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63.63% Meu CEO Possessivo / Chapter 21: Capitulo 20

Capítulo 21: Capitulo 20

Leon

Minha cabeça ia explodir de tanta dor. Estava com muito enjoo. Tento virar a cabeça, e não consigo.

— Senhor Vitorino? Senhor Vitorino! — ouço me chamarem, e não sabia quem era.

— Onde eu estou? — pergunto, tentando abrir os olhos, mas a claridade me cegou, fazendo-me gemer.

— O senhor se encontra em um hospital.

— Cadê a minha namorada? Ela está ferida? Preciso ver ela! — tento sentar, e a vertigem que sinto é tão forte, que quase caio, se não fossem os enfermeiros. Fecho os meus olhos rápido.

— Tenta ficar calmo — ouço a voz de uma mulher querendo me tranquilizar.

— Por favor, me fale onde está a minha noiva — peço novamente, com medo de algo ruim ter acontecido com minha rainha. Eu não iria suportar.

— O senhor foi encontrado sozinho caído no chão do banheiro — a voz fala. Abro os olhos novamente para ver com quem estou falando e encontro uma mulher que deduzo ser a médica.

— Onde ela está, então?

— Senhor, realmente não tinha ninguém perto do senhor.

— Preciso que vocês a encontrem.

— O senhor quer que ligue para alguém?

— Sim, por favor, ligue para minha cunhada. E também quero que chame a polícia.

— OK, senhor, vamos avisar a sua cunhada. Quanto à polícia, ela já está aqui.

— Obrigado, doutora. Então mande eles entrarem, eu preciso falar com eles — peço, com urgência.

— Podem entrar, o paciente quer vê-los — ouço-os agradecendo e tento abrir novamente os olhos, a vertigem passou. Então dou de cara com um casal de policiais que me olhavam preocupados.

— Senhor Vitorino, me chamo Gustavo Boa Ventura, e essa é a minha parceira Tatiana Lins — o policial me cumprimenta.

— Obrigado por estarem aqui.

— O senhor está bem para poder dar um depoimento?

— Sim, só que antes eu preciso que vocês procurem a minha namorada! — peço, desesperado.

— Antes de procurar por ela… O senhor se lembra do que aconteceu?

— Sim, eu me lembro de tudo.

— Então nos conte o que houve.

— Logo que acordamos pela manhã, tomamos café e a levei até a faculdade. Depois segui para a minha empresa para trabalhar e fiquei lá até quase o horário de buscá-la na faculdade, e saí da empresa para ir de encontro com ela — fico meio tonto na posição em que estava.

— Senhor Vitorino, o senhor está bem? — a policial pergunta, preocupada.

— Estou um pouco tonto.

— O senhor quer parar?

— Eu estou bem! Não quero parar de falar.

— Então é melhor o senhor deitar — ouço a voz da médica, e com ajuda deles eu deito.

— O que houve comigo, doutora? — pergunto, sentindo a minha cabeça latejar.

— O senhor sofreu uma forte pancada na cabeça que foi feita por uma coronhada de revólver.

— Entendo — olho para o policial e aviso: — Eu quero continuar a contar.

— OK, estamos ouvindo.

— Então, onde parei?

— O senhor disse que saiu da sua fábrica e foi até a faculdade de sua namorada para buscá-la.

— Então, assim que eu cheguei à faculdade, fiquei esperando-a encostado ao carro, e foi aí que ela saiu e acenou para mim. Ela estava vindo em minha direção quando um aluno que imagino que seja da sala dela agarrou o seu braço e ficou conversando com ela como se estivesse brigando.

— E quem é ele, o senhor sabe?

— Eu a ouvi chamá-lo de Pedro.

— E esse Pedro, o senhor sabe alguma coisa sobre ele?

— Nada. A Maria Eduarda e eu estamos namorando há pouco tempo. Conhecemo-nos através de sua irmã, que trabalha comigo.

— Então continue, o que o senhor fez quando viu que esse tal de Pedro tinha agarrado o braço de sua namorada?

— Bom, eu consegui tirar os braços dele de cima dela, o ameacei dizendo que se ele voltasse a procurá-la ele se veria comigo.

— E depois disso, o que aconteceu?

— O tal de Pedro me ameaçou dizendo que iria me destruir, mas não acreditei nele. Depois seguimos para o shopping para almoçar e depois ir comprar um novo celular para ela, pois ela está sofrendo perseguições de um maníaco — respondo, sentindo a raiva novamente.

— Vamos voltar, sobre o shopping, e depois quero saber mais sobre esse maníaco, como o senhor mesmo disse.

— Então, depois que almoçamos, paramos para comprar sorvete para a Duda, e ficamos brincando e conversando até ela terminar. Ela disse que precisava ir ao banheiro, e eu aproveitei e também fui. Combinamos de nos encontrar no corredor, de onde iríamos para a loja. Mas, assim que cheguei à porta do banheiro, ao puxá-la senti uma dor horrível na cabeça e acabei desmaiando. Quando acordei, a minha namorada não estava aqui do meu lado.

— Compreendo, e até agora ela não entrou em contato com ninguém?

— Que eu saiba, não. Pedi para avisarem a minha cunhada, a sua irmã Vanessa Sanches.

