O dia está escuro e sombrio mesmo iluminado pelas luzes que rodeia, um homem corre desesperadamente pelo beco que o comprimi por ter um corpo grande. Ele pensa em diversas coisas quando cai de bruscos embaixo de uma das fontes luminosas, assim o mesmo ilumina sua ferida feia que queima como o fogo em esmeralda no seu peito, um golpe fatal...Ele, um guerreiro de armadura escura reflete sobre suas decisões em vida, mas, não parece sentir qualquer remorso. Ele começa a sacar um pergaminho de seu bolso e diz:
– Parece que minha hora enfim chegou, dessa fez farei diferente!
Ele segura o pergaminho com relutância, mas o mesmo se recompõe e levanta o pergaminho o abrindo-o, porém, do escuro beco de onde veio uma presença parece se mostrar com sua mão erguida em direção segurada pela outra, seus cabelos brancos são chamativos o suficiente para o homem não se enganar de que é um inimigo. O homem observa sem poder reagir quando o inimigo diz em tom delicado e majestoso: – Seu fim é inevitável pobre guerreiro, a felicidade que buscas já a um muito se perdeu e não pode ser encontrado, então...Apenas aceite seu fim!
O homem fica chocado não só por conta da própria questionar suas ações, como também por a mesma ser alguém do qual ele não pensava que diria isso a ele. Ele abaixa o pergaminho devagar e pergunta de forma agressiva e melancólica: – ENTÃO O QUE EU DEVERIA FAZER??!
A mulher de cabelos prateados que tem seu braço apontado para o homem o responde de forma singela:
– Apenas morra!
O homem parece não entender a resposta que recebeu ficando emburrado. E com um som agudo que estrala pelo ar frio desse dia mais sombrio que o normal, ele mesmo nem sente medo quando o tiro é escutado, seu rosto é perfurado e estourado por dentro sem chance de sobrevivência em questão de segundos. O guerreiro em seus últimos segundos de vida ele ouve da sua antiga amiga, da sua família...Da sua mãe:
– O destino dos homens é injusto!
Ele ouve isso e não sente nada já que ele nunca terá um fim já que é um retornado, assim jamais vai ter um destino indesejável, mas, agora ele realmente morreu e não pode usar o pergaminho que criou para retornar, isso faz dele agora um cadáver morto para sempre. Ele sente seu corpo como se estivesse no mar que o rodeia de forma aconchegante, o mesmo pensa que se soubesse que a morte fosse assim não teria se esforçado tanto, mas relembra de todos que deixou para ter fim infernal e pensa que não pode deixar todos desse jeito. O homem tenta se mexer e abrir seus olhos com muita dificuldade, o seu corpo começa a se modificar e o sentimento de aconchego que sentia sutilmente some.
Gritos podem ser ouvidos se aproximando cada vez mais rápidos como uma avalanche, seus sentidos começam a voltar de forma lenta, com seus olhos semi-abertos ele ver poeira e diversas pessoas correndo, agora ele sente que está sendo carregado por alguém que diz palavras indecifráveis. "Eu tenho que me larga dele" eu penso, porém mesmo com muito esforço não sinto minha força, quando eu vejo a minha própria mão, e por instinto eu começo a chorar ,mas na verdade estou é chocado por o corpo em que vejo estar ser estranhamente pequeno, foi então que o "Grande Guerreiro de Armadura Escura" reflete e chega a conclusão de que, " estou tendo pesadelos e preciso dormir para acordar, hahaha...".
Ele não conseguia enxergar a realidade e a tendia a ser mera alucinação, mediante a isso ele teve um sono profundo enquanto levado pelo homem que o carregava. Durante tempos de pura tensão do cara que segurava o bebê que misteriosamente, mesmo com tamanha comoção dormia tranquilamente numa boa soneca, isso fez o homem que o carregava dizer alguma coisa da qual é impossível entender, mas soava como indignação.
