288 DC Winterfell
Jaehaerys/jon (pov)
Após minha manhã de treinos com o Sr. Rodrik e Robb, entrei nas criptas para mais uma tarde de frustração. Já fazia quase um mês que buscava sem encontrar nada. Minhas pesquisas sobre os Valeriano estavam paradas há um bom tempo e pensei em desistir. No entanto, a cada nova exploração, parecia que o chamado ficava mais forte. Meu tio até veio comigo uma vez, mas não entendeu o que eu procurava. Hoje, iria explorar uma parte das criptas que estava desmoronada quase no começo.
Aqui embaixo, não era necessário usar muitas roupas; o calor das paredes era bom contra o frio. Ao chegar no final do corredor, olhei sem esperança; não havia como passar para o outro lado. Olhei ao redor e notei um túmulo de um dos lords de Winterfell, Rickon Stark. Não sabia quem ele era, mas o Norte tinha muita história perdida. A estátua estava destruída, mas algo me chamou a atenção: o símbolo dos Stark em cada extremidade da base estava perfeitamente conservado, embora de cabeça para baixo.
Examinei mais de perto e notei que os símbolos se moviam. Coloquei-os na posição correta e percebi que havia quatro deles, um em cada extremidade do túmulo. Alinhei-os e, quando terminei, todos se moveram, apontando para o centro da estátua. Na base, abriu-se um pequeno buraco revelando um pergaminho. Peguei o pergaminho e li em Alto Valiriano: "Vyrm ēdruta", que significa "O sangue revela".
Não fazia sentido haver Alto Valeriano nas criptas de Winterfell. O Norte não era conhecido por seu amor aos dragões. Precisava descobrir mais. Após analisar o pergaminho de couro com cuidado, olhei para os lobos que apontavam para o centro. Pensando no significado de "O sangue revela", lembrei-me de quanto estudei a antiga civilização valeriana. Compreendia bem o idioma, embora não fosse tão fluente na fala.
No centro, havia um círculo. Peguei minha faca, fiz um corte na mão e deixei o sangue preencher o espaço. Após um tempo, surgiu um fogo azul queimando meu sangue. Olhei para trás da estátua, onde se abriu uma passagem. Parecia que nunca havia sido aberta, pois o ar entrava com força. Empurrei a porta e vi escadas em espiral descendo. Peguei minhas coisas e desci. Estava escuro, e a única iluminação era minha tocha.
Após algum tempo, cheguei a uma sala com vários túmulos e estátuas conservadas como se fossem novas. No final da sala, havia uma estátua de um homem com uma grande espada nas mãos, olhando para baixo. Notei um baú enorme, adornado e que parecia emitir um grito. Quando me aproximei, percebi que o baú não tinha uma fechadura, mas estava escrito "sangue" em Alto Valeriano. Passei minha mão cortada sobre a caixa, e ela se abriu instantaneamente. Dentro, havia algo que nunca imaginei encontrar neste deserto de gelo do Norte: ovos de dragão. Três ovos, um de bronze, um de prata e um de prata e bronze em tons escuros, quase pretos. Em cima havia um pergaminho com um selo dourado de um dragão de três cabeças.
Os ovos eram grandes, do tamanho da cabeça de um cavalo. Toquei neles e senti um calor que parecia me chamar. Não entendia por que ainda não haviam se transformado em pedra.
Peguei o pergaminho e quebrei o selo.
Jaehaerys I Targaryen
Rei dos Ândalos, Dos Roynares e dos Primeiros Homens, Senhor dos Sete Reinos.
Eu, Jaehaerys I Targaryen, primeiro de meu nome, por meio deste decreto, entrego aos cuidados do Norte ovos de dragão que serão usados por descendentes das casas Targaryen e Stark após sua junção. Quando a Longa Noite surgir, o Norte terá um descendente da Casa Stark na familia real, e será elevado ao título de Principado.