— Agora me conta sobre o tal maníaco que está perseguindo a sua namorada.

— Então, há dois anos a minha namorada foi violentada, no dia do seu aniversário de 18 anos — respondo, tentando controlar a minha raiva.

— E o estuprador foi pego?

— Não, que a gente saiba. Há mais ou menos uns dois dias ele voltou a persegui-la — comento, pensativo, ainda querendo saber como ele descobriu o seu número.

— E vocês não conseguiram descobrir quem era?

— Não. E o mais estranho é que ele descobriu onde ela estuda, e a minha namorada chegou mesmo a desmaiar por causa desse lunático.

— Então ele voltou a persegui-la?

— Sim, e também a mandar mensagens xingando-a por estar comigo e fazendo ameaças.

— E, fora isso, a sua namorada não tem problema com mais ninguém?

— Não, a minha irmã não tem problema com ninguém! — ouço a voz da Vanessa na porta do quarto, olho para ela e sento novamente. Gemendo baixinho, pergunto, esperançoso:

— Vane, a Duda! Você conseguiu falar com ela?

Mas o olhar que ela me deu era triste:

— Leon, eu não consigo falar com ela, o que houve?

Conto o que aconteceu, e quando finalizo ela pergunta, com medo:

— Então ele voltou?

— Temo que sim! — olho para os policiais que ainda estavam ali e pergunto: — Agora, o que vocês vão fazer para trazer a minha namorada de volta para mim?

— Senhor Vitorino, vamos abrir uma denúncia sobre agressão sobre o senhor e vamos investigar o que aconteceu, e depois daremos continuidade e faremos a declaração de desaparecimento, mas para ela ser oficializada temos que aguardar as vinte e quatro horas pelo menos — diz o policial, e olho para ele chocado:

— Como é que é?

— Foi o que o senhor ouviu, sinto muito!

— Não mesmo, eu não vou ficar aqui esperando dar as malditas vinte e quatro horas para vocês poderem ir atrás da minha namorada.

— Senhor Vitorino, o senhor não pode fazer nada.

— Ah, vamos ver se não! Eu quero ver as filmagens do shopping e quero descobrir onde foi parar a minha namorada.

— Eu gostaria de fazer-lhe algumas perguntas sobre a sua irmã, Senhorita Sanches — ouço a policial pedindo para a Vane, que me olha e diz:

— Já venho, Leon! — aceno em concordância e tento procurar meu celular.

— Cadê o meu celular?

— Quando o senhor chegou aqui, no hospital, o guardamos — responde a médica.

— Doutora, eu preciso dele para chamar um táxi — aviso, já perdendo a paciência com eles. — Eu mesmo vou procurar a minha namorada!

— O senhor tem que se acalmar, Senhor Vitorino — pede a médica, que eu nem sabia que ainda estava no quarto ouvindo tudo.

— Eu, me acalmar, doutora? — respondo, irônico, puxando os fios do soro. Começa a sangrar, e ela me olha horrorizada.

— Se acalme, Senhor Vitorino! — ela pede novamente.

— Eu não posso me acalmar sendo que eu não sei onde está a minha namorada! Como querem que fique aqui de boa sendo que eu nem sei se a minha namorada está machucada ou não?

— O senhor está machucado e sangrando! — a doutora fala, e olho seu crachá. Seu nome é Luana Rezende, e observo-a dar sinal para os enfermeiros, que logo estavam ao meu lado me deitando e me segurando com força.

— Me soltem! — grito, desesperado. — Eu preciso ir atrás da minha namorada!

— Senhor Vitorino, o senhor deu entrada aqui no hospital com uma concussão na cabeça e precisamos deixar o senhor passar a noite aqui para verificarmos se não teve sequelas.

— Nãooooo, eu não quero ficar aqui! — grito, com medo.

— Senhor Vitorino, tente ficar tranquilo, que vamos atrás de sua namorada — o policial me avisa.

— Eu também quero ir!

— Não, o senhor vai seguir o que a doutora falou!

— Eu não vou seguir ordem de ninguém, eu vou sair daqui, e vai ser agora! — grito alto, e sinto que os enfermeiros estavam me segurando com força.

— Preparem um sedativo leve para acalmá-lo — a doutora pede, e olho para ela em pânico. Eu não podia dormir. Tinha que ficar em alerta, minha rainha precisava de mim.

— Não, por favor, eu não posso dormir! — peço, desesperado, vendo-os trazerem uma seringa. Logo meu braço estava sendo amarrado com uma borracha, e eu tentava tirá-lo para não levar a injeção.

— Sinto muito, Senhor Vitorino, mas o senhor precisa de um sedativo para ficar tranquilo.

Então observo a doutora dar o sinal e logo sinto a picada em meu braço. Os enfermeiros me soltam e vão embora.

— Vocês não podiam ter me dado essa injeção!

— Foi para o seu bem, Senhor Vitorino.

— Não foi para o meu bem! — sinto meus olhos começarem a se fechar e, antes que eu perdesse a consciência, meu último pensamento foi para a minha rainha, e era como se eu pudesse vê-la ali ao meu lado. Comento comigo mesmo: — Me perdoa, minha rainha, por não conseguir ir te resgatar! — sinto as lágrimas começarem a escorrer em meus olhos e sou sugado pela escuridão em que fui colocado.


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