- Nunca deixe os outros ditarem o seu futuro, independente do que aconteça viva sem arrependimentos
Essas foram as palavras que minha mãe repetia para mim diariamente, e aquele dia não foi diferente, mesmo que depois daquele dia tudo tenha mudado.
9 de outubro de 2013 - 10h
O sol tímido se escondia atrás das imensas nuvens brancas no céu, mais isso não impedia que muitas pessoas fossem a praia para acompanhar o treino dos "Santos dos Mares" assim eram chamados a dupla nacional de surfistas na pequena cidade costeira Céu marinho.
- Hahaha ! Yona ! Veja essa onda !
Gritou um homem, seu cabelo curto e olhos castanhos como mel junto ao sorriso largo que deixava pequenas covinhas em sua bochecha, estando em cima de sua prancha de surf feliz olhando para a mulher ao seu lado que também estava em uma prancha, a mulher possuía longos cabelos prateados como a neve e olhos azuis brilhantes como o céu estrelado, como um lindo sorriso no rosto ela respondeu ao homem.
- Jin ! Vamos disputar !
Então com um aceno de positivo com a cabeça o homem começou a remar com os braços junto a mulher assim pegando a grande onda que vinha, ambos em suas pranchas sorriam enquanto surfavam em sua crista e depois passando pelo túnel que se formava quando a onda estava se quebrando.
Depois de terem surfado até a onda se desfazer a dupla submergiu do mar com sorrisos enquanto acenavam para a encosta da praia para uma criança que com um sorriso que também acenavam de volta.
A criança claro era eu... Tinha acabado de completar meu 10° aniversário mais possuindo pais tão incríveis nos mares me fez desejar ser o melhor nas águas também. Já havia ganhado várias competições mirins de natação, como dizia o ditado... "filho de peixe peixinho é "
Olhando para os meus pais no mar meus olhos brilhavam de emoção e orgulho por ser filho deles, mais logo meus olhos se voltaram para um homem que nadava claramente com desespero estampado no rosto tentado alcançar uma pequena menina que estava sendo arrastada por uma correnteza reversa.
Apesar dos muitos adultos e espectadores assistindo meus pais treinarem poucos de fato notaram a pequena menina sendo arrastada pelo mar, sem pensar muito peguei minha pequena prancha e corri para o mar em direção a menina, meus pais logo notaram meus movimentos e também rapidamente remaram em suas pranchas em direção a menina.
- so socor! Socorro !
Gluuu gllo !
Violet ! Violet ! Estou a caminho! Aaaaaa!
Gritava a menina e o homem em meio a correntesa e as ondas. Com muito esforço o rapaz conseguiu chegar próximo a menina mais uma forte onda quebrou em cima de ambos os afundando no mar, vendo a onda vindo soltei a minha prancha e mergulhei por baixo na tentativa de alcançar a menina, felizmente talvez pela força de alguém maior a menina foi jogada em mim pela correntesa.
- Ei ! Ei ! Acorda !
Gritei enquanto tentava ficar com a cabeça acima da água com a menina em meus braços desacordada, logo minha mãe chegou ao meu lado me agarrando junto a menina enquanto me colocava em cima de sua prancha e gritava pra mim
- Ryuji ! Muito bem ! Meu pequeno Dragão azul hehehe agora vá em frente e espere pela mamãe na areia
Disse minha mãe com um sorriso no rosto, olhando para ela falei em desespero
- Mãe, vamos juntos ! Mãe...
Então minha mãe usando de sua experiência no mar amarrou o cordão de sua prancha em meu tornozelo e me empurrou para fora da correnteza me fazendo ir com a menina junto a uma onda pequena que surgiu.
- Nãaaaooo !
Gritei alto enquanto lágrimas começavam a escorrer dos meus olhos, tentei olhar para trás mais a onda já havia me levado para longe com a menina em cima da prancha.
- mamãe vai ficar bem ! Ela vai ficar bem... Ela é incrível no mar !
Falei pra mim mesmo enquanto já perto da costa segurava a menina nos braços, corria para a areia e a deixava no abaixava na areia ... meu pai apareceu ao meu lado e disse pra mim
- Boa Ryuji ! Você foi incrível ! Lembra da aula de primeiros socorros né ! Ajude ela Papai vai buscar a mamãe !
Meu pai me falou com aquele sorriso confiante, o mesmo já havia tirado o rapaz que tentara ajudar a menina do mar e agora os salva vidas de plantão o estavam prestando socorro, olhando para as costas do meu pai altas e largas enquanto o mesmo corria para o mar atrás da minha mãe um sentimento de vazio me atingiu, algo me dizia que nunca mais veria essas costas largas em pé novamente, quando estava para dar um passo em sua direção olhei para a menina que claramente não respirava, as palavras da minha mãe vieram a minha mente... " Independente do que aconteça, viva sem arrependimentos !
