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55% Me apaixonei pelo aluno transferido / Chapter 77: Inferno pessoal

Kapitel 77: Inferno pessoal

Mais tarde, após o treino terminar e Milles sair do vestiário devidamente vestido, ele deixara o ginásio deparando-se com o aroma adocicado no ar. O mesmo aroma que decorara nos últimos dias.

Seus pés buscaram o dono do tal cheiro, o fazendo atravessar o pátio indo até a janela do prédio onde estudavam. Estando aberta, Milles pudera ver Nicolas e os outros dois garotos cumprindo o castigo dado pela coordenadora.

Milles rosnava em perceber que lá estava ele o observando de longe. De novo. Por que tinha de agir como sua sombra? Por que tinha que desejar aquele maldito?

Sentando-se no gramado antes que fosse visto, o alfa recostou-se na parede e fechara os olhos. Poderia dormir ali mesmo. Sentia que podia relaxar. Talvez fosse por Nicolas estar por perto o suficiente para baixar a guarda por alguns instantes.

Será que sua insônia seria um sinal de que se tornara dependente do cheiro de Nicolas?

Pelos céus, tomara que não.

Tampouco aquilo importaria naquele momento. Só queria descansar por alguns minutos antes de ir para casa. Seria o suficiente por ora. Meros minutos, pois sabia que não poderia dormir por longas horas.

E assim permitira. Sob a presença de Nicolas a poucos metros de distância, escondido, aquele alfa dormia.

Quando abrira os olhos novamente, uma hora havia se passado e o cheiro do ômega estava mais forte. Olhando para cima, percebia Nicolas o observando da janela, com sua cara de poucos amigos como de costume, apoiando o queixo sobre a palma da mão e o cotovelo na janela.

— Que soninho gostoso, hein grandalhão.

Milles revirou os olhos ainda entorpecido da soneca que tirara. Levantando-se do gramado, ajeitou a mochila em suas costas virando-se para o capitão.

— Graças a um certo alguém, não tenho tido boas noites de sono.

— Está me culpando por alguma coisa? Pois tenho dormido muito bem ultimamente.

Revirando os olhos já sentindo o sangue ferver em raiva, Milles deixava as mãos nos bolsos das calças e bufava. Ato que sempre fazia quando o assunto era Nicolas.

— Sem sentir um pingo de remorso, não é?

— E por que eu deveria?

— Fingir demência não é sua praia, Nicolas. Sabe muito bem o que fez.

— Não deve ter sido algo relevante a ponto de eu me lembrar. Principalmente por se tratar de você.

— Nada relevante? — Esbravejara o alfa, ficando ainda mais irritando por notar que Nicolas nem se movera ou se surpreendia com sua raiva. Era como se nada o atingisse. — Seu bosta, tem noção do que fez comigo? Do que está fazendo comigo?

— Não tenho. E nem pretendo ter, me parece perda de tempo.

As mãos de Milles foram direto para a gola da camisa de Nicolas, que ainda assim não se movera, permanecendo naquela pose preguiçosa e desinteressada. Estando tão perto dele, Milles sentia ainda mais seu cheiro, e o desejava ainda mais por notar seus lábios finos e os ossos de seu peito graças aos primeiros botões abertos de sua camisa.

Como ele poderia não saber? Não era nítido o quão deplorável estava? Lutando contra sentimentos que não queria ter, por culpa dele? Por culpa da mordida que ele lhe dera?

— Você joga sujo, capitão. Eu sei que você sente a mesma coisa que eu sinto, mas não precisava chegar a esse ponto. Isso pode destruir a minha vida... Não. Já destruiu a minha vida.

A voz de Milles soara rancorosa, deixando nítido seus sentimentos. Os olhos refletiam a fúria flamejante em um fio avermelhado. Queria dizer muito mais, só que existia uma maldita ligação o impedindo. Impedia de odiar profundamente aquilo que desejava.

O cheiro de um alfa se tornara presente. Milles sentia, mas não conseguia se mover. Estava preso em seus próprios sentimentos tornando-se fraco diante da última pessoa que desejava ver sua vulnerabilidade. Os dedos apertavam a gola da camisa de Nicolas, seus olhos escuros e felinos o fitavam cansados.

