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95.23% O Delegado ( Duologia Os Delegados vol 01) / Chapter 20: Capitulo 20

Capítulo 20: Capitulo 20

Diogo

Nós ficamos estudando os passos do Roberto. Ver que ele não era o que eu tinha pensado me arrasou profundamente, nunca imaginei que a coisa estava daquele jeito.

Os dias passaram com uma rapidez impressionante. E o Roberto cada vez se descuidava mais, dando o ar de sua graça com roupas de grife, o carro esportivo caro. Ou ele era muito besta ou se achava muito esperto. Tivemos que pedir para o juiz uma quebra de sigilo para ficarmos sabendo das ligações para um tal de Falcão. Esperamos ele se encontrar com fornecedores de drogas e montamos uma emboscada, estava tudo preparado para pegá-lo.

— Tudo pronto, Diogo? — Davi me perguntou, com o colete à prova de balas.

— Sim, tudo. Seja o que Deus quiser — comentei, fazendo o sinal da cruz, para que nada de errado acontecesse.

Roberto deu muita bandeira das coisas que estava fazendo. Cheguei a pegá-lo andando com uma moto de mais de cinquenta mil reais várias vezes, e ele me via e só me cumprimentava, achava que eu não iria questionar, mas sabíamos que Roberto era peixe pequeno.

Nem liguei para Antonella, para ela não ficar preocupada com a nossa situação, sabíamos que corríamos risco de sermos mortos, afinal nem sabíamos onde estávamos entrando, ou melhor, sabíamos, sim, mas éramos preparados para enfrentar tudo, e essa era a ocasião.

Seguimos Roberto por toda parte quando descobrimos para quem ele estava ligando. A operação seria uma das mais difíceis, mas estávamos prontos para aquilo. Observei que cada homem nosso estava se separando e indo para os pontos estratégicos, prontos para darmos o bote. Com o meu sinal, nos preparamos e invadimos o local. Foi dado o alerta, e logo ouvimos tiros para todos os lados, e seguimos atirando. E, como em um acordo, Davi e eu nos separamos, sempre evitando, é claro, de sermos atingidos.

Nós estávamos em Santos, onde eram feitos o embarque e o desembarque de navios. Roberto se achava muito esperto se colocando em risco para não ser descoberto. Descobrimos que seria uma grande carga. O que será que o Roberto estava escondendo tanto?

Enquanto todos estavam correndo para pegarmos todos os bandidos, vi o Roberto indo em direção a um dos navios, e fui me escondendo para que nem ele nem os amiguinhos dele reparassem que os estava seguindo.

— Caralho, como nos encontraram, eu não sei — ele gritou, correndo. — Vamos logo, precisamos sair daqui.

— Senhor, não pegamos todas as caixas — um dos cúmplices dele falou, e eu ali esperando a melhor hora para atacar.

— Tenta chamar o máximo de homens lá fora com o rádio e peça para entrarem logo no navio. Nós vamos levar o que temos aqui dentro para fora do Brasil.

— Sim, senhor! — o cara se afastou, e Roberto andou de um lado para o outro, nervoso, e pegou o celular: — Sou eu, pode sair com o navio. OK, então, estou mais tranquilo — olhei para ver se tinha mais alguém chegando e entrei da sala onde ele se encontrava, agora sentado.

— Olá, Roberto, como está? — perguntei, percebendo que ele ficou rígido.

— Como me encontrou aqui, Diogo? — ele perguntou, sem responder ao meu cumprimento.

— Engraçado você me fazer essa pergunta — comentei, com a arma em punho.

— Então foi você, seu filho da puta, que me colocou para trabalhar de manhã? — perguntou, puto.

— Eu poderia falar que fui um dos responsáveis. Agora responde uma pergunta, Roberto: por que entrar nessa vida?

— Eu sou inocente, Diogo — ele só podia estar de brincadeira com a minha cara.

— Sei que você não é nada inocente — ironizei.

— É claro que sim, Diogo, me ajuda, vai, não quero ser preso.

— Com certeza você vai ser, e sinto pena da sua mãe, porque ela é quem vai sofrer por isso — comentei, com pesar.

— É claro que sim. Você sempre gostou da minha mãe, né? — ele respondeu, com amargura.

— Sim, gosto dela, minha tia; a sua mãe é um doce.

— Então, você sempre foi o preferido dela em tudo.

— Olha a mentira que você mesmo está dizendo, Roberto. Sua mãe te criou sozinha, sem seu pai. Ela sempre fez tudo por você, sempre te amou.

— Ela mentiu para mim, sempre fez isso, não queria que eu conhecesse meu pai.