- Viva sem arrependimentos...
Sem arrependimentos, sem arrependimentos...
Repetia essas palavras sem parar enquanto fazia massagem cardíaca e respiração boca boca na menina, a cada movimento sentia algo dentro de mim se desfazendo, logo não podia mais ouvir o som do mar, os gritos dos banhistas nem mesmo o som da minha respiração... Apenas as palavras
" Sem arrependimentos "
Existiam como sussurros de fantasmas em minha mente, então tudo começou a escurecer e tudo o que senti foi um vazio sem fim...
Tan tan ram ! Tantantanrarammm
Notícias urgentes !
Todos no mundo dos esportes estão de luto, hoje por volta das 10h na cidade costeira Céu marinho, a dupla de surfistas e nadadores olímpicos, cuja levou a pequena cidade e o país ao topo do mundo com suas habilidades sofreram um acidente fatídico ao se jogarem em auto mar na esperança de salvar uma criança e um amigo surfista que haviam sido arrastada pelas ondas. A dupla de marido e mulher conseguiram resgatar a pequena criança e o rapaz mais foram levados pela forte correnteza, os corpos do jovem casal foram encontrados a 12km de distância na praia vizinha, o casal deixa um filho de 10 anos que teve grande participação no resgate da menina, todos foram levados para o hospital mar celestial e não correm risco de vida. Faremos um minuto de silêncio em homenagem as vítimas...
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Olá meus amigos leitores, espero que gostem da história, não é muito longa mais também nada curta kkkk farei o possível para transmitir o melhor dos meus sentimentos por meio da escrita. conto com o apoio de vocês
Em um lugar sem luz onde apenas a escuridão reina, um local no espaço começa a distorcer e um jovem surge com os olhos fechados. O mesmo aparenta ter por volta de 10 anos, seu cabelo curto mais levemente ondulado e um físico magro porém com músculos firmes e costas largas para sua idade
O tempo se passa e um leve tremor surge em seu corpo quando o mesmo começa a abrir os olhos.
Um forte brilho dourado surgiu em seus olhos por uma fração de milésimos de segundos que por sua vez iluminou aquele local escuro, assim como uma estrela em colapso.
O contorno de 6 silhuetas rapidamente surgiu para novamente o ambiente ser envolvido pela escuridão.
Onde...? Eu estou ? ...
Mãe? Pai ? Cadê vocês ?! Sou eu ! Ryuji !
Mãe!
Memórias surgiram em sua mente onde sua mãe sorria para ele e seu pai permanecia firmemente de pé à sua frente
Lágrimas começaram a escorrer de seus olhos, mas ele logo as enxugou, a escuridão era tanta que nem mesmo seus dedos eram visíveis
Eu ... Estou cego ? O que aconteceu?...
Apesar de ser apenas uma pequena criança nos seus 10 anos, Ryuji era muito inteligente e sabia Manter a calma em momentos complicados, isso se deve a ter sofrido muita pressão e inveja das pessoas por causa das habilidades dos seus Pais. Logo ele se lembrou das palavras de um livro antigo que encontrou por acaso em sua casa a não muito tempo atrás
A escuridão me assombra, mas ela é apenas mais uma aliada...
E então com força e coragem deu um passo à frente, depois outro e mais outro
Enquanto vivo nas sombras tudo ao meu redor passa ser meu inimigo...
O vazio me guia e me leva para onde devo estar...
Foi então que um apito alto surgiu daquele espaço sem luz e o fez tampar os ouvidos e gritar de dor
Em um quarto no Hospital sereia de jade na pequena cidade costeira Céu marinho um senhor e um médico discutiam enquanto a confusão e a dor era visíveis em seus olhos ao verem a pequena criança deitada na cama
- doutor ? Quando ele vai acordar ? Já fazem 2 semanas !
Perguntou um senhor que aparentava ter por volta de 69 anos, suas costas levemente curvadas e cabelos grisalhos deixavam claro seu corpo debilitado pelo tempo, mas seus olhos claros brilhavam com uma Luz forte como as estrelas do céu.
-haaaa... Suspirou o médico enquanto massageava a testa e passava a dizer
- Sr. Han, me desculpe mais não sabemos o que tem de errado com ele, ele não possui nenhuma sequela ou doença oculta em seu corpo seus sinais vitais estão ótimos tudo o que podemos fazer é esperar ...
- esperar ! Sr. Han gritou :
- os pais do garoto salvaram meu filho ! E o pequeno ainda nem tem ideia que agora ficou órfão ! Os pais dele já vão ser enterrados e o pequeno ainda nem mesmo pode se despedir... Aaaaa céus ! Por que vocês tinham que ser tão invejosos !
-fuuuu... Suspirou o doutor novamente enquanto abaixava a cabeça sem contráriar as palavras do Sr. Han
Gurrr...
