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13.43% Sacred Gear Creator (PT-BR) / Chapter 8: Nunca foi uma guerra

Capítulo 8: Nunca foi uma guerra

"Nem tente interrompê-lo Lúcifer-Sama". Grafiya e o Maou estavam a caminho da sala de jantar e escutaram a discursão entre as crianças sobre o casamento arranjado desde o início. "Apesar de ela ser muito nova uma hora ou outra alguém teria que falar verdade e você já conseguiu atrasar o casamento dela até a formatura do ensino médio fazer mais que isso seria abuso de sua autoridade e você sabe disso". As palavras de sua esposa faziam sentido o fazendo recuar, "Tudo bem, vamos deixar eles a sós, melhor não atrapalhar a discursão das crianças", assim os dois deixaram o recinto sem ninguém perceber. (Lúcifer é melhor que chamar de Ruivo, porque o autor tinha que escolher um nome tão complicado?)

Depois que a discussão acabou Rias saiu da mesa sem falar nada e foi seguida por Koneko e Akeno após despedirem-se. "Esse foi um café da manhã animado, você não acha?", Yan estava sentado ao lado de Sona em seu quarto depois que o mordomo os teletransportou para o território Sitri, "Sim, eu sabia que Rias era assim, mas não achei que ela seria tão iludida", Sona estava um pouco vermelha, quando ambos chegaram a residência Yan a convidou para uma conversa em particular.

"Sabe Sona, nós conhecemos desde meus quatro anos", Yan olhou pela janela, seu quarto era tão grande quanto o quarto da própria Sona e sua cama ocupava o centro do quarto e as paredes cobertas por estantes cheias de mangas, animes, novels e figuras colecionáveis, a maioria Mahou Shoujos, ("cortesia da mahou shoujo Levia-Tan! ♥"), e em seu quarto há duas janelas grandes mostrando o pôr do sol.

"Talvez você não lembre, mas eu lembro perfeitamente, quando cheguei todos me tratavam relativamente bem, menos você haha", ele não conseguiu conter a risada quando lembrou da Sona quando ela era menor agarrada a Serafall. "Eu nunca te tratei mau, você está inventado coisas", Sona negou veemente, a final que criança vai lembrar exatamente o que fazia quando tinha 5 ou 6 anos de idade. "Mesmo que você não lembre pode perguntar a Serafall depois, bem me deixe continuar, eu havia acabado de perder minha única família e quando cheguei estava morrendo de medo, ser trago para uma família desconhecida após sua mãe ser possivelmente morta é um trauma", angústia estava expressa em seu rosto, Yan já teria esquecido o rosto de sua mãe se não fossem as fotos que eles recuperaram do apartamento dela.

"Nessa época Serafall me estendeu a mão e cuidou de mim, acho que esse foi o motivo para me tratar mal, contudo depois de um tempo a gente começou a brincar juntos e olhe como estamos hoje aqui", Yan pegou a mão de Sona e entrelaçou os dedos com ela, "Mas eu tenho que dizer que eu amo a Serafall", escutando as palavras de Yan sobre seus verdadeiros sentimentos Sona não conseguiu segurar as lágrimas e começou a chorar, ele queria continuar falando, porém ela o interrompeu.

"Eu sempre soube, sempre que Nee-san vinha você tomava o sangue dela, dormiam juntos e se beijavam", Sona relatou entre lágrimas, mas isso não era surpresa para o garoto, afinal Serafall poderia descobrir facilmente algo assim, contudo ele pediu para ela não contar que eles sabiam. "Espero que vocês sejam felizes e se você machucar os sentimentos dela vou te matar!", Sona ameaçou Yan o melhor que pode, porém no estado atual da garotinha dava desvantagem no teste de intimidação. Sona tentou largar as mãos dele apenas para sentir seu corpo ser abraçado.

"Sona, não So-tan! Você quer namorar comigo?", tudo que ele falou era verdade, Serafall é o maior amor da sua vida, talvez seja a carência pelas perdas consecutivas de sua família, seus familiares e namorada na outra vida, além de sua mãe nessa, e ela apareceu como um anjo cuidando dele, brincando com ele e o alimentando, em algum momento eles se-apaixonaram essa é a verdade.

"Não! Você acabou de declarar que ama minha irmã!", ela queria dizer sim, dizer que ela aceitava namorar com ele e ter alguém que ela goste ao seu lado, contudo aqui estava ele declarando seu amor por sua irmã mais velha.