Jaehaerys Targaryen
Após ler, olhei ao redor e vi várias estátuas de cavaleiros do Norte ajoelhados. Isso levantou um questionamento: por que meu homônimo confiaria tal poder ao Norte? Não fazia sentido. A Longa Noite era uma história para crianças. O que o levou a fazer isso?
Enquanto pensava, encontrei outro pergaminho no baú e rapidamente quebrei o selo.
Jaehaerys Targaryen
Para o Príncipe que Foi Prometido,
Se você está lendo isso, eu já não estou mais entre os vivos. Em toda a minha vida, só temi uma coisa: o inverno sombrio que Aegon, o Conquistador, sonhou. Ele viu morte e gelo sobre uma grande tempestade. Quando fui até a Muralha em minha viagem pelo reino, os dragões se recusaram a atravessá-la. Naquele dia, olhando nos olhos de Vermithor, meu dragão, vi que ele não temia a morte, mas não buscaria a morte com alegria. Ali entendi que Aegon estava certo: um grande mal está à espreita. Somente sob a bandeira do dragão podemos enfrentar tal perigo. Deixo esses ovos que chocados por Silverwing, o dragão de minha esposa, para o que está por vir. O Norte tem sua própria história sobre a Longa Noite, mas a mesma coisa está presente em ambas as visões: a morte. Espero que possamos sobreviver.
Jaehaerys Targaryen protetor do reino
Li os pergaminhos novamente. Meu homônimo não era conhecido por ser alguém louco; ele era considerado o rei mais sábio que já se sentou no Trono de Ferro. Para ele, acreditar em um grande mal fazia sentido, mas eu ainda tinha dificuldades para acreditar. Precisaria acelerar meus planos, embora precisasse descobrir mais sobre a Longa Noite. Ao olhar ao redor, notei outro baú, um pouco maior, porém sem fechadura. Quando me aproximei e abri, não fiquei tão surpreendido quanto com o outro, mas ainda assim era inusitado.
— Aço Valeriano, um grande bloco pronto para ser moldado — falei.
Não vendo mais nada de interessante, deixei tudo e fui em direção à saída.
— Hora de você saber a verdade, tio — pensei.
Eddard Stark (Pov)
O dia passou, e Jon não veio comer conosco como costumava. Não me importei muito, afinal, Jon era o tipo de garoto que fazia tudo por um motivo. Trabalhei em meu escritório e recebi alguns relatórios sobre os Homens de Ferro saqueando madeira, o que não era normal, considerando sua fama. Ao cair da noite, fui em direção ao salão para o jantar, mas vi o Sr. Rodrik vindo em minha direção a passos largos.
— Meu lord, o garoto não voltou das criptas ainda. Peço que autorize um grupo de buscas.
Algo não estava certo. Jon não era o tipo de pessoa que se perdia. Fazia dias que ele estava em sua exploração; acho que ele conhecia mais sobre as criptas do que qualquer outro. Fui em direção à entrada e notei alguns homens prontos para começar as buscas, mas logo vi Jon saindo das criptas, parecendo pensativo. Isso me deixou aliviado, mas assim que me viu, abriu um sorriso como se tivesse descoberto uma mina de ouro.
— Jon, você está bem? — perguntei, mas pude notar que, fora a sujeira, não havia nada de anormal. Ele se aproximou de mim, afastando-se um pouco dos soldados. Parecia que queria falar comigo, então fui atrás dele.
— Bom, a brincadeira acabou. Foi divertido enquanto durou. Precisamos conversar, tio.
Aquilo me pegou de surpresa. Olhei para ele e percebi que ele sabia. Pela sua fala, parecia que já fazia um tempo. Ele saiu e foi em direção ao castelo, olhando para trás e dizendo:
— No seu escritório.
Minhas pernas não obedeciam. Fui tirado de meus pensamentos por Sr. Rodrik.
— Meu lord, está tudo bem?
Apenas assenti e fui em direção a Jon. Vi como ele andava com uma postura ereta, parecendo o dono do castelo.
Quando cheguei ao meu escritório, vi Jon sentado na minha mesa com os pés apoiados sobre ela.
— Jon, o que você está fazendo? — perguntei.