Antes que sua presença fosse notada pelo alfa que se aproximava, Nicolas erguera a mão livre e mergulhava seus dedos aos cabelos loiros de Milles. O puxara o suficiente para esconder seu rosto em seu peito, sem perder a postura desleixada na janela.

— Qual é Nicolas, vai ficar aí batendo papo com o Theodore? A gente tem outro banheiro pra limpar, seu babaca.

Nicolas apenas olhara sobre o ombro em direção de Thunder, um olhar afiado o suficiente para fazê-lo retroceder alguns passos e lhe dar as costas depois de xingá-lo.

Milles, por outro lado, estava petrificado. Fora protegido por Nicolas. O seu amigo nem reconhecera a sua presença ou seu cheiro, acreditando ser Theodore. Não acreditava naquilo. De maneira alguma acreditava naquilo.

Por tudo que era mais sagrado, aquilo mexera consigo. Sentia de perto o cheiro de Nicolas, fazendo seu coração bater acelerado e seus instintos berrarem. Seus dedos afrouxaram o aperto em sua gola, tocando suavemente sua pele. Podia notar estar ficando confortável e relaxado com a mão dele em seus cabelos.

Tudo o que menos queria.

— É a segunda vez que você pede minha atenção, grandalhão. — Sussurrava Nicolas ainda olhando sobre o ombro, vigiando se os meninos estariam por perto — Por acaso já está caindo de joelhos por mim?

— Seu desgraçado...

Milles rosnara desejando fortemente empurrar Nicolas, mas tudo o que pudera fazer fora voltar a cerrar os dedos na camisa dele. O ômega suava pelo esforço feito em limpar os banheiros, o que liberava ainda mais seu aroma. Milles simplesmente não queria sair dali.

— Já que estamos nessa disputa, nada me impede de ganhar vantagem. — Voltando a olhar para o alfa, Nicolas suavizara o aperto em seus cabelos podendo ter os olhos castanhos de Milles sobre os seus — Foi o jogo que você quis jogar, Milles. Eu te beijei naquele dia pra que entendesse o seu lugar e deixasse o meu melhor amigo em paz. Mas você veio atrás de mim, e começou essa disputa.

O alfa não respondera, apenas engolira em seco aquelas palavras jogadas na sua cara sem um pingo de delicadeza. Não que devesse esperar algo parecido de Nicolas. Jamais.

— Me recuso a perder pra você, só isso.

— Você já está viciando em mim, seu bosta. — Sorria Nicolas com escárnio em sua voz, e sem soltar os seus dedos dos cabelos de Milles. — Mas dou o braço a torcer. Parece que eu fiz alguma coisa contigo.

— Ainda tem coragem de dizer que fez alguma coisa?

— Não se preocupe. Vou assumir a responsabilidade pelas minhas merdas.

E então, tão inesperado quanto qualquer outro ato vindo de Nicolas, o alfa se surpreendia quando sua cabeça fora empurrada em direção do ômega e sua boca capturada pela dele. Milles era beijado por Nicolas sem que nenhum deles perdessem a consciência.

Era como se nada demais tivesse acontecido.

Para o inferno pessoal, e talvez deleite, de Milles o beijo dado era do jeito que gostava. Ou pelo menos de um dos jeitos que gostava, já que quando se tratava de Nicolas, tudo parecia uma estreia prazerosa. Os lábios dele se moviam lentamente naquele ósculo, mas sua língua era curiosa em explorar a boca do maior. Os dentes do ômega mordiscavam os lábios do alfa, rasgando a pele para que o gosto de ferro se mesclasse naquela brincadeira.

Tudo o que Milles pudera fazer, fora retribuir ao beijo como um louco desesperado. Sentindo o gosto do capitão se mesclar ao seu, surgindo a necessidade de ter muito mais daquilo. Entretanto, quem dominava era Nicolas, já que ele mesmo não tinha qualquer força para aquilo.

Um beijo glorioso e gostoso por ser lento, mas sedutor em sua singularidade. Nicolas brincava consigo perigosamente.

Quando afastou-se findando o beijo, o capitão o virou de costas e o empurrou mandando-o embora. Milles o olhara sobre o ombro, vendo sorrir em escárnio ainda apoiando o queixo na palma da mão parecendo preguiçoso.

Milles teria sua vingança. Principalmente por ter conseguido dormir, finalmente, naquela noite.


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