"So-tan, eu amo ela, muito mesmo, mas quando eu soube que você ia usar um mísero cavalo em mim não suportei a dor que surgiu no meu peito", Yan colocou a mão de Sona sobre o coração dele que estava batendo fortemente, "Meu sonho é me tornar o Rei de todos os demônios, reinando até sobre os Maous! Mas naquele momento só pensei em como impressionar você, provar que sou digno de sua confiança", eles se entreolharam, Sona demonstrava angustia e Yan perfeita confiança.

"E quando soube que você apostou a rainha para me ressuscitar fiquei muito feliz e não resisti e te beijei quando acordei", o rosto de Sona ficou vermelho quando ele acariciou o rosto dela com a mão livre. "Sona, apesar de amar a sua irmã, eu também te amo e não vou suportar ver você com outra pessoa porque eu te amo, então vai mudar meu pedido, você aceita jogar xadrez comigo?", a voz de Yan era resoluta e serena, nesse momento pela primeira vez nesta vida ou na outra ele nunca apostou tanto em um jogo.

"Tudo bem, mas essa vai ser a nossa ultima partida", a garota enxugou as lagrimas com um lenço que Yan deu, depois pegou o tabuleiro de xadrez para a partida decisiva. Ela realmente gostaria de perder, mas seu orgulho não a deixava fazer isso, como o orgulho não a deixava dividi-lo com sua irmã, essa era a única solução, "Ele vence e leva tudo ou perde e viramos mestre e servo", o coração de Sona doeu quando ela pensou na outra opção.

"Tudo bem, você começa", Yan sabia que nunca poderia vencer Sona, não importa o quanto ele se dedica-se ao xadrez, jamais poderia vencer alguém que ama esse jogo a ponto de confiar seu destino a uma única partida, pelo menos antes de desbloquear o Balanced Breaker.

"Sona me desculpe, mas você já perdeu essa partida", os pensamentos de Yan se transformaram em ação, a cada peça que ele movia.

O simples jogo de xadrez virou um verdadeiro campo de batalha, entre dois generais lutando por seus objetivos, seja lutando pela mulher que ama ou para preservar seu orgulho e posição, ambos não falaram nada enquanto moviam suas peças.

A confiança de Yan não era cega, apenas um tolo confia na sorte, destino ou peitos, para ficar mais forte e decidir seu futuro, neste momento a confiança dele vem de uma das habilidades adquirida ao desbloquear o Balanced Breaker, o Olho da Mente Falso, que além de melhorar parcialmente a visão ao diminuir penalidades visuais, também da ao usuário um sexto sentido capaz de prever/detectar e evitar o perigo, habilidade que não pode ser adquirida através de qualquer treino. E os resultados apareceram a cada peça que Sona perdia e seus planos eram frustrados.

A situação de Sona piorava a cada minutos, suas peças desapareciam a cada jogada e sua pokerface desmoronava, o dedo que ela mordia começou a sangrar, "Eu não posso perder! Não agora e não hoje!", o seu batimento cardíaco acelerava, apesar de dizer repetidamente isso em sua mente o seu verdadeiro desejo era entregar a partida.

"Não desista", a voz de Yan a tirou do transe de negatividade, em uma guerra o que ele fez é o pior movimento possível o de incentivar o inimigo a continuar lutando, quando ele iria quebrar sozinho. "Isso não é uma guerra né?", Sona falou sorrindo, olhando para o homem sentado a sua frente, que mesmo em lados opostos a incentivava, "Nunca foi", ele retribuiu o sorriso e secou sangue que escorrias das mãos dela e enrolou com um lenço.

O clima da partida mundo, porém o final da partida já estava selado, Sona tinha apenas o Rei no tabuleiro e era vez de Yan jogar, que tinha uma Rainha além do Rei. "No final eu perdi não é mesmo?", ela tinha um sorriso no rosto, mas o garoto sabia que ela estava se sentindo mal. "Não, você não perdeu é um empate por afogamento do Rei, acabei mexendo a Rainha errado".

Yan poderia vencer agora e tê-la em suas mãos, mas ele não poderia fazer isso com Sona ou Serafall, ele poderia ter quantas mulheres fossem, altas, baixas, peitudas ou lolis, mas as duas eram sua única família e nunca as teria ao seu lado por coerção. "Acho que empatamos não é mesmo? Então ou nós dois ganhamos ou dois perdemos certo?", a voz dele tinha uma pitada de esperança.

Como se suas preces fossem respondidas a garota levantou e sentou no colo de Yan, "A gente vence", o mundo ficou em câmera lenta quando Sona beijou Yan, que abraçou sua cintura enquanto ambos aproveitavam o calor um do outro. "Eu te amo".


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