Sede da delegacia de polícia da Cidade da Alvorada, capital do País Amanhecer.
"John conseguiu identificar os lugares?" Um homem baixinho e careca pergunta na sala de reuniões sentado na ponta da mesa retangular.
O clima era sério e diversos homens e mulheres fardados estavam sentados lotando as cadeiras e em pé na sala.
*ronco*
De repente todos que estavam sérios congelam.
Um jovem de terno estava dormindo sentado ao lado da projeção do mapa da cidade enquanto roncava, ele tinha cabelos pretos e um rosto bonito com nariz afilado.
*BAM*
"JOHN UMBRAM!!!" O homem careca bate o punho na mesa e grita o nome do jovem.
"Hum… sou eu…" Escutando seu nome sendo chamado John acorda languidamente enquanto boceja, abrindo os olhos ele encara a multidão com seus olhos negros incomuns.
"Chefe Marcos, esse novato é muito displicente!" Um homem de cabelos castanhos e óculos fardado com as vestimentas de policial fala ao lado do homem careca.
"Esse garoto…" Esfregando sua careca lisa o chefe, Marcos, respira fundo para se acalmar.
"Explique seus achados para todos John."
"Ah sim!" Como se finalmente lembrasse o que veio fazer John se levanta da cadeira sendo encarado por vários policiais irritados.
"Jake Ward, 35 anos, um fugitivo por matar a própria mulher após uma briga envolvendo questões financeiras." John passa a projeção para ficha do criminoso, o rosto de um homem barbudo que transmitia seriedade estava no canto
"O corpo de Maria da Silva foi encontrado cortado em pedaços no lixão da cidade por catadores que logo chamaram a polícia em pânico. O maluco nem fez questão de se esconder seus atos, vizinhos relataram barulhos estranhos no prédio 1 dia antes dele descartar" John passa para o próximo quadro mostrando uma sacola preta com vários peritos criminais a observando.
"Isso nós já sabemos, pare de nos fazer perder tempo!" O homem ao lado de Marcos fala impaciente.
"Tá bom Senhor David, tchi... acaba com a graça da apresentação" John começa a apertar o controle e passa os próximos 10 quadros.
'Esse moleque...' Todos olham para isso sem palavras.
Parando na foto do lixão com uma vista superior, onde se observava monstanhas gigantescas de lixo.
"Perseguimos e achamos vários locais em que ele ficou para fugir, mas nunca pegamos estranhamente, a coisa em comum que achamos em todos os locais foram os dedos de sua mulher e de outras vítimas não identificadas." Enquanto falava apertava o controle e várias imagens de quartos, galpões e até embaixo da rodovia principal da cidade passaram na tela mostrando o estado imundo dos locais.
Na projeção aparece imagens das câmeras de vigilância disponíveis em que uma sombra humana de costas para imagem encara fixamente a parede embaixo da ponte
"Esse lixo..." Uma mulher na sala aperta as mãos ao ver os dedos e muito sangue espalhado.
"E mais estranho ainda foi um desenho feito em sangue de uma rosa plantada em uma caveira deixada em cada local." A imagem seguia para a parede de um quarto manchada de sangue por todos os lados, mas um lindo desenho se destacava, se não fosse pintado por sangue talvez todos na sala admirassem.
"Pesquisei muito o desenho, mas não encontrei nada. Então tentei pensar como um louco, primeiro porque eu cometeria tal ato?" Brincando com o controle John se reencosta na parede e olha ao redor.
"No relatório já não está escrito que eles tinham conflitos, os vizinhos e familiares contaram vários relatos que levam a isso." Alguém responde, era um policial negro e barbudo usando óculos escuro.
"Esse pensamento é muito linear Senhor Alan, vamos... você estragaria sua vida para sempre fazendo o que esse homem fez por causa de conflitos? Nunca houve relato de agressão algum." John nega rapidamente balançando a mão.
"Para fazer esse tipo de loucura não seria só um homem que enlouqueceu e fugiu da policia? O número de malucos na cidade pareceu aumentar nos últimos 2 meses." A mulher que estava enojada com os acontecimentos falou com dúvida óbvia e expressou pensamento de todos.
"Impossível, não é qualquer maluco que foge de toda policia da capital em uma pequena região como a Leste o momento em que quase pegamos o suspeito os agentes relataram uma velocidade sobre-humana." A zona Leste aparece no mapa com os locais de refúgio marcados traçando o desenho de pétalas centradas no lixão da cidade.