Depois de algum tempo o bebê acorda em uma tenda junto ao homem que dorme com um ronco bem alto, cuidadosamente o bebê tenta se mover de forma que não acorde o homem, mas de repente sinto algo no meu bumbum que faz eu choramingar tão alto, que faria toda uma periferia achar que está tendo um arrastão logo cedo. O homem logo acorda desajeitado com seus óculos caídos demonstrando que essa é a primeira vez que talvez tenha sido acordado assim. O homem observa o bebê que chora e me carrega para fora e me cuida da melhor forma como um pai.
Continuamente ele cuidou de mim por dois anos nessa tenda em meio a floresta bem densa, nesse meio tempo eu pude entender um pouco do que ele dizia, mas não muito, quando eu finalmente conquistei um pouco da minha liberdade que é, engatinhar, com essa habilidade agora eu posso andar por aqui sem muitas complicações, claro que com certas limitações do meu criado que me impede de ir muito longe. Dentro da tenda posso agora investigar me apoiando e vendo o que o homem que me cria detém, subindo no banco e investigando sua escrivaninha eu vejo que ele escreve bastante, como se fossem cartas com pequenas frases que mesmo diferente, era bastante semelhante a língua do meu mundo de forma escrita, as cartas tinham palavras chaves como: Dor, Saudade, Desculpa ou Obrigado.
Olhando para o lado esquerdo ele tinha as tintas que usava para escrever e, ao lado direito ele tinha uma pilha de livros com um deles tendo um papel no meio, claro que o homem(bebê) bobo nem nada tenta pegar o papel em meio aos livros, entretanto seus braços pequenos não alcançam e com um pequeno deslize ele se desequilibra, caindo de bunda no chão fazendo o pai ir em sua direção correndo dizendo:
– K..., você...bem?
O bebê choramingando no chão com a bunda vermelha faz um sinal de joinha para o pai, que rir do mesmo que trata com um curativo em sua bunda inchada. No anoitecer o homem conversa comigo sobre diversas coisas da qual eu não entendo muito, mas me abrande muito sobre como esse mundo funciona.
De forma básica existe raças diferentes nesse mundo e elas se descriminam de maneiras variadas, a raça humana é a mais forte desse mundo por ser muito distinta do seu próprio jeito, tendo um reino poderoso e vilas espalhadas pelo mundo, diferente das muitas raças que são pressionadas a ficar na espreita , mas por mais que desgotem dos humanos eles são incapazes de fazer algo contra, ouvi que é por um poder maior, porém não sei. Existe magia e tecnologia avançada nesse mundo, por que diversas vezes meu pai fala sobre navegar sobre as nuvens e me esconder quando ouvir barulhos agudos e extensos, como no meu mundo que existia uma tecnologia similar, porém não existia quaisquer meios mágicos, mas existia uma tecnologia similar à magia entretanto muito utilizada para fins lucrativos da realeza por deter muito poder, porém por desventuras eu conseguir uma parte dessa tecnologia onde desencadeio no meu destino deplorável.
Meu pai conversa comigo e conta tudo que sabe á mim por várias vezes durante a noite, o brilho nos seus olhos demonstra uma certa admiração por tudo que tem no mundo, mesmo que uma hora ou outra ele sente tristeza ou remorso de algo dentre suas palavras e, se abstém de contar mais, porém nunca vai dormir sem ter me dado um cafuné e falado boa noite, entretanto eu tinha uma surpresa para ele nesse fatídico dia, então com apenas 2 anos e alguns meses eu digo a ele meio travado a língua:
– Bo...a...noi...tche!
Ele parece olhar para o bebê com muita fixação e apreço, após alguns segundos ele o pega levantado rapidamente ao alto e dizendo-o:
–Agora...Papai!
– Pa...Pai!
Ele começa a abraçar o bebê quase o sufocando até a morte com emoções de alegria chorando, e de repente sua cara fica séria e determinada apertando seu punho, ele diz a mim que terá algum tipo de estudo a parti de agora, e isso me traz um conforto de poder saber mais sobre onde estou, mas ao mesmo tempo me deu uma preguiça imensa.