— Não fala besteira, Roberto. Do que você está falando? — perguntei, confuso e sem entender nada do que ele estava falando.

— Não se preocupe com a minha mãe. Logo, logo ela vai ver que o filhinho adotado dela vai morrer — ele me falou, e eu franzi o cenho, sem entender o que ele estava querendo dizer.

Roberto sacou a arma e ficamos nos olhando. Eu não conseguia reconhecer a pessoa que estava ali na minha frente. Com certeza não era o mesmo Roberto que eu conhecia, ele parecia louco.

— Roberto, abaixa esse revólver agora — pedi. Não queria ter que atirar nele.

— Nunca, Diogo. Você sempre foi melhor em tudo, né? — ele soltou, passando a arma na cabeça, coçando, completamente descontrolado. Roberto estava louco.

— Sempre fui normal, Roberto, uma criança normal como você.

— Não, você era o queridinho de todos. Entrei para a polícia achando que assim eu iria conquistar o carinho da minha mãe, mas não, ela sempre só teve olhos para você, seu filho da puta.

— Para de falar besteira, Roberto, sua mãe sempre lutou muito por você, sempre te deu uma boa educação.

— Eu queria muito mais do que uma simples educação, queria dinheiro, e isso ela não tinha, talvez eu tenha puxado ao meu pai.

— Seu pai é um criminoso, Roberto — respondi, com raiva dele.

— Não, meu pai é um super-herói para mim, você não entende — ele falou, como se fosse uma criança.

— Você sabe disso, seu pai é um idiota — resmunguei.

— Não é, meu pai é tudo para mim! — continuou, andando para um lado e para o outro.

Eu precisava tirar a arma dele. Roberto não estava bem. Quando saíssemos daquela situação, ele teria que ser internado em uma clínica psiquiatra. Roberto, definitivamente, estava louco.

Fiquei observando enquanto ele andava de um lado para o outro como se não estivesse falando coisa com coisa. Ele se distraiu e cheguei perto dele. Logo em seguida, um dos seus ajudantes entrou apressado e eu aproveitei a distração para agarrar o Roberto por trás, segurando seu pescoço e apontando a arma para ele.

— Chefeee… — ele parou de falar quando viu que eu estava com a arma apontada para a cabeça do Roberto.

— Me solta, Diogo, vou te matar — ele gemeu quando apertei meu braço no pescoço dele.

— Depois a gente se resolve, e você aí, amigo, nem pensa em sair daqui — falei, pressionando o cano da arma na cabeça do Roberto.

— Não vai precisar, não, Diogo, conseguimos pegar todos — ouvi a voz do Davi, que se aproximava com a arma apontada para o ajudante do Roberto.

— Então deu tudo certo, Davi.

— Sim, deu. O navio nem zarpou — ele respondeu, simplesmente.

— Como não?! — Roberto gritou de ódio.

— Roberto, você se acha tão esperto, mas estávamos atrás de você, foi uma forma de te pegarmos, tínhamos policiais infiltrados trabalhando para você.

— Impossível, vocês dois me enganaram.

— É claro que sim, Roberto, a gente tinha tudo planejado, eu não atiraria em você — respondi, e continuei a falar: — Então o que tinha que fazer era te distrair o máximo possível para conseguirmos pegar todos.

— Vocês dois me pagam — ele nos ameaçou.

— Não vamos, não. Para onde você está indo, vai ser um paraíso — eu debochei dele.

— Ah, vocês acham que não vou pegar vocês? Vocês é que pensam, vou pegar aquela gorda da sua namorada e brincar com ela — ele ameaçou a minha tigresa. Dei uma coronhada com a arma na cabeça dele e ele desmaiou.

— Só por cima do meu cadáver! — exclamei.

— Vamos sair daqui, Diogo. E pega ele, porque, se eu encostar nele, vou acabar matando o desgraçado — Davi rosnou.

— Sim, vamos — peguei o Roberto e saímos do navio.

O lugar já estava cheio de policiais, alguns até com cães farejadores. Vi alguns paramédicos, que pegaram o Roberto e o colocaram na maca. Pedi para um oficial seguir com ele direto para o hospital e o manter sob custódia.

— Bom, parece que o nosso amigo aí vai ficar um bom tempo preso — Davi comentou.

— Sim, vamos embora, que quero ir direto para a clínica quando chegarem lá com o Roberto.

— Vamos, sim — Davi concordou, e seguimos direto para a clínica.

Durante todo o percurso, eu me senti inquieto, mas, em todo o trajeto, fui conversando com o oficial, pedindo que me mandasse notícias de como Roberto se encontrava dentro da ambulância.


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