Apontando para o mapa com um sorriso John diz com convicção: "Isso tudo eu suspeito de um ritual maligno, ele é um louco com algum propósito religioso, essa foi a única forma que consegui descrever esse caso, já houve relatos em arquivos bem antigos nesse e outros países desse tipo de crime."
"Esse menino enlouqueceu?" Marcos apoia sua testa na mão querendo nem olhar para isso.
"Você tá brincando com nossa cara novato?!" Uma onde de revolta se espalha, muitos começam a gritar e discutir entre si.
"Se acalmem galera, isso é minha especulação, o ponto central é-!" John levanta os braços tentando chamar atenção.
*BAM*
De repente David que estava ao lado do chefe avança e puxa John pela gola o jogando na parede com força.
"Moleque! A onda de crimes só aumenta esses últimos tempos e você tem a coragem de fazer uma unidade inteira perder tempo assim? Ponha-se no seu lugar e não atrapalhe quem conseguiu se tornar policial de verdade!" David diz irritado ao pensar na pilha de casos que tem em seu escritório.
*PA*
O sorriso no rosto de John desaparece e ele da um empurrão com força na mão de David que quase faz o homem tropeçar com a força, surpreendendo a todos no local, ficando um silêncio.
"Você-" O rosto de David escurece, foi o primeira vez que alguém no departamento desafiou ele abertamente, como vice-chefe responsável ele se sentiu desafiado pela primeira vez, ainda mais por um novato louco que está atrapalhando uma equipe inteira com uma reunião repentina.
"Chega!" Marcos grita em um tom autoritário ressoando em todos os corações, imediatamente todos na sala se endireitam como soldados, até quem estava sentado se levanta ao escutar esse tom.
'Ele realmente é respeitado' Vendo isso John pensa enquanto ajeita a gola de sua camisa branca e de seu paletó preto.
"Conclua." Encarando John nos olhos Marcos fala apoiando os dois cotovelos.
"Esse cara deve ter voltado para o lixão ou para o local do assassinato, mesmo sendo anormal ele ainda é um humano, deve estar dormindo em algum lugar bem escondido por perto dessas regiões." Passando os últimos imagens das regiões delimitadas por linhas vermelhas ele joga o controle ao lado do projetor e caminha para porta.
"Estragaram meu bom humor e deu sono, vou pegar um caso novo e vou para casa, bye velho Marcos não esquece a comissão." Bocejando ele sai ignorando o olhar de raiva dos presentes.
*Fechar*
Quando a porta se fechou um borburinho começou na sala com todos susurrando e encarando o chefe esperando a reação.
"Chefe, esse novato do departamento de investigação é muito displicente, deve ser mandado embora ou devemos fazer um treinamento de correção nele." David fala para Marcos com os dentes cerrando.
Marcos suspira profundamente ao ver a multidão irritada que lota a sala de conferência.
"Mandem todos as unidades disponíveis para revirar todos os cantos em que esse maldito rato esteja se escondendo!" Dando essa ordem ele se levanta da cadeira e começa sair da sala.
"Mas chefe!" David ainda tenta argumentar.
"Hum?" Com a mão na maçaneta da porta, Marcos se vira e encara com os olhos cerrados a multidão de policiais que instantaneamente se acalmou.
O chefe do departamento de policia poderia ser baixo e gordo, mas tinha a largura do homem era 3 três pessoas normais e quem conhecia a história dessa lenda sente um peso enorme nos ombros ao ser encarado por ele.
"Acho bom mesmo."
*BAM*
"O que deu no chefe para deixar esse moleque correr solto por aí?" Alan que tinha 2 metros de altura comenta com sua voz grossa, mas tremendo, ele limpa o suor da testa quase que ele enfarta com a encarada do chefe.
"*Suspiro* Não sei o porque, mas parece que é melhor não arrumarmos confusão com esse novato. Vamos só fazer o que foi ordenado esse caso tá ganhando muita repercussão devemos resolver logo." David fala desistindo do assunto, era a primeira vez que ele testemunhava alguém ser tão displicente no departamento central da cidade e sair impune.
"É... sempre existe a primeira vez pra tudo hahaha!" A mulher que ficou chocada mais cedo ri ao ver todos com medo do olhar de Marcos.
"Você fala muito para quem é a neta do chefe, Bia!" Outro homem que tremia como se tivesse visto um fantasma fala, ele era pálido e tinha grandes olheiras parecia até um homem doente.
"Melhor sentar Leo se não vai cair." Beatriz, apelidade de Bia, sorri para o Leo e aponta para as pernas tremendo igual vara de bambu.