Daquele dia adiante eu fui ensinado a falar e escrever como nunca, e com meus conhecimentos de uma outra vida foi muito simples entender essa língua chamada Porsage, agora com 4 anos eu consigo entender completamente o que meu papai dizia a mim, e também o respondo de forma correta sem qualquer erro. Num dia qualquer ele me fez escolher dentre três objetos suspeitos dizendo:
– Dependendo de sua escolha, isso mostrará que você não é meu filho, entendeu?
Eu o digo de forma clara e sascastica:
– Sim, não o decepcionarei!
A minha frente tem três objetos distintos suspendidos por uma madeira escuras, não há nada que indique um feitiço ou maldição clara como uma marca, os objetos são claros e notórios:
1. Uma espada
2. Um arco
3. Um martelo
Eu me denomino um grande homem de feitos de escolha surpreendentes, entre meus aliados sempre fui colocado com base na estratégia por diversas vezes, por isso, entendo que devo escolher sabiamente aqui mesmo não sabendo o quanto minha escolha influenciará. Na minha cabeça eu penso "eu posso voltar para tentar de novo", quando eu olho para a mão que levantava para escolher um dos objetos e, vejo a criança que sou agora sem força totalmente impotente, por mais vejo que os pergaminhos armaduras não contenho, a vida de agora é simplista e sem objetivo e com apenas uma vida, uma chance, não posso voltar... Diz ele entre sussurros –É isso que eu sempre fui, um retornado que volta e sempre ajuda quem iria morrer, no momento eu estou aqui parado sem fazer nada, mas o que diabos eu tenho que fazer?
Surpreso ele diz preocupado:
– O que você quer dizer filho?
Quando o homem(Bebê) escuta a palavra filho ele relembra do maior guerreiro do qual ele mais confiou, e foi fiel até o fim em quaisquer linhas de ação que fez em prol de um objetivo egoísta e, agora ele olha para esse cara alto de óculos que se diz ser meu pai...Ele se pergunta um pouco sobre o quão estranho é a situação em que está e diz ao seu pai com um tom esnobe e sério:
– Nada! Eu escolherei o certo, mas me prometa que quando eu escolher, eu poderei partir contigo para a vila próxima, Pai!
O Pai fica surpreso com a decisão dele, mas não o questiona e o apoia dizendo:
– Sim, nós vamos juntos K!
Com a resposta de meu pai eu vou em direção do item que me chamou mais a minha atenção , meu pai me ver com muita ansiedade e pulsava com nervosismo enquanto segurava seus óculos. Eu estendo a minha mão que passa pelas três opções que ele me deu, e pego um graveto de madeira que via as vezes meu pai brincando com ele. Quando eu pego o graveto do qual meu pai brincava as vezes, o mesmo me ver com bastante nervosismo suando frio, ele pergunta:
– Você qu-quer mesmo esse gra-graveto??
Eu me sinto ansioso pelo o que meu pai disse, pensando se caso escolhi errado e ele dirá que não sou seu filho:
– Sim, por caso esse é o errado?
De forma nervosa diz:
– Na-não, apenas fiquei surpreso que escolheu esse gra-graveto, mas de qualquer forma qualquer objeto que escolhe-se eu ainda o apoiaria como meu filho. Ele fala isso, mas como ele disse antes pareceu muito uma ameaça de qual ele me bateria se eu escolhe-se errado
–Então isso foi inútil
–Aai..!!?
Eu guardo o graveto e adentro a tenda, e espero ansiosamente o momento do qual poderei ver outras pessoas diferentes do meu pai, como ele havia prometido. Se eu tiver contato com algum inventor tecnológico eu posso usá-lo para criar o Retor-L, por possivelmente a tecnologia daqui ser semelhante, porém eles não devem ter a parte essencial para funcionar, um infeliz pensamento passa pela minha cabeça sobre do quanto eu era dependente dessa tecnologia, será que é necessário recria-lá nesse mundo novo...Talvez apenas se possível, caso não tenha como refazer-lá, portanto irei esquecê-la. Ainda tem o graveto que acabei de conquistar de meu Pai, eu irei investigá-lo de perto durante o tempo em que estarei aqui.