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57.89% Life and Death: Lendas de Olímpia / Chapter 22: Desocupados Fazendo M*rda

Capítulo 22: Desocupados Fazendo M*rda

O sol bateu em seu rosto acordando-o. Alexis acordou de um sono pacífico e tranquilo, seu corpo já não doía mais e por isso dormiu como um anjo, nesse caso, como um demônio.

Acordar com a própria imagem pode ser um tanto estranho quando se passa por uma transformação tão drástica, tanto que Alexis estranhou sua nova aparência quando acordou frente ao espelho, ainda mais por perceber algumas outras pequenas mudanças em sua aparência, as escleras de seus olhos estavam totalmente negras, sua pele havia escurecido e se tornado um roxo mais escuro, já suas orelhas haviam se tornaram pontudas como as de um elfo.

—Acho que a pior parte já passou...

Ele analisou-se perante ao espelho por um tempo, apesar de tudo o que havia passado, o medo que havia sentido, Alexis se encontrava em um estado de paz que jamais havia sentido antes.

Ele não sentia mais a necessidade de usar as mesmas roupas reveladoras e chamativas que sempre usou, claro, ele não abandonaria seu amado short jeans curtíssimo por nada, mas de repente Alexis tinha vontade de jogar mais da metade do seu guarda roupa fora. Talvez seu corpo não tenha sido a única coisa que havia mudado naquela noite.

Ele passou seus olhos por todo o quarto por um momento, a cama de solteiro no canto com os lençóis negros, o criado mudo feito de uma madeira escura logo ao lado com um abajur simples encima, as cortinas brancas cobriam a janela por onde a luz do sol entrava, no canto oposto à cama estava o grande guarda-roupa feito da mesma madeira escura do criado mudo.

Sua mente o forçou a se lembrar das noites que passou naquele quarto com Chase, um calor tomou conta de seu corpo quando se lembrou da maneira agressiva que o maior o tomou na noite passada, lembrou-se de que os dois haviam...

Transado em cada canto desse quarto... Sua mente sussurrou como se o atormentasse, era normal sucubus e incubus estarem quase sempre excitados, mas isso era demais, ele tinha acabado de acordar!

Ele balançou a cabeça para afastar os pensamentos pervertidos.

Seus olhos pararam na cômoda branca ao lado da porta, o moletom preto de Chase estava jogado ali, junto de um pequeno recado em uma folha de papel pelo próprio Chase:

"Eu pedi pra Mila forjar esses aqui pra gente, pode se dizer que são anéis de compromisso."

Alexis notou o anel prateado perto do bilhete e o pegou entre os dedos, na parte interna do anel tinha uma data entalhada, 13/01/3001, a data da noite passada. A noite em que ambos confessaram seus sentimentos um pelo outro.

"Ps. Como a camisa que você estava usando ontem foi rasgada (Por quem mesmo? ( ͡° ͜ʖ ͡°)), você pode ficar meu moletom, acho que fica melhor em você ;)."

Alexis sentiu o cheiro do moletom ao pegá-lo. Tinha o cheiro do mar, o cheiro de Chase. Alexis não pensou duas vezes antes de vestir uma camisa branca simples e colocar o seu novo moletom por cima, combinando com seu short jeans o dava um visual mais comportado, além de ser muito mais confortável.

Alexis se sentia uma nova pessoa e seu novo look refletia isso, ele vestiu seu novo anel no dedo anelar, abriu um pacote de chicletes e começou a mascar um antes de sair do quarto.

O segundo andar estava vazio, a essa hora os outros já deveriam estar na cozinha tomando o café da manhã. Quando começou a descer as escadas, ouviu uma voz mencionar seu nome:

—O Alexis tá bem? A gente ouviu os gritos dele ontem a noite e-

A voz se calou quando Alexis apareceu na sala com uma bola de chiclete nos lábios. Todos se sentavam à mesa exceto Chase e Germund que estavam em pé.

—Melhor impossível.—Foi o que ele disse quando a bolha de chiclete estourou.

—Desculpa, rolou tanta coisa ontem a noite que nem deu tempo de falar o que aconteceu com você.—Chase comentou quando Alexis se aproximou e entrelaçou os dedos nos dele.

—Tudo bem, não é algo simples de explicar.—Ele deposita um selinho nos lábios do maior.

—E desnecessária, já dá pra saber que você perdeu sua parte humana só de olhar pra você.—Mila comentou, como uma diabrete, ela sabia identificar outro demônio apenas com o olhar.—Foi tão doloroso quanto dizem?

—Foi como se a minha própria alma queimasse, nunca senti tanta dor na minha vida. Ainda bem que o Chase estava lá comigo.—Chase apertou sua mão, ele tinha um olhar de tristeza em seu rosto.

