessoal realmente começou a se parecer viável.
Eu realmente não conseguiria fazer isso convocando esqueletos do submundo, é um gasto enorme de energia, mas se eu cria-se esse exército usando esse material, vai cortar muito dos gastos de energia, vou ter apenas que gastar com sua invocação, mas isso não vai funcionar se eu tiver que compartilhar meu ponto de vista com todos eles, não, tenho que os dar uma certa autonomia e também ter certeza do controle absoluto sobre eles.
E assim, passei quase que uma semana trabalhando.
Só para separar cada cranio em bom estado daqueles que foram destruídos, levou um dia inteiro, o resto do tempo, foi fazendo tentativas até atingir o sucesso, depois disso, comecei a montar meu exercito particular.
No final, dos mil esqueletos, apenas duzentos foram reaproveitados.
Duzentos esqueletos sobre meu comando, fiquei tão feliz, que não consegui evitar dar uma risada maléfica que todo necromante de desenho animado ou historia tem que usar ao comemorar.
Claro que ainda não era um exército perfeito, havia problemas e empecilhos para resolver.
O problema principal, é a falta de inteligência e velocidade dos esqueletos, da forma que eles estão agora, a única coisa que eles podem fazer é servir como infantaria descartável. Sua falta de velocidade também limita o uso que tenho para eles no momento, já que se eu os leva-se comigo levaria cem anos para explorar todo submundo.
O empecilho, era que eu ainda não encontrei uma boa forma de mover tantos de uma só vez do Submundo para o mundo mortal, mas pelo menos, o consumo para invocar essas unidades especificas é menor que o normal.
Já testei isso, sem invocar aqueles no meu comando, consigo no máximo dez esqueletos, mas invocando os meus, o máximo passa a ser vinte e cinco.
A boa notícia, é que com eles protegendo minha pequena montanha, vou ficar muito mais relaxado e seguro.
Para não os deixar vagando ou de frente para minha pequena base, dei um comando mental para eles marcharem ordenadamente, algo que já foi "programado" na mente deles por quem os criou, o destino fica a esquerda do território.
A dez quilômetros de distância da minha base está o Campos de Asphodel.
Na frente da minha pequena legião, todos marcados com o símbolo do bidente de ouro nas suas testas e seus olhos brilhado em cinza e vermelho, fiquei tentado a procurar uma espécie de cavalo esqueleto para o montar e me sentir um general.
Gastei uma pequena fortuna em ouro criando essa marca, é foi incrivelmente ridículo a facilidade que consegui achar ele.
Caminhando na velocidade máxima deles até a floresta levou cerca de dez minutos, então daqui até minha base deve levar cerca de cinco minutos, e caso uma situação urgente aconteça, posso os invocar, já que no Submundo, meus poderes são aumentados e o custo é menor.
Agora, vou voltar para Terra, retomando minha viagem pelo mundo.
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Depois de um mês andando pela Terra e arrumando confusão, achei que estava na hora de recomeçar minha exploração pelo Submundo.
Como sempre, não sabendo que caminho seguir, apenas escolhi aleatoriamente uma direção e fui em frente.
A terra por onde andei continuou seca, vazia e morta, sem nenhum sinal de qualquer um dos rios que passam por todo Submundo, e as coisas estavam piorando, já que eu não encontrei nenhuma alma viva ou morta no caminho, dando a impressão que eu estava preso num deserto morto.
Mas diferente do deserto, não havia sol ou calor aqui, apenas uma terra morta.
Só foi duas semanas depois que encontrei um pouco de vida.
Entre duas cadeias de montanhas na esquerda e direita ficava um vale cheio de vida e arvores, não havia rio ou qualquer tipo de líquido passando pelo meio desse espaço como é comum encontrar nos vales, mas só o fato de ver grama e arvores já me animou bastante.
Antes de entrar nessa aventura, dei uma boa olhada nas montanhas dos lados.
E elas realmente eram imensas, com direito até mesmo a picos nevados e se estendiam por quilômetros, tão largas, que me lembrei imediatamente dos portões por onde passei, só que essa formação é muito maior, e sem o vale cortando caminho pelo meio, levaria meses para atravessar pelas montanhas.
E assim, continuei minha caminhada pelo vale.
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Demorou menos do que pensei para chegar a saída do vale.
Foi realmente uma boa viagem, aonde encontrei vários tipos de plantas que pareciam promissoras, e mais joias é claro.
Fora isso, não houve nenhum incidente.
Até agora.
A saída do vale é o final das duas cadeias de montanhas dos meus lados estava próxima. A rocha escura, se fechou lentamente saindo pelas laterais quase fechando completamente a passagem, parecendo uma porta entreaberta.
Era só sair.
Confiante nisso, andei com o queixo erguido em direção da saída, já imaginando uma vista incrível do outro lado.
Mas assim que coloquei meu pé do lado de fora, um punho surgiu acertando meu rosto.
Voei vinte metros para trás, e perde dois dentes, talvez até mais, não contei eles no chão encharcados com o sangue que cuspi.
Sim, foi um soco poderoso, talvez o mais poderoso que já recebi ao ponto que minha cabeça está girando e zumbido.
{Você finalmente chegou, maldito seja você por me fazer esperar tanto tempo!} Cumprimentou-me a voz.
Era uma voz alta, fria e orgulhosa.
Como minha visão ainda não se recuperou, não consegui realmente ver quem estava na minha frente.
Só sei, que ele não vai ser fácil.