— Bom, Lord Stark, veja bem, eu sou o rei deste castelo, então não estou fazendo nada de mais.
Meu pior pesadelo havia se tornado realidade. Ele sabia. Não sei como, mas ele sabia. Não consegui dizer uma palavra. Ficamos nos olhando por uma eternidade. De repente, ele se levantou, veio até mim e fez algo que eu não esperava: me abraçou e disse:
— Obrigado, sem você, eu não estaria aqui.
Depois que nos separamos, fui até minha cadeira e me sentei.
— Como você sabe? — perguntei.
— Bom, é uma história interessante. Quando lhe perguntei pela primeira vez sobre minha mãe e você me negou a verdade, fiquei com muita raiva. Fui para o meu quarto e, lá, me perguntei por que, quando senti o fogo me chamando, coloquei a mão nele e você sabe como um dragão não queima. Fui levado para uma visão dos fatos que ocorreram na Torre da Alegria. Aqui estamos nós.
— Malditos dragões, isso foi há três anos. Por que agora?
— Bom, agradeça a eles. Seus barcos são possíveis graças a eles. Acho que você conhece a história de Daenys, a Sonhadora. Ela via o futuro; eu vejo o passado. Venho estudando a sociedade valiriana há um bom tempo e desenvolvi projetos graças às visões que tenho. No entanto, perguntas levam a questionamentos. Ainda não é hora de me revelar e tomar o que me foi tirado.
— O Trono de Ferro — falei, mais como uma constatação do que uma pergunta.
— Exatamente. Fique tranquilo, sei mais sobre a situação do Norte do que você pensa. Eles não me apoiariam agora. O Norte está verde; pretendo torná-lo maduro para trazer justiça à minha casa, mãe, irmãos e pai. Fique tranquilo, por enquanto Robert Baratheon não está em apuros.
Depois que Jon falou, olhei em seus olhos. Ele tinha algo planejado durante esses anos, mas algo o fez mudar de ideia.
— Por que agora? — perguntei.
— Bom, novos elementos foram colocados à mesa. Terei que acelerar meus planos.
— Que elementos? — perguntei relutante. Algo grande deve ter acontecido. Pergunto-me o que.
— Bom, amanhã eu mostrarei. Por hoje, saiba que nenhum mal acontecerá à casa de minha mãe. Até mesmo Catelyn está segura, claro, desde que ela não faça nada estúpido.
Jon se levantou e foi em direção à saída.
— Espere, tem algo que lhe pertence — disse levantando e abrindo a parede.
Jaehaerys/jon (pov)
Foi divertido ver meu tio parecendo sem saber o que dizer quando o chamei para seu escritório. Ele parecia ter acabado de enfrentar a morte. Quando contei a ele como descobri a verdade, percebi que ele não acreditou completamente, mas o fato era que eu sabia a verdade. Depois de agradecer falei que não me revelaria agora e que o norte estaria seguro, notei que ele parecia ter acreditado. Após uma breve conversa, eu me preparava para sair da sala, mas ele me chamou e foi até a parede onde havia um retrato do último rei do Norte e o primeiro Lord. Após retirar o retrato, ele apertou uma pedra, revelando um compartimento secreto na parede. De lá, ele retirou um baú
— Parece que tudo está em baús interessantes — falei.
Vi que ele não entendeu a observação. Assim que ele colocou o baú em cima de sua mesa, continuou:
— Seu pai e sua mãe deixaram algumas coisas para você.
Aquilo era interessante. Sempre que via minha mãe, a via escrevendo ou cavalgando com meu pai antes da rebelião estourar. Assim que abri o baú, notei uma espada embrulhada. Cada extremidade tinha a forma de um dragão, negra como a noite, com um rubi no centro, tão vermelho quanto sangue.
— Blackfyre — falei, balançando a espada de um lado para o outro. Era leve, mas eu podia sentir o poder dela.
— Não sei como seu pai conseguiu isso. A última pessoa conhecida a empunhá-la foi Sor Aegor Rivers, o Açoamargo. Depois de sua morte, a espada foi perdida na Companhia Dourada, mas, de alguma maneira, ela voltou para Westeros.
