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5.76% Renascida como uma Succubus: Hora de Viver a Melhor Vida! / Chapter 12: A Segunda Lágrima

Chapter 12: A Segunda Lágrima

Melisa sentou no quarto dela, contando e recontando os sóis que tinha ganhado, um grande sorriso estampado no rosto.

[Cem sóis. Não posso acreditar. Eu realmente consegui!]

Mas a euforia durou pouco, pois o som de vozes alteradas subia das escadas abaixo.

[Oi lá. Parece que a mãe e o pai estão discutindo de novo.]

Ela saiu furtiva do quarto, andando na ponta dos pés até o topo das escadas. Ela podia ver os pais na sala, com os rostos tensos e as vozes forçadas.

"Estamos sem tempo, Margaret. O prazo é amanhã e ainda estamos com dinheiro faltando. Não sei mais o que fazer."

"Tem que haver algo, Melistair. Talvez se vendermos alguns dos móveis, ou..."

Mas Melisa já tinha ouvido o suficiente. Ela desceu as escadas, a bolsa de sóis apertada firmemente na mão.

"Mãe, Pai, tenho algo a dizer."

Os pais dela se viraram, assustados com a aparição súbita dela.

"Melisa? O que você está fazendo acordada a essa hora? Devia estar na cama, mocinha."

Mas Melisa apenas sorriu, segurando a bolsa com um gesto teatral.

"Acho que vão querer ver isso primeiro."

Ela empurrou a bolsa nas mãos do pai, observando com deleite enquanto os olhos dele se arregalavam em choque.

"Melisa, o..." Ele olhou duas vezes. Os olhos dele iam e vinham entre a bolsa e Melisa. "Onde você conseguiu isso?"

Margaret espiou por cima do ombro dele, o rosto empalidecendo ao ver o brilho das moedas.

"Oh, deuses. Melisa, você... Você roubou esse dinheiro?"

"O QUÊ?"

Melisa bufou, cruzando os braços com indignação.

"Claro que não! Eu ganhei isso, justamente."

Os pais dela trocaram um olhar confuso.

"Ganhou? Como?"

Melisa sorriu, quase pulando de excitação.

"Lembram de todas aquelas runas que eu carregava mais cedo? Bem, eu as recarreguei usando minha técnica especial e depois vendi de volta para os donos. Melhor recarregá-las do que eles terem que comprar runas novas, certo?"

Melistair piscou, a boca dela abrindo e fechando como um peixe fora d'água.

"Você... Você recarregou runas? Mas como? Nim não pode..."

Melisa acenou com a mão, despreocupada.

"Mãe me viu fazendo isso!"

Melistair olhou para ela.

"Eu vi, mas..."

"Eu encontrei um jeito de fazer funcionar," Melisa interrompeu, "e agora temos dinheiro suficiente para pagar nossa dívida!"

Melistair olhou para a bolsa de sóis, depois de volta para a filha, os olhos dele brilhando com uma mistura de incredulidade e orgulho.

"Melisa, isso é... Eu nem sei o que dizer."

Ele a puxou para um abraço apertado, a voz carregada de emoção.

"Você menina brilhante e incrível. Você nos salvou."

Margaret entrou no abraço, lágrimas escorrendo pelo rosto dela.

"Minha bebê, minha bebê inteligente. O que fizemos para merecer você?"

Melisa estava imersa no calor do amor dos pais, o coração dela transbordando de orgulho e alegria.

[Eu consegui. Eu realmente consegui. Salvei minha família, com minhas próprias mãos e minha inteligência.]

Ela deixou cair uma lágrima.

[Eu realmente fiz alguma coisa.]

---

Melisa se agachou no corredor, o coração batendo forte enquanto ela observava a cena que se desenrolava na sala.

O agiota, um brutamontes de um homem nim, pairava sobre o pai dela, o rosto dele torcido em um escárnio.

"O tempo acabou, Melistair. Tem o meu dinheiro?"

Melistair se manteve alto, um sorriso orgulhoso no rosto enquanto ele estendia a bolsa de sóis.