Foi então que um gemido foi ouvido e tanto o médico quanto o Sr. Han olharam surpresos para a cama ao lado apenas para ver o pequeno Ryuji abrir seus olhos dourados
Vovô Han ?
Waaa! Xiao long ! Gritou o velho Sr. Han, enquanto segurava em um abraço firme Ryuji, com os olhos marejados, o velho sr. Han dizia sem parar :
- Ótimo... Ótimo... Você acordou ! Bom menino, bom menino !...
-
Vovô ? Eu... Meus pais...
Sr. Han se afastou do pequeno Ryuji enquanto seu rosto era tomado pela dor e falava
- Xiao long ... Eu sinto muito mais seus p-...
-
Eu sei vovô ... Interrompeu Ryuji, fazendo o velho Sr. Han olhar para ele com surpresa em seus olhos se perguntando se o pequeno havia o escutado antes já que pelo que lhe falaram o pequeno estava desacordado desde antes que seus pais se perderam no mar ou seja ele não tinha visto o que tinha acontecido com eles de fato.
- Xiao long... Você...
- tudo bem vovô... Meus pais não se arrependem, eles fariam o mesmo... Se tivesse a chance...
O velho Han com lágrimas nos olhos olhava para o pequeno que ali estava deitado na cama do hospital a mais de 2 semanas só pra acordar agora mais o brilho em seus olhos ainda era o mesmo cheio de calor e determinação como os de um dragão ancestral e imponente
Foi então que o Dr que estava rapidamente vendo na máquina os sinais vitais do pequeno Ryuji com surpresa os interrompeu e falando que Ryuji precisava fazer exames para ter certeza de que estava bem o levou rapidamente para outra sala no hospital.
Muitas horas depois que logo passaram a ser dias em frente a porta de saída do hospital sereia marinha Ryuji saia de mãos dadas com o velho Sr. Han enquanto se curvava e se despedia do médico e das enfermeiras do hospital
- Xiao long ! Devemos ir ... Você precisa ir ver seus pais e se despedir de fato deles...
Falou o Velho Han com preocupação em seus olhos fixos em Ryuji que apenas fexou os próprios olhos e acenou com a cabeça em concordância
Então logo eles pediram um Uber e foram ao cemitério onde seus pais foram enterrados, durante a viagem toda o silêncio reinou no carro mais o velho Han tinha seus olhos fixos no pequeno Ryuji, que apesar de seus olhos brilhantes o velho Han sabia que neles habitavam uma escuridão sem fim cheia de vazio
Xiao long ? Chamou o velho Han ...
Sim vovô?
Você viverá comigo, ok ? Assim poderei cuidar de você e te levar para onde quiser no futuro
Tudo bem vovô... Eu ... Ficarei bem em casa, você não precisa se preocupar,
(Com um sorriso sincero que claramente tentava esconder a dor o pequeno Ryuji falou)
Os olhos claros do velho Han ficaram levemente vermelhos em dor mais ainda assim acenou a cabeça em concordância enquanto fazia cafuné na cabeça de Ryuji e dizia
Ok... Ok... Ok.. então se precisar de alguma coisa, não esqueça de pedir para seu vovô aqui, rapidamente irei lhe ajudar
Sim ! ( concordou Ryuji com um sorriso em seu pequeno rosto)...
A viagem até o cemitério não levou muito tempo e após se despedir de seus pais o velho Han levou Ryuji até a casa de seus pais no topo de uma colina na cidade Céu marinho, vendo o pequeno entrar sozinho naquela casa os olhos do velho han novamente brilharam com lágrimas mais ainda assim se limitou de entrar na casa com o pequeno pois temia que o motivo de Ryuji estar demostrando tanta força era por medo de desmoronar e chorar na frente das pessoas assim os preocupando, então o velho Han decidiu deixar o pequeno Ryuji um tempo sozinho para que o mesmo pudesse enfim relaxar...
Os céus invejam aqueles de talento... Aaaah...
Falou o velho Han enquanto suspirava se virando em partida da colina.
Já sozinho em casa primeiro Ryuji olhou em volta e várias imagem de seus pais tomaram conta de sua visão que logo embaçou devido a lágrimas, e depois de subir as escadas e ir para o quarto de seus pais o mesmo deitou na cama grande como um pequeno feto no útero da mãe e com lágrimas nos olhos que escorriam como cachoeira, dizia e repetia vez após vez...
- mãe... Pai... Me desculpa... É minha culpa...
Se eu não tivesse ido
Eu sinto muito ...
Eu ... Eu
Assim as horas se passaram e naquela grande casa no topo da colina apenas o som abafado de suas lágrimas eram ouvidas
boa pessoal !... a dor de perder alguém é difícil mas nunca os perdemos de fato, eles sempre vivem em nossos coração ... então força aí e meus sentimentos para aqueles com essa ferida, e obrigado pelo apoio
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ICH HAB ES