—Eu quase não cheguei a tempo, nunca teria me perdoado se você tivesse que passar por aquilo sozinho.

—Mas não passei, você cumpriu sua promessa.

—Cheguei perto demais de falhar, isso é inadmissível. Tenho que me esforçar mais.

—Se eu fosse você eu não me esforçaria tanto, já que agora você é o único humano do grupo.

Zakk é o primeiro a fazer Chase perceber isso, ele até poderia argumentar que Ulfric também era humano, mas comparado a ele, Chase parecia um projeto de gente, já que Ulfric era o mais alto e forte fisicamente quando está transformado, mesmo na forma humana Ulfric supera a maioria do grupo no aspecto físico, o que fazia de Chase o mais "frágil" do grupo 11.

Tanto que o próprio Ulfric percebeu e decidiu quebrar o gelo:

—Mas então...—Ele coçou a nuca enquanto pensava em algum assunto.—Você disse que tinha que falar com a gente sobre uma coisa que aconteceu ontem à noite.

O olhar dele se acendeu outra vez, como se tivesse lembrado do principal assunto daquela conversa.

—Obrigado por me lembrar, ontem o sensei me chamou pra falar disso...—Seu eterno aparece atrás dele, surpreendendo seus colegas.—Ele chamou de eterno, é basicamente a manifestação física da aura de alguém, se uma pessoa tem um eterno ela é capaz de usar dádivas eternas, o tipo mais poderoso de dádiva.

—Foi o que você usou pra matar o leviatã, né?—Pergunta Toga.

—Isso mesmo, ele me disse....

"São divididas em dez grupos que são chamados de caminhos, o meu é o Caminho do Dragão e também tem: Sol, Lua, Aço, Besta, Caos, Paz, Tempo, Céu e Inferno. Todos são evoluções das Escolas comuns, são dádivas tão poderosas que um semideus só pode aprender três delas, essas três sendo versões evoluídas das dádivas criadas como o Tupã da Toga ou o Kamui da Lorelai, os Eternos variam em poder e ficam mais forte conforme o seu semideus se fortalece, ele me disse também que a última vez que ele viu um Eterno foi na guerra contra os Titãs, desde então ele escondeu esse poder do mundo, essa é a rasão por ele ser tão forte mas não usar dádivas, porque ele não invoca o Eterno dele a tanto tempo que a aura dele se enfraqueceu enquanto o corpo só ficou cada vez mais forte."

—Bem que o professor podia ter contado isso ele mesmo, aliás, cadê ele?—Lorelai se pronuncia após o prolongado silêncio.

—Ele disse que precisava preparar algumas coisas antes de contar tudo que sabia sobre os eternos, disse que podemos tirar uma folga enquanto isso.

—Tá... E o que a gente faz até lá então?—Zakk pergunta e todos ficam calados...

Quebra de Tempo...

—O Zakk matou a Toga na minha frente!

O grupo decidiu jogar Among Us, estavam todos sentados no sofá, cada qual com seus respectivos celulares. Metade deles já estavam mortos e Alexis sabia muito bem que o impostor era Zakk, o único problema era que ninguém acreditava nele.

—Já é a quarta vez que você me acusa, isso é bem suspeito.

—Verdade, acho melhor votar nele.

Ulfric diz e o resto do grupo concordou com ele. Não demorou muito até Alexis ser ejetado.

—Eu tô rodeado de imbecis...—Ele diz dando um tapa na própria testa, a vitória de Zakk já era bem óbvia.

Quebra de Tempo...

Após Zakk ter sido o impostor três vezes, o jogo acabou perdendo a graça rapidamente, eles optaram por assistir Invencível na TV da sala, o primeiro episódio havia chegado ao seu final e eles assistiram tudo de queixo caído. Zakk virou seu olhar para Ulfric de maneira suspeita e o mesmo estranhou.

—Que foi?

—Nada não...

Quebra de Tempo...

Após maratonarem Invencível, o grupo começou a "Maratona de filmes horríveis", cada um lembrava o pior filme que podiam lembrar e então eles iriam assistir. Eles estavam no filme de Lorelai: Cinquenta Tons de Cinza.

Apesar de estarem assistindo uma das piores produções cinematográficas, alguns deles pareciam estar apreciando certas... Cenas... Do filme.

Um exemplo eram Toga e Zakk, que se sentaram lado-à-lado, os dois trocavam olhares cúmplices e sorrisos maliciosos de vez em quando.

Eles achavam que estavam sendo discretos, mas a verdade é que os dois faziam a experiência do filme ainda pior para os outros que tinham que assistir aqueles dois flertando "silenciosamente" a cada maldita cena erótica que se passava.

Quebra de Tempo...