— Por que ele não a usou na Batalha do Tridente contra o usurpador? — perguntei.
Vi meu tio fazendo uma careta.
— Jon, você não pode falar essas coisas. Se alguém ouvir, estaremos mortos.
— Você se preocupa mais com nossas vidas ou com o que seu amigo usurpador pensará depois que você enganou o porco?
— Jon, você tem que entender que...
— Eu sei. Nossas vidas estão em jogo. Se ele descobrir sobre mim agora, sabemos o que vai acontecer. Mas no futuro, você está preparado para a batalha contra ele e para lutar por sua família. Afinal, você sabe, minha mãe não foi sequestrada. Ela te contou, eu vi. Claro, a morte do meu avô e tio pelo rei louco não ajudou no desenrolar das coisas. Mas você foi para a rebelião por uma meia verdade. Então pergunto novamente: você me seguirá quando a hora chegar ou devo considerá-lo meu inimigo?
Perguntei e vi meu tio ponderar. Não gostaria de colocá-lo nessa posição, mas ele precisava saber que talvez fosse necessário.
— Pense, Lord Stark. Vi minha mãe escrevendo cartas para os reinos, dizendo a verdade de que ela não se casaria com o usurpador. Tenho certeza de que esses pergaminhos também relatam isso. Por que nenhum chegou a você? Já se perguntou?
— Jon, eu não quero outra guerra, mais sangue derramado.
— O que queremos não importa. A guerra vai chegar de uma maneira ou de outra. Pense sobre isso.
Falei, colocando a espada de lado. Vi uma harpa que meu pai tocava, digna de um rei. Observei os mantos de minha mãe, azul como o oceano, e o de meu pai, preto como a noite. Peguei seu estandarte, que mostrava um dragão segurando uma rosa e uma lança.
Olhei para dentro do baú e vi vários pergaminhos escritos por minha mãe, alguns com selos rompidos e outros com selos intactos. Peguei um que tinha um lobo selvagem. Presumi que fosse de minha mãe e comecei a ler.
Lyanna Stark
Rainha dos Ândalos, dos Roinares e dos Primeiros Homens, Senhora dos Sete Reinos
Meu querido filho,
Se você está lendo este pergaminho, então falhei como sua mãe. Não acredite no que dizem; eu amo seu pai. Ele é tudo para mim. Até descobrir sobre você, eu te amo, nunca duvide disso. Espero que você não leia esta carta, mas se chegar a acontecer, fique seguro. Seu sangue é precioso; muitos o verão como uma ameaça, então cuide-se. Lembre-se, o amor pode ser a morte do dever, mas é a maior riqueza que alguém pode ter. Então cuide-se, meu lobo de asas.
Lyanna Stark, sua mãe
Por mais que eu soubesse que minha mãe me amava, aquilo ainda mexia comigo. Li a carta para meu tio e, assim que terminei, ele falou:
— Jon, eu sinto muito, eu...
— Não sinta. Você me salvou, me deu comida, um teto. Cumpriu sua promessa para minha mãe. Eu o liberto desse voto; não o colocarei em uma posição que o faça quebrar sua lealdade. Mas pense: por que você não descobriu a verdade antes? Vou para meu quarto. Amanhã, encontre-me nas criptas após o almoço. Você precisa ver algo. Tenha uma boa noite, Lord Stark.
Após juntar as coisas no baú, dirigi-me ao meu quarto, pois precisava descansar para o dia seguinte. Coloquei o baú embaixo da cama e, assim que a escuridão chegou, sonhei novamente com a mulher de cabelos ruivos. Ela parecia montar uma criatura que era um dragão negro. Não conseguia chegar perto, mas ouvia sua voz suave como uma brisa de verão. Isso não parecia certo; eu não sabia quem era a mulher, mas certamente me sentia bem. Assim como veio, o sonho se foi, e acordei na minha cama, com o corvo novamente presente. Não me importei muito com isso.
