Com uma aura tensa e eletrizante, o homem desce do telhado em direção ao solo, moldando o gelo ao seu redor para criar uma escada sinuosa que brilha à luz da lua. Seu movimento é gracioso, quase hipnótico, contrastando com a escuridão da noite.
Maki mantém seu olhar firme sobre ele, sua postura determinada e pronta para o confronto que se avizinha. Cada músculo tenso, cada respiração controlada, ela se prepara para o embate iminente.
— Você ainda está perseguindo aquele garoto? — , as palavras do homem ecoam no ar, carregadas de desafio e provocação.
Maki responde com um olhar afiado, — Você está um pouco velho para perseguir garotas durante a noite, Daiki. —
Enquanto Daiki saca sua espada, o som do metal cortando o ar corta o silêncio da noite. Seus olhos azuis brilham com uma determinação feroz enquanto ele desafia Maki a abandonar sua busca e retornar ao seu dever.
— Chega de depositar seus sonhos naquele moleque, Maki. Volte comigo e cumpra seu dever. —
Maki troca um olhar rápido com Akane, enviando-a para se esconder, antes de voltar sua atenção para Daiki. Ela se prepara para o ataque iminente, concentrando-se em seus movimentos e mantendo sua mente focada.
Daiki avança com uma velocidade surpreendente, impulsionado por lâminas de gelo em seus pés, cortando o ar em direção a Maki. Ela rapidamente estende as mãos, emanando ondas de vibração que se propagam pelo ar em direção a Daiki.
O homem protege-se criando uma barreira de gelo diante dele, resistindo às ondas de vibração de Maki. No entanto, a parede de gelo não é páreo para a força das vibrações, e ela se rompe sob a pressão, deixando Daiki exposto.
Em um instante, Daiki surge da fumaça resultante da quebra da barreira de gelo, avançando rapidamente contra Maki. Com um golpe certeiro, ele a atinge, lançando-a pelos ares e fazendo-a voar longe, com um impacto brutal.
Maki luta para se recuperar, o choque do golpe ainda reverberando em seu corpo. Ela se levanta com dificuldade, seus olhos fixos em Daiki, determinada a continuar a luta até o fim.
Daiki avança com passos firmes na direção onde Maki foi arremessada. Seus olhos azuis brilham com determinação, seu semblante sério e implacável.
Maki luta para se manter de pé, seu corpo dolorido e exausto, mas sua determinação ainda ardente. Com uma voz ofegante e carregada de dor, ela confronta Daiki: — Desgraçado... Como consegue ficar ao lado daquela mulher que abusou tanto da gente? —
Daiki continua a avançar, sua espada erguida e apontada para Maki. Sua voz é áspera e carregada de convicção, — Ela fez o que foi necessário para garantir nossa sobrevivência. Seja grata. —
Um lampejo de raiva atravessa os olhos de Daiki quando ele responde: — Grata?! Aquela mulher tirou nossa liberdade, tirou tudo o que um dia poderíamos ter. —
Neste momento, os olhos de Maki se tornam mais sombrios, e seu corpo começa a se erguer do chão, envolto em ondas de vibração que emanam de seu ser.
Akane, que observava escondida atrás de uma lixeira, olha com misto de medo e curiosidade para a cena que se desenrola diante dela.
Daiki avança com um golpe poderoso, sua espada envolta em um resplendor gélido que se assemelha a um dragão de gelo pronto para atacar Maki.
No entanto, à medida que Daiki se aproxima, o gelo ao seu redor começa a se quebrar, sua velocidade diminuindo sob o impacto das ondas de vibração de Maki. Determinado a superar essa resistência, Daiki redobra seu poder, mas conforme ele se aproxima mais de Maki, suas forças começam a fraquejar.
As ondas de vibração de Maki tornam-se mais intensas, pulsando com uma energia avassaladora. Daiki se esforça para manter-se firme, mas quando está prestes a alcançar Maki, ela libera todo o poder acumulado.
Uma explosão de energia irrompe do corpo de Maki, uma onda de choque devastadora que engole o beco inteiro. Akane é arremessada para trás, batendo com força contra a parede oposta, enquanto Daiki é lançado com violência para o outro extremo do beco, colidindo com a parede de um prédio próximo e ficando desacordado.
Maki cai desacordada após a explosão de seu poder, seu corpo exausto e sua mente mergulhada na escuridão da inconsciência. O beco agora está mergulhado em silêncio, apenas o eco distante dos destroços testemunhando a feroz batalha que ali ocorreu.
Akane observa Daiki e Maki caídos, seus corpos inertes testemunhas do confronto feroz que acabara de ocorrer. Incerta sobre o que fazer, ela se aproxima cautelosamente de Maki, cuja respiração é fraca e irregular. Uma sensação de curiosidade misturada com compaixão a impulsiona a ajudá-la.
Com determinação, Akane ergue Maki em seus braços, sentindo o peso de seu corpo exausto. Decidida a levá-la para um lugar seguro, ela se afasta do beco sombrio, deixando Daiki para trás.
Enquanto Akane se esforça para encontrar uma saída, o som agudo das sirenes ecoa ao longe, indicando a chegada das autoridades. Ela percebe então que a explosão de poder de Maki foi tão intensa que afetou a energia do quarteirão inteiro.
Com cuidado, Akane aperta Maki em seus braços, determinada a protegê-la. Ela se encaminha para fora do beco, seguindo em direção ao seu apartamento. O peso de Maki em seus braços é um lembrete constante do caos e da incerteza que cercam suas vidas.
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