"Aqui está, Striker. Todo o seu dinheiro, exatamente como combinamos."

Mas Striker não pegou a bolsa. Em vez disso, ele soltou uma risada baixa e ameaçadora.

"Ah, sobre isso. Veja bem, as coisas mudaram."

O rosto de Melistair caiu, confusão e raiva lutando em seus olhos.

"O que você está falando? Tínhamos um acordo!"

Striker deu de ombros, o sorriso dele se tornando cruel.

"É, bem, acordos podem mudar. Especialmente quando há juros para considerar."

O sangue de Melisa gelou.

[Não. Não, ele não pode estar falando sério.]

Mas, lá no fundo, ela sabia que ele estava. De volta ao mundo dela, essa era uma tática comum para agiotas. Eles te atraíam com um acordo aparentemente razoável, e então aumentavam o preço na hora de cobrar.

Melistair gaguejou, o rosto ficando vermelho de indignação.

"Juros? Você nunca falou nada sobre juros!"

O sorriso de Striker se alargou, os dentes brilhando como os de um predador.

"Devo ter esquecido de mencionar. Mas não se preocupe, não é tão ruim. Só mais cinquenta sóis, e ficamos quites."

As mãos de Melisa se fecharam em punhos, as unhas cravando em suas palmas.

[Cinquenta sóis? Isso é metade de tudo que eu consegui para nós! Isso é insano!]

Melistair parecia concordar. Ele ergueu-se à sua altura máxima, a voz tremendo de fúria mal controlada.

"Eu não tenho mais cinquenta sóis. Isso é tudo que conseguimos juntar. Você não pode simplesmente mudar os termos assim!"

O rosto de Striker endureceu, toda a falsa amizade desaparecendo num instante.

"Eu posso fazer o que eu quiser, Melistair. E se você não pode pagar..."

Ele atacou, seu punho atingindo o estômago de Melistair com um baque nauseante. Melistair dobrou-se, ofegante por ar enquanto caía no chão.

Margaret gritou, correndo para o lado do marido. Mas Striker não tinha terminado. Ele chutou Melistair violentamente, sua bota conectando com as costelas de Melistair.

Melisa colocou a mão na boca, abafando um grito.

Ele não parou.

Repetidas vezes, ele continuou chutando Melistair. Melisa estava quase certa de que até ouviu algo quebrar.

"Por favor, pare!" Margaret soluçava, tentando proteger Melistair com o corpo dela. "Nós vamos conseguir o dinheiro, só nos dê mais tempo!"

Striker zombou, cuspindo no chão ao lado da cabeça de Melistair.

"Vocês já tiveram tempo suficiente. Amanhã, voltarei com meus rapazes. E se não tiverem o meu dinheiro..."

Ele deixou a ameaça no ar, pesada e sinistra.

"Bem, vamos dizer que as coisas vão ficar muito piores do que alguns hematomas."

Com isso, ele se virou e saiu, batendo a porta atrás dele.

Melisa ficou congelada.

Ela olhou para os pais, aglomerados juntos no chão. Sua mãe, chorando baixinho enquanto abraçava a forma espancada do pai. Seu pai, o rosto retorcido em dor e desespero.

[Como ele se atreve? Como ele se atreve a machucar minha família, depois de tudo que fizemos para pagá-lo?]

Ela cerrava os dentes, sem piscar enquanto olhava para o pai.

[Isso não está certo. Isso não é justo.]

Um nó frio e duro se formou no peito de Melisa.

[Striker. Esse... desgraçado... trapaceiro! Ele acha que pode simplesmente entrar aqui e arruinar nossas vidas, tudo por uns sóis a mais?]

Os punhos dela se apertaram mais, os nós dos dedos ficando brancos.

[Não.]

Ela olhou para o chão, uma lágrima caindo junto aos pés dela.

A segunda lágrima que ela derramou naquele dia.

[Não, eu não vou deixar. Eu não vou deixar ele nos destruir.]


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