Depois de passar pela cozinha e comer algo, fui para o pátio de treinamento. Sr. Rodrik estava cada vez mais me levando ao limite. Como não tinha força, usava a agilidade. Robb ainda estava verde, e Catelyn nos observava, mas eu não me importava; um dragão não se importa com seus inferiores. Após o treino, fui ao grande salão, onde vi meu tio já comendo com sua família. Sentei-me e comi em silêncio agradável.
— Jon e eu estaremos fora. Voltaremos depois que ele me mostrar o que descobriu — disse meu tio, sem deixar espaço para questionamentos. Notei que todos ficaram tensos; Lady Stark parecia querer dizer algo, mas se calou ao ver o olhar de meu pai. ela e Fraca uma pessoa que só abaixa a cabeça e aceita; está fardadà ignorância e ao fracasso, pensei. Após sair, fui com meu tio para as criptas; seria engraçado ver sua reação.
— Não deixe ninguém nos seguir. Acredite, isso não pode sair livremente por aí — eu disse, olhando para ele. Quando chegamos lá, ele ordenou que ninguém entrasse e seguimos até o lugar onde começava o desmoronamento.
— Jon, não há como passar para...
— Paciência é uma dádiva, tio — respondi.
Fui até a estátua e coloquei meu sangue. Vi Lord Stark arregalar os olhos quando o fogo apareceu. Após a porta se abrir, fui à frente, com ele me seguindo, ansioso. Quando chegamos na sala, vi meu tio arregalar os olhos.
— Jon, que lugar é esse?
— Bom, isso terá que ser explorado outra hora. Eu também não sei. Abra o baú e olhe dentro — apontei para o baú maior.
Meu tio se encaminhou para o baú. O selo já havia sido rompido, então qualquer um poderia abri-lo. Quando meu tio olhou para dentro, deu dois passos para trás, com os olhos arregalados.
— Jon, isso é impossível! São ovos de dragão!
— Bem, eles estão aqui. Foram dados pelo próprio Jaehaerys Targaryen, meu homônimo — olhei para os pergaminhos onde estava melhor explicado. Após Lord Stark ler os pergaminhos, ele olhou para mim.
— O rei concedeu ao Norte o status de principado. Quando eu nasci, a Casa Stark e Targaryen se juntaram, tornando o decreto válido. Então, mesmo que o reino não considere meu nascimento como válido, esse decreto me torna legítimo. Engraçado, não? Meu homônimo me legitimou há quase 200 anos. No mínimo, interessante.
Falei, olhando para meu tio, que parecia fascinado e amedrontado pelos ovos; afinal, os dragões foram os únicos a conquistar o Norte.
— Bom, agora entenda que há novas peças no tabuleiro. Se a Grande Noite for real, preciso usar esse poder que me foi deixado para nossa sobrevivência.
Meu tio olhou para mim e perguntou:
— Você acha que a Longa Noite é real?
— Jaehaerys era conhecido por muitas coisas, mas louco não era uma delas. Contudo, não sabemos quase nada sobre isso. Estou pensando em algo para descobrir mais, mas, pelo que estava nas cartas, esse mal está além da Muralha. Pretendo ir lá para descobrir mais, o que nos leva ao motivo de ter trazido aqui. Preciso chocar os dragões. Tenho uma ideia, mas precisarei de um lugar para que eles cresçam sem restrições. Após estudar o Norte, o Gargalo é um ótimo lugar, muito pantanoso, com pouca população e bastante cavernas e montanhas. Preciso que fale com Lorde Howland Reed. Preciso ir para lá; ele escondeu seu segredo, e não vejo lugar melhor.
— Bom, ainda não mandei as cartas para as Ilhas dos Ursos. Enviarei um corvo para Atalaia da Água Cinzenta — disse ele.
Assenti e mostrei a ele o baú com aço valiriano. Assim que saímos, fomos em direção à saída em um silêncio confortável.
— Jon, o que você fará quando eles estiverem grandes? — perguntou meu pai.
— Mostrarei a meus inimigos o fogo do Norte — respondi