"Chega de brincadeira, vamos logo atrás desse monstro! Vai ser uma caçada longa, o resto que não faz parte do caso podem ir resolvendo os novos problemas, mas caso avistem o suspeito ou algo relacionado podem contatar alguém envolvido!" David impaciente bate palmas e grita para os policiais inquietos acalmando todos, e toma a liderança de sair da sala de conferência seguido por toda multidão agora séria.
...
Enquanto tudo isso acontecia, John andava nessa manhã ensolarada pelas ruas animadas e muito movimentadas da área residencial em que morava.
'Demorei tanto para entender todos os passos desse maluco pela cidade, e ontem de madrugada foi o fator decisivo para eu entender que esse tipo de doido existe, aff... gente ignorante sempre duvidando de tudo.' Com uma cara mal humorada ele anda sem pressa.
"Mas realmente parece outro mundo se comparar com a madrugada, e não falo pelo movimento." Andando segurando uma pasta na mão direita e a outra mão no bolso ele fala para si mesmo, ainda sentindo seus pelo do corpo se arrepiarem ao lembrar de tudo.
Pessoa indo e voltando, veículos preso no engarrafamento, cachorros de rua latindo um para o outro, tudo parecia normal para uma cidade movimentada.
Ele sempre foi um cara aberto a todas as possibilidades e no fundo acreditava em assombrações, então não foi um choque tão grande para John correr esses perigos de madrugada, não que esse homem fosse a pessoa mais normal para inicio de conversa.
"Aquela sombra no beco e aquela loja de conveniência... preciso tomar mais cuidado se for sair de noite." Lembrando do que aconteceu ele sente um arrepio e seu coração começa a bater mais forte, ele abre um sorriso.
"Bom... tudo isso não é problema meu, a encomenda já deve ter chegado!" O lema de John era não se estressar com coisas fora de seu cotrole, ele rapidamente acelera o passo e volta correndo para seu velho apartamento ansiosamente para ver seu pedido.
...
"Chefe, antes de sair para a missão gostaria de perguntar sobre o ocorrido." David se encontrava no escritório de Marcos ereto com as mãos para trás enquanto perguntava.
Terminando de assinar um documento Marcos deixa ele no topo de uma pilha de papéis e encara seu subordinado.
Supirando ele fala: "Você é o melhor subordindado no momento David, então vou lhe dar esse aviso, melhor fazer amigos do que inimigos."
"Ele tem um passado muito poderoso?" David pergunta coçando a cabeça em dúvida.
Marcos se inclina na cadeira confortável de couro e bota a mão no queixo pensativo e nega: "Passado poderoso é? Não, só saiba que você é um ótimo policial, segue as regras a risca e obedece todas as ordens com perfeição. Mas atualmente parece que o caos tende a aumentar, vamos precisar de algumas pessoas mais talentosas se quisermos aguentar a demanda maior."
"Vá cumprir seu dever." Acenando a mão ele pede para David se retirar e começa a assinar os documentos restantes.
'Não tem passado poderoso, mas é talentoso? Mesmo assim ainda não faz sentido... Tanto faz, uma hora descubrirei.' Saindo do escritório do chefe David pensa por um momento, mas logo deixa de lado essa questão e segue pelos corredores movimentados em direção a sua nova missão.
...
"Muito obrigado pelo serviço!" Se despedindo dos trabalhadores John fecha a porta e olha com empolgação para sua mais nova propriedade.
Uma capsula que parecia ter saído de um filme de ficção científica estava do lado do sofá vermelho ocupando o canto da sala.
"Lá se vai 10 mil solaris(Moeda do país), praticamente 10 meses de salário para um investigador iniciante como eu, daria para fazer minhas duas viagens anuais." Vendo a nota fiscal em sua mão de repente ele se ajoelha no carpete do chão e pequenas lágrimas saem de seus olhos.
"Bom... vou entrar e tentar recuperar esse dinheiro... Será que ainda tenho dinheiro para comer esse mês?" Ele estava tão empolgado inicialmente que quando entrou no site e comprou nem viu o preço.
Com as mão trêmulas ele abre seu aplicativo do banco e olha a conta bancária, seu olha fica em choque e o celular cai no chão.
"To na merda..."
Olá, é minha primeira vez escrevendo esse gênero de terror, se você tiver uma hisória de terror seja ela relatos, livros, filmes e séries para me recomendar e me inspirar a escrever contos macabros eu serei grato!
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