Carlos, observando Celestia, notou que não havia sentido tudo aquilo sem ninguém que o habite. Imaginou os moradores de Celestia. Ele eram belos e incríveis: Corpo de homem, pele clara e rosada, cabelos loiros ou azuis, nas costas sete pares de asas de penas macias cor ouro rosé e olhos que brilhavam como safiras.
Pouco a pouco, todos eles eram projetados diante de Carlos. Um arrepio de emoção correu por toda à extensão de seu ser, culminando em um sorriso amoroso. A esses seres deu o nome de Ofanis.
Cada Ofani começou a se olhar, tentando entender o que aconteceu. Depois de um tempo todos os lugares se voltaram a Carlos, e ele ficou um pouco sem graça. Os Ofanis não viam nada, somente uma luz que emanava do trono. Mesmo não vendo eles sentiam de maneira real a presença de Carlos.
Carlos então falou: "Ofanis," com uma vos suave, "Eu sou Carlos, seu criador. Vocês foram criados para me fazerem companhia e povoar toda Celestia!" O pronunciamento de Carlos gerou nos Ofanis uma animação e empolgação enorme, todos sacudindo e tremendo suas asas.
Carlos também deixou-se levar pela empolgação dos Ofanis, dando uma leve gargalhada de felicidade. Os Ofanis não falavam nada apesar de toda a comoção, então Carlos lembrou-se de conceder-lhes o dom da fala. Nesse momento, todos os Ofanis o cercaram e cantaram com júbilo a seguinte canção:
"Glória, glória, glória! Ao rei que nós criou. Toda e eterna glória, os damos com louvor.!" Carlos ficou ainda mais feliz com todo esse momento de alegria, e amou todos os Ofanis criados. Cantando também:
"Meus pequenos, tão belos, obras de minha mão. Eu vos amo e desejo, de todo coração. Quero que sejam sempre, meus habitantes. Companheiros de eterna alegria. Com minha Luz, vos ilumino. Trazendo a todos completa vida."
E regozijando das palavras de Carlos, os Ofanis continuaram seus cânticos etéreos e sinceros. Carlos apreciava cada momento, escutando tudo com atenção, e guardando tudo em seu coração.
Chegou um momento que toda a animação cessou, trazendo um momento de recolhimento e grandiosa paz. Carlos então começou a pensar em algo profundo, ausentando-se da presença dos Ofanis.