Eles descobriram que havia uma quadra de vôlei atrás da casa, o único problema é que eles não tinham nenhuma bola, então ao invés de jogarem voleibol, eles decidiram jogar Zakkbol...

—Eu acho que eu vou vomitar...—A cabeça diz antes de começar a ser usada como bola de vôlei outra vez.

Os times eram: Toga, Chase, Morgana, Lorelai e Jun-ho contra Alexis, Pâmela, Mila, Germund e o corpo sem cabeça de Zakk. Eles acabaram empatando, pois Zakk acabou passando mal logo na segunda rodada.

Quebra de Tempo...

Após o banho Zakk ter se recuperado da dor de cabeça, eles optaram por uma brincadeira mais madura e saudável... Jogar frutas na direção de Chase para que ele as cortasse no ar com sua katana...

—Fácil.—Ele diz cortando uma banana.—Super fácil.—Uma maçã.—Super ultra fácil.—Uma laranja.

Foi aí que Ulfric teve a brilhante ideia de lhe jogar uma MELANCIA. Chase desviou para a esquerda e depois olhou para todos os lados para garantir que uma certa diabrete não estava por perto.

—Ficaram malucos é!? Se essa katana quebrar, a Mila vai quebrar todos os ossos no meu corpo!

—Eu ouvi direito? "Quebrar a katana"?—Chase gelou ao ouvir a voz que menos queria ouvir, Mila estava bem atrás dele com sua pistola já engatilhada.

—C-Calma Mila, a sua katana ainda tá inteira né gente?

Chase percebeu ao olhar para trás que já não havia ninguém lá, nem mesmo Alexis havia ficado para salvá-lo do seu terrível destino.

—E-Ei Mila, a gente não pode conversar?

—Claro, eu amo um bom diálogo.—Chase respirou aliviado por um momento... Até ouvir o estrondo de um tiro e ver a bala acertar o chão próximo a ele.

—V-Você não disse que...—Ele se calou quando percebeu a palavra "diálogo" entalhada na pistola.

Quebra de Tempo...

O dia seguiu com mais diversão e risadas, já era noite agora e quase todos já estavam em suas camas dormindo, já Toga e Zakk estavam no quarto da orc.

Toga dobrava algumas roupas que havia estendido no dia anterior enquanto falava com Zakk, que estava deitado em sua cama.

—É legal ver todos se divertindo um pouco, os dias de aula estão sendo bastante puxados ultimamente.—Zakk apenas grunhiu em resposta.

—Espero que ainda possamos ter muitos dias assim, ser um semideus não é fácil.—Outro grunhido.—E... essa foi a última.

Ela finalmente havia terminado, ela lança um olhar para Zakk e sorri maliciosamente antes de se aproximar.

—Acho que eu já te fiz esperar o suficiente.

Zakk não estava simplesmente deitado, ele estava usando apenas a sua cueca boxer e uma coleira no pescoço, suas mãos haviam sido amarradas juntas, seus olhos vendados e sua boca estava amordaçada com uma mordaça de bola especial feita por Mila, Toga o havia deixado daquele jeito enquanto dobrava suas roupas.

—Desculpa, eu demorei mais do que devia não é? Pra ser sincera eu enrolei de propósito, não consigo evitar, te ver todo restringindo e vulnerável me excita.

Zakk não podia enxergar mas tinha certeza que Toga tinha um sorriso sádico em seu rosto e aquele olhar predatório que ela sempre tinha durante suas "sessões".

Toga tirou a mordaça calmante e assim que se sentiu livre, Zakk teve sua boca tomada pela maior que logo o invadiu com a língua, a entrelaçando com a dele. Ah, como ele adorava se sentir assim, indefeso, a mercê das vontades da orc.

O que os outros diriam se pudessem vê-lo agora? O poderoso Zakk sendo completamente dominado sem nenhum esforço. Era bom abaixar a guarda naqueles momentos, sentir que não era obrigado a fingir que era um assassino frio e calculista e simplesmente se deixar levar aquela sensação prazerosa que era a vulnerabilidade.

Toga estendeu o beijo o máximo que pôde, não queria se separar dele por nada e ela sabia que ele não precisava de ar, então ele poderia ser o quanto ela mesma aguentasse. Não satisfeita, ela ainda lhe deu alguns selinhos antes de finalmente se afastar para respirar um pouco.

—Pronto pra mais uma noite comigo?—Ela perguntou em meio à respiração ofegante.

—Sim...—Zakk quase não conseguiu respondê-la por ainda estar perdido na intensidade do beijo.

—Sim, o que?—Toga diz puxando a guia da coleira com firmeza.

—Sim senhora.—Ele se corrige e Toga lhe dá outro selinho como recompensa.

—Bom garoto...


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